Live In Narnia, Study At Hogwarts escrita por Witch Barnes


Capítulo 1
Dumbledore vai aos Pevensie


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/422343/chapter/1

O que aqui se encontra aconteceu, inicialmente, antes dos irmãos Pevensie descobrirem o fantástico guarda-roupa que os levaram a aventuras maravilhosas.

Edmund era o menino mais novo entre os irmãos, e devo dizer que ele era um tanto rabugento e encrenqueiro. Gostava de chatear e aborrecer as pessoas ao seu redor, mas não vale a pena falar do que aconteceu, o que passou, passou. Porém, devo também informar que algo muito curioso aconteceu durante essa época.
Os irmãos Pevensie tiveram de sair de Londres por conta dos ataques aéreos. Foram os quatros levados para a casa de um velho professor, em pleno campo,a quinze quilômetros de distância da estrada de ferro e a mais de três quilômetros da agência de correios mais próxima. Susan e Peter, os dois mais velhos, faziam o possível para tornar a situação mais agradável do que realmente era. Os dois se sentiam completamente responsáveis por Lucy e Edmund, mas o mais novo não gostava muito daquela situação. Não por estar longe da família, em uma casa desconhecida, enquanto uma guerra mundial acontecia, mas sim, por ter que obedecer duas pessoas que não eram, verdadeiramente, superiores a ele.

– Tudo perfeito! - Disse Peter. - Vai ser formidável. O velhinho deixa a gente fazer o que quiser.

– É bem simpático. - Disse Susan.

– Acabem com isso! - Falou Edmund, com muito sono, mas fingindo que não, o que o tornava sempre mal-humorado. - Não fiquem falando desse jeito!

– Que jeito? - Perguntou Susan. - Além do mais, já era hora de você estar dormindo.

– Querendo falar feito a mamãe! - Disse Edmund. - Que direito você tem de me mandar dormir? Vá dormir você, se quiser!

– É melhor irmos todos para cama. - Disse Lucy. - Vai haver confusão, se ouvirem a nossa conversa.

– Não vai, não. - Respondeu Peter. - Este é o tipo de casa em que a gente pode fazer o que quer. E, além do mais, ninguém está nos ouvindo. É preciso andar quase dez minutos daqui até a sala de jantar, e há uma porção de escadas e corredores pelo caminho.

– Que barulho é esse? - Perguntou Lucy, de repente

Era a maior casa que ela já tinha visto. A ideia de corredores compridos e fileiras de portas que vão dar em salas vazias começava a dar arrepios.

– Foi um passarinho, sua boba. - Disse Edmund.

– Foi uma coruja! - Disse Peter. - Este lugar deve ser uma beleza para passarinhos. E agora para cama! Amanhã vamos explorar tudo. Repararam nas montanhas do caminho? Aqui deve ter águia. Até veado. E falcão, com certeza.

– E raposas. - Disse Edmund.

– E coelhos. - Disse Susan.

Animados com a ideia, todos foram se deitar. Todos, menos Edmund, que ainda teimava sua falta de sono, mesmo estando exausto. Parou para observar a janela e viu que, de fato, era uma coruja que ali se encontrava, imóvel, o encarando. Tinha grandes olhos e uma carta presa ao bico. Edmund, achando aquilo bem estranho, resolveu abrir a janela e deixá-la entrar.Ela não se moveu, apenas fez com que Edmund pegasse a carta, com um movimento de cabeça.

Sr. E. Pevensie./ Segundo quarto do terceiro andar./ Casa do campo./ Finchley.

Achou tudo tão bizarro que não chegou a abrir a carta, apenas pensou em fazer isso, mas se encontrara com tanto sono que acabou por adormecer.

Aconteceu que, naquela semana mesmo, muitas coisas estranhíssimas aconteceram aos Pevensie, e essas você sabe muito bem. Uma passagem ao fim do grande e misterioso guarda-roupa da sala vazia fora aberta, levando-os a um mundo completamente novo e desconhecido. Faunos, dríades, centauros, animais falantes e muitos outros seres podiam ser encontrados lá. Travaram batalhas no exército do grande Leão e se tornaram reis e rainhas do lugar chamado Narnia, cumprindo a profecia que falava sobre filhos de Adão e Eva, matando a tenebrosa Jadis, Feiticeira Branca.

Os anos se passaram e os reis e rainhas simplesmente desapareceram da fantástica terra, voltando, de forma mágica e misteriosa, para o nosso mundo. O curioso é que estavam exatamente do mesmo jeito em que se encontravam quando entraram no mundo mágico, mesmo depois de muitos anos. Suas roupas, feições, tamanhos, nada tinha mudado. Estavam, de repente, de volta à sala vazia, caídos ao chão. Tentaram, a qualquer custo, voltar por onde saíram, mas foram surpreendidos por uma voz. Era o professor Kirke, que parecia mais feliz que o comum.

– Não! – disse ele. – Realmente. Não creio que valha a pena entrar pelo guarda-roupa para procurar os casacos. Por esse caminho, nunca mais irão a Nárnia. Nem os casacos serviriam para muita coisa agora. Hein? Que tem isso? É claro que um dia vocês voltarão a Nárnia. Quem é coroado rei em Nárnia, será sempre rei em Nárnia. Mas não tentem seguir o mesmo caminho duas vezes. Na verdade, vocês nem devem fazer coisa alguma para voltar a Nárnia. Nárnia acontece. Quando menos esperarem, pode acontecer. E não falem muito sobre o que aconteceu, mesmo entre vocês. Sobretudo, não digam nada aos outros. A não ser se descobrirem que eles próprios visitaram países do mesmo gênero. O quê? Como irão saber? Ora, ora, não é nada difícil, não se incomodem. Coisas que as pessoas dizem... Até pelo olhar... e lá se foi o segredo. Abram bem os olhos! Céus! O que é que estão ensinando às crianças na escola?

O professor era, de longe, um sujeito fora do comum. Dizia tudo com tanta naturalidade que as crianças não se sentiram obrigados a dizer qualquer coisa, apenas encaravam-se sem acreditar muito no que havia acabado de acontecer, digerindo ainda todas as aventuras que tiveram em um mundo tão espetacular como Nárnia. Um deles suspirou quando a campainha tocou.

– E agora vocês tem visitas. Sigam-me! - Exclamou o velho senhor. Os Pevensie, sem pensar duas vezes, levantaram-se e seguiram o professor pelas grandes escadarias da casa. Dona Marta, a governanta, já havia atendido a visita, que os esperava na enorme sala principal.

O homem era um tanto estranho. Tão velho, magro, alto e barbudo quanto Kirke. Quer dizer, sua barba era bem maior, mas era tão branca quanto. Vestia uma roupa engraçada, assim como um chapéu um tanto diferente, ficava bizarro ao lado do professor, que vestia apenas um terno. O senhor ali presente usava um óculos, que Lucy achou adorável, com as lentes em formato de meia lua. O senhor sorriu ao ver que o anfitrião chegava e os dois logo se cumprimentaram.

– Alvo! - Exclamou Kirke.

– Digory! - Disse o senhor, com animação. Os dois se abraçaram, como velhos amigos que não se viam há tempos. - Como está Hogwarts?

As crianças estavam cada vez mais confusas. Porém, nada nessa vida poderia as surpreender depois da grande aventura que tiveram.

– Nunca esteve melhor! Desde que Lord Voldemort partiu estamos em verdadeira paz. Devia nos visitar em algum dia desses, como nos velhos tempos. Os alunos adorariam ouvir mais algumas palestras.

– Evidente que sim! - Respondeu Digory. - Mas agora temos que ir ao o que interessa.

E então o professor virou-se para as crianças, finalmente, e passou a falar diretamente com elas.

– Este é Dumbledore, diretor de Hogwarts, a escola em que irão estudar. Creio que queira dar algumas palavras. Sente-se, sentem-se todos. Marta, por favor, traga-nos um pouco de hidromel.

A mulher saiu e todos eles se sentaram. Conversaram um pouco sobre a tal de Hogwarts e, quando a bebida foi servida para os dois adultos, Dumbledore resolveu que estava na hora de falar.

– Em nome de Aslam, o grande Leão,imperador de Além Mar, aquele que governa em suas terras, venho aqui para revelar o que há tanto fora escondido. Vocês quatro são bruxos. - Disse com a maior naturalidade do mundo. As crianças, que agora tinham a mentalidade um tanto madura, apenas se encararam e continuaram em silêncio, a fim de ouvir o resto. - Creio que não se lembre, Edmund, da carta que recebera há uma semana, para nós, mas há muitos e muitos anos para você. - E ele tinha razão. Edmund não lembrava-se mais nem da cor do envelope que a coruja trouxera naquela noite. E, sinceramente, não estava com muita vontade de lembrar-se daquele tempo. - A verdade é que são bruxos e receberam vagas para estudar na escola de magia e bruxaria de Hogwarts, onde sou diretor. Há muitos anos atrás, nesse mundo, o destino de vocês fora traçado por uma profecia, que está no seu mundo, escrita pela magia profunda de Alam, sobre a mesa de Pedra. Acho que devem conhecer."Quando a carne de Adão, quando o osso de Adão, em Cair Paravel, no trono sentar..."

– Então há de chegar ao fim a aflição. - Completou Susan, sentindo seus olhos marejarem, sendo dominada pela saudade e tristeza de não estar mais em Nárnia.

– Como já esperava, vocês conhecem como ninguém. - Continuou Dumbledore. - Devo dizer-lhes que metade da profecia da completou, mas infelizmente ainda há muito a fazer.

– Mas o que, exatamente? - Perguntou Peter, curioso.

– Uma coisa de cada vez. Acho que Aslam já ensinou que não se deve imaginar o que aconteceria no futuro, em breve descobrirão por si só. Nárnia ainda irá acontecer novamente, mas por enquanto deverão se concentrar no outro lado de vocês. Tenho certeza de que se sairão otimamente bem em Hogwarts. - Disse sorrindo. - As aulas começam daqui uma semana, Digory irá levá-los ao Beco Diagonal para a compra de materiais. - Ele parou de falar e ficou pensativo por um tempo, como quem fizesse força para se lembrar de algo.- Ah! - Disse, finalmente. - Devo avisar a vocês que é apenas permitida a entrada de alunos com onze anos de idade e o único que se encaixa é Edmund. Porém, devido as circunstâncias, acho que não há problemas se Peter se atrasar dois anos e Susan um. Também não vejo por que uma dama tão bela de nove anos não possa entrar para a escola sendo que já teve mais de vinte em outras terras. - Sorriu gentilmente para Lucy. - Não se preocupem, afinal, são reis e rainhas de Narnia.

Dito isso, Dumbledore se despediu de todos presentes e simplesmente desapareceu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Mereço comentários? *u*