Another Hogwarts escrita por Sorrow Queen, Ciba, Rafeullas, brubs


Capítulo 17
Agora é esperar!


Notas iniciais do capítulo

Oiiii
Tudo beleza com a vida de vocês?
por que minha vida tá lifeada.
Ignorem o que eu escrevi.
Cap feito por mim, Bruna DiAngelo
Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/430726/chapter/17

(Uma semana depois)

Pov Emily

– Emily, você não vai comer? – Perguntou Luna empurrando um prato com um pedaço de torta de frango pra perto de mim.

– Não, obrigado, Luna. – Empurrei o prato de volta. – Eu to sem fome.

– De novo? Você já está assim á uma semana. – Disse Luna. – Você não acha melhor ir á enfermaria?

– Não, eu to bem.

Olhei pra mesa da Lufa-Lufa e vi que Thalia me fitava com uma cara de “vai demorar muito?”. Lancei-lhe meu melhor olhar de “espera” e procurei Anne e Elena. Elas não estavam nem na mesa da grifinória e nem na mesa da sonserina. Tomei um gole de suco de abóbora e senti meu estômago revirar. Respirei fundo tentando não vomitar.

De repente a porta do Salão Principal se abre e Elena e Anne entram no Salão. As duas veem em minha direção e Thalia se levanta da mesa da Lufa-Lufa.

– Você conseguiu? – Perguntei quando Elena estava perto o suficiente.

– Foi difícil. Nós tivemos que furtar alguns ingredientes do Snape, mas eu consegui.

– Que bom. – Falei e coloquei o copo na mesa. – Vamos.

Levantei-me, mas senti uma pontada horrível na barriga. Apoiei-me na mesa e tentei não chorar por causa da dor.

– Ainda as dores? – Perguntou Thalia.

– Aham.

Fiquei ereta e acenei pra que elas fossem à frente. Anne ajudou Elena com alguns ingredientes e Thalia veio ao meu lado. Fomos andando rapidamente até o banheiro feminino, acima do Grande Salão. As pontadas pioraram e a ancia de vomito aumentou.

– Já estamos chegando. – Disse Thalia percebendo minha careta de dor.

– Emily, isso está muito estranho. – Disse Anne. – Você não está nem de um mês e já está sentindo contrações e vontade de vomitar.

– Acredite, Anne. Eu adoraria saber o que está acontecendo. – Falei.

– Por que mesmo que nós temos que fazer isso no banheiro da murta? – Perguntou Elena.

– Por que ninguém vem aqui, lembra? – Disse Thalia. – Sendo assim, ninguém vai saber.

– AAAh, tendi.

Nós estávamos quase na porta do banheiro quando ouço Ray gritando:

– Thalia! – Ele diz vindo em nossa direção. – O que está acontecendo?

– Nada. – Respondeu Thalia.

Mais uma pontada insuportável fez com que eu pressionasse a barriga com uma das mãos e apertasse o braço de Thalia.

– Elena? – Falei entre um gemido de dor e outro. – A poção!

– Trás ela pra dentro! – Disse Elena abrindo a porta do banheiro.

– Emily! – Gritou outra pessoa.

Caramba, esse povo nunca me procura quando eu quero e agora que eu não quero até Merlin vem atrás de mim! Olhei pra trás e vi que Fred nos seguia. Sua expressão era de raiva e de preocupação ao mesmo tempo.

– O que é agora? – Gritei por causa da dor.

– A Luna me disse que você não come a uma semana? – Ele perguntou ficando cara a cara comigo.

– Não é nada, eu... – Comecei, mas o idiota do Ray me cortou.

– Emily, você tá grávida!? – Ele gritou parado ao lado de Fred.

– Thalia! – Gritei com ela. Maldita hora que ela foi abrir a boca.

– Desculpa! – Ela implorou. – Ele é meu namorado agora, eu não podia esconder isso dele!

– Podia sim! – Gritei com ela.

– Emily a poção, já está pronta. – Disse Anne na porta do banheiro. Ela e Elena tinham entrado e começado a prepara-la.

– Eu to indo. – Falei. Thalia e Ray entraram no banheiro e eu esperei lá fora com Fred.

– É verdade? – Ele perguntou em voz baixa. Pude perceber um tom de mágoa e tristeza em sua voz.

– Fred, eu...

– É verdade? – Ele gritou dessa vez.

– É. – Falei sentindo as lágrimas embaçarem minha vista.

– É por isso que você não tá comendo? – Ele perguntou mais pra ele mesmo. – Por Merlin, Emily. Responde! – Ele gritou segurando meus braços.

– É, Fred! – Falei sentindo as lágrimas rolarem por meu rosto. – É por isso que eu não como, que eu não durmo e que eu passo a noite no Salão Comunal chorando de dor e de medo de ter essa criança!

Não sei da onde saiu tanta coragem, mas disse tudo que aconteceu nessa última semana. Eu não conseguia comer, sem vomitar. Não conseguia dormir por causa das dores e não conseguia parar de chorar, com medo de ter essa criança. Eu não sei ser mãe! Eu não estou preparada, pelo menos não ainda!

Mais lágrimas invadiram meu rosto enquanto Fred me olhava pasmo. Seus olhos estavam arregalados, a boca estava entre aberta e ele estava paralisado. Ele ainda segurava com força meus braços, parecia com medo de que eu me soltasse. Ele saiu de seu transe e me encarou com ódio.

– É do Jorge, não é?

– Fred...

– RESPONDE!!!

– É!!!

– Eu vou matar ele! – Ele disse e soltou minhas mãos.

– Não, Fred. – Falei segurando seu braço, mas ele afastou minha mão com um tapa.

– Não o que, Emily? Ele é o pai dessa criança, ele tem que estar aqui com você!

– Ele não sabe. – Murmurei pra mim mesma.

– O quê?

– Ele não sabe, ta legal? – Falei ficando em sua frente. – Eu não contei. E mesmo se contasse, não faria diferença, eu vou abortar.

– Tá louca? Você não pode fazer isso. Eu vou falar com ele, ele vai ter que me ouvir. – Ele disse dando a volta por mim e recomeçando a andar.

– Fred, para. – Falei me colocando na sua frente e segurando seus ombros. – Me prometa que você não vai falar nada.

– Eu não vou.

– Prometa!

– Eu prometo que não vou falar nada para o Jorge!

Larguei seus ombros e sequei as últimas lágrimas com as costas das mãos. Mais uma pontada faz com que eu me curve pra frente. Se Fred não tivesse me segurado eu, com certeza, teria dado de cara no chão.

– O que foi? – Ele perguntou ajudando-me a levantar.

– A poção – Falei em meio aos gemidos de dor. – Eu preciso dela agora!

– No banheiro?

– É.

Fred me ajudou a chegar até a porta do banheiro e nós entramos. Elena estava junto com Anne, perto de um caldeirão mexendo um líquido cinze pastoso. Raymond batia irritantemente os dedos na porta do banheiro e Thalia andava pra lá e pra cá.

– Finalmente! – Disse Elena. – Vem logo!

Fui até o caldeirão e Elena encheu um copo de vidro com o líquido pastoso cinza, aquilo parecia papel misturado com água. Ela me entregou o copo e mandou-me beber. Peguei e levei até a boca. Aquilo tinha cheiro de chulé com fudum de trasgo depois de sair pra caçar, ou seja, o babado aqui é forte.

Virei lentamente o copo e tomei o primeiro golo. Assim que o líquido entrou em contato com minha língua, ela começou a queimar. Na mesma hora eu cuspi tudo no chão.

– O quê queria, poção com gosto de chantili? – Gritou Elena enchendo mais o copo.

– Vira tudo de uma vez! – Disse Anne.

– Falar é fácil, né? – Respondi.

– Ora, ora, ora – Disse uma voz que parecia estar debaixo da água. – O quê temos aqui?

– Essa não! – Disse Fred.

– Uma lufana, uma sonserina, dois grifinórios e dois corvinais. – Disse a murta voando até nós e se apoiando em uma das pias. – Tentando abortar, não é senhorita Carter?

– Como você...

– Ah, por favor! – Ela disse voando. – Eu estava aqui quando você voltou do dormitório grifinório. Eu ouvi você chorando, ouvi o que disse sobre o Weasley, aí. Eu sei de tudo que acontece nesse banheiro!

– Emily... – Fred disse pousando a mão em meu ombro. – Isso é verdade?

Lágrimas embaçaram minha visão novamente. Maldita hora que eu escolhi esse lugar pra me esconder!

– Elena? – Chamei-a. – Quanto tempo pra poção fazer efeito?

– Amanhã já deve ter feito efeito.

– Bom. – Falei e virei o copo, tomando tudo de uma vez, e ignorando o fato da minha garganta estar queimando. Quando terminei de tomar tudo dei o copo pra Elena e tossi até que a queimação passasse.

– Que pena! – Disse murta flutuando até uma das cabines. – Sua filha daria uma excelente grifinória. – Depois afundou deixando um entupimento para trás.

– Agora é esperar! – Disse Anne.

Virei-me pra Fred. Eu não tinha respondido sua pergunta. Na verdade nem precisei, pois no momento que virei ele me abraçou. Eu retribui e nós ficamos abraçados por um tempo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram?
Espero que sim!
Até o próximo.