Século XX
Inglaterra

Contava com meus 20 anos, alto, magro, cabeleira lisa de fios castanhos escuros; olhos negros. Vestia vestimentas sofisticadas, adequadas para o evento.
Agora no salão de festas, sentado na poltrona forrada a couro marrom, observava o movimento dos convidados saindo e chegando.
Já havia passado algumas horas, nada aparentava ser divertido; todos estavam com cara de túmulo. Só que o inesperado acontece, uma formosa mulher, entra,
convida-lhe para bailar.

P.O.V Dorian Gray

''Minhas mãos tocam nas suas, suave e aveludada.
A sincronia dos nossos pés seguem o ritmo da música
Doce canção para meus ouvidos, guia-me no balançar do corpo.
O meu coração acelera, o seu não sei se o mesmo, minha bela, formosa, Afrodite. ''

Após a dança, dei o meu cartão a ela, com telefone de contato. Como despedida, a donzela dos meus olhos, deixou-me um beijo na bochecha.
O ponteiro do relógio dava 1h da manhã. Tinha bebido vodca mais da conta.

- VÃO TODOS EMBORA SEUS BANDO DE URUBOS!

- Senhor... - O mordomo chega a tempo, antes de me esborrachar no chão.

Todos ao redor observavam, uns riam da situação, outros cochichavam.

'' É o típico do irresponsável do Dorian. Moleque como sempre, não evolui mentalmente''

A sociedade tinha uma imagem inversa sobre mim.
Após ao vexame, dormira no palácio.

Tempos depois...

Mandei cartas declarando meu encantamento:
A primeira foi simples.
'' Doce Afrodite, desejo vê-la novamente. Esteja na frente do Hotel Milorde High ''
O chofer foi busca-la, mas, não estava lá.

O segundo envelope foi escrito com sinceridade.

'' Desejo o seu corpo. Oh, desculpe pela minha ignorância, deve me perdoar por tais imaginações. Imagino você na minha cama, lhe despindo dos pés a cabeça, deleitando de prazer. Não quero nada sério, juro. Responda!''

A terceira mandei por achar que exagerei da conta.

'' Desculpe pela última carta, responda!''
Nenhuma das cartas foram respondidas até ter outra ideia.
No escritório sentado na cadeira analisando alguns papéis.

-BRUCE!

O mordomo com pano na mão direita adentra no aposento curvando-se.

- O que deseja senhor?

-Faça um favor, investigue sobre a dona Afrodite Figher e traga para mim a ficha completa- Disse satisfeito.

- Oooh não...- Disse tapando o rosto com a palma das mãos -
Mais das suas artimanhas loucas.

- Juro ser decente está. Vai ou não?

- Está bem.

- Então tá. Quero saber o motivo dela não responder as cartas.

- Desiste disso...

-NÃO!- Disse alterando a voz- Saia agora, tenho deveres a fazer.

***
Afrodite aprontando a mala, colocando as roupas caras que ganhara de vários homens ricos. Enquanto Judite lia seu livro sobre psicologia sentada na poltrona, pensativa.

- Como foi a viagem para Inglaterra?- Perguntou Judite.

- Foi chato. Dancei com um panaca numa festa. Não rolou nada.

- Ele não era bonito?

- Até sim, mais muito romântico para meu gosto. Dei meu endereço de onde trabalho, e nada. Só mandou umas cartas estúpidas que nem fiz questão de lê-las

-Por quê ?

Ignorou.

- Até me deu o número do telefone dele, mas vou ligar pra homem ...nem morta!

- Onde estão os envelopes?

- Ali dentro na caixinha vermelha.- Disse apontando para um armário aberto.

Judite se aproxima pegando a caixa, e senta novamente.

Minutos depois...

- Ah, irmãzinha. Vai ficar mofando nesse apartamento sem graça?- Disse sínica. Ela está com uma roupa ousada, vestido vermelho decotado nas costas de até os joelhos e escarpam preto. Seus cabelos loiros lisos estavam soltos.

- Eu gosto do que faço, tá!- Judite tem cabelos loiros, longos, liso até a cintura. Altura mediana, olhos verdes, magra, pele levemente rosada. As duas irmãs são gêmeas idênticas.

- Gosta de ficar no laboratório o dia inteiro. Faça meu favor; por isso é solteirona.

-CALA BOCA!- Ela se levanta alterada.

- Oooh...está bem, vou indo. Tchau,tchau.

Sai com as malas pela porta.

Horas mais tarde...

No quarto, encostada na cabeceira da cama, lembrara da caixa vermelha na poltrona.

- Vou pegar pra ler.

Retorna para cama, tornando a ficar na mesma posição anterior com os envelopes nas mãos.