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" A menina de olhos cinzas corria pelo hospital tentando achar a porta. O hospital era gigante, cheio de portas. Seis andares de puro sofrimento, era o que definia o St. Mary, ou, Hospital do Câncer como todos diziam.

Ela entrava em portas erradas enquanto buscava desesperadamente achar sua mãe. Foi quando ela entrou no quarto certo, no momento certo. A cena era de traumatizar: Uma menina em seus 17 anos de idade encontrar sua mãe em seus estágios finais, pálida e sem cabelo, agonizando-se em seu leito.

Ela subiu na cama e deu-lhe um beijo no rosto e disse que a amava. Neste momento uma equipe de médicos entrou no quarto e lhe tirou da cama. Eles levaram sua mãe, levaram seu porto seguro. Este foi seu ultimo momento com ela. "

Annabeth acordou assustada. Sentou-se na cama e viu que estava empapada de suor. Abriu a cortina do lado oposto da cama e olhou para fora. Viu o quanto tinha conquistado depois de sua perda. Pegou suas roupas de trabalho e entrou para o banho.

Depois de descer as escadas, sentou-se a mesa para um café. Morava sozinha em um apartamento de luxo, no melhor bairro de São Francisco, e apesar de ter a vida que pediu a Deus, não tinha tempo para si mesma. Era uma arquiteta famosíssima da cidade, dona de diversas empresas e a solteirona mais cobiçada de acordo com a revista.

Ela fez de sua perda, um novo ponto de partida, fez faculdade, e com o pouco dinheiro do seguro que ganhou, fez sua vida. Porém, Annabeth não tinha um sequer namorado desde que começou sua batalha. Sua única amiga se chamava Thalia, e elas se viam duas vezes, ou três no ano, já que ela morava em Nova York.

Quando seu telefone tocou, ela esperou um pouco e atendeu. A voz da amiga ecoou na sala.

_ Não atende mais plebeus não, é sua vagaba?

_ Oi para você também, Punk maldita.

_ Vá se fuder.

_ Também te amo.

E essa é uma linda demonstração de amizade entre as amigas Annabeth e Thalia.

_ Serio, o que você quer às - Annabeth olha no relógio - às 10 da madrugada? Quê? 10 horas?? Caramba, eu ... Eu tinha que estar na empresa às 8 e meia!!!

_ Esse trabalho vai te deixar louca. Se liga, hoje é sábado!!

_ Ah, é mesmo. - ela se senta novamente

_ E então, vai abrir a porta, ou posso acampar aqui mesmo? - Thalia reclamou

_ Não brinca que você está aqui? - Annabeth se levantou indo em direção a porta.

_ Serio que você achou que eu iria te ligar, como você disse mesmo, às 10 da madrugada, para dizer "oi" ?

Annabeth abriu a porta e viu a menina dos olhos elétricos na sua frente, igualzinha, como na ultima vez que a viu: A Punk de sempre.

_ A Qual é, nem avisa mais não? - Annabeth abraça a amiga

_ Pensei que eu tivesse passe livre. - ela passa um braço pelo ombro da amiga e entra no apartamento - Uau! Isso está bem melhor agora! Quer dizer, para quem morava num mini apê de 5ª categoria, isso está bem melhor.

_ Acho que eu fiz uns certos, "investimentos" - fazendo aspas com os dedos.

_ E então? Já escolheu a roupa?

_ Roupa de quê, exatamente? - exclamou Annabeth parando de repente.

_ Você acha que eu, Thalia Grace, viria a São Francisco e não iria na Pandemônio? Sério? Anda.. Espero que tenha, pelo menos uma peça de roupa preta.

Pandemônio era a balada mais frequentada de São Francisco. Annabeth dissera uma vez para Thalia que a balada era onde só se encontravam os mais famosos de São Francisco, e Thalia, desde então, vinha fazendo planos para dar irem, mas nunca dava certo.

_ Tudo bem. Você venceu.. Pandemônio, aí vamos nos ...

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Whooooau! I feel good, I knew that I would now

I feel good, I knew that I would now

So good, so good, I got you