Another Hogwarts escrita por Sorrow Queen, Ciba, Rafeullas, brubs


Capítulo 39
Muletas são armas legais


Notas iniciais do capítulo

OOOE sou muito rápida u.u
Bem, espero que gostem do cap.



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POV Anne Green

Nossa, é ótimo levar um soco no lábio dado pela sua amiga bem no dia seguinte ao natal. Digam que sentiram minha ironia logo de manhã, mas a Madame Pompom disse que é melhor eu sair do caminho do sarcasmo, pois ela diz que foi assim que eu terminei com um corte sexy na boca. Mas não foi apenas a lembrança do belo soco de direita de Emily que me fez acordar com meu mau-humor matinal, foi apenas a voz estridente de duas criaturas entrando, quer dizer, arrombando a porta da enfermaria. Ou seja, terei que aguentar qualquer sejam as duas pessoas que não seguram a franga e também a Madame Pompom gritando logo cedo. E foi o que aconteceu, eu permaneci deitada, fingindo não ter acordado com o escarcéu e a querida enfermeira passou a passos apressados por mim e gritou com os seres, foi quando eu ouvi as vozes das criaturas que eu me levantei rapidamente e disse:

–Tia Pompom, eu não mereço a visita delas? Eu passei a noite toda quietinha e disciplinada.

–A Srta. Ficou gritando a cada cinco minutos que iria morrer de dor no pé. –retrucou Madame à altura e revirei os olhos, fazendo um cara de pidona. Pompom suspirou. –Apenas dez minutos. –atrás dela, Ginny e Miranda deram pulinhos e se aproximaram da minha maca, me abraçando com força.

–Menina, você se meteu em um barraco e nem me chamou. Isso é inadmissível. –Ginny e seu espirito de tretas me dão vontade de abraça-la, mas eu me limitei a revirar os olhos de novo.

–Acho que eu estava muito ocupada dando um soco na cara da... da Emily. –eu disse, franzindo os lábios e jogando a cabeça para trás enquanto Miri fazia um gesto incrédulo com as mãos.

–Você brigou com a Emily? –a voz dela saiu num sussurro que eu quase não ouvi.

–Pois é, ela resolveu dar cria no meu do pátio. E foi assim que eu arranhei minha boca e quase quebrei o tornozelo. –expliquei e as duas começaram a falar besteira para me animar, porém eu me dei conta de uma coisa e as interrompi: -Um momento! –elas olharam para mim. –Por que você voltou mais cedo, Miri? –perguntei, desconfiada. Ela pareceu raciocinar a minha pergunta e depois respondeu:

–Não queria perder a visita ao vilarejo. –assenti e depois olhei para a mini estante ao meu lado. Lá tinham uma caixa de sapos de chocolates e feijãozinho de todos os sabores. Franzi o cenho e perguntei em voz alta:

–Quem me deu essas gostosuras?

–Me pediram para manter segredo. –a Madame Pompom surgiu ao nosso lado com seus poderes do além, sorrindo. Wow, ela sorri. –Já se passaram seus dez minutos, garotas. Saiam. –Pompom e sua delicadeza empurraram Ginny e Miri, mas a ruiva ainda gritou:

–ESTAREMOS EM HOGSMEADE, QUERIDA. –Miri também ia falar mais alguma coisa, mas Pompom as cortou com seus berros e lá se foram minhas lindas visitas. Bem, eu fui pegar meus sapos de chocolates porque não dá para viver sem chocolate, porém ouvi que Madame Pomfrey discutia com mais pessoas na porta da enfermaria.

–Tia Pomfrey, por favor, nos deixe entrar. –era a voz de Lena e... PERA! Ela disse ”nós”? Humpf, que drama, Anne. Provavelmente é a amável Thalia que veio junto à Lena, mesmo que ela tenha ficado um pouco comigo ontem. Em algum momento dos meus devaneios, Pompom e Lena pareceram chegar a um acordo e logo a pessoa escandalosa entrou na enfermaria.

–ANNE!!! –Lena já chega gritando, sem dar tempo para proteger os tímpanos. Ela apareceu, sorrindo e me deu um abraço. –Por que você ainda ‘tá aqui?

–Acho que é porque eu quase perdi o pé quando Emilinda –oi ironia. –me empurrou. Lena revirou os olhos se sentou ao meu lado na cama (ou seja, me empurrou). –Ei, cadê a Thalia?

–Thalia? Ela deve estar indo para Hogsmeade.

–Então quem veio com...

Então as pessoas que surgem do além trouxeram Isaac aparecer na nossa frente, reprimi um grito de surpresa enquanto meu rosto esquentava.

–Oi. –ele falou meio baixo e Lena rodopiou seus olhos novamente como se aquele ali não fosse seu amigo.

–Ah, oi. –eu disse e Lena, a minha ótima amiga, riu da minha cara. –Que foi criatura? –oi delicadeza, eu não lhe conheço ainda. Ouvi a risada de Isaac e o senti se aproximar, mas eu não olhei porque eu estava contando os dedos da minha mão, coisa muito interessante para se fazer. Ele deixou uma coisa em cima da mesinha, era... –CHOCOLATE! –eu joguei as mãos para o ar, mas depois abaixei rapidamente. –Ahn, obrigada. –agradeci porque eu ainda sou educada.

–Er... Foi a Lena que pediu para te entregar. –Isaac falou olhando para a janela.

–Ei, eu não... –Isaac deu um tapa na nuca de Lena e ela se aquietou.

–Ok então. –sorri amarelo e comecei a brincar com as mãos de Lena. –E como está a Emily? –perguntei meio sem graça.

–Depois que você a chamou daquele palavreado, eu espero que ela esteja bem. –respondeu Lena, me animando legal, só que não.

–Ela duvidou da minha coragem de chama-la de rodada. E como eu sou um legitima Grifinória falei o que falei. –eu repliquei, indignada. Vi Isaac abrir a boca para falar alguma coisa, mas Pompom chegou e falou:

–Você pode ir, Srta. Green. Só não faça muita pressão nesse bendito pé. Quer usar muletas? –nossa, fique ofendida. Mentira, eu quase pulei daquela cama, mas é claro que eu não fiz, não sou tão retardada assim ainda. Eu apenas empurrei a Lena para fora da cama, depois que eu pedi as muletas para Pompom porque muletas são objetos legais, para que o amor de pessoa, vulgo eu pudesse descer com classe. A parte estranha foi quando o Isaac me ajudou a descer da cama enquanto Lena, que é a minha amiga, nem se deu o trabalho, ela só ficou brincando com as muletas até cair de cara no chão e eu começar a rir junto a Isaac, que foi uma ótima pessoa e tomou as muletas para mim. Meu lindo pé ainda doía um poquito, mas eu aguentei porque eu sou stronger. Quando eu estava saindo daquele lugar, Pompom gritou: -POR FAVOR, MATENHA VOCÊ E SUAS AMIGAS LONGE DAQUI POR UM TEMPO. –sorri maquiavélica para ela e continuei meu caminho.

–Anne, eu vou indo para Hogsmeade, ok? –falou Lena quando viramos o corredor da enfermaria.

–Está bem. –assenti. –Logo estarei lá também.

–Você vai ficar bem, não é? –e não era a voz de Lena e sim a de Isaac, que olhava para meu pé preocupado. Gaguejei um pouco, mas acho que deve ter saído um “claro”, pois os dois sorriram para mim e correram em disparada para os jardins.

Fui em direção à Torre da Grifinória, balançando com as muletas, sem cair, o que é um milagre para a minha pessoa. Quando eu cheguei lá, não tinha quase ninguém, e essas pessoas eram aquelas que aproveitam para dar uns agarra, mesmo com alunos do primeiro e do segundo ano tentando se manterem normais. Subi para meu quarto e foi uma tortura subir as escadas com um pé machucado, mas não tinha nenhum cavaleiro para me ajudar então eu me virei e por algum milagre eu cheguei ao meu quarto. E lá se encontrava ninguém mais ninguém menos que Mione Granger.

–O que a amiga do eleito faz num dormitório em um passeio de Hogsmeade? –perguntei, fechando a porta atrás de mim.

–Anne! –ela gritou, sorrindo e indo até mim. –E que barraco foi aquele? Não te ensinaram disciplina não? –hm, safada, eu sei que você só está fula da vida porque perdeu a treta.

–Não chateia. –eu fiz biquinho e me dirigi para minha deliciosa cama. –É complicado brigar com uma das minhas amigas. –nossa, isso saiu tão sentimental que nem parecia eu. Mione me lançou um olhar de pena que pegou um pacote para mim em seu malão.

–Seu presente. Eu não me esqueci de você. –awn Mione, sua fofa. Eu peguei o pacote retângulo e vermelho já sabendo o que vinha por ai, o abri e lá estava um exemplar de Hogwarts, uma história. Emocionei-me agora, eu queria aquilo e Mione foi um anjo em me dar aquele livro. Eu agradeci muito a ela. –Ah, a Ginny também pediu para lhe entregar o seu. –ela me entregou outro pacote e quando o abri vi que era um manual de como desencalhar na vida amorosa.

–Argh! Ela só fala isso porque pega metade de Hogwarts. –eu sei que eu a amo, mas que tipo de presente é aquele? Mione riu e saiu do quarto, me deixando sozinha e foi quando eu me lembrei que ainda não havia aberto o presente da Miranda. Olhei para minha estante do lado da cama. O presente dela estava tão longe, mas mesmo assim peguei-o e comecei a gritar escandalosamente quando abri. Eu sei que não devia ter surtos de alegria quando se tem um tornozelo bugado, mas eu pirei ao ver um kit do time Puddleere United, com camisetas do time, pôsteres autografados pelo time e um pomo de ouro personalizado. Me joguei na cama com o pomo de enfeite, sorrido que nem um idiota, porém eu bati a cabeça em alguma coisa dura. Murmurei pragas enquanto me levantava e olhei para uma caixa atrás de mim, que eu tinha certeza: não estava ali há um minuto. Peguei a caixa roxa com cuidado e medo, pois vai que é uma bomba. Então eu abri e me segurei para não ter outro ataque de felicidade. Dentro da caixa tinha outra caixa pequena e nela tinha a miniatura dos jogadores do Puddleere, voando para lá para cá. Eu comecei a chorar e peguei a carta que tinha na caixa.

“Querida, Anne,

Aqui estou eu para lhe dar o melhor presente de todos junto ao seu irmão. Espero que Hogwarts esteja bem melhor do que aqui fora. Fique bem, querida. Em meio a essa guerra, resolvemos lhe dar esse presente, pois não se sabe o dia de amanhã.

Essa última frase foi do seu irmão melancólico.

Com muito amor, seu pai e Leo.”

Olha, é uma surpresa que meu irmão tenha sentimentos o suficiente para escrever essa frase meiga. Voltei a olha para caixa e tinha mais coisa lá. Era o presente da minha mãe, já que meus pais são separados, eu e minha irmã mais nova ficamos com a mami e o Leo ficou com o papi, mas eu e meus irmãos sempre estamos visitando uns aos outros. Voltando ao presente da mamãe. Eu abri e acho que meu dia não poderia ter ficado mais mágico. Um tabuleiro de xadrez bruxo novinho em folha estava ali na minha frente. Não havia uma carta, mas só um bilhete:

“Estou com saudades, querida. Sua irmã também. Mande lembranças à Jace. Espero vê-la novamente, filha.”

Nossa mãe! Você sabe ferrar com meu psicológico em poucas palavras. Primeiro fala de Jace e eu já começo a mergulhar na tristeza, ai você diz que espera me ver novamente? Eu fiquei muito mal com essa possibilidade de perigo que minha família corria, já que ela nem tinha certeza se iria me ver outro dia. Desejei que a guerra acabasse. Desejei ter voltado para casa no Natal. Dar um beijo em cada um da minha família. Ter certeza de sempre estaríamos juntos. Quando percebi, eu já estava chorando, com a cabeça afundada no travesseiro. Eu levantei e deixei meus presentes no baú. Fui me arrumar para ir a Hogsmeade, pois se eu quero ver aqueles que amo bem, eu tenho que esquecer a tristeza. Acho que o bicho da filosofia me picou ou a Pompom me dopou com um remédio de melancolizada. Enfim, eu me troquei e logo já estava arrasando, guiando-me ao vilarejo de Hogsmeade.

As minhas duas lojas preferidas são: Dedos de Mel e Zonko’s. Sim, Elena, você não é única que gosta da Zonko’s, pare de se exibir. Porém a loja de brinquedos e marotices estava super lotada, por isso fui até a loja dos sonhos. Os doces ali eram uma maravilha e muitos tinham amostra grátis, o que é um paraíso para a gorda aqui. Quando peguei doces o suficiente para encher meu estoque, fui até o caixa e encontrei Thalia e Raimundo juntos, pagando os doces como PESSOAS NORMAIS. Ok, isso é muito estranho. Cheguei mais perto deles, pois eles são meus amigos e eu posso furar fila para conversar com eles.

–Com licença. Você são Thalia Faust e Raimundo Duncan? –perguntei, tocando Thalia de leve, que parou de conversar com o namorado e olhou para mim.

–Até onde eu sei, sim. –respondeu Thalia, abrindo espaço para eu ficar do lado deles.

–Vocês estão normais de mais para serem os dois.

–Nós somos normais. –protestou Raimundo.

–Espalhar a magia do natal com uma touca de duende não é considerado normal nesse país nem nesse mundo. - os dois reviraram os olhos ao mesmo tempo, eu teria achado fofo se não tivesse levado um tapa no braço dado por Thalia.

–Suas muletas são legais, Anne. –falou Thalia, dando dez galeões para a moça do caixa. Eu dei risada e paguei onze galeões e trinta sicles nos meus doces. Depois eu, Thalia e Ray fomos para os Três Vassouras e foi lá que tudo aconteceu.

Nós entramos no bar lotado e eu lutei para conseguir passar pelas cadeiras com minhas muletas, porém, quando estávamos na metade do caminho, um grito invadiu o bar, vindo lá de fora. Todas as cabeças se viraram para as janelas e viram uma correria anormal.

–COMENSAIS DA MORTE! –gritou um sujeito gordo e careca do lado de fora antes de desaparatar. Thalia e eu nos entreolhamos, nervosas e sacamos nossas varinhas, gesto repetido por Ray. Então nós saímos de lá bem no momento em que um bando de putinhas do Voldemort aparecia com suas capas. Momento revoltada ficou ligado e eu comecei a lançar feitiços para todos os comensais.

Uma dica: não lute contra seguidores de um cara sem nariz quando estiver com o tornozelo machucado. É um horror. Eu não sei em que momento, mas logo perdi Thalia e Ray de vista e tive que me virar sozinha. Pessoas corriam de volta á Hogwarts, outras desaparatavam e a maioria lutava contra as figuras encapuzadas. Meu pé doía pakas, porém eu não deixaria aqueles fedelhos arruinarem o passeio de milhares de pessoas, por isso continuei a lutar. A melhor parte da minha luta foi quando dois comensais vieram para cima de mim. Pensei rápido e acertei minha muleta diva nos países baixos do comensal, que caiu no chão como se estivesse tendo uma convulsão. A outra comensal riu de mim e preparou a varinha, mas aquela guria era burra, então eu logo a estuporei, fazendo-a voar longe. Porém a pior parte chegou logo depois disso. Eu saí do beco onde me encontrava e vi uma cena que fez minhas tremerem. Era Emily. E ela lutava com um comensal. Ok, ela havia me dado um soco no dia anterior e eu estava com raiva dela por ter me chamado de metida. Mas eu não podia simplesmente ver que ela estava perdendo aquele duelo e deixa-la para trás. Com as minhas muletas, eu fui o mais rápido que pude até a Emily bem quando a desgraça de comensal ditou um feitiço cortante, acho que era sectunsempra. Num ato de desespero, eu empurrei com toda a minha força Emily para o lado, fazendo com nós caíssemos, juntas. O comensal se aproximou, mas quando nos viu, simplesmente deu meia-volta e saiu correndo. Estranhei, mas não tive tempo para me preocupar com isso já que meu tornozelo estava me matando de dor. Emily se levantou ofegante e veio até mim.

–Anne! Você se machucou. –mesmo com dor, eu lhe lancei um olhar de “não me diga”.

–Eu já estava com o tornozelo machucado, pois você me empurrou ontem, lembra? –eu estava com muita dor, por isso não media o tamanho das minhas palavras. Emily me olhou com culpa e voltou a se abaixar ao meu lado. –Não! Saia daqui, Emily. –ela se assustou e me olhou. –Tem um comensal ali, ele não vai ficar a vida inteira se queixando porque eu lhe dei uma muletada nos países baixos. Então saia daqui antes que ele se levante.

–Você vem comigo! –falou ela, determinada e eu revirei os olhos.

–Vai logo, Emily. Eu dou meus pulos. Você não vai me aguentar. - ouvi um resmungo do comensal. –AGORA! –eu a empurrei e ela saí dali rapidamente.

Então, eu me arrastei até um canto, onde tinha árvores. Vi o comensal sair do beco e ir de volta à principal do vilarejo. Mas eu me desequilibrei e cai no pequeno morro entre as árvores. Gritei muito até conseguir parar de cair. Eu estava chorando de dor no tornozelo quando ouvi um “Reducto”. Gritei mais ainda, pensando que eu era o alvo do feitiço, mas o feitiço não chegou e mesmo com dor, me virei e vi Lena, com a varinha apontada para o corpo daquela corvina maldita, mas eu percebi que o corpo dela estava se desintegrando e gritei mais alto. Lena olhou para os lados, assustada e me viu, caída, no pior estado possível. Ela correu até mim.

–Anne! Ai meu Merlin! O que aconteceu com você? –Lena perguntou desesperada e se abaixando para ver meu pé, mas eu estava olhando para um ponto atrás dela, onde estava Meredith.

–Le-Lena. –eu gaguejei, angustiada. Lena me olhou com a testa franzida, confusa.

–O que foi, Anne?

–Vo-você matou uma pesso... pessoa.


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Notas finais do capítulo

huhuheuheueh because the treta and drama never ends
Reviews? Reviews!
Bjocas da diva Ciba.



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