Dramione: Learning To Love escrita por Clary
Notas iniciais do capítulo
So espero não enfartar nenhuma de vocês! MUAHAHHA
Deitei a cabeça no travesseiro pensando: Eu estou em uma guerra.
Uma guerra.
Muitas mortes.
Preciso manter o controle.
Depois de muito tempo, eu finalmente sonhei com ela.
– Finalmente. –falei quando a vi – onde você se meteu?
Seu olhar encontrou o meu.
– Eu estive sempre com você. Mas isso não quer dizer que você perceberia.
– E por que apareceu agora?
– Para lhe alertar. – Ridley disse.
– Como sempre, certo? – sorri.
Seus lábios formaram uma linha fina.
– A pista de vocês está certa, mas ao mesmo tempo, equivocada em partes.—ela falou.
– Então tem a ver com gelo? – perguntei, exasperada.
– Sim. – ela confirmou.
Franzi o cenho.
– Isso está fácil demais. – falei.
Ridley sorriu.
– Exatamente. Eu não posso falar, mas pense: Trevor não é o tipo que se esconderia tão bem para que vocês não o encontrassem.
As palavras dela tiveram o efeito desejado em mim.
– Então se ele não vai se esconder...
– Fica mais fácil achá-lo.
– Por que ele quer que o encontremos. – completei.
– Pense alto, querida. – ela alertou.
– Como assim?
Ridley adquiriu uma expressão seria.
– Você não pode usar seus reflexos de guerra antigos numa guerra futura. Muita coisa já aconteceu. Sua maneira de pensar vai definir o que vai acontecer.
– Você quer que eu pense de forma diferente quanto aos planos? – eu estava confusa demais.
– Eu quero que você tenha conhecimento do seu inimigo e do perigo que corre, antes não era você que corria perigo. Era Harry Potter.
Sorri.
– Uma guerra com Hermione Granger correndo perigo deve ser mais complicada.
Ela sorriu de volta.
– Exato. Seu inimigo não quer o seu poder. E ele é tão inteligente quanto você.
– Posso ser mais que ele. – eu falei, convicta.
– Preciso que você pense de certa forma quando for planejar algo...
– Que forma seria? – perguntei.
– Trevor não é Voldemort.— assim que ela disse isso seu corpo foi içado para o alto como se a tivessem erguido e a jogado no chão de uma só vez.
Uma explosão de sangue.
De branco a um vermelho escuro e com cheiro metálico, quente. Olhei para o lado... Ridley estava caída no chão, totalmente perfurada por facas. O sangue daquele lugar era dela.
Um grito de horror escapou pela minha garganta.
Acordei sobressaltada.
Estava escuro ainda, tentei descobrir onde eu estava. Dormitório. Ok. Calma.
Era assim: Toda vez que Ridley me dava uma informação muito importante, eu a via morrer. Era como uma sequencia assustadora de fatos, estávamos felizes por nos reencontrar, conversávamos sobre a guerra e de repente ela me falava algo totalmente revelador e PUM! Ela morria.
Da forma mais apavorante possível.
Deitei de novo e tentei dormir, em vão. Revirava e virava na cama e nem fechar os olhos eu conseguia. Decidi pegar um livro descer para o salão comunal, talvez ficando um tempo lá meu sono voltava, já que ainda era madrugada.
Surpreendi-me ao chegar ao fim da escada e encontrar Ronald sentado em frente à lareira. Eu podia voltar e me trancar no quarto de novo, mas não sei por que aquele travesseiro me lembrava Ridley morrendo, algo que eu não queria ver de novo.
Ignorei-o e fui me sentar no parapeito da janela, observando o céu.
Abri meu livro, Divergente.
Li de onde tinha parado:
“[...] Conseguirei sobreviver até amanha. Conseguirei.”
Alguém segurou meus braços com uma força absurda e o livro caiu das minhas mãos. Alguém? Só tinha eu e Ronald ali. Olhei-o. Seus olhos tinham um brilho assassino que me fizeram hesitar.
– O que é isso? – perguntei, pressentindo algo ruim.
Ronald riu, malignamente.
– Isso, é o que eu estava guardando pra você. – ele disse e apertou ainda mais meus braços.
– Onde você quer chegar com isso? – minha voz estava ficando aguda e desesperada. Minha varinha estava no quarto.
– Na janela, mas você resolveu empacar ai. – dizendo isso ele me empurrou com mais força para a janela aberta, me fazendo tropeçar.
Comecei a gritar e berrar por ajuda. Ele estava me empurrando para o parapeito da janela, ele ia me jogar de lá de cima. Ele estava me segurando pelos braços. A altura estava me deixando zonza. Eu queria implorar para que ele não fizesse isso, mas minha cabeça estava a mil.
– Você vai ter um fim bem trágico, Granger. – Ronald falou.
Berrei por ajuda até minha garganta secar, funcionou. Quando olhei para trás reconheci alguns rostos, como Harry e Simas.
– Solta ela Ron! – era a voz de Harry, Gina gritou.
– Não se aproximem! – o ruivo avisou – ou eu solto!
Tentei falar com a voz mais calma possível.
– Por favor, não faz isso... Você ainda pode voltar atrás.
A mão dele escorregou um pouco. Gritei.
– SOCORRO!
– VOCÊ TA DOIDO CARA? – Simas berrou – VOCÊ TA PENSANDO EM MATAR A HERMIONE!
Ronald virou-se para olhá-lo sem me soltar.
– EU VOU MATAR ELA! EU JÁ DEVIA TER FEITO ISSO HÁ MUITO TEMPO!
– Ronald. – Gina falou com a voz mais desolada possível – O que está acontecendo com você? Você não se parece com o meu irmão.
– É claro, eu cansei de ser a ultima opção. – ele disse, Ronald estava louco e eu ainda estava gritando, desesperada. – Ela e o Potter sempre foram os preferidos!
– Isso não é verdade! Você está louco! – falei.
– CALA A BOCA! – ele berrou para mim e até meus ossos tremeram com a intensidade do ódio na sua voz.
Olhei para trás a tempo de ver Harry avançar contra ele e Ronald pegar uma vassoura que estava do seu lado. Não!
As mãos dele finalmente escorregaram e eu senti que estava caindo.
Em queda livre. Eu ia encontrar o chão e nunca mais veria a luz do sol. Eu poderia cair, bater a cabeça e morrer. Ou meu corpo resistiria por mais algum tempo e eu passaria pela tormenta de esperar a morte.
A ultima coisa que eu pensei antes de cair, foi em como eu teria uma morte dolorosa como as de Ridley.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
MUAHAHAHAHAHAHHA :3