Epitáfio escrita por Ana Carol M


Capítulo 12
Capítulo 12




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Coloquei as roupas mais confortáveis possíveis e vi que Eliza e Thomas também estavam com elas. Meia noite nós saímos. O GPS apontava um caminho longo e não havia muito assunto, embora Thomas fizesse a gentileza de importunar Eliza com perguntas sobre sua cura milagrosa. Ela lia uma revista de moda e o ignorava constantemente, as vezes respondia apenas: é segredo Thomas, não vou lhe contar.

Quando estávamos perto da tal cidade, algo começou a disparar no GPS. Thomas freou bruscamente e dobrou em uma rua cheia de buracos.

– O que está acontecendo? – perguntou Eliza.

– Caçadores – respondi. Era óbvio, eu já conhecia aquela cara de pavor de Thomas. Fomos para no meio de um matagal, quando o GPS parou.

Thomas respirou fundo – Foi por pouco, tá bom eu não contei uma coisa. Pesquisei o endereço em modo anônimo e seus pais estão na cede dos caçadores. Não sabemos como isso foi acontecer, mas temos que encontrar um jeito de entrar lá. Não é mais sobre quem você é ou sobre quem matou você Alícia, isso envolve a todos nós. Os humanos sabem da nossa existência e seus pais faziam parte desse grupo de pesquisa, o que não é nada bom eles estarem onde estão. Eles podem ser prisioneiros ou estarem ali por vontade própria, e vamos ter que descobrir.

– Você não vai machuca-los não é? – perguntei. Eu percebi que os caçadores me queriam, por algum motivo, e eu me preocupava que machucassem os pais de Sophia para que eu me entregasse, mas não fazia sentido. Eu ainda não me importava.

– É claro que não, teríamos que explodir a clinica para apagar os rastros e mesmo assim isso não seria suficiente. Temos que saber o que eles sabem. E principalmente porque fizeram isso.

Nos instalamos em um hotel confortável e Thomas montou todo seu sistema de monitoramento para deixar os caçadores afastados. Na noite iríamos a certa distância do local oficial da cede dos caçadores para observar.

Passamos o dia descansando e procurando nos preparar para tudo. Chegamos até o lugar com o carro de Thomas e ficamos lá observando. Parecia uma empresa cheia de janelas fechadas e ar condicionado. Estávamos olhando a entrada cheia de câmeras e guardas até um carro enorme chegar atrás do nosso e nos fechar. Thomas saiu a toda velocidade, ele tentou manobras, mas outros carros sugiram. Pelo menos 50 viaturas pretas apareceram. Thomas fez manobras e se xingou milhares de vezes por ser idiota de pensar que seu plano daria certo. Eu e Elizabete xingávamos ele mentalmente também, então ele puxou um rádio patrulha e pediu ajuda.

Estávamos a toda velocidades, carros azuis se misturavam com os pretos. Havia tiro para todos os lados, eu não sabia o que eram aqueles barulhos, mas imaginei que não eram armas comuns. Talvez não pudéssemos matar nossos caçadores, mas incapacita-los.

Chegamos a uma parte da cidade em que ou íamos a pé ou voltávamos e considerando a situação e os barulhos, voltar não era uma opção. Thomas nos entregou armas e facas que coloquei presa nas calças e saímos correndo para dentro de um parque que havia ali perto. Estávamos literalmente fudidos. Provavelmente havia caçadores dentro da floresta.


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