Os Filhos do Olimpo escrita por Larissa Haguiô, Noah Rinns


Capítulo 22
The wrath of Zeus.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura! Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/433027/chapter/22

DIANNA

Fortes raios de sol atravessavam a cortina quando acordei. Sentei-me na cama e esfreguei os olhos com as costas da mão, só então comecei a reparar o ambiente a minha volta: era ainda mais antiquado do que a sala de estar. Cortinas com estampa floral tentavam em vão bloquear os raios que entravam por uma enorme janela a minha esquerda. Em frente a cama ficava um guarda-roupa pequeno e de madeira.

Perto da porta havia uma penteadeira com um montinho de roupas em cima e um enorme espelho oval na parede. Levantei-me e caminhei até lá. Eram roupas limpas e em cima havia um bilhete escrito em grego antigo. Felizmente consegui entender o que ele dizia:

“Minha mãe pediu que eu trouxesse essas roupas enquanto você dormia. Espero que sirvam. - Collin”

Olhei para as roupas e soube na mesma hora que nunca vestiria aquilo. Eu não era nenhuma filha de Afrodite, mas vestidos com estampas florais não combinavam nada comigo.

– LUCY! – Berrei do meu quarto, chamando a garota.

Instantes depois a garota entrou desesperada no meu quarto. Seu cabelo estava bagunçado e ela tinha uma escova nas mãos.

– O que é que você pensa que está fazendo? Achou que eu estava sendo atacada e resolveu que ia matar o monstro com uma escova?

– Era a única coisa que eu tinha em mãos na hora. O que você quer? – Perguntou enquanto penteava os cabelos.

– Preciso que mude as cores desse vestido, igual fez com a Lua no dia em que começou a gostar do Alastor.

A garota corou. Seus cabelos começou a mudar para um tom rosa meio avermelhado e seus olhos mudavam de cor assustadoramente. Ela abaixou a cabeça.

– Ah, por favor! Ficou mais do que claro naquele dia e em todos os outros. Você é meio boba, não é? Acha que...

– Tá eu faço! – Disse, em um tom mais alto do que o que estava acostumada a usar. – Só pare de me encher o saco.

Lucy fechou os olhos e segundos depois um vestido vermelho pendia em minhas mãos. Ela saiu do quarto e bateu a porta.

Coloquei o vestido em cima da cama e o rasguei até transforma-lo em uma blusa de mangas curtas. Estava ótimo. Troquei de blusa e continuei com a calça jeans que estava usando desde que saímos da mansão de Lara.

Um delicioso cheiro de pão recém assado vinha da cozinha quando saí do quarto. Fui até a cozinha e percebi que tinha sido a última a chegar, Lucy estava sentando-se.

– Porque demorou tan... Deuses Dianna! Algum monstro te atacou? Sua roupa está inteira rasgada. – Disse Alastor.

– Cale a boca. – Respondi enquanto enfiava um pão na boca.

– Comam tudo, meus queridos! Daqui a pouco levarei vocês até o celeiro para conhecerem a surpresa. – Deméter entrou na cozinha com seus filhos. Grayer sentou na ponta da mesa e Collin sentou ao meu lado.

– Acho que não gostou muito do vestido. – Sussurrou pra mim.

– Eu odiei. – Respondi.

Ele abriu e sorriso e entre alguns risos disse:

– Normal, minha mãe tem um péssimo gosto.

– Hm... senhora? – Chamou Adam. – Acho que já podemos ir.

– Perfeito! Sigam-me!

Saímos da casa e fomos em direção aos celeiros. O dia estava terrivelmente quente e eu já começava a suar quando chegamos lá.

A deusa abriu as portas do celeiro e entramos. Lara e Alastor estavam na frente e a garota congelou. Parou de andar e começou a respirar rapidamente.

– O que foi La?

“La”? Então as coisas já estavam assim? Olhei para Lucy e ela mexeu os lábios para mim, sussurrando um palavrão. Aquilo devia a irritar e muito.

– O que são essas coisas? – Perguntou Lara ainda assustada.

– Meus porcos gigantes! Vocês poderão ir à Flórida montados neles, meus queridos.

– Não! De jeito nenhum! Morro de medo de porcos. – Lara começou a falar mais alto do que o normal e se afastar.

– Está tudo bem. – Sussurrou Alastor em seu ouvido. Depois de passar a mão por sua cintura e trazê-la mais para perto, olhou para a deusa: - Nós aceitamos a carona.

– Perfeito! Podem subir.

Nos aproximamos dos porcos, eles eram grandes, gordos e rosas. Tinham enormes asas brancas, mas só havia três deles. Alastor, Lara e Annie subiram em um. Lucy, Connor e Adam subiram em outro e eu subi em um sozinha.

– Mãe – ouvi a voz de Collin dizer. – Eu vou com eles.

– Meu filho... isso é perigoso. Você e Grayer estão bem aqui.

– Quero ser um herói. Amo nossas plantações, mas não é o que quero para sempre. Eu vou com eles. – Dizendo isso, Collin se aproximou e montou no porco, atrás de mim.

A deusa se aproximou de nós e beijou a testa do filho. Em seguida deslizou para dentro do bolso de minha calça um pequeno objeto.

– Boa sorte, meus queridos.

Deméter se afastou e nossos porcos levantaram voo. Olhei para baixo e a vi acenar para nós. Acenamos de volta. Eu havia gostado daquele lugar.

Os porcos nos conduziram tranquilamente, subindo cada vez mais. Vez ou outra passamos por entre nuvens, o que causava um ligeiro vento gelado.

Tudo foi por água abaixo - literalmente - quando o sol foi coberto por nuvens cinzentas e uma chuva forte caiu sobre nós. Os porcos ficaram desconcentrados, ameaçando cair. Fomos perdendo a velocidade. As asas dos animais pareciam cansadas.

– Ah não. - Disse Collin, atrás de mim. - É o seu amigo, filho de Poseidon. Invadimos a propriedade de Zeus. Ele e o pai do seu amigo não se dão muito bem.

– Mas que merda! - Exclamei. O porco de Alastor estava um pouco mais frente. Dei um tapinha na minha carona para ela se aproximar mais. A chuva deixava nossas vozes ofuscadas. - ALASTOR! PRECISAMOS DESCER!

Por um breve momento, ele se virou e assentiu. Olhei para cima e vi um redemoinho de luz se formar numa grande nuvem que parecia ter o formato do rosto de uma pessoa.

– Zeus. - Sussurrei.

– Tarde demais! - Exclamou Collin.

Um raio atravessou o céu, e quando vi, atingiu os três garotos sobre o porco, e eles caíram.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os Filhos do Olimpo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.