Após a ''Esperança'' escrita por HungerGames


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

... Realmente Greasy está certa eu não posso procurar por ele apenas quando me sinto sozinha ou quando os pesadelos aparecem, ele também tem seus medos e suas necessidades, ele também precisa de mim e eu me decidi que a partir de hoje ele pode contar comigo. E pra isso eu tenho que dar meu primeiro passo...



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- Peeta quero te perguntar uma coisa. – digo me virando pra ele.
- Pergunte. – ele diz se virando pra mim também.
- Eu queria saber se você aceita minha companhia hoje na padaria, eu queria ver como andam as coisas por lá, mas só se não for atrapalhar em nada.
- Katniss eu não acredito que você ta me pedindo isso.
– ele diz me olhando com uma cara de assustado, por um segundo eu achei que ele fosse me dizer não, mas ele continua – É claro que você pode me acompanhar e não vai atrapalhar em nada, pelo contrário, eu me sentiria muito feliz por você querer ver como andam as coisas quem sabe você até não me dá umas ideias pra decoração ou a arrumação.
- Hum, pode ser, embora eu não entenda muito sobre essas coisas, mais prometo que me esforço ao menos pra não atrapalhar.
- Então não precisa se esforçar, aliás, você nunca atrapalha o simples fato de te ter perto de mim já me causa inúmeros benefícios.
– ele diz me olhando no fundo dos olhos, não posso disfarçar a pontinha de vergonha que me sobe com certeza eu devo ter ficado vermelha.
- Bom eu já terminei meu café quando você quiser ir... – eu digo tentando disfarçar que fiquei sem graça.
- Claro, eu também já terminei. Vamos? – ele se levanta e me oferece sua mão para me levantar, eu seguro sua mão e mais uma vez apenas o toque de sua pele me fez estremecer, ai meu Deus o que está acontecendo comigo ele apenas pegou na minha mão e eu sinto como se meu coração disparasse.
- Tá bom então vamos, só vou avisar Greasy que estou indo com você.
Vou até o escritório pra falar com Greasy e ela fica toda animada por que eu vou sair com ele, até parece que estamos indo para um passeio romântico.
Já estamos na porta de casa, quando um Haymitch já cansado está chegando.
- Oooou aonde os mocinhos vão? Eu ainda não tomei café se lembram?
- Sinceramente, isso não é problema meu, tem café lá dentro se você quiser é só ir lá afinal eu não sou sua babá, só tenta não destruir a casa até eu voltar tudo bem?
- E eu posso saber aonde os mocinhos vão?

Peeta já ia responder quando eu tomo a frente e respondo primeiro.
- Não, afinal não é da sua conta, você deveria se preocupar mais com seus gansos e menos com a nossa vida. – digo passando por ele e trazendo Peeta ainda de mão dadas ao meu lado.
Ele me responde alguma coisa que eu não entendo e em seguida entra.
Quando já estávamos a alguns metros longe de casa Peeta me pergunta.
- Por que você não disse pra onde nós íamos?
- Ah Peeta ele não pode se intrometer em tudo, e a verdade é que ele não tá nem aí ele só queria saber se eu ia demorar ou não porque dependendo da minha resposta ele saberia quanto tempo ele poderia ficar deitado com aquele pé sujo no meu sofá.
– Peeta dá uma risada que apenas confirma o que eu disse.
- Mas então como andam as obras? Já tem dia pra inauguração? – pergunto querendo saber mais.
- Ah as obras já estão bem avançadas, já estamos quase um mês trabalhando duro pra isso e a inauguração está prevista pra daqui uma semana.
- Nossa, já? Quer dizer eu realmente to meio por fora das novidades.

- Katniss me desculpa eu só não disse nada por que. . . – antes que ele continue eu o interrompo.
- Não tem o que se desculpar Peeta, eu realmente estava desligada do mundo aqui fora e não queria saber de nada, mas agora isso mudou e eu realmente quero voltar a vida.
Ele me responde com um de seus belos sorrisos e eu me deslumbro diante da beleza que ele é, andando aqui do lado desse homem incrível e não apenas de personalidade e caráter, ele realmente é lindo por fora, seus cabelos loiros, seus ombros largos, seu corpo que parece estar ainda mais forte, e essa boca que saudade que eu sinto de sentir seus lábios tocando os meus.
Enquanto eu admiro cada pedaço dele nem percebo que já estamos chegando, apenas percebo quando ele me desperta perguntando o que eu to achando, é então que eu olho ao redor e estamos bem em frente a padaria e a obra já está mesmo avançada já está quase tudo pronto com exceção da fachada e das maquinas que estão desarrumadas do lado de dentro, o espaço parece ter ficado bem maior do que a antiga, cada pedaço da loja parece ter sido pensado em seus mínimos detalhes, ela possui uma bela vitrine na frente parecida com aquela que Prim tanto gostava de ver os bolos, está simplesmente lindo, simples, porém lindo, a cara dele mesmo.
- E aí o que você achou? – ele me pergunta e posso ver a ansiedade que está em seus olhos.
- Perfeito, essa é a única palavra que descreve o que eu acho Peeta, ta incrível mesmo, vai ser um sucesso eu tenho certeza seu pai ficaria muito orgulhoso de você sabia? – eu digo olhando em seus olhos e percebo que quando falo de seu pai seus olhos se enchem de lágrimas mas ele disfarça.
- Você acha mesmo?
Solto um sorriso pra ele e digo.
- Quer realmente saber o que eu acho? – eu pergunto a ele, que apenas balança a cabeça concordando. – Bom, eu acho que você não faz ideia do efeito que causa.
Eu digo o mesmo que ele me disse quando nós estávamos nos preparando pra irmos para os primeiros jogos, e acho que ele se lembra por que ele sorri.
- Poderia acusá-la de plágio sabia?
- E você já foi mais humilde sabia?

Falo e faço uma cara de reprovação o que apenas tira mais um sorriso dele.
- E que tal um pouco de trabalho duro? – Ele me pergunta enquanto dá alguns passos pra dentro da padaria.
- Bom foi pra isso que eu vim não é mesmo?
Ele concorda.
- Então vou lá atrás buscar umas coisinhas pra senhorita enquanto você me espera ok?
- Ok patrão
– debocho mais uma vez da cara dele.
Ele se vira vai para os fundos da padaria, eu vou para o lado de fora esperar ele e vejo umas pedras que estão na frente da padaria vou até lá e me sento pra esperar ele voltar com sei lá o que pra eu fazer.
Alguns minutos se passam e eu estou completamente distraída quando ele volta.
- Oi – ele diz enquanto estala os dedos bem próximo aos meus olhos o que acaba me assustando, pois eu realmente não o tinha visto.
- Droga Peeta que susto! – eu pergunto séria embora esteja morrendo de vontade de rir.
- Desculpa, mas eu já tava aqui um bom tempo te chamando e nada.
- Também você demorou uma vida lá dentro.
– eu digo tentando me justificar mas na verdade nem sei quanto tempo se passou desde que ele entrou.
- Mas eu nem demorei mais de 5 minutos. – ele diz me encarando.
- Ta bom, eu que me distraí. Melhorou?
- Posso saber com o que você se distraiu?
- Nada demais, só estava pensando no que você estaria pensando.

Ele me olha como se não entendesse nada com uma sobrancelha arqueada como se esperasse eu explicar.
- É que eu só tava tentando saber o que você planeja, ou espera da padaria, como você se sente sabe? - agora ele se senta ao meu lado e começa a falar super empolgado de como foi difícil pra ele reconstruir a padaria, mas que ele sabia que seria o desejo de seu pai e ele não queria deixar o nome do pai morrer então ele decidiu reabrir a padaria e que agora ele já está mais confiante... Confesso que na metade da história eu me distraí, ele estava tão animado que enquanto falava, sorria e era algo tão novo vê-lo daquele jeito que me fascinou seu sorriso o movimento de seus lábios ao pronunciar cada palavra, tudo me prendeu de tal forma que eu nem percebo quando ele já tinha terminado de falar e mais uma vez fui pega com ele estalando seus dedos bem diante dos meus olhos.
- Droga Peeta, você ainda me mata sabia?
- Perdão, eu apenas estava contando o que você mesma tinha me perguntado até perceber que você não estava prestando atenção a nenhuma das minhas palavras.
- Isso não é verdade, eu prestei atenção... No começo.
- No começo? Eu deveria me sentir agradecido
– diz ele forçando para parecer indignado mas não consegue posso ver um sorriso querendo aparecer no canto dos seus lábios.
- Ei me desculpa, mais a culpa não foi minha.
- Ah então a culpa foi minha por minha historia ser completamente entediante?
- Isso não tem nada a ver, é exatamente o contrario você estava falando com tanto entusiasmo que eu simplesmente me distraí com seu jeito de falar, sua alegria e expectativa sem falar que você consegue ficar ainda mais bonito quando fala sorrindo!

E pela primeira vez os papéis se invertem e dessa vez quem fica sem graça é ele, embora até eu tenha ficado sem jeito não acredito que eu disse isso, mas antes que ele perceba eu falo.
- O que foi vai me dizer que nunca ninguém te disse isso?
- Já até me disseram, mas a única opinião que realmente interessava foi a que eu acabei de ouvir.

Pronto, durou pouco os papeis já estão de volta, agora eu que fico sem jeito mas não vou deixar ele perceber.
- E então nós viemos bater papo ou trabalhar? – pergunto já me levantando e oferecendo minha mão para ele. Ele segura minha mão e fica em pé também.
- E aí você tinha ido pegar alguma coisa pra eu fazer, então o que é?
- Bom já estamos quase no final o mais importante agora é a pintura então pensei se você não podia pintar a fachada?
- Claro, mas você sabe que eu não tenho muita experiência com pincéis e tinta, então se eu tivesse um professor ajudaria bastante!
- Então tenho o prazer de lhe dizer que você está de frente para o melhor professor.
- E mais humilde também não é?
– eu complemento seu comentário.
Então nós nos encarregamos de começar a pintura ele me dá um pincel grande próprio pra isso e coloca a lata de tinta entre nós dois, então começamos a pintar e enquanto eu pinto eu vejo o quanto a tinta é linda, sua cor é de um laranja não muito escuro mais parecido com o pôr do sol, e é claro que só podia ter sido uma escolha do Peeta estou quase na metade quando sinto algo meio gelado e úmido no meu braço quando eu olho ele está laranja.
- Droga Peeta, qual seu problema hoje? – digo morrendo de raiva mais ao olhar pra cara dele não me seguro e começo a rir.
- Isso é pra você voltar pra terra já é a terceira vez hoje que eu falo com você e você não me escuta. – ele diz também tentando parecer sério mais sem sucesso.
- Bom se é assim que você quer então ta! – digo e em seguida passo meu pincel desde seu pescoço até metade de seu braço, e então começamos um a sujar o outro como duas crianças, sujamos rosto, braços, roupa, até que eu sujo seu cabelo e ele tenta sujar o meu cabelo eu corro e acabo escorregando porque o chão está todo sujo e caio de bunda no chão, ele que já estava rindo entra em gargalhadas até não aguentar ficar em pé e se sentar do meu lado eu também já estou gargalhando e me falta até o ar então eu encosto minha costa no chão e tampo meu rosto como meus braços tentando me recompor e fico assim por mais alguns segundos até perceber que somente o som da minha risada que se pode escutar, então tiro meus braços do rosto pra ser surpreendida pelo Peeta deitado ao meu lado com cabeça apoiada na mão, virado para mim.
- O que foi ein? Nunca me viu? – eu pergunto tentando me manter o mais séria possível.
- Na verdade assim desse jeito nunca te vi não;
- Assim como? Todo suja de tinta? Gostaria de lembrar logo que a culpa é sua.
- Não tava me referindo a tinta e sim a sua alegria, saiba que você também fica extremamente linda quando sorri, não me importaria de ser culpado dessa alegria.
- E você é culpado! Pela tinta, pelo meu sorriso, pela minha alegria, pela minha volta a vida e por tudo mais de bom que me acontece.

E mais uma vez ele fica sem jeito e acho que procura o que falar mas eu o interrompo.
- Acho que nós ainda temos uma parede pra terminar isso é se sobrou alguma tinta!
Finalmente quase duas horas depois terminamos nossa pintura, mas não só da fachada como de todo o lado de fora da padaria e está muito bom, um excelente trabalho eu diria.
- E então como eu me saí? – pergunto e fico aguardando sua reposta que só vem depois de uma olhada pra parede uma pra mim, e mais uma pra parede e uma pra mim e então ele diz:
- Nada mal pra uma novata. – ele fala com uma cara de nojo.
- Deixa de ser chato, eu me superei ficou simplesmente magnífico, to até pensando em entrar para o ramo. – falo tentando demonstrar muita confiança.
- Quem sabe eu não te contrato pra alguns trabalhos.
- Sinto muito mais eu sou muito seletiva na escolha dos meus patrões e não sei se você se encaixa bem no perfil
. – quando eu termino de falar ele se aproxima um pouco mais de mim
e me olhando nos olhos ele fala.
- Já que eu fui reprovado como patrão será que eu não teria nenhum outro papel útil pra você? Estou aceitando propostas. – ele fala com um tom de voz calmo e lento como se pra ter certeza que eu saiba do que ele está falando, e eu sei do que ele fala e não tem nada a ver com trabalho, ele quer saber onde ele se encaixa na minha vida, e como eu queria poder ter uma resposta certa e absoluta pra ele, mas infelizmente ainda não estou pronta pra isso então respondo apenas.
- Bom eu tenho uma proposta pra você agora... – ele me olha com uma sobrancelha erguida aguardando.
- Eu gostaria de convidar você pra um belo e delicioso almoço na minha companhia e de um certo bêbado que deve ta caído por algum lugar...
- Eu adoraria, não a parte do bêbado mais a parte da sua companhia me agradou bastante
– ele diz e me dá uma piscada.
- E então vamos? Pintar isso tudo me abriu o apetite. – digo passando a mão na barriga pra mostrar que eu to com fome ele ri e diz que só precisa avisar ao pessoal que ele ta saindo para o almoço e liberar eles também. Aguardo enquanto ele vai lá dentro e quando ele volta estica sua mão me oferecendo pra acompanhá-lo e eu é claro, aceito, não perderia a chance de andar de mãos dadas com ele mais uma vez.


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