POV PERCY

Já haviam se passado sete dias depois do choque. Os médicos diziam que ela estava melhorando, que eles podiam sentir isso,mas eu sabia que diziam isso só para me animar, já que eu ficava ao seu lado todos os dias. A escola havia sido avisada que eu e Annie faltaríamos enquanto ela permanesse desacordada. As meninas iam visita-la a cada três dias, e os meninos a cada quatro.

Quiron estava se recuperando muito bem, estava tentando recuperar o movimento dos braços, e como ele já era cadeirante antes do acidente, os médicos nem se preocupavam mais com as pernas.

Eu o visitava todos os dias também, batia um papo com ele, e depois voltava a ficar vendo Annabeth.

Estava entediado, e triste de ficar vendo a Annie naquele situação, por isso foi ver Quiron. Bati a porta de seu quarto e ouvi um “entra!”

Entrei e vi Quiron deitado,me aproximei dele e disse:

–Oi, Quiron, como vai??

– Eu estou bem e voce?- ele respondeu- vão trocar meu medico amanha, sabia? O meu e o da Annie.

– Serio? E vocês já sabem quem vai ser? E porque o medico atual saiu?

– Bom, o doutor Apolo foi demitido, arranjou muitas brigas, chegava mito atrasado, pelo menos foi isso que cegou em meus ouvidos. E quanto ao novo doutor, eu não sei quem é não.- ele me respondeu- mas parece ser ótimo

Sai do hospital mais animado aquele dia. Fui para meu apartamento, e tentei um contato com o pai de Annabeth, que ainda não sabia do acidente, não atendia o celular nunca.

Por falar no acidente, eu vivia me perguntando, o que havia acontecido para o apartamento pegar fogo. Mas o doutor Apolo me aconselhou a não tocar nisso com Quiron, isso podia resultar na sua piora.

Tomei um banho e desci para ver o que tina na geladeira, e me surpreendi a encontrá-la vazia.

Pedi uma pizza,e depois de meia hora, mais ou menos, a campainha tocou.

Um homem, alto de cabelos loiros, olhos azuis e uma feia cicatriz atravessando um dos olhos, estava com uma pizza na mão. Eu o conhecia, e não podia acreditar que o via de novo.

– Jackson.- disse ele com desprezo na voz

– Castellan.- respondi tentando demonstrar mais desprezo ainda na voz

– nos encontramos de novo.- ele disse

Então, ouvi uma voz feminina atrás dele

– Lukinho, vamos logo, eu estou pegando fogo!-

Eu conhecia aquela voz! Então, uma menina forte, de olhos e cabelos castanhos apareceu por trás de Castellan.

– La Rue?- perguntei sem acreditar

– Jackson- ela perguntou também chocada.

Tinhamos uma longa historia.

No nono ano, eu e ela vivíamos tendo feias brigas, mas num dia, eu a beijei, e admiti que a amava. Castellan era novo na escola, e dava muito em cima dela, por isso eu e ele não nos dávamos bem. Quando a beijei,e admiti que gostava dela, ele ouviu, e ficou enfurecido . depois que sai, ele me deu uma surra com sua gangue, e disse que faria o mesmo com Clarisse se eu não sumisse da vida dos dois no outro dia. Assim eu fiz, e eu e Clarisse La Rue nunca mais tivemos contato.

– Já conheceu minha nova namorada Jackson?- Castellan perguntou com um sorriso sarcástico. Paguei a pizza e mandei os dois sumirem da minha frente. Mas não antes de ver a Clarisse me lançando um olhar e deixando um papel cair.

Corri e abri o papel. Tinha um numero de celular nele.

Eu estava meio em choque, pois com a menina que eu gostava em coma, e o retorno de um novo amor, eu não sei o que o destino reservaria para mim

Quando fui deitar hoje tive o mesmo pesadelo:

Todos choravam muito, mas ninguém comprado a mim. Eu berrava, e me sentia sufocado, como se estivesse voltado para as chamas. Todos andavam por uma rua estreita, atrás de um carro que continha uma grande caixa.

Não, não era uma caixa. Era um caixão. E quem estava dentro dele era ninguém menos que Annabeth. Mas dessa vez todos olhavam feio para mim, e alguns até me chingavam. E também havia gente que me acusava da morte dela, e eu não entendia mais nada.

Então, um braço me envolveu, e me virei para ver quem era.

– você sabe que não foi nossa culpa, Percy.ninguem morre de ciúmes, ou de traição.

Acordei ofegante de novo, aquele sono vinha me atormentando desde a primeira vez que o tive, só que dessa vez estava totalmente diferente. Eu estava confuso, com medo, e agora, sem sono, por isso foi para o hospital ver a Annie.

Chegando lá, entrei e me surpreendi quando vi um homem parado ao seu lado, segurando com uma das mãos, a mão de Annie, e com a outra mão acariciava seus cabelos.

Sem perceber o que estava fazendo, gritei:

– Solta ela! Quem é você?!

Então, para minha surpresa, de novo, o rosto de Luke Castellan se vira na mina direção, tão atordoado quanto o meu.