A Batalha escrita por Lola Carvalho


Capítulo 3
Quem?


Notas iniciais do capítulo

Bom diaaaaa!
É hoooojee... "Big Jisbon moment" Ohh, meu Deus, acho que vou surtaaar! hahahaha
Bom, eu espero que gostem deste capítulo...
Eu sei que pode parecer que eu estou focando só nos momentos jisbon, e não na investigação do Red John, mas é que eu preciso construir algumas coisas e inserir alguns personagens antes de tudo acontecer... :)
Bom, sem mais delongas,

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/430906/chapter/3

- Red John?

- Sim, Jane eu...

- E quando você pretendia me contar? – ele a interrompeu

- Eu ia te contar quando fosse oportuno... – Lisbon podia ver a raiva nos olhos de Jane. Esse era o motivo pelo qual ela não queria contar sobre Red John.

- Lisbon eu... Eu não acredito que você... Como você pôde não me contar antes?

- Jane, eu...

- Como você pôde? – ele a interrompeu novamente quase gritando.

- Jane... – Lisbon ia começar a se defender, mas a bebê Sarah, que estava em seu colo, começou a chorar – Não, não, não, não bebê... Não chore! – ela tentava acalmar Sarah, mas sem sucesso – viu o que você fez? – Acusou Lisbon a Jane, e saiu para seu quarto no andar de cima.

Jane, por sua vez, saiu de casa irritado e apenas não bateu a porta com força para não estragar o disfarce.

Ambos estavam indignados com as atitudes um do outro.

Ao chegar na CBI, Patrick se trancou em seu seu sótão para clarear a cabeça. Lisbon, após acalmar Sarah, decidiu que não ficaria triste ou irritada pelo o que aconteceu. Afinal, tinha muitas aparências para manter.

Então foi com Sarah ao supermercado, fazer as compras que deixara de fazer naquele dia mais cedo. Tentou observar as outras mulheres que também faziam compras, para não parecer tão diferente. “Aliás, o que bebês e adolescentes gostam de comer?” ela se perguntava.

O resultado? Dois carrinhos lotados até a boca de produtos. Mas pelo menos não faltaria nada!

Quando voltou para casa, preparou um almoço rápido para ela e para Sarah, já que Jane e Nicolas só voltariam para casa perto da hora do jantar.

Mesmo que ela não gostasse (e sua casa bagunçada era uma prova disso), Lisbon tinha que arrumar as compras nos armários, arrumar as roupas das malas dentro dos guarda-roupas, lavar a louça... O bom era que não havia muito a se fazer...

Durante suas tarefas domésticas, Lisbon não parou de pensar em Jane. Não tinha como negar: Ela estava chateada com ele!

Por que ele não pode apenas ouví-la e, ao menos, tentar entender suas decisões?

Até que era bom admitir isso, mas agora já se passaram duas horas e ela ainda está na mesma questão. “Preciso tirar ele da minha cabeça urgente!” considerava ela para si mesma... Sarah apenas a observava sentada em naquelas cadeirinhas de bebê.

- E então Sarah... O que você faz? – perguntou Lisbon – Quero dizer, você fala...? Anda? O que você faz de especial, hein? – com a casa inteira em silêncio, a voz de Lisbon soava mais alta, e quando ela se ouviu, pensou em quão absurdo era o que ela estava falando – Sabe?! Eu achei que seria legal vir aqui e fingir ser sua mamãe... Mas o seu “papai” só pensa nele e naquela vingança boba dele! – Sarah olhou para ela, com sono, e estendeu os bracinhos para que Lisbon a pegasse no colo – É... Você e o Nicolas fazem isso valer a pena... – Lisbon a pegou no colo e se sentou em uma das poltronas da sala. Ajeitou Sarah em seu colo, e fazia carinho nas costas dela para ela pegar no sono.

Sem querer acabou adormecendo junto com Sarah.

Já estava ficando tarde, e Patrick resolveu sair um pouco mais cedo para buscar Nicolas na escola. Nem cumprimentou, nem se despediu de ninguém.

Quando chegou em casa, ainda estava um pouco irritado com Lisbon, mas deixou a raiva de lado por um momento quando viu Lisbon e Sarah abraçadas dormindo na poltrona da sala.

- Lisbon – ele sussurrou acordando-a

- O que? – disse ela confusa.

- Você acabou pegando no sono... Já está de noite! – Lisbon levantou-se, tomando cuidado para não acordar Sarah.

- Me desculpe, eu...

- Ser dona-de-casa não é tão fácil como você imaginou, não é?! – deduziu

- Pois é – ela sorriu timidamente

- Deixa que eu ponho ela na cama... – Jane pegou Sarah do colo de Lisbon e subiu as escadas para coloca-la no berço.

- Como foi o primeiro dia? – perguntou Lisbon para Nicolas

- Ah, igual a todos os outros primeiros dias que eu já tive na vida... Quero saber do seu primeiro dia!

- Não há muito o que saber... Eu só... Fui no mercado, e acabei dormindo no sofá... – O telefone de Lisbon tocou, e ela, depois de pedir licença ao garoto, atendeu.

- Lisbon

- Chefe, nós... Temos uma notícia... – disse Cho

- Que notícia?

- O tio de Nicolas, Philip White, foi encontrado morto na casa do sr. e sra. Johnson... E na parede tinha o símbolo de Red John.

- O que isso quer dizer?

- Não sabemos, estávamos pensando se... Se o Jane não podia nos ajudar...

- Claro, eu... Vou falar com ele e já te ligo

- O que aconteceu? – perguntou Patrick descendo as escadas

- Nós... – Lisbon chegou mais perto de Patrick e sussurrou em seu ouvido – precisamos conversar em particular...

- Ah... Pizza? – disfarçou Jane – Hum... Não sei. O que acha de comermos pizza, Nicolas?

- Claro, eu estou faminto!

- Ótimo, eu vou ligar então... Jane você me ajuda a escolher o sabor? – disse Lisbon piscando com um olho para Jane.

Os dois subiram para o quarto, trancaram a porta e Jane abriu uma janela grande que dava para uma varanda. Lisbon nem havia notado isso até então.

- Jane, em primeiro lugar eu quero te pedir desculpas...

- Não Lisbon... Está tudo bem! Eu ainda estou um pouco irritado, mas eu sei que você teve seus motivos...

- Eu fico com medo de te contar coisas sobre o Red John porque você fica muito estranho...

- Lisbon, eu... Sou eu que tenho que te pedir desculpas... Eu não fico estranho de propósito, mas... Sempre que me lembro de Red John, eu também me lembro que eu não fui capaz de proteger a minha família...

- Jane, a culpa não foi sua!

- Você é muito gentil, mas eu sei a verdade... Tenho que conviver todos os dias com ela... Mas, obrigado mesmo assim – ele disse e a abraçou. Não como das outras vezes. Agora, Teresa respondia ao abraço.

O céu já estava todo escuro, a única coisa que os iluminava era a luz do quarto e a lua.

- Heeey, vizinhos! – eles ouviram uma voz vinda de outra casa, e se afastaram do abraço para ver quem era. Melanie... – Noite linda, não é?!

- Olá Melanie! – disseram Jane e Lisbon.

- Eu não gosto dessa mulher – disse Lisbon fingindo um sorriso.

- É, eu sei... Vamos pedir a pizza – ele disse se virando para Lisbon

- Sim, mas ainda precisamos conversar!

- Acho melhor conversarmos lá dentro para a “senhora-ciúmes” aqui não se incomodar... – ele se virou para Melanie, na varanda da outra casa – Tchau Melanie!

Os dois entraram de volta no quarto, pediram duas pizzas: uma de frango com catupiry e uma de brócolis com queijo.

- Naquela hora que você entrou na sala, e eu te contei sobre Red John – Lisbon começou – Van Pelt tinha acabado de me dizer que os pais de Nicolas estavam investigando o agente Reede Smith do FBI...

- Ham... Reede... Sempre desconfiei dele...

- O que vamos fazer agora? – indagou Lisbon, mas a campainha soou, interrompendo a conversa – Que rápido!

- Agora vamos comer pizza!

Depois do jantar, foram dormir. A louça ficaria para amanhã, pois, apesar de Lisbon ter dormido durante a tarde, ela se sentia exausta. Psicologicamente exausta. Muita coisa havia acontecido naquele dia... Tudo estava muito diferente.

Patrick também estava cansado, e seus pensamentos estavam a mil por hora. Ele temia que Red John fizesse algum mal para Lisbon ou para aquelas crianças, afinal Red John já havia matado os pais delas, e agora Teresa lhe contara que ele havia assassinado o tio também.

Era estranho, mas, mesmo com pouco tempo de convivência, ele havia se apegado sentimentalmente à elas. E seus sentimentos por Lisbon nunca estiveram tão expostos como agora.

Mas ele tinha esperanças de descobrir quem era Red John antes que ele fizesse algo com as pessoas das quais ele se importava. Então dormiu. Amanhã será um novo dia, e será mais uma oportunidade de pegar Red John.

Quando amanheceu, Lisbon foi a primeira a despertar. Ainda não estava totalmente desperta, mas o suficiente para ter aquelas primeiras sensações do dia, e, como havia acordado naturalmente, sem a necessidade do despertador tocar, se sentia descansada, pronta para um excelente dia. Também se sentia abraçada... E essa era uma sensação tão boa!

“Mas, espera... Abraçada??” pensava ela, e esse pensamento a fez despertar por completo.

- Jane? – ela disse ainda um pouco sonolenta.

- Só mais cinto minutos...

- Jane, você está na minha cama... Você está me abraçando!!

- Ãn?! – apenas agora Patrick havia se dado conta de onde estava – Desculpe Lisbon, eu...

- Sai, sai, sai, sai!

- Me desculpa eu não sei o que aconteceu – ele disse quando se levantou da cama – eu estava... Eu... E-Eu realmente não me lembro!

- Acha mesmo que eu vou cair nessa, Jane?

- Lisbon, eu realmente não me lembro!

- Eu vou fingir que acredito, e você nunca mais faça isso! – O que mais irritava Lisbon era que ela gostou de ser abraçada, mas nunca poderia admitir isso. E Patrick verdadeiramente não se lembrava de como ele havia ido, do chão, para a cama, ao lado de Lisbon, principalmente sem ser nocauteado por ela.

Porém, o choro de Sarah os impediram de continuar nesta discussão que não levaria a ligar algum. Lisbon se levantou e foi até o quarto ao lado.

- Por favor, faz ela parar! – dizia Nicolas cobrindo a cabeça com o edredom.

- Acho que ela está com fome... – disse Lisbon tirando Sarah do berço – Vem cá bebê chorona... – Lisbon foi até a cozinha e deu uma mamadeira com leite e achocolatado para Sarah, que já conseguia segurar a mamadeira sem precisar de ajuda.

Patrick ainda estava intrigado com o que acontecera pela manhã. Como um homem que tem um palácio da memória em sua cabeça não se lembra do que aconteceu durante a noite? Era inconcebível para ele! E por mais que ele se esforçasse, ele não conseguia lembrar...

Ele também não queria que as coisas entre ele e Lisbon ficassem estranhas, então fez de conta que nada tinha acontecido e seguiu sua nova rotina. Tomou banho, se arrumou, tomou seu café da manhã e foi trabalhar. Antes que entrasse no carro, a vizinha Melanie o interrompeu:

- Olá vizinho...

- Bom dia Melanie – ele respondeu não muito animado.

- Então, eu estava pensando... Sua mulher, ela... Acho que ela não gosta de mim...

- Imagina – mentiu Patrick – Teresa é um amor de pessoa! Gosta de quase todo mundo... Ela só é um pouco tímida.

- Hum... Pode parecer estranho, mas... Eu queria ser amiga dela, sabe? Eu...

- MELANIE – uma mulher gritou interrompendo a conversa – Não perturbe o pobre homem... Venha para casa agora! – a mulher se aproximava na medida que falava com Melanie, portanto sua voz ia se ajustando a um volume neutro.

- Ai, mãe! Me deixa em paz um pouco...

- Me desculpe – a mulher dirigia-se à Patrick – Melanie não tem muita noção, senhor...?

- Jane, Patrick Jane.

- Patrick, está “doçura” é minha mãe, senhora...

- Patrícia Jane – completou a mulher boquiaberta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Uuuuuh... E aí, quem vcs acham que é essa Patrícia Jane?

Beijinhoooos ♥ e até domingo que veeeem!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Batalha" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.