Hoje acordei mais cedo, me despedi de Draco, o que foi bem difícil (ambos não queríamos), e fui direto para o Salão Comunal da Grifinória, rapidamente encontrei Gina e a arrastei para a Corvinal enquanto ela fazia bilhões de perguntas.

– Vamos aprontar alguma? Vamos Mione, me responda! – ela perguntou, por fim.

– Vamos achar a Luna primeiro.

– Alguém disse meu nome? – uma voz suave e sonolenta disse atrás de mim.

– Luna. Ótimo! Vem comigo. – arrastei-a também para perto do lugar onde eu já tinha visto os jornais sendo despachados.

Me escondi atrás de uma gárgula com elas, um corredor antes do local.
– Escutem.. – pedi – Vamos sabotar o esquema dos jornais hoje.

Gina arregala os olhos.
– Como você pretende fazer isso?

Luna me encarou.
– Acho que sei como, Gina. – ela disse sorrindo.

– Enfim, a Luna sacou. Precisamos avisar a escola, todo mundo está despreparado. – eu falei. Então ergui minha bolsinha com feitiço indetectável de extensão.

Gina sorriu.
– Saquei! Eita bolsinha abençoada, Merlin. – ela disse.

Luna verificou o corredor.
– Está limpo, vamos logo!

Andamos rapidamente até o local onde os jornais estavam empilhados. Chegando la, virei-me para elas.

– Luna, você fica de guarda no inicio enquanto eu e Gina colocamos eles dentro da bolsa. A gente reveza. – A loira assente e se vira.

– Você pensou em tudo. – Gina diz quando ela se afasta.

– Claro. Agora temos muito trabalho. – digo, pegando alguns.

– Se eu quebrar as minhas unhas, eu te mato. – ela disse imitando a vozinha fininha da Parkinson, pegando outros da pilha também.

– Quem liga para unhas? – perguntei.

– Esmaltes. – rimos.

Depois de colocarmos metade na bolsa, aproveito para jogar uns três na minha mochila e Gina foi montar guarde enquanto Luna a substituiu. Não foram nem cinco minutos e Gina gritou, já correndo.
– Corram! O Filch e a gata!

Arregalo os olhos, cato a bolsa e Luna sai correndo, do seu jeito saltitante, mas correndo, enquanto Gina nos guia.
– Vamos para o Corujal! – Luna fala.

Alguns minutos depois paramos de correr e subimos até o Corujal. Chegando lá, amarramos um jornal na pata de cada coruja. Eis o plano, que já deve ter ficado obvio: Na hora do correio, todos receberão os jornais do dia. Quando terminamos, falta pouco para o café. Então fomos para o Grande Salão, eu estava relativamente cansada, mas disfarcei... caso não fizesse isso estaria me entregando.

Apreensiva, coloco panquecas no prato e jogo chocolate em cima enquanto eu e Gina aguardamos o correio.

Ambas tínhamos consciência que estávamos plantando o caos em Hogwarts colocando essa historia dos jornais à tona.

Mas era preciso.

Era um caos necessário, a não ser que você quisesse ir passar o natal com a família e encontrá-los mortos, por Trevor.