– Nós vamos beber alguma coisa ou você vai ficar aí parado me olhando? – Perguntou Kate, num tom sarcástico e levantando uma das sobrancelhas.

– Ahn... Claro. – Deu um sorriso tímido – Ok, mas nós também vamos jantar.

– Ah, Ok. – Olhou ao redor e percebeu que estavam sozinhos. Como ela não havia percebido isso antes? Talvez por que estava ocupada de mais olhando aquela imensidão azul; reparando em cada detalhe daquele homem que, apesar de ela negar até a morte, a deixava louca; pensando que diabos tinha a feito aceitar aquele convite, mas também estava feliz por estar ali. Tantos sentimentos ao mesmo tempo que ela nem sabia por onde começar, não sabia o que fazer, falar, mas toda vez que o olhava tinha a certeza que era preciso estar ali, ao lado dele. Era onde ela queria estar e não mudaria isso. Tá... Talvez mudaria, ela bem que queria estar literalmente com ele.

“Não, Kate. Para de pensar nisso. Ele é seu melhor amigo” uma voz, vinha na cabeça dela e quase imediatamente outra respondia “Amigo? Ahhh, por favor. Amigos não se amam do jeito que vocês se amam. Parem de perder tempo, fiquem juntos de uma vez, vocês foram feitos um para o outro”. Isso a estava deixando louca, essa vontade dele que só crescia e esse medo estupido. Mas medo de que afinal? “De isso não dar certo e o perder” pensou.

– Vamos? Nossa mesa está ali dentro. – Richard falou, tirando Kate do transe. – Isso é pra você. – Falou um pouco tímido, entregando para ela o buque.

– Obrigada Castle, são lindas. – Kate respondeu, corando um pouco e achando uma graça ele ter tido o trabalho de comprar flores para ela.

– Fico feliz que você gostou. – falou, entrando no bar, com Kate atrás dele o seguindo.

Quando entraram, Kate ficou sem palavras, a sensação de não saber o que fazer ou falar só piorou.

Assim que entraram, Castle não acendeu as luzes, pegou um isqueiro e acendeu dezenas de velas que estavam ali. Com iluminação suficiente ela percebeu que havia só uma mesa no centro do bar, com três velas grandes no centro e duas cadeiras. Ela olhou em volta e não achou Castle, mas segundos depois escutou o som de uma musica lenta, romântica e supôs que ele estava em algum lugar ligando o som. Ele a estava enlouquecendo. Como ele podia ser tão chato, irritante, lindo, fofo, romântico...

– Hey Detetive, desculpe-me pelo sumiço, mas eu fui ali só colocar a música, espero não ter te matado de tanto saudade. – Richard falou, com um tom de ironia, que ela amava.

– Seu ego sempre muito grande, não é mesmo? – Kate virou-se para encara-lo, com um sorriso nos lábios.

– Por que não se senta? – Passou por ela, segurando-a pela mão e a puxando para perto da mesa. Esse toque a fez senti um arrepio, que começou nos pés e foi até o ultimo fio do cabelo. Deus, ele mexia tanto com ela. Castle soltou a mão da detetive, puxou a cadeira e fez menção para ela se sentar.

– Obrigada – disse ela se sentando.

– Always – ele respondeu encarando-a nos olhos, o que o fez perceber que ela havia entendido o verdadeiro sentido dessa palavra.

Always. A palavra favorita dela. A palavra favorita dele. A palavra deles.