Molly & Arthur escrita por Thiago, Thiago II


Capítulo 16
Reconciliação


Notas iniciais do capítulo

Então, pelo titulo do capitulo vocês podem esperar um bom capitulo.
Já devem ter ideia do que é não?

Boa leitura e nos vemos lá embaixo.



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06 de fevereiro de 1964

Astronomia era o tema que Arthur menos gostava na escola. Ele se sentia entediado até a morte e uma vez que as aulas foram tão tarde da noite era comum que ele quase sempre adormecesse.

Aquilo acabava lhe deixando com seus mapas estelares inacabados e uma péssima imagem diante da professora. Não que ela lhe dissesse algo afinal o ruivo não era o único a se render ao sono durante suas aulas.

O pior do que ter que ficar altas horas da noite acordado só para ver as estrelas ainda tinha aquele tempo frio de madrugada que simplesmente era tão propicio para ficar na cama em baixo das cobertas que era quase irresistível. Ele gostava do clima frio de verdade, mas aquela temperatura estava bem adequada para o congelamento de alunos na alta torre de astronomia.

Ele ficou surpreso que eles pudessem ver as estrelas em tudo através de todo o vapor de sua respiração dos alunos que subiam para a aula sendo que alguns ainda pareciam meio dopados pelo sono enquanto outros tremiam até trincar os dentes e bater o queixo.

Subindo as escadas para a Torre de Astronomia foi à última coisa que Arthur queria estar fazendo em seu aniversário. O relógio já devia ter virado a meia-noite de forma que aquele era o dia 6 de fevereiro agora. O ruivo bufou soltando uma grande nevoa de vapor de respiração de insatisfação.

Extremamente mal-humorado, ele envolveu seu apertado cachecol em volta de seu pescoço e saiu para a plataforma de observação que conseguia ser mais fria do que o interior da torre de astronomia.

Ele foi então se sentar ao lado de seu amigo Ted Tonks, aquela era uma aula dupla com a Lufa-lufa de modo que poderiam passar aquele tempo juntos até porque o rapaz tinha um jeito de fazer com que mesmo aquela aula mais chata pudesse ficar divertida.

O lufano estava sentado na mais próxima da porta. Ele pensou que era estranho já que geralmente os dois ocupavam um lugar em um ponto no canto mais distante. Então ele nem ao menos se sentou ao lado do amigo e voltou seu olhar para o resto da plataforma de observação.

Ele olhou para o ponto de observação que geralmente ocupavam. E foi naquele lugar que Arthur viu Molly. O rapaz ruivo olhou para o amigo que lhe lançou um sorriso significativo e então foi que o grifinorio suspirando e ajeitando os óculos se voltou em direção da garota e começou a se aproximar.

Molly estava de costas para ele mesmo assim pode notar o tanto de roupas que usava para se manter aquecida. Também usava o cachecol da casa dos leões e um protetor de orelhas felpudo. A garota estava inclinada sobre seu telescópio portátil de latão e brincando com um dos botões.

Ele se colocou atrás dela tão próximo que se perguntou se ela poderia ouvir as palpitações aceleradas de seu coração bombeando sangue. Mesmo através do frio ainda assim ele podia sentir seu perfume florido. Ele sorriu ao notar que Molly estava cantarolando.

_É uma música bonita - disse Arthur.

E essas foram às primeiras palavras que tinha dirigido a ela nos últimos seis meses sendo que ela se voltou na direção dele parecendo ter sido pega de surpresa. Ela se voltou para ele e Arthur lhe fitou os olhos cor de chocolate e sua face com as bochechas e nariz rosados pelo frio.

_ O que é isso? – perguntou Arthur se referindo à música e Molly o olhou por alguns segundos antes de sorrir.

_ É uma música Celestina Warbeck - disse Molly - Eu amo sua música. Meu pai ia me levar para vê-la cantar durante o feriado só que o show foi vendido para fora.

_ Eu acho que Danielle Clearwater também gosta dela – respondeu Arthur.

Ele começou a colocar sua mochila na cadeira ao seu lado só que depois pensou duas vezes sobre isso. Molly deve ter visto que ele hesitou. A garota sorriu para o ruivo enquanto voltava para seu telescópio e olhar através dele.

_ Eu estava esperando que você fosse gostar de se sentar comigo - disse Molly - É por isso que eu roubei o assento de Ted - e voltou a olhar para o rapaz.

_ Sim - falou Arthur suavemente.

Molly começou a arrumar e mudar alguns de seus pertences para perto de si para dar espaço para o rapaz. E seu cotovelo bateu por cima do frasco de tinta que balançou. Ambos seguraram-no antes que caísse sendo que o tocaram ao mesmo tempo. As suas mãos enluvadas tocaram um no outro. Molly retirou a mão e só viu que ele estava colocando novamente o frasco de pé.

_ Nenhum pouco derramado? - perguntou Molly surpresa.

_Provavelmente congelado - disse Arthur amargamente.

_Você não gosta deste clima adorável? - Perguntou Molly com uma pitada de sarcasmo na voz dela - É só a temperatura ideal para observar as estrelas. O ar é tão frio que dói para respirar e quando temos uma boa brisa à umidade em seus olhos começa a congelar. É simplesmente lindo.

_ É o meu tempo favorito - disse Arthur e os dois riram logo tendo que se calar quando a professora começou a dar-lhes instruções.

Era bom estar conversando e brincando como se eles faziam antes de sua briga. Arthur estava com saudades de estar em sua companhia e das conversas que compartilhavam, mas principalmente era de seu sorriso que o rapaz mais sentia falta.

Ele estava feliz agora por poder estar ao lado dela novamente. Só que Arthur podia sentir que as coisas ainda não estavam completamente normais. Ainda havia assuntos para serem resolvidos e mesmo que pudesse não soar uma boa ideia voltar a tocar neles era necessária para que as coisas tivessem um fechamento adequado.

Um pouco mais tarde, quando eles estavam realizando a tarefa daquela noite que o professor havia pedido em que deveriam traçar um caminho de Marte a Vênus foi que o ruivo elevou seu olhar para fita-la acabando por encontrar a garota concentrada em seu dever. Então Arthur se aproximou dela como se fosse ver o que ela estava fazendo em seu mapa de estrelas por sobre o ombro de Molly.

_ Sinto muito - disse Arthur.

_O quê? - perguntou Molly olhando para o rapaz.

_Sinto muito sobre o que eu disse em Setembro – respondeu Arthur acertando os óculos - Que eu estava sendo idiota.

_Eu era muito e mais um pouco em teimosia - confessou Molly – Mesmo depois que a minha raiva acabou e ainda não conseguia voltar a falar com você e tenho que dizer que esse período em que não conversamos foi muito ruim.

_ É, eu imagino – disse Arthur – E também percebi que em parte era sua teimosia em não querer aceitar minhas desculpas só que isso não tira a minha culpa porque fui eu que me senti com o orgulho ferido quando soube que você tinha saído da classe de Estudo dos Trouxas e nem me contado.

_ Se isso faz você se sentir melhor – falou Molly - Eu desejo muito que pudesse estar em Estudo dos Trouxas com você – ela falou – Eu gosto da matéria que estou tomando só que eu me sinto mal cada vez que penso que não pude escolher em tê-la ou não – ela suspirou - Minha Tia Muriel é o único que realmente queria que eu mudasse minhas aulas.

_ Deve ser uma mulher adorável – respondeu Arthur sarcástico.

_ Ela é parte da família do meu pai e ela é o tipo de monarca Prewett - falou Molly - Ele faz o que ela diz, e uma vez que ela pensou que eu estaria melhor em Runas Antigas – ela olhou para o ruivo - E é isso que eu estou tomando.

_ Eu gostaria de ter pensado em minhas palavras antes de falar que seu pai estava envergonhado em você estudar sobre trouxas – falou Arthur – Eu estava chateado e um pouco frustrado por você pensar que não poderia contar para mim.

_ Eu compreendo – respondeu Molly.

_ Eu devia lhe perguntar sobre isso em vez de discutir - disse Arthur.

_ Eu gostaria de ter pensado em lhe dizer antes e de uma forma mais completa que o calor da discussão não tivesse afetado nosso julgamento - falou Molly.

_ Eu também – respondeu Arthur.

_ Eu me arrependo muito de ter dado aquele tapa em você – disse Molly mantendo os olhos no mapa estrelar como se fosse difícil olha-lo.

_ Não se arrepende não – falou Arthur e a garota o olhou – Eu mereci e sei disso porque não tinha o direito de ofender sua família daquele jeito alias ninguém tem – ele acertou os óculos.

_ Mesmo assim... – começou Molly antes de ser interrompida pelo rapaz.

_ Eu queria que nós parássemos de tentarmos ver quem é o mais culpado – disse Arthur e a garota o olhou sendo que logo os dois estavam rindo novamente até que tiveram que se conter por conta dos olhares que receberam de alguns colegas.

_ Eu senti sua falta – falou Molly.

_ Também senti muito a sua – respondeu Arthur.

_ Vamos fazer uma promessa de não brigar por coisas estúpidas nunca mais - sugeriu Molly estendendo-lhe a mão enluvada.

_ Concordo - respondeu Arthur aceitando a mão estendida e a balançando - Bill e eu selamos com um cuspe o aperto de mão quando fazemos uma promessa.

_ Isso não vai acontecer - disse Molly com uma feição enojada .

E Sacudindo a cabeça um pouco com o que Arthur tinha lhe dito foi ela se voltou para o seu mapa de estrelas. Arthur viu a professora se aproximando de sua mesa e olhou para o seu telescópio fingindo observar o céu através dele como se estivesse trabalhando duro em seu trabalho. Quando ela passou, ele olhou de volta para Molly.

_Então, como foi o seu Natal? – perguntou Arthur.

_Silencioso como sempre – disse Molly – Papai sente muito a falta da mamãe nessa época do ano porque era um dos favoritos dela em que fazíamos uma bela ceia e enfeitávamos a arvore juntos. Não é como se fosse o mesmo sem ela.

_ Eu compreendo – respondeu Arthur.

_ Então desde que mamãe se foi que passamos o feriado de natal na casa da minha Tia Muriel e meu Tio Ignatius com a esposa foram passar o natal lá esse ano também o que já é esperado já que um ano passam com a nossa família enquanto no outro vão ter com os Blacks – falou Molly - Definitivamente eu não trocaria nosso natal por mais entediante que fosse por um com aquelas pessoas.

_ Tenho pena da Andrômeda – falou Arthur – os Blacks são duros de aguentar.

_ E eu não sei? Minha Tia Lucretia me arrastou para algumas dessas festas por vezes – contou Molly – Acho que foi numa tentativa de querer ocupar uma figura materna para mim até porque ela não tem seus próprios filhos.

_ Seus irmãos não fizeram nada para tornar esse jantar mais interessante? – perguntou Arthur – pensei que pelo que tinha dito eles fossem do tipo que gostam de trazer animação para as festas.

_ Papai baixou as regras para os gêmeos para eles se comportassem – respondeu Molly - Eu também fiz o mesmo só para enfatizar. E foi isso... O natal se transformou em um evento chato de adultos. Como foi o seu?

_ Barulhento como sempre – disse Arthur rindo ao se lembrar – Papai levou eu e meus irmãos para irmãos assistir a um jogo de quadribol porque aparentemente um bruxo que trabalha no Departamento de Jogos e Esportes Mágicos lhe deu alguns ingressos porque ele e a família não poderiam ir.

_ Posso te confessar uma coisa? – perguntou Molly.

_ Fala – disse Arthur.

_ Nunca fui a uma partida de quadribol profissional em minha vida – respondeu Molly e Arthur pareceu surpreso – É sério... Nunca fui a um campo assistir a alguns dos times jogarem até porque nunca me importei muito sabe?

_ Seu pai nunca levou seus irmãos a um jogo profissional? – perguntou Arthur ainda sem acreditar – Eu me lembro de que esse é um dos programas tipicamente Weasleys desde que eu era criança e deveria ter por perto dos meus quatro anos.

_ Acho que papai nunca realmente achou que nós precisássemos de alguma coisa assim – falou Molly – Os meninos nunca pediram para ele que o levassem em um jogo de quadribol então acho que não se importam tanto.

_ Depois do jogo fomos receber alguns parentes que tinham vindo passar as férias com a gente – disse Arthur - metade da família veio para a nossa casa então imagine como que foi isso tudo.

_ Nem consigo pensar como foi – falou Molly – A casa de vocês não é assim tão grande.

_ Eu não sei? – disse Arthur - Tive que dividir o quarto com Billius e meus primos ficaram com o dele enquanto alguns tios ficaram na sala e outros tomaram conta do quarto de SJ. Filas enormes para usar o banheiro e todas aquelas pessoas circulando em casa era um milagre caso você conseguisse ficar sozinho por um instante que fosse.

_ Eu já entendi – falou Molly rindo – mas valeu apena no final?

_ Sempre vale – disse Arthur – mamãe e as tias trabalhando no que podíamos chamar de uma grande ceia e quase que não cabíamos todos na cozinha – ele riu - nesses momentos que é bom ter um pai que trabalha na manutenção magica se não fosse por seus truques de aquecimento do ambiente e expansão mágica se não teríamos que comer do lado de fora.

_ E SJ? – falou Molly - você falou que teve que dividir o quarto com o Billius só que não com ele.

_ Ah, SJ... – falou Arthur suspirando – Esse sim foi esperto quando falou que iria alugar um quarto no Caldeirão Furado para esses dias e só viria para as festas. Papai não gostou muito disso... – ele fez uma pausa - Ainda bem que ele decidiu aparecer para a ceia e as comemorações do contrário... Mamãe iria ficar chateada e papai ia ficar furioso com ele por achar que o trabalho é mais importante que a família o que claro não é.

_ Então, seu natal parece que foi mais divertido que o meu – falou Molly.

_ Foi sim – respondeu Arthur - Nós o chamamos Caos Weasley – Molly sorriu com aquela frase.

_ Billius me contou que o irmão de vocês vai se casar – falou Molly.

_ SJ? É, ele vai mesmo... – respondeu Arthur acenando positivamente - Recebemos uma carta outro dia com mamãe dando a noticia.

_ Ideia de quando vai ser? – perguntou Molly.

_ Sim, no próximo verão – respondeu Arthur – Meio rápido, mas aparentemente eles preferem assim por conta das circunstancias – a ruiva pareceu confusa – É que a noiva meio que está em uma posição delicada.

_ Oh, meu Merlin... – falou Molly surpresa – Ela esta grávida?

_ É se você quer ir direto ao ponto – disse Arthur – Em julho a barriga dela irá estar grande então eles terão de usar uns feitiços especiais no vestido para que não fique tão aparente. Eles iriam fazer antes só que o SJ quer que nós estejamos presentes afinal somos seus irmãos.

_ Seus pais estão lidando bem com isso? – perguntou Molly.

_ Eles irão sobreviver – disse Arthur – eles não esperavam que algum de nós fosse ser obrigado a casar nessas circunstancias apesar de que de qualquer forma aqueles dois já estavam falando sobre irem morar juntos.

_ Seu irmão está bem com isso? – perguntou Molly.

_ Sim, ele esta bastante feliz – respondeu Arthur - Ele já me disse que você está convidada – a ruiva pareceu surpresa - Ele gosta de você e queria que eu tivesse alguém para sentar-se comigo que não fosse uma pessoa da família.

_ Eu gostaria muito de ir - disse Molly - Eu nunca fui a um casamento antes.

_ Quando sua família é tão grande quanto a minha... ​​– respondeu Arthur – Casamentos, funerais e as grandes celebrações do feriado são inevitáveis – ele acertou os óculos - Acaba se tornando algo habitual.

_ Bem, parece grande - disse Molly enquanto os dois retornavam a olhar para seus próprios mapas de estrelas sendo que o ruivo franziu o cenho parecendo confuso.

_ Molly... – falou Arthur meio hesitante - Você faz ideia de como se faz essa coisa que a professora pediu? – a ruiva olhou espantada para o rapaz que pareceu encolher um pouco no lugar.

_ Arthur Weasley – disse Molly com um tom de voz autoritário - não me diga que ficamos esse tempo todo conversando e você esqueceu-se de fazer a tarefa que o professor nos passou para essa aula.

_ Eu... Bem... – falou Arthur então sorrindo – É que a conversa estava tão interessante bem diferente dessa coisa de traçar rota entre planetas que eu meio que acabei me esquecendo...

_ Ora, você é tão... – respondeu Molly parecendo nervosa – mas tudo bem que nós damos um jeito nisso – ela suspirou fundo – É vamos fazer nosso melhor.

_ Vai me deixar copiar de você então? – pediu Arthur.

_ Claro que não Arthur – respondeu Molly – Se eu permitisse que você copiasse de mim o que eu terminei de fazer iria simplesmente servir para você terminar a tarefa e não iria aprender nada.

_ Eu preciso aprender mesmo? É astronomia – disse Arthur tentando se justificar – Não é tão útil para mim pelo menos sei disso – a garota em lhe deu um tapa no ombro e o rapaz acabou se encolhendo – Você me bateu?

_ Por você querer bancar o espertinho para cima de mim – respondeu Molly – E vamos começar logo porque já se foi metade da aula – ela puxou o mapa dela para o lado e puxou o dele para que ficasse entre os dois – vamos ver o que você fez até agora... – ela começou então a olhar para o mapa tentando evitar em encara-lo.

_ Você é inacreditável sabia? – falou Arthur passando a mão na bochecha dela em um carinho.

_ Arthur... – disse Molly que estava sentindo o seu rosto queimar e a garota agradeceu por ele não ter notado ou pensado que era efeito colateral do frio – estamos perdendo tempo.

_ Ah, é mesmo... – respondeu Arthur se ajeitando em seu lugar e acertando os óculos – por onde vamos começar? – ele então se inclinou para fitar o mapa não percebendo que a garota o estava olhando e sorrindo – Molly?

_ Ah, sim... – disse Molly então se despertando – vamos tentar calcular primeiro a escala que será utilizada para se estabelecer o padrão... – e eles começaram a trabalhar no mapa de estrelas de Arthur juntos.

Um pouco mais tarde foi que os dois haviam terminado o mapa de Arthur pouco antes que a aula acabasse. Então a professora passou analisando para ver como os alunos haviam se saído e parabenizou pelo trabalho feito. Ambos sorriram um para o outro.

_ Professor? – chamou Ted Tonks antes um pouco de a aula ter o seu termino – o que é isso que esta riscando o céu? – o rapaz estava com o olho no telescópio e então o professor se aproximou dele e olhou através do aparelho.

_ Isso não estava previsto para hoje – disse a professora e todos os alunos se apressaram em olhar pelos seus telescópios onde acabaram por ver uma estrela cadente se movendo na imensidão do céu.

_ Alunos, vejam em seus telescópios parece que estamos sendo agraciados com um fenômeno estrelar – disse a professora – Todos já estão vendo? Ótimo então alguém poderia me dizer o que é isso que estamos visualizando?

_ Uma estrela cadente? – falou Mary Elizabeth.

_ Não e sim – respondeu a professora – Esse é o nome que se dá popularmente só que isso não é propriamente dito uma estrela cadente... – alguns alunos haviam parado de olhar pelos telescópios para tomar nota - Estrelas cadentes não passam de um fenómeno luminoso que acontece na atmosfera terrestre ocasionada pelo atrito entre minerais sólidos vindos do espaço, os chamados meteoritos... – Arthur e Molly não perderam tempo tomando nota e preferiram continuar vendo o fenômeno mesmo que não fosse uma estrela caindo do céu.

_ Minha mãe costumava dizer que quando vemos uma estrela cadente devemos fazer um pedido – disse Molly para o rapaz ao seu lado que havia desviado o olhar para fita-la – Você acredita nesse tipo de coisa?

_ Nós somos capazes de fazer magia em um mundo em que algumas pessoas não acreditam que ela exista – falou Arthur – não há motivos para duvidar do que é possível ou não.

_ Faça um pedido – falou Molly.

_ Eu? – disse Arthur surpreso - Por que não você?

_ Eu já fiz o meu – respondeu Molly – É sua vez vai que se torna realidade por ser o seu aniversario?

Então Arthur fez o seu pedido enquanto fitava intensamente a estrela pelo telescópio. Seu pensamento tinha sido o seguinte: Eu desejo que possa ter sempre Molly em minha vida e para sempre juntos. Ele então sorriu ao terminar o pedido e se afastar do telescópio só para ver a garota lhe fitando.

_ Então, o que você pediu? – perguntou Molly.

_ Se contar não irá e realizar – respondeu Arthur em um tom brincalhão.

_ Eu sei – disse Molly sorrindo – Estava apenas te testando.

_ Bem, turma vocês estão dispensados por hoje – falou a professora – Passamos muito do tempo de aula então agora todos retornem para seus salões comunais e tenham um bom descanso a menos que alguém queira ficar aqui para uma aula extra sobre estrelas cadentes.

Os alunos se manifestaram negando ativamente e o som de mochilas se abrindo assim como o de cadeiras se arrastando foi ouvido. Arthur alegremente recolheu suas coisas estando pronto para voltar para o calor da torre da Grifinória.

_ Estou indo para o salão comunal – falou Arthur enquanto eles desciam os degraus das escadas em caracol da torre - sentar-me em frente à lareira até eu comece a assar – ele riu – Esta com sono? Podemos ficar juntos... – ela lhe olhou e o rapaz ficou um pouco sem jeito ao perceber a dupla compreensão que suas palavras poderiam ter – Você sabe? Fazermos companhia um para o outro.

_ Na verdade, estou me sentindo bastante cansada e tudo que quero é ir para a cama – respondeu Molly - aproveitar as poucas horas de sono que terei até ter que acordar de manhã.

_ Entendo – disse Arthur parecendo um pouco decepcionado.

_ Antes de ir – falou Molly - Eu tenho alguma coisa – a ruiva então lhe entregou uma caixa com um laço azul brilhante sobre ele – Feliz Aniversário.

_ Não precisava – disse Arthur com humildade – Não deveria gastar dinheiro comigo.

_ Não foi gasto nada – respondeu Molly – E não seja bobo apenas abra e dê uma olhada.

Arthur puxou o laço o desfazendo então tirou a tampa da caixa para revelar uma fotografia em um porta-retrato. Era uma foto deles dois sozinhos sendo que o rapaz havia até mesmo se esquecido de que tinham tirado. Foi a partir daquele dia em que tinham ido ao Beco Diagonal para as compras escolares em que eles estavam juntos.

Eles estavam sentados numa mesa do Caldeirão Furado conversando juntos enquanto aguardavam pelos seus pais. Eles riam e pareciam se divertir juntos então percebendo que estavam sendo fotografados e decidindo acenar. De vez em quando um gato passava na parte debaixo da imagem e tornar a retornar pelo mesmo caminho e lateral da foto.

_ Você se lembra de que Tom pediu para tirar uma fotografia nossa? Que nós estávamos tão animados naquele momento que ele queria registrar – falou Molly – Ele disse que iria colocar na parede do pub e realmente o fez estava lá quando eu fui com meu pai quando fomos comprar alguns presentes de última hora de natal... Eu pedi ao Tom se podia levar para mim e ele concordou.

A fotografia tinha sido colocada em uma moldura simples de madeira e isso parecia só realçar a beleza daquele momento. E Molly tinha escrito na parte inferior da imagem em uma letra bonita a seguinte frase:

Eu estou feliz que nós somos amigos novamente. Amor, Molly

De repente, Arthur não estava com tanta pressa para chegar ao salão comunal. Um calor se espalhando através de seu peito ao ver aquela imagem que possuía ali em suas mãos. E aquela frase que uma simples palavra podia lhe roubar um sorriso mesmo que tudo aquilo já fosse o suficiente. Ele olhou para Molly que também o fitava.

_ Obrigado – respondeu Arthur.


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Notas finais do capítulo

E ai, o nosso casal teve uma reconciliação digna?
Espero que tenham gostado do capitulo.

Deixem reviews e leitores fantasmas apareçam porque eu gosto de ver meus leitores dando a opinião deles.

Até a próxima.



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