Epitáfio escrita por Ana Carol M


Capítulo 8
Capítulo 8




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– O que significa isso?

– Significa que a ultima vez que alguém te viu foi a seis meses saindo de uma festa caseira – Eu senti que sonharia com aquilo a noite. E então teria mais informações.

– Conseguiu achar meus pais?

– Não, eles sumiram a pouco mais de um mês.

– Como assim?

– Ninguém vê eles a dias.

– Como era meu nome?

– Sophia Beteenford. – aquele nome me causou algo tão forte que eu estava com medo.

– Você conseguiu mais alguma coisa?

– O endereço de onde eles moravam.

Eu sorri, e fiquei pensando em como poderia entrar em contato com Sophia, talvez algum método espiritual ou algo assim. Afinal eu era um espírito quando assumi o corpo dela, não era? O que eu era antes?

Thomas parou o carro na frente da casa e me olhou.

– Entendo que para você continuar sua vida daqui pra frente tem que conhecer seu passado. Sei por que comigo foi assim, foi bem mais fácil admito. E quero que você esteja ciente de que não sei se ajudá-la a encontrar sua antiga vida será algo bom e positivo para você.

– Thomas, você está se preocupando demais.

Pulamos o portão e segui Thomas para a porta dos fundos. Quebramos a vidraça e entramos.

–Você não acha estranho eles não terem fotos penduradas e espalhadas pela casa? Ainda não encontrei.

– Talvez eles fossem estranhos - respondi

Eu e Thomas examinamos a cozinha, a sala e depois o escritório. Havia muita coisa lá, mas foi fazendo uma cópia total dos arquivos do computador que Thomas descobriu algo.

–Eles estavam metidos em algum projeto do governo. Mas esses arquivos estão todos codificados. Vou copiar e mandar fazer uma tradução.

Olhei cada pasta, contas bancárias, arquivos, e nada. Era frustrante. Eu já estava procurando passagens secretas nos livros quando Thomas decidiu que poderíamos dar uma olhada nos quartos lá em cima. Ele foi para o quarto dos pais de Sophia e eu para o dela. Entrei em um quarto muito bem organizado e comum. Havia duas camas, então ela tinha uma irmã. Olhei o guarda-roupa, as cômodas, embaixo da cama, embaixo do colchão.

Eu já estava quase desistindo quando olhei para cima do guarda roupa e encontrei uma caixa. Lá estava o diário de Sophia, comecei a lê-lo e era tão patético que senti vontade de vomitar. Foi então que escutei um barulho vindo da cozinha, e não era Thomas, pois ele estava parado na minha porta me olhando com cara de quem ia ter um ataque cardíaco. Ele fez o sinal para que eu fizesse silêncio. Abracei o diário e me movi lentamente até o lado dele. Um perfume doce invadiu meu nariz, e o barulho aumentou. A essa altura eu já tinha sacado que eram caçadores. Me perguntei se poderíamos morrer novamente, e pela cara de Thomas era obvio que sim. Nos arrastamos até o banheiro e quando fui abrir a janela para que pudéssemos pular algo enorme bateu contra a porta do banheiro.

– Rápido – sussurrou Thomas.


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