Eu Sempre Vou Amar Você escrita por Joice Santos, Joice Reed Kardashian


Capítulo 5
Capítulo 5 – Visita Da Tia Alice


Notas iniciais do capítulo

Oi Anjinhos *-* Tudo bem?? Preparados pra mais um capítulo?? E pra chorar?? >< Bom, vamos lá, né..nos vemos lá em baixo ;))



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Ao passar pela porta, e trancá-la, Emmelie se remexeu nos braços do pai, bocejando.

Emmett suspirou. As lembranças das últimas horas com Rosalie ali vieram em sua cabeça. Ainda era tão forte sua presença naquela casa. Palpável.

Eram nítidas as imagens dos dois passando por aquela sala, apressados, rumo ao hospital. Dois corações nervosos e ansiosos. Além de preocupados.

Emmett acariciou o rostinho de Emmelie, após encarar cada canto da sala de estar a sua frente. Beijou-lhe a testinha que estava coberta por uma toquinha de lã rosa. A pequena garotinha em seu colo fez menção de se espreguiçar, mas apenas balançou as mãozinhas e a cabeça. Doía de tão lindo aquele gesto. Cada ato da pequena prendia a atenção de Emmett de tal forma, que nem ele entendia com um serzinho tão pequeno como aquele poderia esbanjar tamanha perfeição e graça aos seus olhos.

Com a bolsa branca, com detalhes em lilás e desenhos de ursinhos, pendurada no ombro direito, Emmett subiu as escadas em direção ao quartinho da filha. Sua garotinha dormia tranquila em seus braços.

Ao entrar no quartinho, Emmett parou, observando cada detalhe da decoração feita minuciosamente por Esme e Rosalie. Com muitos pitacos de Alice, é claro.

O quarto era todo num tom bem leve de amarelinho, uma longa faixa de papel de parede branca com desenhos de ursinho em detalhes amarelo e azul enfeitavam as paredes. O berço branco, com um móbile cheio de bichinhos, estava preparado com lençóis brancos e amarelos no tom do ambiente. Havia também o trocador, igualmente branco, assim como a estante, esta repleta de brinquedos. Além de um cercadinho que futuramente será usado por Emmelie.

Dois porta-retratos davam um ar de familiaridade ao local. Um pregado na parede e o outro na parte de cima da estante, perto dos brinquedos. Em ambas as fotos, Rosalie estava grávida e sorridente, junto com Emmett. Em uma foto ele lhe beijava a barriga volumosa, e na outra a abraçava. Nenhum dos porta-retratos seria retirado dali. Emmett nem sequer pensou nessa possibilidade. Se depender dele, as lembranças de Rosalie jamais serão apagadas. E Emmelie sempre saberá que foi amada desde que estava na barriga da mãe.

Uma pequena cortina de seda bege cobria a janela, e não havia mais o enorme tapete que cobria toda a extensão do quarto. Apenas um pequeno tapetinho oval, bege, posicionado no chão em frente ao trocador. Tudo ali era extremamente perfeito para a pequena Emmelie Meghan.

Após analisar cada detalhe do quartinho de sua filha e ficar perdido nas lembranças de sua amada, Emmett Cullen voltou à realidade com o toque insistente da campainha.

–O papai já volta Emmelie. – ele beijou a testinha de seu bebê, que estava com os olhinhos ainda abertos, mas já se fechando devido ao sono.

Emmett colocou sua menina no berço, cuidadosamente, e saiu do quarto. Desceu as escadas rumo à porta de entrada da casa e, antes de abri-la, verificou quem era puxando uma fresta da cortina que cobria a janela de vidro ao lado da porta.

–Alice.–suspirou ao ver a figura da irmã caçula em sua porta. A jovem Alice Cullen, com seus lindos cabelos castanhos repicados na altura dos ombros e olhos do mesmo tom, entrou e abraçou o irmão.

Não foi um abraço demorado ou sufocante, mas o tempo que durou e a intensidade que teve foram na medida certa para aqueles irmãos tão chegados compartilharem de um sentimento mútuo de força, ajuda, apoio e o mais importante, amor.

Dirigindo seus pensamentos à Emmett, com as palavras “eu estou aqui, vai passar”, Alice se afastou para encará-lo. Queria tanto ver no rosto do irmão mais velho aquele tão adorado sorriso de covinhas tão brilhante que só ele sabia dar.

–Você está bem? – perguntou lhe afagando a bochecha. Ela sabia o quão irônica podia ser aquela pergunta, infortuna e até insensível talvez, mas precisava ouvir dele. Começar uma conversa.

Alice sabia que o irmão jamais estaria bem sem Rosalie. Não completamente bem.

–Eu... Eu vou ficar. – Emmett falou após um suspiro pesado, sem encarar os olhos da irmã. – Eu tenho que ficar bem.

–Por ela, Emm. Pela Emmelie. Você vai conseguir. – ela segurou o queixo dele, o fazendo encará-la. –Nós estamos aqui. Somos sua família, nunca vamos te abandonar, tá legal?!

–Eu sei. Obrigado Lice.

Alice abraçou Emmett pela cintura e ele encostou o queixo no ombro da baixinha.

Emmett sempre foi muito próximo dos irmãos. Alice era a caçulinha da família, a mais mimada pelos pais. A mais serelepe e sapeca também. Edward, o irmão do meio, era o mais quieto dos três. Sempre muito estudioso e focado nos estudos de música. Piano e violão eram suas paixões. Já Emmett, o mais velho, era o brincalhão da família, mas também o responsável. Cuidava de Alice como se fosse uma bonequinha e defendia Edward, desde pequeno, dos valentões do colégio.

Esme e Eleazar tinham um orgulho extremo dos filhos. Eram seus presentes e razão de viver. Mesmo muito dedicado na Agência de Viagens Cullen, Eleazar não as oportunidades de aproveitar um tempinho com os filhos. Esme, como toda mãe dedicada e amorosa, deu um tempo no trabalho como decoradora de imóveis para cuidar somente dos filhos. Assim que a pequena Alice completou três anos, Esme resolveu que já era de voltar ao trabalho. Até hoje ela é decoradora, só que agora trabalha com menos frequência, aproveitando para cuidar da família.

–Porque a mamãe não veio? – Emmett perguntou depois que se separou do abraço de Alice.

–Bom, o papai chegou cansado e ela preferiu ficar com ele lhe fazendo companhia. Sabe como eles são grudados, né?! - Alice riu de leve. – Mas ela pediu pra avisar que te liga mais tarde e que se você precisar de algo, qualquer coisa, é pra ligar pra ela imediatamente. Ah, e amanhã ela vem te visitar e ver a Emmelie antes do almoço. – terminou de falar com um suspiro. Como sempre, muito tagarela.

–Ah sim, entendi. – Emmett respondeu simplesmente.

–A propósito Emm, cadê ela? Quero ver minha sobrinha. – Alice falou batendo palminhas de empolgação, sorrindo e com os olhos brilhando. Era engraçado de ver, parecia uma criança querendo ver a nova boneca.

–Está lá em cima no berço. Ela estava quase dormindo quando a deixei lá e vim te atender.

Alice soltou seu típico gritinho de felicidade subindo as escadas com pulinhos rumo ao quarto da sobrinha. Emmett sorriu com o jeito espontâneo e alegre da irmã. Às vezes ele queria ser assim, não se deixar abater facilmente e sorrir em meio a angustias da vida. Mas era impossível quando seu único e grande amor se vai.

Foi com esse pensamento que Emmett subiu as escadas seguindo a irmã. Os dois entraram no lindo quartinho em tons de amarelo claro e Alice foi direto até o berço da sobrinha. Passou o dedo, de unha bem feita, na bochechinha branca de Emmelie fazendo leves contornos por ela e entorno da boquinha cor de cereja.

–Ai Emm, ela é a coisinha mais linda que já vi na vida. Lembra tanto a Rose, mas ao mesmo tempo tem detalhes totalmente seus. É a mistura perfeita. – falou encantada com a garotinha que dormia leve no berço. – Posso pegá-la?

–É claro que sim, Lice. – Emmett confirmou sorrindo pra irmã. Era impossível negar algo para Alice, ainda mais se tratando de pegar a própria sobrinha nos braços.

Ela se inclinou sobre o berço pegando com cuidado a nova bonequinha das famílias Hale e Cullen.

Após ajeitar a garotinha sem seus braços, Alice começou a balançá-la de leve. Deu-lhe um beijinho na pontinha do nariz e fechou os olhos, aspirando o cheirinho doce de bebê que exalava da pequena Emmelie.

Quando voltou a encarar o bebê, Emmelie estava com os olhos abertos. Observava firmemente o rosto meigo da tia como se quisesse absorver cada traço para não se esquecer daquela linda figura que a segurava.

–Oi Emmelie, sou sua titia Alice. Eu te visitei várias vezes quando você estava no hospital. Você é tão linda, sabia minha florzinha?! E esse cheirinho? Delicioso! – Alice falava baixinho, encantada com a sobrinha. Encostou a bochecha na cabecinha de Emmelie, sentindo a maciez da pele de bebê.

Passaram-se minutos até a pequena Emmelie Meghan bocejou. Com um último beijo na testa da sobrinha, Alice se despediu, colocando-a de volta no berço.

Emmett deu uma última espiada em sua garotinha antes de sair dali com a irmã.

–Obrigado por ter vindo, Lice. – Ele agradeceu já na porta da frente de sua casa.

–Imagina Emm. A Emmy é minha sobrinha e eu a amo. Ela é uma bonequinha. – respondeu com um brilho encantador nos olhos que só Alice tinha. – Bom, me deixa ir. Vou levar o Jazz pra jantar. – suspirou, parecendo preocupada.

–Vocês estão namorando ou ainda estão nesse chove não molha? – Emmett perguntou arqueando uma sobrancelha, um sorriso se formando no canto dos lábios carnudos. Lábios aqueles que, mais do que nunca, desejavam estar colados nos de Rosalie.

Emmett sabia que Alice era apaixonada por Jasper. Rosalie sempre incentivou o irmão a pedir Alice em namorado, pois sabia que ele também era louco pela baixinha. Mas, segundo Jasper e a própria Alice, os dois estavam apenas “se conhecendo”.

–Não, só vamos sair pra jantar mesmo. Quero tentar animá-lo um pouco. Sabe, o Jazz está tentando seguir em frente, mas está tão preocupado com o pai que fica difícil. Carlisle está amargurado demais. E o Jazz não sabe o que fazer. – ela contou triste e realmente preocupada, sentindo que precisava fazer algo para ajudá-los.

Não era justo que o destino fez. Levar uma jovem tão determinada, cheia de plano, alegre e com tantas coisas pra viver ainda. Não, não foi justo. Mas também não era justo que outras pessoas parassem de viver, deixassem todos os sonhos de lado, para sofrer e remoer uma dor que jamais teria solução.

Rosalie partiu, mas em seu coração tinha a certeza de que ninguém deixaria de viver, ser feliz, porque ela não estava mais ente eles. Nunca duvidou do amor de sua família, sabia que sofreriam por ela, mas queria acreditar que ficariam bem. Felizes.

–Eu sei, acho que entendo mais do que ninguém o que Carlisle está sentindo. – Emmett falou com pesar. O olhar encarando o vazio, carregado de tristeza e saudade.

–Ah Emm, eu sei que vocês são os que mais sofrem com a partida dela, mas também sei que vão superar isso. Por favor, irmão, seja forte. – Alice apelou pra um abraço, querendo trazer aquele irmão brincalhão e sorridente de volta. Como se aquele abraço pudesse realmente fazer toda dor de Emmett se afastar e ele voltar a sorrir. Mesmo achando que isso fosse difícil, talvez quase impossível, Alice jamais desistiria.

–Eu estou tentando, Alice. Eu juro que estou. – As lágrimas já se faziam presentes no rosto perfeito e Emmett não se importou de chorar nos braços da irmã mais nova que tantas vezes chorou no colo dele. – Mas está impossível, Lice. Sem ela não dá. – ele chorava com a cabeça apoiada no pequeno ombro de Alice. Ela lhe acariciava a nuca.

O amor fraternal nunca foi tão necessário pra Emmett como naquele momento. Mais do nunca ele precisava de alguém pra se apoiar ou desabaria de vez.

–Emm, olha pra mim. – Alice desfez o abraço, segurando o rosto do irmão entre as pequenas e delicadas mãos. –Onde quer que a Rose esteja ela te ama e quer que você seja feliz. Que pelo menos tente ser. Pela Emmelie. Pela filha de vocês. A rose confiou em deixando aquela bonequinha de porcelana pra você cuidar. Ela sabia que você seria um ótimo pai. Então, por aquele bebê lá em cima e pelo amor e confiança que a Rose depositou em você, seja forte. Eu sei que você consegue. –Falou cada palavra encarando os olhos do irmão. Transmitindo-lhe toda confiança e coragem que podia. Depois secou as lágrimas dele.

–Obrigado, Lice. Obrigado por confiar em mim. Você é a melhor irmã do mundo. Eu te amo. E pode ter certeza que vou fazer de tudo pela minha bonequinha. – Emmett respondeu, agradecido pela irmã que tem. Alice sabia como animar as pessoas. E faria, absolutamente, qualquer coisa pela felicidade do irmão.

–Agora eu tenho que ir, Emm. – ela lhe beijou a bochecha. – Te amo também, maninho. Dá um beijinho na minha florzinha.

–Pode deixar. Até mais, Lice.

A porta fora fechada e uma Alice determinada em animar Jasper entrou no carro, um Porsche prata, rumo a casa dele.

Emmett passou a mão no cabelo, suspirando. Agradeceu mentalmente a Deus por ter lhe dado uma irmã tão amorosa como Alice. Por ter uma família maravilhosa e, agora, uma filha tão perfeita. Sua bonequinha. Sua Emmelie.

Emmett subiu as escadas na intenção de tomar um banho relaxante. Antes, fez questão de olhar sua linda menina dormindo tranquilamente no berço. Ele lembrou que assim que terminasse o banho, prepararia a mamadeira de Emmelie. Não seria a primeira mamadeira que lhe daria, já que fez isso várias vezes quando ela estava no hospital. Ele adorava cuidar dela, alimentá-la, banho, assim como adorava tudo nela.

Emmett Cullen entrou no banho, determinado a fazer o necessário para não desistir de viver. Por Rosalie, seu eterno amor, e por Emmelie, sua razão de viver. Por elas, ele jamais desistiria. Assim como, por sua irmã e sua família.


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Notas finais do capítulo

Heey, gostaram?? Triste, né?! tadinho do Emm, tá desesperado sem a Rose :C A Emmelie é coisa mais fofa do mundo :33 Ain
Bom,a té o próximo.. Comentem e Recomendem ;)) Beijinhooos