Condenados escrita por Lilian Smith


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Olá, semideuses e semideusas! Eu nem demorei tanto não é? Espero que vocês gostem desse capítulo! Fico muito feliz com cada comentário que estou recebendo, sempre que eu leio eles, meu dia fica super feliz! Obrigada mesmo!

— Sinto muito por não poder responder os comentários direitinho, gostaria de poder elaborar melhor as respostas, mas sempre que eu vou entrar no Nyah! acontece alguma coisa e eu não consigo ter tempo para escrever ou responder. Mas eu quero que vocês saibam que amo realmente cada opinião! Agradeço de coração inteiro a vocês!



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Do alto da torre de vidro, Nico observava distraidamente o pátio principal do reformatório, prestando total atenção às crianças que apanhavam e choravam no local, enquanto eram violentamente torturadas.

O garoto não tinha permissão para estar ali, mas não deu muita atenção para a proibição. Ele precisava pensar e apenas a torre podia lhe proporcionar a paz que ele necessitava. Fechando os olhos, o garoto se deitou em cima de jornais velhos e refletiu sobre os eventos da noite anterior. A cabeça dele girou, e ele resolveu sair logo dali, antes que acabasse perdido em pensamentos. Levantando-se, ele estava quase chegando à porta de entrada da torre, quando escorregou e caiu em cima de centenas de jornais antigos e que jamais foram publicados.

Xingando-se mentalmente, ele começou a levantar, mas parou quando uma manchete chamou sua atenção. Ainda no chão, ele segurou o jornal velho em suas mãos e leu rapidamente a página que o havia atraído. Falava de uma turma de alunos com cerca de cinco anos que haviam feito um passeio para o mais novo ponto turístico de São Francisco. Mas não era o evento feliz que havia prendido Nico ali e sim a foto da turma. Analisando detalhadamente a foto, ele custou a acreditar que conhecia um dos garotinhos que sorria na imagem. Com um pensamento bastante mórbido na cabeça, Nico saiu da torre e largou o jornal de qualquer jeito no local. Ele desceu rindo, e facilmente conseguiu deixar o lugar sem que ninguém o visse. A torre não representava perigo de fuga. Ninguém prestava muita atenção nela, mas ainda assim, o acesso a ela era proibido.

A torre de vidro, ficava no mesmo corredor que as celas dos semi titãs, sendo assim, dentro da área especial. A parte mais vantajosa daquela construção, era que você podia ver outros lugares do reformatório, além da área usada pelos semi titãs.

Nico caminhou pelo corredor, em direção a sua própria cela, ainda com a mente na fotografia. O menino mal podia acreditar que realmente reconhecera Luke Castellan naquela imagem. O garotinho da foto se parecia muito pouco com o atual Luke. Mas os olhos e o cabelo eram inconfundíveis. Ele mal podia ver a hora de encontrar Bianca e Percy e falar da sua descoberta para os dois. Talvez Percy descobrisse uma maneira de usar aquela fotografia a favor deles de modo que o trio pudesse usar Luke de alguma forma.

Parando em frente à parede que daria para sua cela, o garoto já estava quase acionando o sistema que faria a porta abrir, quando ouviu um barulho ensurdecedor vindo do pátio. Olhando confuso naquela direção, ele enfim notou que o corredor estava vazio, coisa que não acontecia facilmente. Todos os condenados aproveitavam cada minuto que tinham para ficar longe das grades. Curioso, ele se dirigiu ao pátio, em busca de descobrir o que estava provocando aquela barulheira toda.

Chegando lá, ele se surpreendeu ao ver que todos os semi titãs estavam organizados em um circulo misto e que olhavam para alguma coisa que aconteciam no centro. Berros de indignação vinham de todas as direções e Nico não conseguia achar sua irmã ou Percy em lugar nenhum. Buscando uma brecha pela multidão, ele conseguiu atravessar o mar de gente e chegar ao ponto em que poderia ver o que estava acontecendo.

Era horrível. Uma semi titã, estava caída no centro do circulo, com dois carrascos do lado dela. A garota estava suja de sangue, uma das pernas estava dobrada em um ângulo estranho e completamente impensável. Os braços estavam cobertos de hematomas e alguns cortes profundos. O cabelo dela, da cor do mel, estava agora, coberto de sangue escarlate. Ela estava seminua da cintura para cima. Lagrimas misturadas com sangue escorriam de seus olhos. Uma cena digna de fazer qualquer um sentir pena.

Nico temeu pela menina, mas não conseguiu sentir nada por ela. Há muito tempo, o garoto havia privado a si mesmo de qualquer sentimento de modo que por mais que quisesse sentir alguma coisa naquele minuto, não conseguia.

Ao seu lado, outros condenados observavam a cena chocados e paralisados. Nico procurou por Bianca e Percy, mas não os achava em lugar nenhum. Ao seu lado, uma garota que estava chorando, perguntou o que havia acontecido. Um garoto que estava ao seu lado, respondeu, com a voz rouca.

– Estavam levando ela para o chefe, iam violenta-la, castigo diário. – Ele pareceu perder o fio da conversa por alguns minutos, antes de recobrar a consciência. – Mas, ela começou a gritar insultos, e bater nos guardas, até que feriu um deles gravemente. Os outros perderam a cabeça e bem... Vocês estão vendo no que deu.

Ao mesmo tempo em que o garoto explicava o que tinha acontecido, os guardas pegavam um chicote e começavam a lançar chibatadas na menina, que parecia encolher-se em si mesma.

– Quem é ela? – Nico perguntou, mantendo a voz estável, enquanto seu estômago ameaçava embrulhar-se.

– Não a conheço. – o garoto respondeu. – Mas seu nome é Calypso.

Nico sentiu seu coração parar. Ele tinha certeza de que havia ficado mais branco do que já era. Após o momento de total surpresa, o medo começou a tomar conta do corpo dele. Não medo por ela, mas por outra pessoa. Desesperado, ele procurou na multidão os olhos verdes que tanto conhecia, sem obter sucesso.

– E agora. – um dos carrascos gritou, para todos ouvirem. – Vamos fazer um show, ainda melhor! Todos vocês, não saiam daqui! Assistam, enquanto essa garota mostra todas as suas impurezas diante de vocês!

Um murmúrio de pavor tomou conta do pátio, todos os presentes arregalando os olhos diante daquela crueldade. Calypso começou a gritar desesperada, ao mesmo tempo em que tentava se arrastar para fora de lá. O outro guarda a chutou, fazendo ela ficar assustadoramente parada. Nico olhou em volta, e para o outro lado do circulo humano, buscando Percy novamente. Mas infelizmente, ele o encontrou quando já era tarde demais.

O homem que havia anunciado a humilhação publica, agachou-se ao lado de Calypso para tirar a calça da menina, mas ele não conseguiu fazer isto. Percy o empurrou com toda a força para longe da garota e os dois caíram no chão, rolando e socando um ao outro. O guarda que estava com o homem, ficou surpreso pela ousadia do garoto, mas rapidamente reagiu. Com uma arma de caça, ele atirou em Percy, acertando o alvo na região onde ficavam as costelas. Assustado, Percy saiu de cima do homem, e tentou em vão se levantar, mas os guardas foram mais rápidos e o prenderam com algemas e correntes. Calypso não havia tirado os olhos de Percy, desde o instante em que ele entrara no meio da confusão para salvar a vida dela. Ninguém falava nenhum presente sequer respirava direito. O coração de Nico batia rápido como as assas de um pássaro, e ele mal conseguia se mexer.

Com um sorriso sinistro, o homem ergueu Percy nas correntes e o forçou a ficar de pé. O ferimento feito à bala estava sendo consumido por sangue. Nico ainda não havia se mexido, tamanho era o seu choque.

– Acho que teremos outro ajudante nesse show, meus amigos. – O carrasco anunciou, com um toque de humor negro, sua voz soando tão assustadora, que fez os pelos da nuca de Nico se arrepiarem.

***

Annabeth olhou pela janela do hotel, com o sono ameaçando a fazer desabar. Thalia estava ao lado dela, e comia um sanduiche com uma fome que chegava a assustar a outra menina. As duas estavam esperando Grover terminar de se arrumar, para poder começar as investigações.

Annabeth bocejou, ela não havia dormido muito bem, e as marcas da falta de sono, estavam pouco a pouco tomando conta do corpo da jovem. Thalia observou a amiga com olhos preocupados.

– Pesadelos? – Thalia questionou.

– Não. – Annabeth respondeu, bocejando mais uma vez. – Apenas não consegui dormir, fiquei com a sensação de que alguém estava me olhando, ou algo assim. Faz sentido?

Thalia riu, lembrando-se da conversa da noite passada, onde Annabeth havia falado que tinha tropeçado em algo “invisível”.

– Cuidado. – Thalia zombou. – Pode ser que hoje, você morra nas mãos de alguém que não existe.

– Engraçadinha. - Annabeth deu a língua para Thalia, em um gesto extremamente infantil que fez a amiga gargalhar.

– Acho que Grover já terminou. – Thalia falou, ainda com um sorriso no rosto. – Vamos descer e esperar ele no andar de baixo.

– Vamos lá. – Annabeth concordou, pegando a mochila que havia organizado junto de Thalia, quando elas acordaram. – Vamos encontrar Sally Jackson.

***

Percy estava com a cabeça fervilhando de pensamentos. O garoto estava sem a camisa, e na pele de suas costas, marcas de chibatas se acumulavam umas sobre as outras, fazendo o sangue escorrer em todas as direções. Acima de seu olho esquerdo, um corte feito à faca estava deixando o sangue cair em seu olho, fazendo com que a visão dele se tornasse debilitada.

Piscando para tentar expulsar o sangue do seu rosto, ele ergueu a cabeça, a tempo de ver a multidão de telespectadores se encolher, quando o chicote cortou o ar mais uma vez e acertou com tudo as costas do garoto. O chicote era feito com pontas de ferro, que puxavam a pele e a carne da pessoa. Percy sentiu uma parte do seu corpo ser arrancada, e trincou os dentes para não gritar.

Sob a cobertura de sangue e dor, ele ainda conseguiu distinguir as silhuetas de Nico e Bianca, gritando e tentando passar pelos guardas que haviam sido chamados, especialmente para aquele evento improvisado. Um guarda se zangou com Nico, e acertou o garoto no nariz. Percy teve certeza de que havia quebrado. Uma preocupação insana tomou seu coração, enquanto ele pensava no destino de Nico e Bianca se os dois continuassem a tentar passar pela barreira de segurança.

Ao lado de Percy, o carrasco e o seu fiel escudeiro, riam, enquanto Percy era mutilado e ferido. O menino já havia conhecido o carrasco uma vez, há três anos, em um dos seus primeiros castigos dentro do reformatório. Percy o detestava, e o seu ódio havia se ampliado, quando viu maltratando Calypso, uma grande amiga de Percy, e uma das poucas pessoas com as quais ele falava. Percy tinha um carinho especial por ela.

– Está gostando seu verme? – O carrasco perguntou, ajoelhando-se para ficar cara a cara com Percy, enquanto um dos seus funcionários continuava a ferir o garoto. – Valeu a pena, proteger aquela vadia?

Percy rosnou, e cuspiu na cara do homem. O ódio ficou evidente nos olhos dele, e Percy levou uma bofetada no rosto, no momento seguinte.

– Você tem uma boa mira não é? – O carrasco falou sua voz similar a de um urso rouco. – Consegue ver muito bem seus alvos não é? Então, vamos ver o que você acha disto.

O carrasco sussurrou alguma coisa no ouvido de seu fiel amigo, e este partiu em direção ao armazém que ficava em um dos corredores do pátio. Um silêncio incomum tomou conta do lugar, e o carrasco ordenou que o homem que estava chicoteando Percy parasse. Alguns segundos depois, o amigo do carrasco retornou, com um objeto na mão. Parecia uma garrafa de plástico, com algum liquido dentro. Percy tentou entender o que estava acontecendo.

– Eu estava entediado hoje. – O carrasco falou, pegando a garrafa nas mãos. Seria bebida? – Mas você e aquela putinha, me deram alguma diversão. Mas agora eu estou enjoado de brincar, e para encerrar o show, vamos fazer uma apresentação que vai deixar vocês cegos de tanta emoção.

Ninguém entendeu o que ele quis dizer. Mas Percy sim, por que ele compreendeu o trocadilho. O pavor tomou conta dele, enquanto ele tentava a todo custo soltar-se das correntes que o prendiam, ao mesmo tempo em que abaixava a cabeça e fechava os olhos. Mas os guardas eram mais fortes. Dois homens o seguraram, para evitar que ele se mexesse, mesmo sob a pressão das correntes. O amigo do carrasco ergueu a cabeça dele a força, e segurou o pescoço dele. O carrasco chegou pelo lado, e abriu a garrafa. Percy ouvia o seu coração batendo, o sangue pulsando nos ouvidos.

– Que tal um pouco de escuridão garoto? – O carrasco perguntou, com um senso de humor bastante cruel, e no instante seguinte, derramou o liquido no olho direito de Percy e logo em seguida no esquerdo.

A dor foi indescritível. Percy sentiu que seus olhos estavam pegando fogo. Ele piscava e a cada vez que fazia isso, mais acido entrava em seus olhos e consumia sua visão. Ele não tinha certeza, mas achou que estava gritando. Os guardas o soltaram, mas as correntes continuaram mantendo ele preso e algemado. Tudo o que Percy queria era levar a mão aos olhos, e tirar o ácido de lá. Sem ver nada direito, ele ouviu vozes estridentes vindas de milhares de lugares diferentes. Entre os berros, ele conseguiu ouvir a voz de Nico e de Luke Castellan.

– O que vocês fizeram? – Nico berrava- O que vocês fizeram?

Percy não tinha a mínima noção de onde vinha à voz do amigo. Estava completamente desorientado pela dor. Luke, um velho conhecido dentro do reformatório, estava gritando também.

– Saiam daí. – ele gritava. – Vão embora, já fizeram o bastante!

Alguém estava rindo. Percy abriu os olhos, mas não conseguiu ver nada. Por que tudo estava tão escuro?

Ele sentiu alguém se ajoelhando ao lado dele. Tinha cheiro de girassol. Ele buscou ver quem era, mas tudo que via era uma parede de escuridão.

– Percy. – Era a voz de Bianca. – Percy nos já vamos soltar você, eles já foram embora, Calypso está bem. Vai ficar tudo bem.

O garoto deixou que aquelas palavras o dominassem. Estava tudo bem. Tudo bem. Mas a dor ainda era ardente, e ele estava rezando para que parasse logo.

– Quem apagou a luz? – Percy perguntou, inocentemente. – Eu não estou vendo nada.

– Do que você está falando? – Bianca perguntou assustada. – Está tudo ligado aqui.

Ele sabia. No fundo ele sabia, afinal, não fora o trocadilho com a palavra cego, que o fez perceber qual seria a tortura com a qual o carrasco enceraria o “show”? Ele apenas quis confirmar, sofrer mais.

– Eu não estou vendo nada. – Percy sussurrou. – Nada.

***

Marie bateu a porta do escritório do seu chefe, com toda a força que conseguiu colocar. O trinco ameaçou quebrar e as dobradiças do portal tremeram violentamente. Mas a mulher não deu muita atenção, a ira era maior que os bons modos.

Lewis virou-se em sua cadeira bastante confuso. Um olhar de raiva cruzou seus olhos, e ele ia começar a reprimir Marie pelo comportamento descuidado, mas a mulher foi mais rápida e começou a gritar furiosa.

– Acho bom você matar aquele idiota do Henry! – Ela berrou, batendo as mãos na mesa. – Ou eu mesma acabo com a vida dele!

– O que você quer dizer com isto Marie? – Lewis questionou confuso. – O que aconteceu? O que Henry fez desta vez?

– O que ele fez? – Marie perguntou, irada. – Hora, ele apenas feriu quatro semi titãs! Quatro!

Lewis ficou desconcertado por alguns minutos. Olhou para a mulher a sua frente, tentando entender o sentido daquelas palavras. Aquilo era impossível. Nenhum semi titã podia ser ferido, á não ser que fosse necessário. Era a lei.

– Quem foram os feridos? – Ele perguntou, ainda desconfiando do que Marie estava falando.

– Nico di Angelo, Luke Castellan, Calypso e Percy.

Ao ouvir os nomes, o sangue de Lewis ferveu de ódio. Henry era um homem morto. Lewis em pessoa seria o assassino daquele bastardo.

– Chame Henry aqui. – Lewis ordenou. – E diga a ele, que teremos um almoço bastante especial.

***

Noite anterior

O ódio fervia dentro dele de uma maneira similar a de um incêndio. Poucos minutos depois da menina loira, á qual agora, ele tinha certo vicio obsessivo, subir com os amigos para o hotel, dois garotos saíram de dentro de um barzinho que ficava na frente da construção, e tinham sorrisos maliciosos no rosto.

Ele não queria ouvir, mas algo dizia a ele que a conversa daqueles dois seria do seu interesse particular. Então ele ouviu, e nunca sentiu tanto ódio quando naquele instante.

Eles falavam dela. Da menina loira, e falavam coisas impróprias para se dizer sobre uma dama. Uma raiva insana o dominou naquele momento. E ele teve de se conter bastante, para não matar aqueles dois naquele momento. Era necessário ter cautela. Matar não era assim tão simples, um bom assassino, sabe a maneira correta de fazer, por mais que a situação exija ações impulsivas.

Ele iria cumprir a promessa. Iria proteger a garota e começaria matando aqueles dois estúpidos, que poderiam ser um risco no futuro. Os dois garotos começaram a sair da rua, e ele os seguiu, feliz por poder usar a magia a seu favor.

Os dois haviam parado em frente a uma casa de ricos, algumas ruas depois do hotel. Era o cenário perfeito. Sorrindo de uma maneira sinistra, ele entrou na casa, junto dos dois, sem ser notado. A casa era gigante, e ao que parecia os dois eram amigos de infância, pois fotos dos mesmos, quando crianças estavam espalhadas na casa.

Um dos garotos, o que mais havia demonstrado interesse na garota loira, entrou na cozinha, enquanto seu amigo seguia para o segundo andar. Era a oportunidade perfeita. Entrando no lugar, ele se deparou com a cena do garoto dançando ridiculamente em frente à geladeira. Se ele soubesse rir com humor, teria gargalhado. Mas há muito tempo, ele não fazia aquilo. Era raro ter alguma demonstração de emoção.

Ele ouviu passos vindos do segundo andar, o outro garoto estava retornando. Ele mataria dois pássaros em um golpe só. O outro menino entrou na cozinha, e imediatamente o amigo parou de dançar e começou á falar alguma coisa sobre a noite de festa que eles teriam dali a algumas semanas. Mas ele não queria ouvir, tudo o que vinha na sua cabeça, eram os comentários eróticos que os dois haviam feito em relação à menina loira. A sua menina.

Com um sorriso cruel no rosto, ele concentrou-se, e em questão de segundos, o braço dos dois garotos voou no ar. Olhos se arregalaram e bocas foram abertas para produzirem gritos. Mas ele não ia dar aquele prazer para os dois. Não ia dar a eles o direito de gritar. Rápido como uma águia, ele fez o coração dos dois parar, e teve vontade de arrancar o órgão para fora do corpo deles. Mas antes, precisava fazer uma coisa.

– Escutem os dois. – Ele murmurou, a voz estava meio estranha. Afinal, ele quase nunca abria a boca. Era esquisito usar do recurso da fala, depois de tanto tempo mudo, ele nem se importou com o fato de que nenhum dos garotos estava vendo ele, ou que estavam morrendo. – Aquela menina é minha entenderam? Minha! Eu não vou deixar ninguém tirar ela de mim! Ela não precisa de ninguém, só de mim! E se alguém tentar ou pensar em fazer qualquer coisa contra ela, ou se tentarem tirar ela de mim, eu vou matar entenderam? Eu vou matar qualquer um que tentar!

No minuto seguinte, o coração dos garotos voou dos corpos, e o sangue espirrou, manchando toda a cozinha. Havia sangue na mesa, no chão, nos armários, paredes e até no teto. Ele nunca havia ficado tão feliz quanto naquele momento, e dando as costas para a cena do crime, ele saiu da casa, com um sorriso, similar ao que Lúcifer deveria ter dado, antes de despencar do céu.


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Notas finais do capítulo

Bem, espero que vocês tenham gostado. Meu plano inicial, era colocar logo esse encontro com a Sally(será que vai rolar mesmo?), mas eu tinha que mostrar mais ou menos o qual essa promessa foi séria para o nosso assassino invisível. Mostrar o quanto obsessivo ele ficou.
Não sei se esse capítulo ficou realmente bom, mas espero que vocês tenham gostado! Onde será que o Nico estava? E o Percy? Por que a Bianca demorou tanto para aparecer e por que o Luke surgiu tão de repente? Será que vocês tem uma resposta? Até o próximo capítulo e obrigada, mais uma vez!

— Vocês são filhos de qual deus ou deusa? Respondam nos comentários, vai ser bem legal saber. ^^