Summertime Sadness escrita por Pacheca


Capítulo 23
Draw Your Swords


Notas iniciais do capítulo

Oiii, gente :3 Meu Deus, como eu demorei .q Bem, como sempre (ai, odeio isso) mil desculpas ;-; Eu estou pirando. To tendo que preocupar com prova, com enem (e vestibulares em geral), meu curso ta concorrido e eu já to pirando antes da hora...e isso tem afetado minha escrita, mais em tempo mas em bloqueios tbm -.- Mas, ta-dã, aqui estou eu, capítulo novinho no capricho ;) A música-título é do Angus e Julia Stone :3 Boa leitura!



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POV Derek

– Derek, espera ai. – Parei ao ouvir Kramisha correndo atrás de mim.

– Ela planejou. Meu Deus, Kram. – Sentei num banco, os pés sobre o assento e sentado no encosto do banco. – Eu...

– Calma, ok? Também estou em choque.

– Não como eu. Não tem como. – Tremia, consegui ver pelas pontas dos meus dedos. Suspirei. – Por que?

– Eu não sei. – Ela se sentou ao lado dos meus pés, suspirando também. – Acho que até mesmo as pessoas mais doces podem guardar raiva dentro de si.

– É... – Respirei fundo, fitando o céu. Não entendia como Claire podia ter feito aquilo. – Lily vai voltar com a gente?

– Não sei. Ela disse que queria ir para minha casa, mas não deu certeza. Por que?

– Hum, curiosidade. – Vontade de mudar de assunto, de se distrair. Kramisha me encarava, dando um sorriso leve. – O que foi?

– Nada. Vai pintar de novo? – Ela apontou pra mecha, ainda sorrindo.

– Talvez de azul. – Respondi, mais tranquilo. Já não era mais tempo de pensar naquelas coisas. Claire já fizera, fosse certo ou não. E se eu não tinha como saber o que passou pela cabeça dela, preferia não imaginar.

– Vai ficar legal. – Ela falou, dando de ombros. – Devíamos ir embora. Já fez o que precisava.

– É. Realmente.

– Vou buscar a Lily. – Ela ficou de pé e foi na direção do velório. Suspirei de novo.

– Bem, Claire, pronto. – Falei para o céu, esperando que ela me ouvisse. – Espero que esteja feliz.

Senti uma brisa leve, como quando os fantasmas de filmes aparecem ao lado das pessoas. Olhei para meu lado instintivamente, encontrando a pedra do banco.

– É bom isso ser um sim. – Fiquei de pé, vendo Kram já voltando com Lily. Deixamos o cemitério em silêncio.

O pai de Kramisha me deixou em casa. Respirei fundo e toquei a campainha, esperando minha mãe. Só de pensar que no dia seguinte ia ter mais um daqueles velórios, senti meus ombros pesando.

– Filho, e ai? Como foi? – Minha mãe limpou as mãos no avental, me dando um abraço.

– Não foi fácil, mãe. – Dei de ombros, sem comentar do assassinato planejado. Preferia não ficar falando daquilo para os outros.

– Eu imagino, meu querido. – Ela fechou a porta. – Quer comer alguma coisa?

– Não. Eu vou tomar um banho. – Falei, passando direto pela sala. Peguei meu pijama em cima da cama e fui para o banheiro.

Pelo menos, no dia seguinte não teria carta nenhuma para ler. Já era uma vantagem. Entrei debaixo do chuveiro, querendo relaxar.

POV Kramisha

– O que vamos fazer lá agora? É fim de semana, Kram. – Lily falou, enquanto meu pai ia dirigindo calado até a escola.

– Eu sei, Lily, mas tenho que fazer uma coisa. – Respondi, olhando para ela. – Não vou demorar.

– Tudo bem. – Ela falou, soltando o cinto. Meu pai parou bem na frente do portão. Desci quase correndo, entrando na escola. – Vou te esperar aqui.

– Ah, ok. Volto logo. – Corri direto para a sala da diretora, sorrindo para as faxineiras.

– Bom dia, minha querida. Posso te ajudar?

– Na verdade sim. Eu gostaria da senha do escaninho de Claire. Você sabe, ela me pediu para pegar uma coisa há alguns dias e eu esqueci. E agora...

– Oh, sim. Bom, posso acompanhá-la. Venha.

Segui a mulher de volta ao pátio, caminhando até o armário de Claire. Ela levava consigo um papel, provavelmente com todas as senhas. Olhou o número na porta e, depois de alguns instantes, colocou uma senha no cadeado.

– Aqui. – Ela deixou que eu olhasse o escaninho. – Pegue o que precisar.

Não era muito. Alguns livros, umas duas fotos dela com Derek e o envelope. Peguei tudo e sorri para a diretora, agradecendo. Ela fechou o cadeado e se despediu.

– O que é isso? – Lily me encarou, sem entender. Tinha deixado o envelope entre os livros, passando direto por ela. – Ou, espera ai.

– São as coisas de Claire. Não podem ficar aqui para sempre. – Falei, passando pelo portão e indo até o carro. – Vem.

Ouvi a garota murmurar alguma coisa e me seguir. Tive curiosidade de saber o que Claire teria escrito para Derek, mas me controlei. Não era da minha conta. Era entre eles.

Chegamos em casa pouco depois. Lily foi brincar com a cachorrinha enquanto eu deixava tudo no meu quarto. Peguei o envelope e o deixei sobre a caixa de sapato, o que eu usaria no dia seguinte e deixei o resto numa sacola.

– Esse bichinho seu é uma loucura. – Lily sorria, entrando no quarto.

– É, eu sei. – Sorri de volta, ficando de pé. – Vou tomar banho, ok? Fica a vontade.

– Já sei, pode ir. – Peguei uma roupa qualquer e fui para o banheiro.

O banho foi bem rápido, só para tirar aquela sensação de sujeira de cemitério de cima de mim. Prendi meu cabelo e liberei o banheiro para Lily.

Enquanto ela tomava banho, eu fui pro meu estúdio. Só precisava de alguns detalhes, e o quadro estaria pronto. Coloquei o avental e meus pincéis, misturando tinta.

– Ainda não terminou? – Lily se sentou no fundo do cômodo, como de costume, e pegou a guitarra.

– Não. Decidiu o que vai tocar? – Me virei, vendo ela pensativa.

– Tocaria todas, mas...

– Temos até amanhã, sim? – Tentei me animar. Olhar aquela pintura me deixava um pouco triste, mas também feliz. Era confuso.

O único som era dos acordes de Lily, tentando se decidir na música. Eu continuava terminando meu trabalho, imaginando o que os outros fariam pra ela. O que Derek faria?

POV Keane

Abracei os ombros de Carly, esperando o táxi chegar. Estava com um pouco de vergonha por ter chorado tanto a frente de Carly, antes de Derek chegar. Com o nariz vermelho de tanto chorar, fitava o chão em silêncio.

– Você foi ótimo. – Ouvi Carly falando e a encarei, surpreso.

– Fui?

– Você ficou com vergonha? Que fofo. – Ela sorriu. Vi que o nariz dela também estava bem vermelho. Sorri de volta .

– Corey quer vir comigo amanhã. – Comentei, abraçando-a mais forte.

– E vai trazê-lo?

– Não sei. Acho que vamos vir todos. – Vi o carro se aproximando, respirando fundo. – Vamos ver amanhã.

– Claro. – Ela me deu um selinho e entrou no carro, mais calma. Dei o endereço para o motorista e fiquei calado.

– Consegui terminar. – Ela disse, hesitante. – O “discurso”.

– Ah, isso é bom, certo? – Sorri. Tudo o que faria era deixar um pequeno enfeite para ela. Só isso. Só teve que comprar e pronto.

– Sim. – Ela suspirou e pude ver seus olhos se enchendo com novas lágrimas. – Keane, é tão...

– Triste. – Completei, consolando-a com um abraço. – Eu sei, Carly. Vai ficar tudo bem, ok? Vai ficar tudo ok.

– Ok. – Fomos o resto do caminho daquele jeito. Deixei Carly em casa e só então fui para a minha.

O taxista me olhava pelo retrovisor, calado. Meu olhar encontrava o dele de vez em quando, mas continuamos em silêncio. Parando na minha porta, ele se virou no banco e falou.

– Deu 30 certinho.

Passei a mão pelo rosto, concordando com a cabeça e pegando o dinheiro no bolso da calça. Ele pegou o dinheiro e destravou as portas.

– Sinto muito pelo senhor. – Fitei-o, dando um sorriso fraco e descendo do carro.

– Hey, Keane. – Corey me esperava no portão, ainda de pijama. Quando sai ele ainda estava dormindo.

– Ei, Corey.

– Como foi? – Ele perguntou, encolhido de frio.

– Você vai pegar um resfriado. Entra, anda. – Evitei a pergunta, empurrando-o para dentro e fechando o portão.

– Nós vamos com você amanhã. – Ele falou, vestindo um moletom.

– É, a mamãe tinha me dito. – Baguncei o cabelo dele. – Vou tomar um banho, ok?

Corey normalmente sabia quando eu não estava com vontade de conversar, então me deixava quieto. Fui para o banheiro, suspirando. Amanhã seria ainda pior.


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Notas finais do capítulo

Ah, e outra causa da demora foi uma fic nova também >< Desculpem, não resisti .q



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