Molly & Arthur escrita por Thiago, Thiago II


Capítulo 6
Surpresa


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura.
Aproveitem o capitulo.



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29 de outubro de 1962

Arthur havia reunido os amigos dele e os de Molly no banheiro feminino do segundo andar e agora todos se encontravam sentados em circulo. O lugar não era o mais apropriado de escolha levando em conta que era arriscado demais se levando em consideração que ali havia garotos e mesmo que aquele banheiro estivesse quase que totalmente fora de uso.

Apesar de tudo, ainda era contra as regras da escola como deixara bem claro SJ para o irmão caçula quando lhe falara onde seria a reunião sendo que como Arthur lhe explicara depois era um dos lugares mais discretos para se pudessem ter reuniões secretas como era aquele o caso.

No caso de Arthur, ele queria impedir que alguém suspeitasse do que eles pudessem estar fazendo afinal era um segredo que poucos deviam saber. Sendo que uma das pessoas que ele não queria que soubesse era Molly.

_ alguma pergunta? – questionou Arthur após terminar de explicar a ideia que lhe ocorrera sendo que pode perceber o olhar das garotas que ainda desconheciam o fato trocando entre elas como se esperassem que alguma delas tomasse a atitude.

_ não é um pouco estranho que todos nós façamos de conta que esquecemos o aniversário dela? – questionou Rosmerta Ross que acabara por se tornar amiga de Molly junto com sua irmã Rosemary após as férias de natal no primeiro ano.

_ sim pode ser que ocorra... – falou Arthur sorrindo levemente.

_ é porque convenhamos que ela não é idiota e iria suspeitar – disse Andrômeda.

_ não creio que suspeitaria – falou Ted olhando para a sonserina do outro lado do circulo e sorrindo levemente – pelo menos não de algo bom como o que vamos fazer para ela.

_ exatamente isto que quero dizer, não importa o quanto ela suspeite porque aposto que nem em um milhão de anos ela conseguiria descobrir o que estamos planejando – assegurou Arthur.

_ pode repassar do inicio o plano novamente? – pediu Rosemary Ross e o ruivo assentiu antes de olhar ao redor para ver se ninguém os espionava.

_ amanhã todos nós iremos tentar agir normalmente como se fosse um sábado como qualquer outro – disse Arthur – mesmo que os professores possam vir a falar algo sobre o aniversário próximo a algum de nós façamos de conta que não ouvimos ou que simplesmente não tem importância.

_ céus – franziu o cenho Mary Elizabeth - isto soa tão rude.

_ pode até parecer só que é simples atuação nossa e não é como se fossemos ignora-la em tudo é apenas o aniversario dela que faremos de conta que não terá importância – falou Arthur – depois do jantar irei colocar minha parte do plano em pratica e distrair a Molly por algum tempo até que todas as coisas estejam arranjadas no salão comunal da grifinoria.

_ precisa de ajuda para isto? – ofereceram-se Ted e Andrômeda ao mesmo tempo ambos se encararam para então segundos depois desviarem o olhar com a garota estando um pouco corada.

_ hã... Não é necessário – falou Arthur olhando para os dois – mas obrigado mesmo assim por terem se oferecido.

_ o que esta pensando para distrai-la? – perguntou Reginald Cattermole.

_ irei mandar bilhetinhos com pistas para ela seguir – falou Arthur – direi que é uma caça ao presente dela no primeiro e os outros apontaram lugares onde poderá esta ou não escondidos então terão tempo para ajustar as coisas da festa.

_ é uma ideia estupida Arthur, se me permite dizer até mesmo arriscada – disse Amos Diggory acertando os óculos – porque o que realmente garante que Molly não desistira de procurar?

_ você não a conhece tão bem como eu – riu Arthur – Molly é uma pessoa teimosa, não iria desistir de algo até chegar ao fim e vê no que dará.

_ e se ela ficar em apuros? – falou Amos - E se vocês dois acabarem por se meter em uma grande encrenca por estarem fora do horário nos corredores?

_ sim porque devo dizer que não é das experiências mais agradáveis dar de cara com o zelador – ressaltou Ted num tom em alerta.

_ é acredito que grande parte saiba como Pingle pode ser – disse Arthur se lembrando de como há poucas semanas o zelador da escola havia punido cruelmente um aluno pego após o toque de recolher nos corredores.

_ só que iremos dar um jeito no Pingle – sorriu Billius que estava encostando a parede próxima da porta – pedi ao Pirraça para causar uma algazarra no escritório do zelador que irá fazer com que tenhamos os corredores livres por tempo suficiente.

_ por Merlin... Bill como você pode falar algo que planejou que é tão errado que vai totalmente contra as regras e confessar isto na frente de uma monitora – falou Rosmerta Ross apontando o distintivo em seu peito.

_ oh, claro como se você não estivesse quebrando as regras simplesmente por estar aqui e planejar disto tudo – revirou os olhos Billius para então olhar a garota que estava encostada na porta – até porque é uma pequenina ajuda que estou dando ao meu irmãozinho.

_ e o que teremos que fazer? – perguntou Andrômeda.

_ bem, já falei com os rapazes e o Ted com o Reg se ofereceram para cuidar da decoração do salão principal – começou Arthur e os amigos assentiram.

_ desculpe-me, mas estes dois sabem algo sobre como decorar festas por acaso? – perguntou Andrômeda rindo levemente – porque não me parece que o Tonks possa ter jeito para algo que exige tanta delicadeza.

_ eu posso ser uma pessoa delicada se quiser – falou Ted ofendido – e outra Black, minha mãe é uma organizadora de eventos então posso dizer que esteja familiarizado com este tipo de coisa.

_ Céus... – suspirou Mary Elizabeth incomodada com mais uma dos típicos momentos daqueles dois - vocês não conseguem passar um dia sem discutir um com o outro?

_ não olhe para mim – ergueu as mãos em rendição Ted - é sua amiguinha que sempre começa a me provocar.

_ como se você não pedisse por isto – devolveu Andrômeda.

_ na verdade nós aceitamos ajuda sabe? – falou Reginald – se alguma das garotas quiser sintam-se a vontade para nos ajudar até porque acho que qualquer ajuda é bem vinda.

_ sendo assim não vejo porque não eu e a Mary não possamos ajuda-los – disse Andrômeda e a grifinoria assentiu.

_ certo, será que posso continuar o que estava dizendo? – pediu Arthur e os dois assentiram – muito bem, a comida gostaria que ficasse por conta dos lufanos por estarem mais próximos da cozinha e a bebida fica por conta dos corvinos.

_ sem problemas – disse Amos dando de ombros.

_ e a parte do entretenimento? – disse Rosmerta.

_ Ted falou que pode fazer uma apresentação para nós – falou Arthur – ele esta ficando realmente bom com o violão – indicou o amigo que sorriu.

_ eu vou mostrar para vocês como são as musicas ao estilo trouxa – disse Ted piscando para Andrômeda numa atitude para provoca-la a fazendo revirar os olhos.

_ estou sentindo que vou sentir uma grande dor de cabeça nesta festa – falou Andromeda num tom entediado.

_ olha o preconceito com a música trouxa – apontou Ted.

_ não é a musica e sim quem ira fazer a apresentação – corrigiu Andrômeda.

_ posso mudar sua opinião sabia? – disse Ted – Sabe de uma coisa Black? Devia me ver como uma caixinha de surpresas – e sorriu fazendo-a ficar sem graça para então se virar na direção do ruivo - nós termos permissão para fazer isto tudo Arthur?

_ não oficialmente – falou Arthur passando a mão na nuca – mas mandarei um convite avisando ao professor Dumbledore do que planejamos e também para saber se ele quer participar da festa.

Eles se despediram após os últimos ajustes e cada um foi para seu devido salão comunal. Os últimos a saírem acabaram por ser Arthur e seu irmão Billius que se encaminharam lado a lado pelos corredores rumo à torre da grifinoria.

O silencio reinou por alguns momentos até ser quebrado quando ambos se aproximavam do quadro da mulher gorda e o mais velho colocou a mão sobre seu ombro lhe fazendo parar e encara-lo.

_ há algo que gostaria de perguntar – sussurrou Billius - mas não quis fazer na frente dos outros para que não pensassem que eu estava sendo idiota ou estraga prazeres mesmo porque é indiscutível o quanto eu gosto de uma festa.

_ pode perguntar então Bill – respondeu Arthur.

_ a minha pergunta é o seguinte: por que estamos fazendo isto Artie? – questionou Billius fazendo o secundarista lhe olhar com uma feição de ponto de interrogação – Quero dizer, as pessoas aqui fazem aniversario o tempo todo e nunca ninguém pensou em fazer uma festa até porque acabaria fazendo virar moda e então um caos total.

_ você preocupado com o caos é uma novidade – ironizou Arthur – quem dera SJ tivesse aqui para poder ouvi-lo dizer estas palavras.

_ o que estou dizendo é que não seria o suficiente apenas dar algum presente bom e um cartão assinado por todos nós? – perguntou Billius cruzando os braços.

_ Sim, seria algo bom só que não o suficiente para ela – assentiu Arthur - você não acha que Molly merece o que estamos fazendo?

_ não entenda errado o que quis dizer irmãozinho – disse Billius erguendo as mãos em rendição – eu também gosto da Molly, eu a considero uma grande amiga se quer saber só que estou muito surpreso pelo que esta fazendo por ela – o rapaz passou as mãos nos cabelos – a garota tem vários amigos e nenhum deles tinha pensado em fazer isto.

_ eu não sou como os outros não é isto que sempre falam de mim? – falou Arthur ajeitando os óculos tortos – e a Molly merece mais que ninguém o que estamos fazendo porque ela é a pessoa mais caridosa, gentil e companheira que já conheci... Ela esta sempre fazendo coisas boas pelas pessoas e as colocando para cima sem nunca pedir nada em troca.

_ isto é verdade – sorriu Billius tornando a caminhar sendo acompanhado pelo irmão.

_ Eu só quero que ela se sinta bem e poder demonstrar o quanto a apreciamos mesmo que por poucas horas – disse Arthur colocando as mãos nos bolsos.

...

30 de outubro de 1962

Era a ultima aula de Transfiguração naquele dia, Molly estava sentada tomando as ultimas anotações sobre a matéria que fora ensinada sendo que ao seu lado podia-se ver Mary Elizabeth já guardando seus livros e pergaminhos na mochila.

Professor Dumbledore demonstrou aos alunos como fazer abobora de Halloween gargalharem e cantarem o hino dos Puddlemere United no que foi segundo os alunos uma demonstração simplesmente fantástica de magia (apesar de muitos terem criticado a preferencia para time de quadribol do mestre).

_ bem meus queridos alunos como puderam ver é por este e outros motivos que o diretor Dippet não me deixa ajudar na decoração do salão principal para as festas de Halloween – falou Dumbledore num tom amável como de costume – sei que muitos de vocês adorariam aprender a fazer estes feitiços que são complicados para o ano em que estão por isto recomendo que não tentem a menos que gostem de creme de abobora até em seus ouvidos – alguns alunos como Molly tentaram conter o riso outros nem se importaram em fazer isto – acreditem eu sei muito bem do que estou falando.

Arthur estava sentado algumas cadeiras atrás de Molly em outra fileira. Ele havia terminado de dobrar um aviãozinho de papel e usara um feitiço para joga-lo fazendo-o cair na mochila da garota que havia sido aberta por Mary Elizabeth sem que a ruiva percebesse.

Ele havia decidido começar mais cedo por precaução caso Molly não desce confiança a um bilhete mandado durante o jantar. Disfarçando mais do que possível o ruivo guardou seu material lentamente as vezes lançando um olhar de esguelha para ver se ela iria descobrir o aviãozinho e ver o que estava escrito.

Então o professor dispensara a turma ao mesmo momento em que a garota terminara de copiar a matéria do quadro negro. Os alunos se levantaram rapidamente saindo da sala enquanto Molly puxava sua mochila para poder guardar o material percebendo que estava aberta e achou estranho. A ruiva então começou a vasculhar para ver se havia algo faltando.

Arthur sorriu ao ver a face franzida dela enquanto colocava a mochila na mesa vendo se suas coisas todas estavam ali. Então saiu de vista quando viu Molly pegar o aviãozinho fitando pelo canto da porta se ela o desdobraria o que foi que acabou fazendo.

O ruivo deu meia-volta e saiu seguindo para a próxima fase que no caso seria a biblioteca. O ruivo entrou no lugar se embrenhando entre as estantes de forma que não pudesse ser visto pela garota quando ela chegasse.

Poucos minutos depois Molly estava na biblioteca como pedira o bilhete. Seguiu pelas estantes até chegar à seção indicada olhando ao redor como se esperasse que alguém fosse aparecer ali.

Arthur sorriu ao vê-la se certificando de que não podia ser visto então puxando do bolso o segundo bilhete desta vez se encontrava num envelope vermelho e com a outra pegou a varinha e apontou.

_ Wingardium Leviosa – sussurrou Arthur fazendo o bilhete flutuar em sua mão então o fazendo ganhar altura até que pudesse atravessar sobre a estante que dividia a seção que se encontrava da que a garota estava.

Então abaixou a varinha e o bilhete caiu no chão próximo de onde a ruiva estava. Mais do que depressa Arthur saira dali enquanto a garota abria o envelope e lia o que estava escrito. Depois de terminar de ler bem que Molly fora chegar à outra seção só que não encontrara ninguém ali.

Arthur se sentara numa região mais afastada na mesa da grifinoria ao lado do irmão. Às vezes dava uma olhada de esguelha para onde Molly estava sentada ao lado de Mary Elizabeth podendo vê-la mostrar os bilhetes e certamente questiona-la se sabia algo o que como haviam combinado a garota negou e se fez de desentendida.

_ ela esta curiosa – falou Arthur ao irmão – isto é bom – levou um pedaço de torta a boca e mastigara com um sorriso satisfeito.

_ não acha que ela esta achando suspeito que você esta afastado dela? – perguntou Billius ainda mastigando – sabe como é? Vocês dois são amigos e sempre sentam juntos.

_ não acho que esta sentindo muito minha falta – respondeu Arthur ainda com a boca cheia – ou se notou certamente esta mais interessada nos bilhetes ao saber o porquê que me afastei.

_ se ela for esperta talvez junte as coisas – falou Billius.

_ espero que não – disse Arthur – isto estragaria toda a brincadeira.

_ é, porém não a festa – sorriu Billius bebendo seu suco – eu falei com o Pirraça e me disse que assim que o jantar terminar ira começar a algazarra e só para garantir dei algumas bombas de bosta para ele e pedi que ele as estourasse para nos dar um pouco mais de tempo.

Arthur saira do salão principal antes do termino do jantar aguardando pela ruiva numa esquina. Billius estava ao seu lado já que precisava da ajuda dele para fazer um pequeno feitiço e os irmãos criaram uma dobradura de papel de uma andorinha sendo que o mais velho usou um feitiço para anima-lo.

Quanto a Molly aguardou até o final do jantar e até mais quando todos já haviam saído do lugar. Segundo o bilhete a próxima pista seria dada após o jantar e era para ela permanecer no salão o que fizera porem até aquele momento nada.

Ela então decidiu desistir e se levantou da mesa, indo em direção à saída um pouco zangada consigo mesma por estar caindo naquilo que certamente era apenas uma pegadinha de alguém. Foi então que pela porta entrara um pássaro de papel que voara ao seu encontro a assustando inicialmente então voando ao seu redor até que ela estendeu a sua mão para ampara-lo.

Ela desdobrou e sorriu ao ver que era mais uma pista. Seguindo na direção oposta a de seu salão comunal não se importando muito com o que estava fazendo poderia resultar em alguma espécie de punição por ir contra as regras. Arthur sorriu a seguindo até os jardins podendo ouvir ao longe as gargalhadas estridentes de Pirraça acompanhados de xingamentos e brandos de feitiços de um zelador furioso.

Arthur tinha preparado mais quatro pistas devidamente escondidas. Só queria ter certeza de que as encontraria e não as deixaria de procurar por mais que pudesse apostar de que ela não o faria é claro que sempre tinha que ver por ele mesmo de que não estava errado.

Porque caso ela desistisse, Arthur era a segunda opção. Ele mesmo encontraria uma forma de atrasa-la o suficiente para o restante dos amigos terminarem os preparativos da festa. E foi assim por um bom tempo dele apenas escondido ou afastado a vendo procurar as ultimas pistas.

Quando Molly já estava na ultima, não a seguiu decidindo por dar meia-volta e retornar ao salão comunal. A Mulher Gorda que sabia de tudo deixou que ele passasse sem responder a senha.

Arthur passou pela passagem e teria estragado a surpresa ao encontrar o salão inteiro escuro se não tivesse alertado de que era ele. As luzes se acenderam e o ruivo deu uma volta pelo salão conferindo que estava tudo em ordem.

Os lufanos haviam trazido comida e os corvinos bebida o suficiente da cozinha para abarrotar quatro mesas ali. As decorações estavam em ordem e no final de tudo acabou que mais gente havia ajudado a enfeitar o salão grifinorio do que os que haviam se oferecido, como no caso as colegas de quarto de Molly.

Havia serpentinas e bandeirolas nas cores vermelho e dourado do tipo que se usam em parques de diversões cruzando o ar presos uma parede a outra. Ainda havia cartazes cobrindo as paredes com dizeres bonitos além de elogios a aniversariante.

Ted se encontrava sentado afinando seu violão de forma tranquila próximo da lareira e sorrira ao ver o amigo o cumprimentando com um aceno de cabeça. Arthur se jogou em uma poltrona ao seu lado enquanto suspirava e olhava para todo o trabalho que havia feito esperando que a garota aprovasse.

Molly não demorara muito para chegar ao salão comunal quanto Arthur imaginara talvez a ultima pista não estivesse tão bem escondida quanto esperava. A questão foi o alerta que a Mulher Gorda havia dado ao ver a garota se aproximando.

_ Lá vem ela – falou o quatro para o grupo que se encontrava no salão comunal.

Foi uma corrida para os estudantes encontrarem lugares onde pudessem se esconder. Billius apagara as luzes com um aceno de varinha enquanto Andrômeda fazia um sinal para que todos ficassem em silencio.

_ oh, Molly querida o que aconteceu com você? – perguntou a Mulher Gorda e o ruivo escondido próximo à parede estudou e seus olhos saltaram ao perceber que ela talvez pudesse ter sido descoberta por alguém – parece tão triste esta sua carinha.

_ sabe o que é? Hoje é meu aniversario e nenhum dos meus amigos pareceu se importar mesmo com os professores tenham dito em algumas aulas – falou Molly – não que importe com isto, mas é a primeira vez que alguma coisa assim acontece comigo.

_ entendo querida – disse a Mulher Gorda com uma voz solidaria - mas não fique assim.

_ até o Arthur esqueceu – suspirou Molly parecendo decepcionada.

_ não se preocupe talvez ele se lembre disto amanhã – consolou Mulher Gorda – você poderia tê-lo lembrado – se escutou um risinho do outro lado.

_ não seria a mesma coisa – respondeu Molly suspirando novamente – e o pior de tudo foi que cai em uma pegadinha hoje.

_ o que quer dizer? – perguntou Mulher Gorda.

_ alguém me mandou bilhetes e me fez andar por Hogwarts quase inteira – disse Molly – acho que devem ter achado divertido eu correr o risco de pegar uma detenção ou pior.

_ tudo bem querida, pode não ter sido um bom dia hoje só que com toda a certeza amanhã será melhor – prometeu Mulher Gorda e Arthur se surpreendeu pelo modo como o quadro estava levando as coisas daquela forma sem deixar escapar nada – pode entrar a passagem começou a tremer indicando que estava para se abrir - não irei exigir a senha de você hoje.

_ obrigada – agradeceu Molly.

_ feliz aniversario – desejou Mulher Gorda antes da passagem se abrir por inteira.

Quando Molly surgiu pelo buraco de retrato foi a deixa para que as luzes se acendessem e os convidados da festa saíssem de seus esconderijos gritando todos animados e sorridentes.

_ Surpresa – falaram em uníssono enquanto os amigos mais próximos eram os primeiros a avançar para próximo dela para abraça-la e beija-la desejando felicidades.

Os olhos de Molly ainda estavam arregalados pelo choque e fitava cada parte do lugar como se não compreendesse o que estava acontecendo. Arthur sorriu encostado em um canto aguardando que as pessoas terminassem de parabeniza-la para que pudesse tê-la só para ele sem que ficasse ao lado dos outros que naquele momento estavam a sufocando com tanta atenção que lhe davam.

Pode perceber as bochechas da garota coradas pela atenção repentina que ganhara e talvez por não ter imaginado que era assim tão querida pelas pessoas. Ted pegou o violão e olhou para Arthur que assentiu com a cabeça enquanto se encaminhava para mesa.

Ted Tonks iniciou cantando parabéns estando acompanhado de seu instrumento logo tendo a voz dos outros se unindo a si na canção. Os estudantes abriram espaço para Arthur que se aproximava da ruiva trazendo em mãos um bolo bastante bonito feito a pedido dele pelos elfos domésticos do castelo.

_ faça um pedido – disse Arthur para a ruiva quando já estava com o bolo depositado a sua frente e a ruiva sorriu com os olhos brilhando pela proximidade com o fogo para então ela assoprar apagando as velas.

_ então, o que foi que você desejou? – perguntou Mary Elizabeth.

_ ela não pode dizer – respondeu Arthur desviando os olhos para a amiga para momentos depois tornando a olhar para a ruiva – do contrario não ira se realizar.

A festa se seguiu como deveria. Molly abriu os presentes e agradeceu cada um, todos comeram os doces e salgados que estavam à disposição. E Molly se via cercada por pessoas todo o tempo apesar de sempre se desvencilhar delas já que queria conversar com alguém com quem não havia falado direito ainda.

Arthur curtia tudo em silencio saboreando a comida e a bebida em um canto sentado no sofá não muito longe de onde algumas pessoas conversavam com Ted que se mantinha a disposição das pessoas tocando todos os pedidos de musicas que recebesse. Para surpresa do grifinorio uma das pessoas com quem conversava era Andrômeda e para aumentar o espanto do ruivo era de que os dois estavam se dando bem.

No final da festa todos se reuniram nos sofás ou mesmo no chão para escutar a pequena apresentação que Ted fazia como ele mesmo dissera apenas de canções trouxas que mesmo que muitos ali desconhecessem eram até bastante bonitas de se escutar.

Arthur viu o momento em que Molly falara algo para as amigas antes de se encaminhar para onde ele se encontrava sentado parando a sua frente.

_ este lugar esta ocupado? – perguntou Molly enquanto o garoto se endireitava e dava espaço para que ela se sentasse enquanto respondia com um sinal negativo.

Ambos ficaram em silencio por alguns momentos enquanto escutavam a melodia que o amigo de ambos tocava até que por fim a garota quebrou o silencio entre ambos se aproximando de seu ouvido e sussurrando.

_ Então, foi este seu presente para mim afinal? – perguntou Molly fazendo o garoto rir então ajeitando os óculos no nariz.

_ como sabe que fui eu? – respondeu Arthur.

_ a historia toda dos bilhetes? – disse Molly se ajeitando em seu lugar - Quem mais poderia fazer algo assim se não você? Devo admitir que você me pegou direitinho e olha que é difícil de me surpreender.

_ Eu pensei que você deveria ter uma noite que pudesse se lembrar dela daqui a anos – respondeu Arthur – e também queria que você soubesse o quanto gostamos de você e apreciamos tudo que faz pela gente.

Molly sorriu para as palavras do garoto enquanto se ajeitava em seu lugar e se aproximava dele lhe dando um beijo na bochecha que fora bem rápido assim como o efeito imediato que causara nele. Arthur sentira as orelhas ficando vermelhas rapidamente agradecendo pela iluminação do lugar certamente impedir a garota de ver isto.

_ Obrigada – agradeceu Molly então sorrindo para ele e tornando a voltar sua atenção para o lufano e seu violão que haviam acabado de tocar uma canção e agora eram aplaudidos pelos outros convidados.

Arthur e Molly aplaudiram a apresentação do amigo ao lado dos outros enquanto a passagem do quadro se abria e por ela entrava um professor de transfiguração fazendo com que os aplausos morressem e cabeças se voltassem em sua direção.

_ senhorita Molly Prewett – disse Dumbledore e a garota se levantou e se encaminhou até ele parecendo meio hesitante a cada passo que dava então se posicionando a sua frente – creio que esta festa de aniversario seja sua.

_ sim senhor – respondeu Molly em um tom mais do que um sussurro.

_ bem, neste caso feliz aniversario – falou Dumbledore enquanto fazia surgir em suas mãos um embrulho e o entregava a ruiva que parecia bastante surpresa – Senhor Tonks queira retornar sua apresentação? Este lugar ficou tão silencioso de repente.

Molly retornou para seu lugar estando ainda abalada pelo que havia acontecido e encarando o presente que havia em suas mãos. Ted meio desconcertado pela presença de um de seus professores retornara a tocar e cantar então iniciando uma nova musica.

Dumbledore caminhou com normalidade pelo salão cumprimentando seus alunos então se aproximando do sofá onde Arthur se encontrava sentado ao lado de Molly.

_ meus parabéns pela festa e espero que me desculpem pelo atraso – falou Dumbledore – sabem como é vida de professor – os dois murmuraram um sem problemas para o mestre - tive que ficar até agora corrigindo alguns testes que apliquei em alguns alunos.

Então se afastando e indo até a mesa de sobremesas parecendo analisa-la com cuidado. Molly olhou para Arthur com uma cara espantada como se esperasse respostas no que o ruivo dera de ombros e murmurara um eu o convidei para a garota.

_ doce magnifico este Senhor Weasley – disse Dumbledore retornando para próximo dele – acredito não ter tomado um destes desde criança, agora me diga como conseguiu Gota de Limão?

_ os pais de Mary Elizabeth mandaram para ela hoje – falou Arthur espantado em ver que um bruxo como Dumbledore tinha conhecimento sobre as iguarias do mundo trouxa.

O restante da festa ocorreu perfeitamente bem até que o relógio soara às duas da manhã e o professor Dumbledore pediu gentilmente que os alunos fossem as suas camas. Como nenhuma das pessoas ali queria desafiar sua autoridade isto acabou por dar fim à festa.

Se no dia seguinte alguém falasse algo sobre a festa, o professor de transfiguração desconversaria dizendo que não entendia sobre o que estavam falando de maneira que não ocorreu problema algum com nenhum dos alunos que havia estado lá naquela noite.


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Notas finais do capítulo

Duas pessoas favoritaram e três acompanhando.
Sinceramente, estou um pouco desapontado com a falta de participação de vocês por aqui.
Então, sei lá... poderiam comentar aqui embaixo se não for muito incomodo. Até porque eu não mordo meus leitores.



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