Condenados escrita por Lilian Smith


Capítulo 19
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Ok, dessa vez vocês realmente podem me matar. Eu deixo. Carta branca para isso.
Dois meses! Dois meses sem atualizar, sem capítulo sem nada! Dois meses onde eu não conseguia escrever NADA. Sério, eu sentava na frente do computador, escrevia e depois percebia que estava uma porcaria.
E aí eu perdia a paciência. Provavelmente foi a pressa de fim de ano, as cobranças na escola, em casa e as provas. Mas agora posso dizer que estou de férias( SIM, FÉRIAS!) e vou me dedicar a escrever. Estou animada para isso!

Espero que vocês ainda estejam aí. Peço mil desculpas por isso! Mesmo, eu estava me sentindo muito muito mal com essa demora. Mas não conseguia escrever de jeito nenhum!



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Alguns anos antes

O cheiro de hospital era tão forte naquela sala que chegava a dar enjoo. Gabriele moveu-se cuidadosamente pela sala, em direção a onde as cobaias estavam. Dois garotos e uma menina. Seus corpos magros e desleixados estirados em mesas de cirurgia. Ela sorrio para eles.

Obvio que Gabriele não era seu verdadeiro nome. Ela o arranjou ao aleatório. Para combinar com seu nome verdadeiro. Andando entre as macas, ela se perguntava se aquelas três crianças já tinham ouvido falar dela. Em alguma historia contada na escola. Ou pelos pais. Ou mesmo nos filmes que passavam na TV.

Ela achava que não. Mas aquilo mudaria.

Gabriele parou ao lado da maca de um menino que possuía cabelos pretos como a noite. O seu garoto. Aquele que segundo o Oráculo a destruiria. Os outros dois eram meras... Precauções. Um garoto loiro de dezesseis anos e uma menina de cabelo colorido. Cobaias para o caso de o menino de olhos verdes não resistir. Mas ele ia conseguir. Gabriele sabia disso. Sentia.

Quando soube que o Oráculo havia feito uma profecia sobre ele. Sobre um menino que a impediria de voltar, ela percebeu de imediato o que tinha de fazer. Há milênios a ideia cruzava sua cabeça. Que melhor arma contra os deuses que usar seus filhos? Só faltava um motivo. Uma razão para colocar o plano em pratica. E o estopim foi ele. O filho de Poseidon que estava fadado a enfrenta-la. Ele que estava ali, dormindo na sua frente.

Por que você não o mata logo? Enquanto ele está aí inofensivo? A resposta é simples. Ele que seria sua destruição. Agora é sua arma. Irá se torna a sua maior arma contra o olimpo. Irá ser o líder que levara a queda de Zeus. Desde o dia que ele nasceu, Gabriele, pois seu plano em pratica. Começou com poucos semideuses, e foi aumentando o número com o tempo. Ninguém percebeu. Ela os treinava. Ela os mudava. Dava a eles força ódio e vontade de destruir. Oferecia o desejo de sangue. Mostrava a eles a crueldade.

Ela aguardou até seu campeão crescer. Acompanhou quando sua vida sofreu mudanças bem drásticas. E armou contra ele sem ele sonhar com o que estava acontecendo. E então deu seu golpe final. Trouxe-o até ela. E agora estava na hora de dar o passo final. Mudar ele também. Transforma-lo. Mas de um jeito muito mais intenso do que fazia com os outros. Não mudaria apenas sua mente. Mas sua alma. Não lhe daria apenas poderes destruidores. Lhe daria uma sede assassina.

– Lewis. – Ela exclamou, chamando seu fiel escudeiro. – Está tudo pronto?

– Sim, minha senhora. - Ele respondeu. Gabriele olhou para onde ele estava. O homem operava uma maquina como aquelas usadas em tomografias mortais. Porém, em cima da área onde o corpo deve ficar, estavam armazenadas três garrafas com líquidos diferentes. Uma era de sangue humano. A outra de um ser mágico. E a ultima... Era o detalhe especial. Nas mutações comuns, aquela terceira garrafa continha uma dose de néctar e ambrosia batidos juntos. Aqueles três líquidos eram misturados em um único, e injetados nas veias dos semideuses. Isso fazia com o que o acesso à mente deles fosse mais fácil. Fazia com que eles sofressem alucinações. Alterava parte do componente biológico que possuíam.

Mas para Percy, aquela terceira garrafa continua um ingrediente especial. Gabriele sorrio ao pensar nisso.

– Vamos logo dar inicio ao nosso trabalho. – Ela falou. Dois assistentes moveram-se para a maca de Percy, e a empurraram em direção a maquina. Com cuidado transferiram o garoto para a cama especial. Lewis mexeu alguns botões e logo o garoto já estava dentro da maquina. Gabriele sentia a ansiedade dominando seu peito. Há quantos anos não sentia nada assim?

A maquina começou a misturar os três líquidos e não demorou muito para aquilo virar uma mistura homogenia. O liquido foi colocado em uma seringa, e desceu para ser injetado nas veias de Percy. Houve uma reação imediata do corpo do garoto. O tronco dele ergue-se e quando a seringa deixou seu braço, ele o mexeu parecendo sentir dor. Essa reação era comum. Logo o corpo dele relaxou. Na tela do computador onde Gabriele estava, apareceram as amostras de DNA do menino. Em outra tela, surgiram as memórias dele. Gabriele adorava essa parte.

Começou a observar coisas pequenas da vida do menino. Ele passeando com a mãe aos quatro anos. Um aniversário de um colega de escola. Uma ida a praia. Uma menina loira conversando com ele na chuva. E então veio os grandes impactos. A mãe gritando com ele. Ele sendo arrastado para uma casa diferente. Ele chorando pedindo para a mãe voltar, enquanto seu padrasto tentava invadir o quarto para bater nele.

Memórias de uma vida bem complicada. Gabriele hesitou um pouco antes de apagar tudo. Talvez devesse modificar algumas, para se tornar algo divertido. Pegou a lembrança da menina loira e a transformou em algo muito distante na cabeça dele, muito mesmo. Mas ainda existente. Apagou as memórias da mãe, mas deixou a sensação de que ele não era mais bem vindo à vida dela. Apagou os aniversários. Os poucos colegas de escola. Os momentos divertidos. Pegou as memórias de Luke, o amigo dele dentro do reformatório e as apagou. Uma por uma. Memória por memória. Cada pedaço da vida dele apagado ou alterado.

Após mexer na memória, ela foi para a parte biológica. Só tinha de acrescentar algumas coisas. Força, habilidade, e os poderes especiais. Nada muito grave. Fez isso tão rápido que chegava a ser engraçado o qual fácil é mudar uma pessoa.

Então chegou a ultima parte e a mais complicada. Alterar a mente dele por completo. Essa era a região que necessitava da terceira substancia especial. Gabriele chegou a sentir a tensão dos presentes na sala. Àquela hora era a decisiva para testar o quanto Percy resistiria.

Ela alterou o nível de crueldade. Acresceu ódio. Transformou o sangue e o desejo pela morte de outros em algo extraordinário. Fez do mundo um cenário de guerra onde matar era divertido. E por fim, mudou os valores do garoto. Matar era o principal desejo dele agora.

Ao terminar as modificações, a maquina deu inicio ao processo de transformar. As memórias foram alteradas e apagadas como deveriam. As mudanças biológicas ocorreram sem mais delongas. Gabriele estava animando-se. Daria certo.

Porém... Na parte mental e de alma houve um erro. A maquina apitou estrondosamente e um alerta vermelho surgiu na tela.

– O QUE ESTÁ ACONTECENDO? – Ela gritou, e Lewis correu para tentar fazer a maquina parar. Nesse momento o corpo de Percy começou a sofrer espasmos.

Os dois assistentes tentaram puxar ele para fora, mas a maca estava travada. Gabriele assistiu a tudo aquilo como se estivesse fora de seu corpo. Não! Não podia dar errado! Não!

E de repente o barulho cessou. O corpo de Percy relaxou na cama. As luzes voltaram ao normal. E a seguinte mensagem apareceu na tela: Mutação concluída.

***

Gabriele teve de esperar dois dias para saber o que havia acontecido. Ela já estava prestes a explodir a costa leste dos EUA. Foi mais ou menos na hora que ela estava realmente decidindo fazer isso que o menino abriu os olhos. Ela saltou da cadeira e foi em direção a ele. Ele olhou para ela. Parecia confuso.

– Quem é você? – Ele perguntou, e então houve uma mudança em seu olhar. Um misto de ódio e raiva dominou o verde. E no minuto seguinte a parede atrás de Gabriele explodiu. Aquilo a deixou surpresa e confusa. Lewis correu até ela para ver o que tinha acontecido. Ela estava prestes a dizer que tinha dado tudo certo, quando o sentimento nos olhos dele mudou de novo. Para medo e logo depois pavor.

Lewis se aproximou dele, e observou a constante mudança. Eles o prenderam em uma cela de metal pesado. Ele estava preso em um constante transtorno de personalidade. A maquina não havia alterado sua alma de verdade. Ela havia criado duas almas. Duas pessoas. Duas pessoas sem memórias e com uma força acima do normal. Porém, uma com valores próprios e a outra com desejo de matar.

– O que faremos agora? – Lewis perguntou a ela, confuso e parecendo sofrer de uma forte dor de cabeça, enquanto o Percy sociopata destruía a cama dentro da cela.

– Teremos de controlar. – Ela respondeu. Nem tudo tinha dado errado afinal. O plano continuava. – Vamos manter a versão sociopata sob controle. Esconde-la sob a fachada do garoto bonzinho. Ele vai ter algumas sequelas... Perda de memória recente, toc, pesadelos... Mas isso vai manter o outro eu dele controlado. É nossa única saída.

– Mas e se houver uma guerra dentro dele? – Lewis questionou. – Entre a versão boa e a má?

– Guerras não são vencidas sozinhas. – Ela respondeu. – Antes do embate final, nosso exercito irá intervi. Até lá, vamos estudar maneiras de fazer apenas uma alma domina-lo. E já sabe há quem daremos nosso apoio, certo?


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Notas finais do capítulo

Foi um cap bem pequeno né? Mas e aí, gostaram?
Mais uma vez quero me desculpar com vocês.
Vou fazer o possivel para o próximo ser lançado logo!
Beijos!



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