Dramione: Learning To Love escrita por Clary


Capítulo 42
Capítulo 42


Notas iniciais do capítulo

E COM VOCÊS: O TAO ESPERADO CAPITULO 42!



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– Hermione! - uma voz chamou.

Virei-me para o lugar que eu achei que a voz saiu. Era uma mulher, ela andava tão graciosamente que parecia flutuar, ela vestia um vestido branco com rendas que transbordava paz. Quando chegou a minha frente pude ver seus orbes âmbar, como os meus. Ela aparentava ser jovem, não passaria dos 30 anos pela sua aparência, mas tinha um ar de quem já viveu por muito tempo. Ela me olhava, com tanta intensidade que me fez retribuir seu olhar, mesmo quase desacordada, ela me trouxe certa nostalgia.

– Apenas resista. - ela disse com tanta convicção que me fez acreditar que eu conseguiria.

Senti que alguém me apanhou alguns metros antes de eu atingir o chão.

Uma vassoura. Olhei para a frente. Draco. Sempre me salvando de tudo e todos, sempre nos lugares certos nas horas certas. Mas eu estava zonza e confusa demais para agradecer ali.

Sempre me protegendo.

– O Weasley... – foi a única coisa que eu consegui dizer.

Vi um espasmo de ódio passar pelo rosto do loiro, ele apontou a vassoura para cima parando na janela de onde eu tinha sido solta alguns minutos atrás.

A Grifinória prendeu o ar quando me viu, ou quando o viu..

– MALFOY? – olhei para trás, Gina. Depois de apoiar meus pés no parapeito da janela e entrar ela me abraçou tão forte que meus ossos podiam quebrar.

– O que ele fez? – Draco perguntou para Simas. Meu namorado estava com tanta raiva, que eu só reparei por que era muita mesmo.

Eu estava tonta, tudo estava girando.

Simas não hesitou em responder.
– Ele ia jogá-la da janela. E jogou. – falou.

– Ela estaria morta se não fosse você. – Gina disse, ainda me embalando em seus braços. Sentia que se ela me soltasse, eu cairia no chão e não levantaria nunca mais.

– O Weasley não pode ter ido muito longe. – Simas disse.

Draco olhou para o céu. De repente ele saiu em disparada na sua vassoura. Despertei, a tontura se foi e corri para a janela. O que ele ia fazer? Provavelmente Ronald não sairia vivo dessa, avistei uma cabeleira ruiva no céu, não muito longe. E uma loira a alcançando. Mas não havia só eles... Harry também estava lá.

– Harry? - murmurei.

Gina virou-se para mim, com raiva.
– Harry não devia ter ido atras dele! Ele devia ter lhe pego! - a ruiva falou. - E se Malfoy não estivesse la?!

Eu não me importava com isso. Talvez Harry tinha visto Draco. Consegui distinguir socos, uma confusão entre os três, e Ron ficou suspenso na vassoura por uma mão. Tinham pessoas nas janelas ao meu lado assistindo tudo.

Afastei-me da janela cambaleando. Não conseguia ver mais nada. A ultima coisa que vi foi Ronald fugindo.

Corri, na medida do possível, para o meu dormitório.

Quando cai na minha cama, as lagrimas começaram a descer com velocidade. Eu quase tinha sido morta pelo garoto que eu convivi todos esses anos, ele era meu melhor amigo, tinha sido meu namorado que tanto amei e hoje tentou me matar.

Abri o guarda roupas com força, procurando algo que eu tinha guardado ali há um tempo. Era errado, era insano. Mas era a única forma que eu achei para afogar minha dor. Abri a garrafa e virei o quanto pude na boca engolindo de uma vez.

O Firewhisky desceu queimando pela minha garganta.

Ouvi a porta do quarto, e em meio a lagrimas, consegui distinguir a cabeleira ruiva de Gina. Assim que me viu, ela suspirou. Eu pude sentir o peso daquele suspiro como se fosse o peso do céu.

Ela se aproximou.
– Beber não vai ajudar.

– Ajudar não vai. Afogar, talvez.

Um silencio inquebrável instalou-se ali.
– Eu estou desesperada. - ela declarou.

Estendi a garrafa para ela.
– Talvez te ajude também.

Ela observou a garrafa por um tempo, e depois me observou.
– Chega de tratar problemas com maturidade. - dizendo isso, ela tomou a garrafa da minha mão, dando um gole e fazendo uma careta enquanto a bebida queimava sua garganta.

Eu não tinha raiva para liberar. Eu tinha dor e medo. Essa não é uma combinação positiva, e isso de beber agora ia acabar dando errado. Era incrível como eu não sentia falta dos Pubs e das saídas escondidas depois que conheci Draco. Dor por ver Ridley morrer e medo de ver de novo, por saber que mais gente morreria, por ter quase sido morta há uns minutos atrás, pelo autor de tudo ser o cara que eu odiava, mas que antes era meu melhor amigo, pela minha mãe. Medo, acima de tudo, de perder Draco. Eu sentia uma coisa estranha quando ele estava em perigo. Uma vontade absurda de puxá-lo de lá e levá-lo para um lugar seguro. Eu o amava, e tinha certeza disso.

E a pior coisa que existe é perder alguém que você ama.

E acredite, depois do Harry, eu tenho um bocado de experiência com isso.


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Notas finais do capítulo

Oh Merlin... tsc...tsc... Comentem o que acharam!



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