Molly & Arthur escrita por Thiago, Thiago II


Capítulo 21
Beco Diagonal


Notas iniciais do capítulo

Depois de um tempo sem postar retorno com um capitulo novo para vocês.
Boa leitura.

Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/432441/chapter/21

Tinham chegado ao Beco Diagonal. Molly e sua família tinham vindo através da rede de flu como era de costume já que eles não moravam em Londres e era um grande numero que William fizesse uma aparatação acompanhada. Eles saíram um atrás do outro então da lareira direto para o hall do pub conhecido que era o Caldeirão Furado.

E o som veio novamente em seus ouvidos e a imagem atingiu seus olhos assim que saiu da chaminé podendo escutar logo atrás o barulho que denunciava que seus irmãos estavam a caminho. Primeiro tinha saído Molly vindo logo depois os gêmeos e para fechar viera seu pai por ultimo.

_ Parece que Tom andou fazendo uma limpeza na chaminé desse lugar – falou William limpando um pouco de fuligem apenas que estava em seus ombros como se fosse caspa enquanto Molly escovava de maneira elegante as cinzas que estavam sobre as mangas da sua blusa para longe.

Gideon e Fabian já tinham corrido dela mesmo antes que a garota se virasse na direção deles para limpa-los também. Molly nem ao menos se importou de insistir naquilo quando viu que eles tinham a ignorando quando ela chamou seus nomes.

Os gêmeos tinham preferindo se fingir de surdos para ela e pegarem uma mesa vaga do outro lado do lugar. Então que ficassem sujos que ela não iria se importar mais. O Caldeirão Furado era o mesmo de sempre sendo muito escuro e com um aspecto mais simples de quando comparado com outros pubs como o Três Vassouras, por exemplo.

Não havia muito movimento ali depois do almoço sendo que deveria haver ao menos umas seis pessoas no bar fora a família de recém-chegados e o dono do estabelecimento.

Havia essas bruxas sentadas em uma das mesas mais afastadas do lugar e que pareciam estar em uma espécie empolgante de conversa do tipo que nem tinham tocado em suas bebidas ainda. Sendo que uma ou outra dava seus goles de vez em quando em seu chá.

Tinha esse bruxo lendo um livro enquanto girava magicamente a colher em seu café com os movimentos dos dedos sem nem ao menos encostar-se a eles. E tinha esse garotinho que tinha a coruja numa gaiola e parecia estar querendo chamar a atenção do animal colocando uma varinha dentro do espaço entre as grades para tentar ver se a ave bicava. Molly se perguntava onde estava a mãe daquela criança.

O barulho das conversas parou quando eles entraram. Todos pareciam conhecer William como de fato o faziam afinal a Prince & Prewett era uma grande loja no Beco Diagonal e dos dois proprietários era certo dizer que o ruivo ali presente era sem sombra de duvidas o mais querido e simpático.

Era correto em se afirmar que William conseguia ser uma pessoa agradável sendo um dos motivos pelos quais as pessoas voltavam sempre a sua loja já que se dependesse do seu sócio era certeza que a clientela seria reduzida a grandes proporções.

Molly sabia disso como percebeu como grande parte olhou para seu pai assim que eles entraram. Os bruxos acenaram e sorriram para ele em cumprimento e o ruivo retribuiu enquanto algumas das senhoras lhe lançavam uma saudação com claras segundas intenções que o preparador de poções decidiu ignorar.

E o garçom passou ao lado dele e bateu no ombro de William Prewett para lhe chamar a atenção e quando a tinha já foi perguntando:

_ Grande Prewett – sorriu Tom com seus dentes tortos amarelados - O mesmo de sempre? – O ruivo lhe bateu o ombro e negou com um aceno de cabeça.

_ Bem que gostaria Tom só que acredito que já esteja tarde para isso – respondeu William verificando o relógio de bolso – É, como eu esperava está em tempo de ir para abrir a loja. Prepara-me para a hora do movimento que vem depois do almoço.

_ Claro... Movimento está prometendo para hoje – respondeu Tom então notando as crianças – são seus gêmeos? Ah, estão aqui para comprar os materiais para Hogwarts acredito.

_ Eles estão na idade realmente – falou William colocando a mão no ombro de cada um dos gêmeos – Eu nem posso acreditar nisso, entende? Foi difícil quando Molly embarcou para Hogwarts pela primeira vez e agora com eles, eu acho que será o dobro porque não consigo me imaginar em casa sem essas duas pestes – ele passou a mão nas cabeças ruivas de seus filhos os descabelando.

_ Molly está uma bela moça também – disse Tom olhando para filha mais velha do amigo e a jovem agradeceu pelo elogio – Em que ano se encontra mesmo?

_ Quarto ano – respondeu Molly.

_ Posso apostar que está arrasando os corações dos garotos de Hogwarts – falou Tom e a moça se sentiu encabulada enquanto os gêmeos riram.

_ Ah, não que eu saiba só que eu não duvidaria disso – disse William – mas ai também de quem bancar o engraçadinho para cima da minha Molly porque já terá que lidar com dois primeiranistas de prontidão para lhes dar uma lição.

_ Entendo – falou Tom colocando a bandeja debaixo do braço – Então não irei mais atrasá-lo. – voltou-se para os jovens então – Eles ficaram por aqui ou já estão indo com você?

_ Molly está esperando uns amigos para que possam ir juntos as compras – disse William – sei que ela dá conta dos gêmeos só que mesmo assim ajuda nunca é demais. Sempre é melhor mais olhos sobre esses dois por precaução.

_ Papai, você sabe que estamos aqui não? – disse Gideon acenando.

_ E que agora temos onze anos e estamos prestes a ir para Hogwarts? – disse Fabian. – Não fale da gente como se fossemos...

_ Crianças levadas – falou Gideon completando a frase do irmão que assentiu.

_ Seriam o que então? – falou Molly erguendo as sobrancelhas para aquele comentário - Caranguejos de fogo? – Os garotos pareceram ignorar o comentário da irmã só que o pai deles olhou para a filha e sorriu pelo canto dos lábios.

_ Eu sei de tudo isso rapazes, não precisam repetir porque eu vou lembrar-me bem de que logo terei que encontrar um bom lugar para esconder suas varinhas até setembro para que não destruam o quarto de vocês. – falou William e outro bruxo riu – Terei que ir agora então será que pode fazer o favor de cuidar deles para mim, Tom? Deixe que peçam o que quiserem e coloque na minha conta.

_ Até mais, papai – disse Molly se despedindo de William lhe dando um abraço – Pode deixar que eu irei cuidar dos dois - e logo depois se afastando um pouco para que os gêmeos desse ao mesmo tempo um grande abraço no pai.

E William encaminhou-se para a saída enquanto os filhos seguiam para uma das mesas vagas. Os gêmeos se sentaram um ao lado do outro como era esperado enquanto Molly pegou o lugar a frente deles. A ruiva estava de frente para a porta enquanto os seus irmãos estavam de costas para a entrada.

_ Pode estar certo de que o que papai falou está correto - falou Gideon rindo marotamente então se voltando para o irmão – Concorda comigo, Fab? – e o gêmeo assentiu.

_ Sobre o que estão falando? – questionou Molly.

_ Com toda a certeza, Gide – disse Fabian nas mesmas risadas – Ninguém mexerá com a nossa irmã com nós dois por perto. – eles assentiram um para o outro então se virando para Molly - Vamos cuidar de você como irmãos devem fazer.

_ Oh, isso... – disse Molly rindo – Aquilo era uma piada.

_ Mesmo assim... – falou Gideon piscando um olho.

_ Me sinto tão mais animada com eles por perto agora para me protegerem – falou Molly irônica – E olhem para vocês, acham mesmo que um aluno mais velho não iria acabar com os dois caso fizessem algo contra ele? – os dois ficaram em silêncio.

_ Existe alguém Molly? – questionou Fabian parecendo intrigado com a frase da irmã.

_ Como é? – disse Molly pega de surpresa então riu nervosa – Não há ninguém.

_ Não? E esse tal aluno mais velho... – disse Fabian.

_ Ele foi apenas uma suposição – falou Molly com um tom de voz obvio – Ou acha mesmo que eu namoraria alguém mais novo ou da idade de vocês?

_ Esses seus amigos que vamos encontrar aqui – falou Gideon ainda não parecendo convencido – são garotos? – e Molly passou a mão na testa pensando o que fizera para merecer aquele interrogatório daqueles dois.

_ Sim, são... Billius e Arthur Weasley – falou Molly – os dois são da mesma casa que eu e somos amigos a muito tempo. – ela depositou as mãos sobre a mesa - Arthur é do mesmo ano que eu em Hogwarts.

_ Já ouvimos falar desse Arthur – disse Gideon – Nos lembramos das primeiras cartas que mandou para nós em que dizia sobre ele e dissemos para que tomasse cuidado com o cara porque não gostávamos muito dessa intimidade dele para perto de você.

_ Também foi acampar com a família dele durante esse verão. – falou Fabian – Você se aproximou muito da família dele também. E até hoje nós não o conhecemos ainda o que é meio estranho não acha?

_ Oh, por favor... – falou Molly cansada – Eu apenas não tive a oportunidade de apresenta-los.

_ Em quatro anos? – falou Gideon e Fabian fez o numero com os dedos da mão – Sério, ainda fica mais estranho se quer saber é quase como se não quisesse que conhecêssemos esse cara. Qual é o problema Molly? Tem medo que afastemos o seu namorado?

_ Ele não é meu namorado – disse Molly rispidamente e os dois riram – E é esse um dos motivos de não apresentar vocês a ele.

_ Ah, se ele fosse seu namorado você iria nos apresentar – disse Gideon cruzando os braços sobre a mesa e fingindo estar impressionado – bem gentil da sua parte isso.

_ Ou ela ainda quer ter a chance de torna-lo seu namorado – falou Fabian divertido.

_ Realmente, será que você está sugerindo que nossa irmãzinha está no amor com Arthur Weasley? – disse Gideon então se voltando para a garota – Isso é verdade, Molly? Esta gostando desse garoto? Oh Merlin, você está corando então é verdade...

_ Cale a boca – falou Molly – Eu e Arthur somos só amigos.

_ Ah, aposto que são muito próximos – disse Fabian.

_ Calma ai, Fab – disse Gideon interrompendo Molly antes que ela fosse repreender mais uma vez Fabian – Nossa irmãzinha pode ficar ainda mais estressada e não queremos que ela esteja não muito apresentável quando o só amigo dela chegar.

_ Vocês não valem nada – falou Molly – Parece que tiraram o dia para se divertirem as minhas custas. Só prometam que irão se comportar quando ele e o irmão chegarem aqui – ela suspirou - porque acredite eu estou acostumada com vocês dois só nem todo mundo é como eu.

_ Tem medo que o espantemos? – disse Fabian surpreso então rindo levemente – Qual é Molly?

_ Não somos tão ruins assim – falou Gideon ele olhou para o gêmeo antes de continuar após voltar seu olhar para a irmã – Relaxa, sabemos ser como anjos quando as coisas pedem que sejamos. – Aquilo fez com que Molly sentisse vontade de rir porque era difícil de imaginar que os gêmeos não fossem soltar nenhuma mínima piada que fosse.

_ Que seja – falou Molly – Irei me lembrar disso caso vocês passem da linha mesmo que seja um pouco que possa ser – ela suspirou pesadamente – Algum de vocês trouxe a carta de Hogwarts? — perguntou enquanto via Tom trazendo as bebidas e Fabian tirou o envelope de pergaminho do bolso o estendendo à irmã. - Ótimo. Aí tem uma lista de tudo que vocês vão precisar. - Ela desdobrou um segundo pedaço de papel que vinha junto da carta onde estava a lista. Molly então leu o que dizia na lista para que os gêmeos ouvissem.

ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA DE HOGWARTS

Uniforme:

Os estudantes do primeiro ano precisam de:

Três conjuntos de vestes comuns de trabalho (pretas)

Um chapéu pontudo simples (preto) para uso diário

Um par de luvas protetoras (couro de dragão ou similar)

Uma capa de inverno (preta com fechos prateados)

As roupas do aluno devem ter etiquetas com seu nome.

_ Etiquetas? Isso é tão brega – falou Gideon rindo desdenhoso – Só bebês e filhinhos da mamãe que tem etiquetas nas roupas. Nós não queremos isso em nossas roupas porque se estiverem lá vamos arrancar.

_ Vocês que não ousem porque eu que terei que etiquetar e costura-las nas vestes – disse Molly repreendedora – E isso é porque do contrário suas vestes não teriam como ser identificadas então como ficariam para vir para vocês de volta depois da lavagem ou se vocês as perderem?

_ Ela tem um pouco de razão nessa parte, Gide – respondeu Fabian ao irmão então voltando para a que estava em sua frente – O que fala ai sobre os nossos materiais? – e Molly tornou a continuar lendo.

Livros:

Os alunos devem comprar um exemplar de cada um dos seguintes:

Livro padrão de feitiços (1ª série) de Miranda Goshawk

História da magia de Batilda Bagshot

Teoria da magia de Adalberto Waffing

Guia de transfiguração para iniciantes de Emerico Ewitch

Mil ervas e Fungos mágicos de Fílida Spore

Bebidas e poções mágicas de Arsênio Jigger.

Animais fantásticos e onde habitam de Newton Scamander

As Corças das trevas: Um guia de autoproteção de Quintino Trimble.

_ Pensei que só tivéssemos Trato de Criaturas Mágicas a partir do 3° Ano – falou Fabian parecendo confuso – Então por que nos pediriam um livro desses agora?

_ É usado como um livro complementar de Defesa Contra a Arte das Trevas – respondeu Molly – Estudamos a teoria sobre animais das trevas já que o outro livro é mais sobre autoproteção. Mesmo assim é um bom livro.

Outros Equipamentos:

1 varinha mágica

1 caldeirão (estanho, tamanho padrão 2)

1 conjunto de frascos

1 telescópio

1 balança de latão

Os alunos podem ainda trazer uma coruja ou um gato ou um sapo.

LEMBREMOS AOS PAIS QUE OS ALUNOS DO PRIMEIRO ANO NÃO PODEM USAR VASSOURAS PESSOAL.

_ Que saco... Nós não podemos ter nossa própria vassoura – reclamou Gideon e Molly lhe olhou severamente.

_ Cuidado com esse linguajar, mocinho... – falou Molly então vendo alguém entrando pela porta e Arthur entrou pela porta da frente sendo acompanhado por Billius logo atrás sendo que levaram alguns segundos apenas para encontrar com a garota e seus irmãos.

_ Hey Molly – falou Arthur a cumprimentando enquanto se aproximava o que somente fez com que duas cabeças ruivas idênticas se virassem em sua direção quase que automaticamente – Ah, esses devem ser seus irmãos...

_ E você deve ser o tal amigo de Molly de quem sempre ouvimos falar – falou Gideon – Arnold não? – E tentou chuta-lo por debaixo da mesa apenas encontrando com a perna de Fabian no lugar. A garota lançou ao irmão um pedido de desculpas pelo olhar enquanto via perifericamente Arthur e o outro gêmeo apertarem as mãos em um cumprimento.

_ Na verdade, é Arthur... – falou o quartanista – você é Gideon ou Fabian?

_ Ah, qual é? Eu sou Fabian – falou o outro gêmeo – Não consegue ver a diferença?

_ É, eu sou o mais bonito – falou Gideon recebendo então uma cotovelada do irmão então rindo.

_ Esse é Gideon e o outro é Fabian – falou Molly apresentando os dois formalmente enquanto Arthur cumprimentava o outro gêmeo que ainda não tinha tido a chance – Pensamos que iam vir pela rede de Flu.

_ Teria sido realmente melhor – respondeu Arthur enquanto via Billius se aproximando deles trazendo duas garrafas de cerveja amanteigada – Se alguém não tivesse convencido nossos pais de que estava preparado para uma aparatação acompanhada.

_ Hei, eu já me desculpei – falou Billius como se aquilo já tivesse sido discutido anteriormente – Eu até que me sai bem para quem nunca tinha feito algo assim e sorte nossa porque poderia ter sido pior então tente não se lembrar disso. – E entregou uma das garrafas para Arthur.

_ O que aconteceu? – perguntou Molly parecendo preocupada.

_ Aparatamos umas duas quadras daqui em vez de ser aqui a frente – falou Billius – Não fomos vistos por nenhum trouxa estranhamente. Então, como eu disse as coisas poderiam ter sido piores só que já foi o suficiente para Arthur se zangar.

_ Eu não estou zangado apenas acho que poderíamos ter nos dado mal com isso de aparatarmos errado – disse Arthur – Estavamos perdidos e até descobrirmos onde estávamos foi uma perda de tempo.

_ Poderíamos ter tentado novamente aparatar só que você não quis – disse Billius antes de tomar um gole de sua bebida.

_ E eu não tenho razão? – falou Arthur como se estivesse correto no que dizia - Você não se concentrou o suficiente que não achei que pudéssemos tentar de novo.

_ Será que já podemos ir? - perguntou Fabian impaciente – Estamos perdendo tempo aqui.

_ Ele tem razão – falou Gideon depois do irmão - poderíamos estar no Beco Diagonal a essa hora já.

_ Vocês dois apenas sejam educados – disse Molly enquanto os outros ruivos riam isso incluía Arthur e Billius – Ainda podemos esperar mais um pouco até que eles terminem suas cervejas amanteigadas.

_ Tudo bem para nós – disse Billius - já estamos acabando aqui.

_ Podermos terminar isso andando dai não irão se atrasar tanto por nossa causa – respondeu Arthur então olhando para a garota ruiva – E relaxe um pouco Molly, estamos aqui para um pouco de diversão não é?

Então eles se dirigiram para a parte detrás do bar e saíram num pequeno pátio murado, onde não havia nada exceto uma lata de lixo e um pouco de mato. Era um lugar um pouco apertado para cinco deles de forma que Arthur e Molly acabaram por ficar para trás ainda dentro do bar enquanto Billius batia nos tijolos para abrir a passagem.

Billius bateu na parede três vezes com as pontas dos dedos. E o tijolo que tocou estremeceu e afundou para fora do caminho. No meio apareceu uma fresta que se foi alargando-se cada vez mais.

Um segundo depois se viram diante de um arco bastante grande. Era um arco que abria para uma rua de pedras irregulares que serpeava e desaparecia de vista. Eles estavam no Beco Diagonal.

_ Venha Fabian – falou Gideon passando a frente de Billius e esbarrando nele sendo que seu irmão acabara fazendo o mesmo também.

_ Não se afastem muito – falou Molly para os gêmeos.

Eles riram enquanto seguiam em meio a multidão e isso apavorou Molly com o pensamento de que eles iriam se perder. Os três atravessaram o arco também enquanto atrás deles podiam ver a passagem se encolher e a parede de tijolos surgir novamente.

O sol fazia reluzir uma pilha de caldeirões à porta da loja mais próxima. “Caldeirões – Todos os tamanhos – Cobre, latão, estanho, prata” dizia um letreiro acima. Molly achou que os gêmeos não deveriam estar tão longe e mesmo assim pensou que poderia começar as compras sem os dois.

_ Eles vão precisar de dois desses então acho que já irei aproveitar e comprar para eles — disse Molly – E quanto a vocês dois? - os dois Weasleys trocaram olhares - Também vão precisar de algum? – Billius deu um esbarrão de ombro em Arthur como se o incentivasse a falar.

_ Não necessariamente só que se quiser podemos acompanhar você até a loja – falou Arthur.

_ Por mim tudo bem – disse Molly então olhando para Billius – você também vem?

_ Vou dar uma passada numa loja para comprar alguns pergaminhos e tinteiros novos – falou Billius – depois eu encontro com vocês dois.

E os dois se dirigiram para a pilha de caldeirões ficando observando em busca daqueles que Molly levaria. Acabou por levar alguns segundos com a ruiva analisando os objetos de metal enquanto Arthur mantinha os olhos nela. O rapaz ainda gostava de analisa-la e só agora tinha percebido o quanto ela podia olhar critica enquanto analisava algo. Era um ar mais maduro enquanto franzia a testa e mordia o lábio inferior parecendo analisar se valia apena levar alguns deles.

Certo Arthur, você tem que chamar essa garota para um encontro já está até babando aqui a vendo escolher caldeirões que chega a ser estupido. Pensou o ruivo.

_ Por que não me dá a sua opinião sobre qual eu devo levar? – disse Molly para Arthur ao perceber que ele estava muito em silêncio.

_ Ah, por que não compra para eles algo parecido com o seu? – sugeriu Arthur - Se ele é bom para você acho que será para os dois também.

_ É, pode ser... – falou Molly se agachando então para poder analisar alguns que estavam ali embaixo. Arthur pode então ver um par de garotos passando pelos dois e olhando para a garota com olhares de cobiça o que irritou o ruivo que dirigiu aos dois uma expressão de raiva assim que tinham passado.

_ Acho que esses são bons – falou Molly se levantando trazendo e suas mãos dois caldeirões de estanho e ao ver a expressão no rosto de Arthur não foi de estranhar que ficasse um pouco confusa – Alguma coisa errada?

_ Nada não – respondeu Arthur – Nós ainda temos que encontrar os seus irmãos, não acha?

_ Sim, só espero que não estejam se metendo em problemas – disse Molly – Eles são conhecidos por aqui por conta do papai e tudo que menos quero é algum comerciante indo lá na loja reclamar dos dois para ele.

Os dois entraram na loja e Molly pagou pelos dois caldeirões que levaria para os irmãos. Logo o casal de amigos saiu do estabelecimento e seguiu novamente pela porta da frente de volta para o lado de fora. Eles agora andavam conversando sobre como seriam as aulas naquele ano e a conversa se desviou para o casamento do irmão de Arthur que ocorreria dali a alguns dias.

_ Mamãe esta nos levando a loucura com os preparativos – disse Arthur – falou até para que não demorássemos aqui já que teríamos que chegar em casa para pegar uma chave de portal até A Toca. O casamento será realizado lá. Tio Percy insistiu.

_ Nunca estive lá – falou Molly – Essa tal Toca deve ser um lugar interessante.

_ A Toca – corrigiu Arthur ao que a ruiva ergueu uma sobrancelha confusa.

_ E eu falei isso não? – questionou Molly.

_ Você falou tal Toca – disse Arthur – como se fosse algo qualquer. – E a ruiva pareceu ficar meio chateada em ser corrigida já que fechou a cara por alguns segundos ao que ele conseguiu fazer se perder quando ele soltou uma risada fazendo a garota sorrir - Vá por mim, é um lugar bem legal.

_ Certo, então finalmente vou conhecer a famosa A Toca – falou Molly – foi lá que sua família tem vivido a muito tempo não?

_ Sim, aquelas terras foram responsáveis por serem aonde numerosos Weasleys nasceram e foram criados incluindo meu pai – falou Arthur – Queria eu ter crescido assim no campo. Não que esteja reclamando de viver em Londres é apenas que imagina como seria bom viver naquele lugar que parece que sempre são férias de verão. É afastado ao ponto que não precisa-se preocupar com trouxas vendo coisas mágicas.

_ Sem trouxas por perto – falou Molly então olhando para o rapaz – Acho que você não iria gostar muito de viver isolado deles assim.

_ Talvez – riu Arthur – Você sabe o quanto trouxas são...

_ fascinantes – disseram os dois ao mesmo tempo então Arthur ajeitou os óculos enquanto a garota ria ao que ele foi contaminado também porque era inevitável para ele não escutar a risada de Molly e rir também.

_ Você sabe? Se quiser posso dar uma passada em sua casa depois para quem sabe poder ajudar vocês com os preparativos para o casamento – falou Molly – acho que sua mãe precisara de uma ajudazinha feminina para que não seja um desastre.

_ Esta dizendo que eu e Billius não seremos bons em cuidar dessas coisas de casamento? – disse Arthur então se aproximando dela e falando ao ouvido dela – Pois você tem razão. Seremos um desastre completo naquilo – e se afastou deixando uma Molly desconcertada pela aproximação dos dois afinal até sentira o hálito dele em sua pele enquanto falava - e adoraríamos tê-la por lá mesmo arriscando que mamãe faria com nós pensando que te fizemos ir lá para nos ajudar como aproveitadores.

_ Besteira, eu adoraria fazer isso – disse Molly – mas acho que hoje não daria já que estou ocupada com esse negocio dos meus tios irem jantar lá em casa. – e fez uma careta com o pensamento o que não passou despercebido por Arthur.

_ Você não gosta mesmo deles não? – falou Arthur.

_ Sabe muito bem a resposta para isso – respondeu Molly então suspirando – o fato é que eu adoraria ter uma família como a sua. Seu tio para ser muito legal e eu nem ao menos conheci os outros...

_ Acredite, todas as famílias tem suas maçãs podres – disse Arthur – tenho nove tios e primos o suficiente para perder a conta. Vai por mim, seria um paraíso se me desse bem com todos o que não é muita verdade. Alguns são meio malas e caretas.

_ Melhores que Tia Muriel devem ser – falou Molly.

_ Hei, agora estou pensando – disse Arthur – vai ser a primeira reunião da minha família em tempos desde o funeral de avô. Ainda bem que terei você como desculpa para não ter de ficar aguentando meus primos no meu pé.

_ Vai me usar como desculpa? – disse Molly então olhando para o ruivo que a olhou assustado ao perceber mais um deslize de sua língua - Ora, Arthur Weasley isso não é algo muito gentil de se dizer a uma garota.

­­_ Não quis dizer isso, digo... – disse Arthur ao ver o olhar da garota sobre ele - Bem, eu na verdade bem que quis... Só que... Ah, como eu sou estúpido. Você não é uma desculpa para eu usar assim é só que... Eu vou ficar com você durante a festa. Você e sua família, digo. E isso meio que vai me manter ocupado e longe deles. Não queria que soasse errado...

_ Tudo bem, eu entendo... – falou Molly sorrindo como se perdoasse Arthur pelo deslize quando na verdade nem havia ficado brava com ele afinal sabia que não tinha sido algo falado daquela maneira. – Vai ser divertido. Papai e eu estamos pensando em dar uma passada na loja da Madama Malkin para encomendar um vestido de festa.

_ Eu já tenho as minhas guardadas porque SJ comprou uma para mim e outra para o Billius. – falou Arthur – Eu acho que ele não queria que papai e mamãe gastassem algo a mais do que já estão fazendo com a festa de casamento. Apesar dos pais da Danny também estarem ajudando ainda é meio puxado.

_ Compreendo – falou Molly podendo imaginar o quanto deveria estar sendo investido para apenas uma noite como aquela – E a Danny? Ela esta levando bem tudo isso da gravidez?

_ Você a conheceu, sabe que psicologicamente ela tem sido bem forte sobre isso – falou Arthur e Molly sentiu-se incomodada por lembrar-se ainda da conversa que havia tido com a garota – sobre a gestação está até indo bem. Enjoos e vômitos além de desejos por coisas e tal. Você sabe? O padrão de mulheres gravidas.

Então a ruiva entrou em uma das lojas ao seu lado direito vindo logo atrás dela o rapaz. Era a loja em que se vendiam pergaminhos e penas então não ficaram ali por muito tempo em outras ocasiões o que foi diferente nesta que seria mais demorada.

Levou um bom tempo que fora o suficiente apenas para que Molly comprasse o triplo do que estava acostumada a comprar em folhas de pergaminhos já que incluía os que seriam de uso dos irmãos. Arthur repôs o estoque dele de tinteiros e alguns rolos de pergaminho.

Penas foram bem mais demoradas para se comprar já que Molly não sabia o gosto dos irmãos para o tipo. O que meio que surpreendeu Arthur já que ele esperava que ela soubesse de algo assim por mais estranho que pudesse soar em sua mente. O garoto pensava que Molly conseguia saber tudo sobre os gêmeos, o que claramente era exagero de sua parte.

Arthur sugeriu por um conjunto de penas de falcão que era o que ele estava acostumado a usar e acredita que seria provavelmente do agrado dos dois primeiranistas. Molly achou uma boa ideia.

Depois disto retornaram a caminhar pela rua sendo que Molly havia depositado no seu interior os rolos de pergaminhos que tinha comprado além de uma sacola com o restante da compra. Arthur trazia consigo um par de sacolas sendo em parte de coisas que a garota tinha comprado.

Eles examinaram as vitrines de algumas lojas e Molly pode notar o olhar de Arthur preso em uma que trazia exposto ao que parecia ser no empório de corujas enquanto a garota comprava a ração para a ave que pertencia a sua família.

Um pio baixo e suave veio de uma loja escura com um letreiro onde se lia “Empório de Corujas – douradas, das torres, do campo, marrons e brancas". A família de Arthur já possuía uma coruja gorducha chamada Slug só que Molly sabia que o garoto queria ter a sua própria a tempos. Talvez comprasse uma para ele no natal só que isso estragaria a ideia que tivera em fazer algo para ele em tricô. Um suéter era o que tinha em mente. Era algo que ainda ia decidir.

Então eles viram vários garotos mais ou menos da idade dos irmãos de Molly que espremiam os narizes contra a vitrine que tinha vassouras.

— Olhem só para isso não dá para acreditar – disse um dos garotos que observavam a vitrine — a nova Shooting Star – ele esmagou o nariz na vitrine para vê-la melhor - Ela é incrível.

_ Pensei que ela iria ser lançada apenas o ano que vem – falou outro.

_ E vai ser – disse um terceiro – É um protótipo para pré-venda porque estão querendo testar a recepção do publico.

_ Ela é demais – falou um quarto a quem a voz era meio que familiar aos dois amigos – Quanto você acha que custa, hein... Gide? - E logo Molly reconheceu entre os garotos que fitavam a vassoura em exposição se encontravam dois pares idênticos de cabeças vermelhas que reconhecia de longe.

_ Não sei muito sobre vassouras, mas deve ser bem caro... – respondeu Gideon – Podemos tentar fazer com que papai compre uma delas para nós. Só que é meio complicado dele fazer até o ano que vem quando forem lançadas.

_ Ora, esses dois... – falou Molly então se virando na direção de Arthur e entregando a ele o que tinha em mãos fazendo com que o ruivo tivesse que se curva pela dor de ter um caldeirão pressionado contra seu estomago – vou lá pegar aquelas pestes antes que os perca de vista novamente. – e Arthur assentiu com a cabeça e o tronco meio dobrado e com um pouco de falta de ar.

Molly se encaminhou até onde seus irmãos estavam e se meteu no meio do grupo de garotos que se dissiparam para lhe dar espaço. A garota então meteu entre os dois e com suas mãos firmes foi que os arrastou para longe da loja pelas orelhas. Arthur sentiu pena dos dois garotos que lutaram um pouco como se quisessem escapar da irmã novamente já que ao que parecia era algo bem doloroso pela forma como reclamavam.

_ Molly, pare está nos machucando – falou Fabian – Esta doendo.

_ Esta doida mulher? – disse Gideon – Nós não fizemos nada.

_ Fugiram de mim assim que chegamos aqui – falou Molly – Vocês dois sabem quão preocupada eu estava? – ela os soltou assim que estavam próximos novamente de Arthur – vocês poderiam ter se perdido ou pior se metido em alguma encrenca.

_ Ok, estamos recebendo um sermão por não temos feito nada – disse Fabian.

_ Vocês fugiram de mim então que parte disso foi que não entenderam? – questionou Molly.

_ A parte em que quase tive minha orelha arrancada por você? – respondeu Gideon – Qual é Mols, você poderia ter me deixado sem a esquerda e depois como ia explicar para o papai isso?

_ Papai iria entender – respondeu Molly – E vocês são muito dramáticos e exagerados.

_ Oh, claro... Que somos – disse Fabian – E você é uma delicadeza em pessoa.

_ Hei, Weasley como que você esta com a Molly mesmo ela tendo esse temperamento? – disse Gideon para o rapaz mais velho e sem que Arthur visse foi que Molly corou fortemente em meio a uma careta que em parte era de raiva e vergonha.

_ Hã? – falou Arthur quase que deixando tudo o que segurava cair enquanto suas orelhas iam ficando vermelhas assim como seus óculos pareceram escorrer ainda mais pelo nariz – Bem, p-por que está me perguntando sobre isso?

_ Para saber, sabe? – falou Gideon – Vocês são bem próximos um do outro não é mesmo?

_ Somos amigos – disseram os dois ao mesmo tempo fazendo com que os gêmeos trocassem um olhar entre si antes de voltarem novamente para o casal.

_ Bem, eu entendo... – falou Fabian – Amizade é realmente algo bem forte e bonito.

_ Molly tem um grande carinho por nós apesar de tudo – disse Gideon – E você?

_ Ah, eu achei vocês dois bem legais – respondeu Arthur.

_ Não isso, mesmo assim obrigado – disse Fabian – acho que o que meu irmão estava querendo dizer é como é seu relacionamento com Mols.

_ Bem, eu... – disse Arthur então Molly o cortou e o ruivo agradeceu imensamente porque não sabia o que iria responder.

_ Vocês dois calados agora – falou Molly pegando as suas coisas que estavam com Arthur e jogando para cada um de seus irmãos pudesse carregar – E sejam uteis para alguma coisa.

_ Nossa, estamos meio estressados hoje não é? – disse Gideon e Molly virou com tudo para fita-lo sendo que Arthur teve a estranha impressão de que o garoto pareceu encolher frente ao medo da visão que tinha da irmã.

_ Não estou para brincadeiras suas hoje – falou Molly apontando o dedo a alguns centímetros do nariz do irmão – vocês dois tem sido uma grande dor de cabeça para mim hoje então tratem de comportar a partir de agora ou irão ter de se ver comigo quando chegarmos a nossa casa.

_ Sim senhora – falaram os dois.

_ Bom, vamos indo temos que terminar a lista de vocês – falou Molly passando a mão nos cabelos – papai e eu tínhamos dividido a lista de materiais para que eu não tivesse que carregar muita coisa. Então, estamos quase terminando aqui.

_ Para onde vamos agora? – perguntou Arthur sentido meio como se também fosse experimentar um pouco da raiva de Molly o que não aconteceu naturalmente já que se voltando para ele antes de continuar foi que a ruiva suspirou profundamente e voltou seu olhar para ele.

_ Tem mais uns três itens até a varinha – disse Molly – É meio que tradição ser a ultima coisa a se comprar não é mesmo? Só que não sei se eles estão merecendo que passemos lá com eles hoje talvez devêssemos deixar que papai fizesse isso.

_ Bem, Molly eu acho que mesmo que os dois não mereçam muito por conta do comportamento em parte acho que deveríamos leva-los sim – falou Arthur ajeitando os óculos – Afinal, Isto é um grande momento para um bruxo ou bruxa quando ganha a sua varinha.

_ Eu concordo com você – falou Molly – Só que mesmo assim...

_ Você não quer que eles se lembrem disso como o dia que eles deveriam tê-las só que não aconteceu. – falou Arthur e a garota olhou para os gêmeos que pareciam estar com aqueles grandes olhos de arrependimento.

_ Está bem, vocês dois devem agradecer o Arthur por isso – falou Molly parecendo ainda um pouco mal humorada.

_ Não é preciso – disse Arthur – Sério, eu apenas...

_ Sei, só vamos logo – falou Molly caminhando na frente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Foque especial nos gêmeos como não podia deixar de ser afinal os dois tinham que roubar a cena.

Gostaram? Deixem reviews me dizendo o que mais gostaram e o que acharam.
Porque quem sabe não demoro tanto assim para postar o próximo.

Até a próxima.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Molly & Arthur" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.