Molly & Arthur escrita por Thiago, Thiago II


Capítulo 22
Beijos


Notas iniciais do capítulo

Quem está querendo voltar a escrever e postar a historia depois de anos desde a última atualização? Eu quero.

Se tiver leitores, vou ver se me motivo a escreve-la. Sempre me senti mal por não ter dado um final para Molly & Arthur.



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18 de Agosto de 1964

Thomas Cleawater e Pérsefone Clearwater

Septimus Weasley e Cedrella Weasley

Convidam para a cerimônia de casamento de seus filhos

Danielle P. Clearwater e Septimus Weasley Jr.

Dia Dezoito de Agosto de Mil Novecentos e Sessenta e Quatro ás dezenove horas

Residência da família Weasley em Ottery St. Catchpole, condado de Devon na Inglaterra.

Um segmento ansioso percorria antecipadamente a tenda e Molly viu os parentes Weasley todos ruivos que a rodeavam e era quase como se fosse um deles. Certamente, conseguiria passar despercebida se quisesse. O murmúrio geral quebrado por ocasionais jorros de risadas nervosas.

O Sr. e Sra. Weasley percorriam o corredor e sorriam enquanto acenavam para os parentes. O pai de Arthur usava um conjunto de gala púrpura e uma túnica vermelha com um chapéu combinando.

Um momento depois, Septimus Jr. surgiu ao lado de Billius à frente da marquise. Ambos usavam túnicas vermelhas com grandes rosas amarelas nas casas dos botões. Billius piscou na direção de Arthur que sorriu para o irmão mais velho que estava fazendo às vezes de padrinho. Quando a música então se iniciou do que pareciam ser balões de dourados.

Um grande suspiro foi escutado, todas as cabeças de bruxos e bruxas se viraram para encarar a entrada da tenda. Os convidados ergueram-se conforme o Sr. Clearwater conduzia a noiva para o altar. Danielle usava um vestido branco simples com detalhes em azul e dourado.  

As primas mais novas de Danielle, ambas estavam usando vestidos da cor azul-real e Molly as reconheceu como sendo alunas da Corvinal em Hogwarts. Quarto e Sexto ano, a ruiva recordou. Quando Danielle alcançou Septimus Jr. ele sorriu para a noiva de uma forma que os olhos de ambos brilharam.

— Senhoras e Senhores – disse uma voz musical aguda e o celebrante fez com que a música cessasse – Estamos aqui reunidos para celebrar a união de duas almas fiéis...

...

 A cerimônia havia sido linda, naquele momento os noivos recebiam as felicitações dos convidados. Arthur tinha sido um dos primeiros ao lado de Molly a cumprimenta-los, porém no meio da confusão e agitação da festa foi que a ruiva viu-se perdida de seu amigo.

— Ai está você – disse Arthur Weasley oferecendo uma taça de bebida para Molly. – Achei que iria gostar – Na taça havia um liquido rosado e de cheiro doce. Molly tomou um gole.

— Isso tem gosto de morango – disse ela enquanto o via se sentar com sua propria bebida em mãos.

— Você está se divertindo em seu primeiro casamento? – Questionou Arthur enquanto ajeitava os óculos como de costume.  

— Foi uma bela cerimônia – respondeu ela – E eu realmente gosto das configurações das mesas com esses tons de verde e rosa. Meio que combina com suas vestes. 

Molly olhou para o vestido, ela mal podia acreditar que tinha estado no casamento. Muito menos assistido a um cerimônia, ela era muito nova para recordar-se do casamento de seu Tio Ignatius e Tia Lucretia, porém duvidava que a cerimônia fosse tão bonita e animada como a dos Weasleys.

Billius Weasley tinha levado Hepzibah Lovegood,  uma colega do mesmo ano que ele da Lufa-lufa, como seu par para o casamento. A garota era meio estranha, mas Molly pensou que talvez não houve garota mais animada que combinasse tanto com o Capitão de Quadribol da Grifinoria.

Danielle e Septimus Jr. pareciam felizes e dançavam aos som das gaitas de fole. E Molly sentiu enrubescer quando compreendeu que obviamente ela era tida como o par para Arthur aos olhos de todos.

— Eles são muito bonitos juntos não acham? – falou Molly para Arthur.

Alisando a saia em seu colo e trocando os pés um sobre o outro, Molly tentava evitar a ansiedade para dançar. Arthur não a tinha convidado ainda, ela olhava para a mais nova Sra. Weasley que deslizava pelo salão aos sons das palmas animadas dos convidados.

Danielle e seu novo marido estavam girando na pista de dança.  Vestido branco de noiva ondulando ao redor dela enquanto seus cabelos em uma cascata de cachos castanhos caia por suas costas.

Billius estava dançando com a garota Lovegood nas proximidades, assim como os tios e pais de Arthur também faziam. Molly os observou com certo carinho e vontade de dançar, deu rapido olhar para Arthur e o viu dando um gole em sua bebida enquanto fitava o casal de recém-casados.

— Sua família parece tão feliz hoje – disse Molly – As festas dos Weasleys são sempre assim?

— A maioria delas é – sorriu Arthur – Lamento por sua família não ter conseguido vir.

— Você não lamentaria se você tivesse visto o quanto meu Fabian estava afetado por aquele feitiço acidental – contou Molly – Papai teve de leva-lo ao St. Mungus depois que o Gideon decidiu que estava tudo bem em pegar a varinha que tinhamos comprado para eles e os dois podiam sair por tentando fazer feitiços. Acredite, não é a primeira vez que papai tem de recusar um convite por conta de uma encrenca que meus irmãos se meteram.

— Pelo menos nenhum dos gêmeos de feriu gravemente – disse Arthur – Poderia ter sido muito pior. Uma azaração que faz crescer chifres não deve ser algo tão dificil de reverter.

— Não foi, mas eles tiveram de ficar de castigo – respondeu Molly – E de quebra, papai teve de ficar em casa os vigiando porque não conseguiu nenhuma babá para olha-los. Minha Tia Tessie esta viajando e minha Tia Muriel se arrependeu da última vez que teve que cuidar deles.

— Os gêmeos vão começar Hogwarts esse proximo ano – disse Arthur – Devem estar anciosos.

— Eles continuam empacontando e desempacontando os malões – disse Molly – Vestindo os uniformes novos de Hogwarts que papai comprou para eles. Eles estão tão animados, vou ter de ficar de olho nos dois enquanto estivermos viajando no trem. Não posso deixar que escapem do meu campo de visão.

— Será divertido tê-los por perto – disse Arthur – Podemos mostrar para eles as passagens secretas que conhecemos do castelo e apresentar a Lula Gigante para eles.

— Eles vão adorar isso – disse Molly sorrindo. Ela olhou para a dança novamente e suspirou com suavidade. Ao lado dela, pelo canto de olho, foi capaz de ver Arthur lhe encrando com carinho.

Arthur olhou para a dança e depois voltou o olhar novamente sobre ela e pareceu conseguir fazer a ligação entre as duas coisas. Arthur ficou de pé e aproximou-se do lado dela segundo uma mão e curvando-se formalmente.

— Gostaria de dançar, Srta. Prewett? – perguntou Arthur com um sorriso discreto.

Molly sorriu e aceitou a mão do ruivo.

— Achei que nunca iria me perguntar, Sr. Weasley – respondeu Molly. Ela foi guiada por Arthur até a pista de dança e pegaram uma das beiradas menos movimentadas e um pouco afastadas da maior parte dos dançarinos.

Eles pararam em frente um ao outro. Arthur levantou uma mão e segurou com a dela, a garota sentiu seu toque frio e as mãos suadas quando a pele enconstou-se com a sua. Molly sorriu e firmou sua mão contra a dele tentando passar mais segurança. Enquanto com a outra mão guiava a dele para a sua cintura.

— - Você está nervoso? – perguntou Molly.

— Um pouco – admitiu Arthur – Eu e Billy tivemos algumas lições na semana passada com a mamãe. Mas nunca dancei em publico antes e com você... Você sabe dançar?

— Sei sim – disse Molly sorrindo – Papai me pagou algumas aulas assim como piano também.

— Oh, piano é? – disse Arthur.

— Sim, mas só um pouco – confessou Molly.

— Bem, talvez possa me ensinar a dançar já que tomou lições com um professor – disse Arthur com as orelhas um pouco vermelhas – Me avise se eu estiver pisando nos seus pés.

— Tenho certeza de que você se sairá bem – disse Molly. Arthur sorriu para o comentário e eles firmou o toque de sua mão no quadril dela.

Molly sentiu como se estive flutuando em uma nuvem enquanto seus corpos se moviam no ritmo da música. Eles pularam e deslizaram, giraram ao redor de si mesmos em meio a risos um do outro. Ela nem sequer sentiu que ficou tonta, porque a todo o momento tinha os seus olhos castanhos nos azuis claros de Arthur.

— Então, eu consegui para você uma coisa que talvez goste – disse Arthur algum tempo depois da terceira dança deles – Feche os olhos – Ele pediu e Molly lhe olhou confusa.

— O que? Mas por que? – perguntou Molly – Você não precisa me dar nenhum presente. – ela parecia resistente em acatar ao pedido do ruivo - Não é meu aniversário nem nada assim. Ainda nem é outubro para você me dar algo de aniversário, Artie.

— Apenas me obedece, Mols – disse Arthur e suas orelhas estavam escandalosamente vermelhas – É algo que eu sei que você vai gostar. – Ela obedeceu e fechou os olhos, o garoto então pegou sua mão e depositou algo que ao toque dela parecia se tratar de um envelope – Pode abrir.

— O que é isso? – disse Molly enquanto observava ao envelope. Ao abri-lo tirou dali dois ingressos – São para o próximo show de Celestina Warbeck. – As orelhas de Arthur aquela altura já encontravam-se escarlates.

— Eu sei que você gosta dela e você tinha comentado que o seu pai não havia conseguido os ingressos para o show de natal – comentou Arthur – Mas esses são para o do Dia das Bruxas que vai acontecer em Hogsmeade. Eu pensei que poderiamos ir juntos e este poderia ser nosso primeiro encontro.

Agora Molly parou de encarar os ingressos para fita-lo. Ao redor deles, os casais ainda dançavam, mas a garota ficou completamente imovel e surda para qualquer música que a banda estivesse tocando. Sua boca então se abriu um pouco em sinal de surpresa.

— Você está me pedindo para ser sua namorada, Arthur? – Ela sussurrou incapaz de trazer algum tom para sua voz que não fosse de surpresa – Eu... Nossa, eu...

— D-Desculpe, eu d-deveria saber... D-Digo, eu poderia ter pensado melhor e visto que... Q-Que eu e você, nós não... – disse Arthur babulciando e agora não apenas as orelhas como todo seu rosto estava avermelhado como um pimentão maduro.

— Eu adoraria ser sua namorada, - Ela respondeu docilmente. Arthur devolveu o sorriso e se inclinou para Molly e a beijou novamente. Cinco minutos depois, Billius e Septimus Jr. apareceram.

— Então finalmente perguntou a ela e parece que a resposta foi sim – disse Billius alegremente enquanto arrastava Arthur para longe. Ele olhou por cima do ombro para Molly e piscou um olho para a nova namorada de seu irmão. Molly deu de ombros e seguida sorrindo lançou uma piscadela para o novo cunhado.

— Eu falei que tudo funcionaria – respondeu Septimus Jr. – Que ele e Molly ficariam bem e se ajeitariam um com o outro.

— Você estava certo, SJ – disse Molly aproximando-se do novo namorado e dos dois irmãos dele. – Agora acho que deveriamos contar aos seus pais, Arthur. Eles vão ficar felizes em saber, não vão?

— Claro que vão – falou Billius então oferecendo o braço para a garota – Venha, esta na hora das fotos. SJ, vai na frente e tome seu lugar de noivo do contrário mamãe vai matar você e sua nova esposa também. 

Molly deixou-se ser conduzida pelos trio Weasley até o restante da familia e quando se aproximaram, Cedrella a colocou ao lado de Arthur. Os dois jovens então deram suas mãos quando  o fotografo disparou o fleche.

...

01 de Setembro de 1964

— Fabian Prewett – chamou Minerva McGonagall. Do lado dela encontrava-se Arthur e por debaixo da mesa ambos davam as mãos. Ela viu a aproximação de seu irmão do Chapéu Seletor, havia um olhar cauteloso no gêmeo que raramente se encontrava ali. Fabian sentou-se no banquinho e a professora de Transfiguração desceu o chapéu sobre a cabeça ruiva do menino de onze anos.

— Grifinoria – anunciou o Chapéu Seletor momentos depois. Os grifinorios aplaudiram, sendo que Molly, Arthur e Billius vibravam enquanto Fabian sorria e ia correndo ateá a mesa vermelho e dourada. O pequeno sentou-se de frente para a irmã.

— Gideon Prewett – chamou McGonagall.

— Grifinoria – disse o Chapéu Seletor após mal tocar a cabeça de Gideon. Ele Fabian comemorou assim como o restante dos grifinorios a escolha de seu irmão para a casa dos leões. Ambos os gêmeos encontravam-se unidos na mesma casa que Molly.

Quando a cerimônia de seleção terminou, os gêmeos bateram seus calices juntos em um brinde em comemoração.

— Juntos sempre – anunciaram ambos em unissono.

E depois beberam o suco de abóbora. Eles tinham estado anormalmente calmos com o passeio de trem, provavelmetne preocupados com a hora da seleção e a perspectiva de serem separados em casas diferentes. Ao menos, era essa conclusão que Molly chegava naquele momento. Billius inclinou-se para Arthur, falou em um tom de voz que apenas o irmão e a namorada dele pudessem ouvir.

— Gideon e Fabian, hein? Irmãozinhos mais novos da Molly são grifinorios. – disse Billius - Se for verdade as coisas que ela disse sobre os dois, talvez seja momento de eu encaminha-los para manterem as coisas interessantes por aqui. Torna-los meus púpilos talvez.

— Eles não estão interessados em se tornarem seus seguidores nas traquinagens de Hogwarts, Billius – disse Molly docemente para o cunhado.

— Oi, estamos sentados bem aqui e conseguimos escutar vocês – respondeu Gideon.

— E essa historia toda parece bem interessante – disse Fabian – Conte-nos mais.

— Billius, não... – disse Molly.

— Billius, sim – disseram os gêmeos – Pode ir dizendo.

— É um clube de traquinagens – disse Billius – Tenho procurado jovens com potencial para gerencia-lo agora que eu e meus amigos estamos para nos formar em breve. Mais uns dois anos estamos fora de Hogwarts.

— Um clube de traquinagens soa como algo que nós amamos – disse Gideon.

— Não, não vão amar quando verem as errascadas que podem se meter – respondeu Molly – Não vale a pena pelas detenções que receberiam. Porque é muito dificil de imagina-los conseguindo escapar ilesos se forem pegos por Pringle. Ele não vai ter pena de vocês só porque são primeiranistas.

Gideon e Fabian resmungaram entre eles e voltaram suas atenções para o jantar. Depois que Dumbledore encerrou a festa, Rufus Scrimgeour  o monitor-chefe da Grifinoria, então começou a organizar os primeiros anos para que saíssem do Salão Principal. Molly encarou os gêmeos que pareciam bastante entretidos na sobremesa, porém ergueram-se em meio a gemidos e encheram os bolsos com os biscoitos antes de se retirarem da mesa.

— Podem ir agora – disse Molly vendo os dois ainda parados encarando a mais velha – O Scrimgeour vai passar as orientações que vocês precisam saber. Nós nos veremos na Torre da Grifinoria. – Eles ainda a olhavam com seriedade – Parem com isso, vocês parecem malvados me encarando assim.

Os gêmeos compartilharam um olhar que Molly não conseguiu decifrar, depois se viraram e seguiram em direção dos seus colegas primeiranistas. Molly observou-os ficando intrigado pelo olhar e como estavam se comportando. Arthur levantou-se e ajudou-a a se levantar do banco. Ambos agora de mãos dadas saiam tranquilamente do Salão Principal.

— O que houve com os meninos? – Perguntou Molly a si mesma em voz alta. O casal estava de pé em uma das escadas em movimento, esperando quando ela lentamente recolocava-se no lugar. Arthur estremeceu e suspirou pesadamente antes de encara-la. – Você sabe?

— Sei, mas você não vai gostar de ouvir – falou Arthur.

— O que? Sou eu? – falou Molly surpresa. Arthur esfregou a parte detrás do pescoço ainda sem dizer nada, provavelmente buscando palavras certas para dizer a ela.

— Eu acho, bem... Eu acho que você está tentando demais em mantê-los na linha – disse Arthur rapidamente enquanto desviava seu olhar para uma pintura em que um grupo de magos jogava xadrez de bruxo.

— O que você quer dizer com isso? – perguntou Molly.

— Bem, os meninos não precisam que você trate-os como bebês dentro de Hogwarts – respondeu Arthur com cuidado em suas palavras – Eles já tem onze anos. E você não pode esquecer que aqui é uma estudante assim como eles por mais que seja também irmã mais velha. Deixe-os um pouco mais livres.

— Eu realmente estava sendo tão mandona assim? – perguntou Molly. Arthur assentiu. – Eu nem percebi que estava fazendo isso com os dois... – Com um gemido a escada se instalou em seu pouso. E os dois começaram a andar de novo e subirem os degraus de mãos dadas.

—Eu acho que você precisa dar aos seus irmãos algum espaço para que eles possam aprender a ser estudantes – falou Arthur ajeitando seus óculos – Família é importante, mas não pode mantê-los debaixo de sua saia para sempre, Mols. Afinal, nenhum primeiranista possui uma mãe por perto.

— Você está certo – falou Molly sorrindo e uma voz que exalava surpresa.

— Sempre o tom de surpresa – disse Arthur – Isso as vezes acontece simplesmente, sabe? – E riu eles então pararam quando as escadas retornaram a mover-se. A ruiva colocou os braços ao redor do pescoço dele e os dois se beijaram.

— Eu deveria te ouvir mais vezes – falou Molly – Você vai me ajudar, Arthur? Avise-me se eu estiver sendo exagerada futuramente com os dois.

— Claro, teremos que pensar em um sinal que eu possa lhe dar para que você saiba que está no momento de parar. – falou Arthur.

— Por que você não diz apenas uma palavra como Grindylow? – falou Molly – Nós dificilmente a usamos então acho que poderia funcionar.

— Isso ou eu posso muito bem pensar em um sinal melhor – sussurrou Arthur quando eles chegaram juntos em frente ao Quadro da Mulher Gorda, ambos ainda de mãos dadas.

 E antes que ela soubesse o que estava acontecendo, encontrou-se sendo completamente beijada. Desde sua orelha até o ombro o que fez com que se sentisse arrepiar por completo. Ela abraçou Arthur e sentiu sua mente ser limpa instantaneamente sobre qualquer assunto que envolvesse seus irmãos.  

— A senha? – pediu a Mulher Gorda sorrindo para o casal adolescente.

— Oh, sim... Fortuna Major – respondeu Arthur e os dois entraram no Salão Comunal.

O casal seguiu juntos até próximo da lareira e tomou uma das poltronas. Arthur sentando normalmente no assento enquanto Molly tomou um dos braços e sentou-se ali. Ambos então começaram a se beijar ali diante dos olhos dos colegas grifinorios.

Poucos minutos depois, duas figuras baixinhas e idênticas se aproximaram deles e ficaram os fitando. Molly e Arthur os ignoraram, nem se preocupando em vê-los ou mesmo cogitar que pudessem ser pessoas conhecidas. Estavam na esperança de que um dos monitores tomasse a atitude de interferir e envia-los para o dormitório. Infelizmente, os gêmeos não aprovaram.

— Oi, o que estão fazendo? – perguntou Gideon girando a varinha em mãos.

— Tire os lábios da nossa irmã – acrescentou Fabian cutucando a orelha de Arthur com a ponta de sua varinha.

Molly sentiu seu rosto ficar avermelhando enquanto os seus dois irmãos mais novos a encaravam e a seu namorado. Ninguém queria ser o primeiro a quebrar o silêncio entre os quatro. Gideon e Fabian ficaram ombro a ombro os encarando. Com os braços cruzados sobre os peitos e varinhas nas mãos. Quase um reflexo um do outro.

— Como você os distingue? – Sussurrou Arthur alto o bastante para que os gêmeos pudessem ouvi-lo e agora o fuzilassem com o olhar.

Molly riu, não podendo dar uma resposta ou explicar ao namorado afinal o beijo a tinha deixado meio tonta e achou divertido vê-lo embaraçado encarando os gêmeos. O Weasley levantou-se da poltrona, ajeitou os óculos e então se agachou para que pudesse olhar os meninos nos olhos.

— Eu e Molly estamos juntos agora – disse Arthur – Somos mais que amigos e eu não queria que descobrissem assim. Mas, é isso que tenho a dizer para vocês dois. Sou o namorado da irmã de vocês. – Ele jogou os braços ao redor dos ombros dos garotos e levou-os na direção das escadas que davam para os dormitórios – Talvez queiram escrever ao Sr. Prewett para contar a novidade.

— Tenha certeza Weasley que nós vamos fazer isso – disse Gideon enquanto ele e Fabian subiam a escada rapidamente em direção dos dormitórios masculinos.

Molly balançava a cabeça rindo sem graça. Ela não pensou em como os gêmeos afetariam seu novo relacionamento com Arthur. Talvez não estivesse assim tão feliz por ter seus irmãos em Hogwarts afinal.


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Notas finais do capítulo

Hepzibah Lovegood - Irmã de Xenophillius Lovegood. Ou seja, uma tia paterna para nossa querida Luna.
Familia Clearwater - Eles tem uma ligação com a Penélope Clearwater, namorada do Percy Weasley na época de Hogwarts. A Danielle seria algo como uma tia ou prima de segundo grau da Penélope.
Rufus Scrimgeour - Sim, o Ministro da Magia que sucedeu Cornélio Fudge em Enigma do Príncipe. Aqui ele esta em seu sétimo ano de Hogwarts e foi escolhido como o monitor-chefe do ano de 64.

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