Choram as Rosas escrita por Camy, Harumihatae


Capítulo 6
Meu dia esta um inferno!


Notas iniciais do capítulo

Desculpem o atraso, por problemas tecnicos ficamos um bom tempo sem atualizar, mas espero que vocês gostem!!



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     Todos tiveram noites tranquilas, menos May, que novamente teve um pesadelo.

     Ela acordou atordoada, e ainda estava assustada e com medo de perder Drew. Esse pesadelo, por incrível que pareça, foi mais realista que o ultimo e ela acabou acordando no meio da noite.

     Atordoada, May desceu as escadas e foi até a cozinha para tomar um copo d’água, quem sabe assim o pesadelo não sumia de sua cabeça?

     Ela estava tão perdida, que acabou esquecendo-se do copo em sua mão, que acabou caindo no chão.

     O som de vidro quebrando acordou-a de seu transe e ela logo foi buscar uma vassoura. “Como pude ser tão boba a ponto de esquecer-me até mesmo do copo em minha mão? Ai meu deus, esses pesadelos estão acabando comigo, por mais que Drew diga que está tudo bem, ainda fico insegura, sei que alguma coisa vai acontecer, estou com esse pressentimento… será que eu acordei alguém com o barulho do copo quebrando? O Max eu sei que não, depois que dorme é um sacrifício acordar, a minha mãe dorme feito uma pedra, será que eu acordei a Mary? Seria tão ruim, afinal ela está hospedando-nos aqui, seria uma tremenda falta de educação…” – seus pensamentos variavam tanto que ela acabava perdendo-se neles, tinha tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo.

     Os pesadelos, o Max, sua mãe, o copo que agora estava em pedaços na cozinha, onde ela acharia uma vassoura, tanta coisa…

     Como May não achava uma vassoura em lugar nenhum, resolveu pegar os cacos grandes com as mãos e ver o que fazia com os outros pequenos depois.

     Ela voltou até a cozinha e abaixou-se para poder pegar os cacos com as mãos.

     May estava com tanta coisa na cabeça que acabou cortando-se com um pedaço de vidro e sua mão começou a sangrar.

???: Por que você cortou a sua mão?

MAY: Drew! – ela pula de susto – quase tive um ataque do coração agora, e eu não me cortei, é que eu deixei cair um copo e agora tenho que juntar os cacos, talvez eu tenha apenas machucado minha mão… ^^’

DREW: Por que não usa uma vassoura?

MAY: Eu não achei nenhuma – responde, lavando a mão na pia.

DREW: Que tal essa aqui? – ele retira uma vassoura de trás da porta da cozinha.

MAY: Esqueci-me de procurar atrás da porta. ^^’

DREW: Aff, deixe que eu ajudo você com isso.

     Com a ajuda de Drew, May termina de limpar a bagunça que fez e olha melhor o machucado em sua mão.

     Ela passa água e quando o sangue sai, ela percebe um pequeno corte na palma da mão.

DREW: Tá doendo? – pergunta chegando por trás da moça.

MAY: Não, é um corte bem pequeno, logo cicatriza.

DREW: Vem, vamos enfaixar. – ele a puxa para o seu quarto.

MAY: Não precisa nada que um pouco de água oxigenada não resolva Drewzinho.

DREW: Vem se não, não vou deixar você em paz.

     Drew praticamente a carrega para seu quarto, onde ela senta-se na cama, enquanto espera que o namorado faça seu curativo.

MAY: Você é muito insistente!

DREW: E você muito teimosa, agora me deixa fazer esse curativo.

     May revira os olhos, mas estende a mão para que Drew faça o seu curativo.

     Após terminar, ela avalia e percebe que o namorado até que é bom em fazer curativos.

DREW: Você é muito atrapalhada.

MAY: Eu sei.

DREW: Isso é uma das coisas que eu mais gosto em você – ele abre um sorriso malicioso e aproxima-se da moça, que sorri e permite que este a beije.

 

     Drew aproxima-se mais de May, quase derrubando-a, mas ela acaba com aquilo logo, antes que isso vá longe demais.

MAY: Drew, tenho que voltar pro meu quarto, são 3:30 da manhã – fala olhando para o relógio no criado mudo de seu namorado.

DREW: Ah! Mas já? – ele faz carinha de cachorro abandonado.

MAY: Sim, afinal, amanhã chega a sua prima né?

DREW: Nem me lembre. Amanhã meu inferno começa! ¬¬

MAY: Não pode ser tão ruim assim, afinal, vocês são primos, devem se amar! ^^

DREW: É mais fácil eu amar o seu irmão amor.

MAY: Nossa, a coisa deve ser feia então, o que foi que ela aprontou pra você?

DREW: Isso não importa – ele olhou para baixo, triste, mas logo abriu um sorriso para May e continuou conversando com ela – o que importa é que eu a odeio e que ela sabe que nunca poderá me manipular. =D

MAY: Há! Então foi isso que ela fez com você, ela tentou manipulá-lo para que você fizesse alguma coisa, mas você não queria então ela te obrigou e depois você se arrependeu. – ela concluiu o pensamento olhando para o namorado, que olhava para ela com um sorriso forçado.

     Como May sabia tanta coisa? Como alguma pessoa NORMAL pode descobrir tudo isso numa única frase? Drew não fazia a menor ideia, só sabia que teria que inventar uma ótima história pra May…

MAY: Bem, tenho que ir, já faz uns 10 minutos que eu te avisei Drew. Boa noite – ela da um rápido selinho nele, mas quando está virando-se para ir embora, Drew segura-a pela mão e a puxa para um beijo muito mais intenso.

     May sorriu durante o beijo, aprofundando-o um pouco mais, enquanto Drew saboreava o máximo que podia a boca de sua amada namorada. Quando o beijo acabou, Drew começou a beijar o pescoço de May, que estava parecendo um pimentão.

MAY: Amo você – ela cochichou no ouvido do amado, mordiscando sua orelha.

DREW: Eu também – ele falou, voltando a beijar naqueles lábios que o enfeitiçavam.

     Drew puxou May ainda mais para perto dele, mas a garota recuou, com medo de não conseguir resistir se Drew tentasse algo mais.

MAY: É sério Drew, eu preciso ir agora.

DREW: Dorme aqui comigo – ele abriu um sorriso malicioso.

MAY: Há! Há! Engraçadinho, tenho mesmo que ir.

DREW: Ok, ok, mas me prometa que não terá mais pesadelos.

MAY: Não posso prometer isso pra você Drew.

DREW: Pode sim, é bem fácil, apenas diga: “Lindo e maravilhoso Drew, eu prometo que não irei ter pesadelos essa noite” viu que fácil? =D

MAY: Hehehehehe é, pode até ser fácil falar né? Mas tenho mesmo que ir amor, boa noite.

DREW: Ok, ok, boa noite May.

     A morena sai do quarto de Drew e vai para o que ela está ocupando na casa do mesmo.

     May está tão cansada que mal deita-se na cama para logo cair em um sono profundo e silencioso.

 

MAY POV    

 

     Que lugar estranho, tão escuro… não vejo nada. Onde eu posso estar?

     Tem um barulho vindo de longe e uma luz. Será que tem alguém que possa me ajudar? Corro o mais rápido que posso em direção a luz. Estou cada vez mais perto. É tão pequena, não parece uma saída, parece algo iluminado. O barulho fica cada vez mais alto.

     Cada vez mais parecido com um choro. Tem algo chorando por aqui? Eu corro mais rápido, algo dentro de mim me diz que eu devo proteger o que quer que esteja chorando, que devo ajudar.

     Estou cada vez mais perto. Então paro. É um berço branco. Corri tanto que começo a ofegar. Mas ainda escuto o choro, vem de dentro do berço.

     Quando olho, meu rosto muda de surpresa pra amor e de amor pra admiração e depois volta a ser surpresa. É o bebê mais lindo que eu já vi.

     Seus cabelos verdes caem pelo travesseiro de forma angelical. Ele estava chorando, mas assim que me viu, parou. Olhou-me de forma surpresa, antes de voltar a fechar seus olhos, como se fosse voltar a chorar.

     Ele volta a chorar, e de certa forma, isso faz meu coração doer. Eu o pego no colo e ele olha para mim com os olhos cheios de curiosidade. Seus olhos safira indicam que ele não é meu amado Drew, mesmo que a semelhança entre eles seja incrível. Uma criança tão pequena e vulnerável, como se eu pudesse quebrá-la apenas tocando-a. Mas mesmo assim, eu não resisto ao seu chamado. Tão pequena e frágil.

     A criança ri para mim, deixando sua chupeta vermelha cair. Eu a pego antes que caia no chão. Ele bate palminhas para mim e eu o coloco novamente no berço.

     A criança ri e segura suas pernas, fazendo seu cobertor amarelo ir parar nos seus pés. Eu coloco minha mão em cima das dele e ele ri, apertando-a e esquecendo-se de suas próprias pernas que caem no colchão.

     Ele nem nota e continua brincando comigo. Eu sorrio incapaz de deter-me a tão incrível sensação. Nunca acreditei que um simples sorriso, que simplesmente ver uma criança pequena e frágil como essa rir, fosse trazer-me tanta felicidade.

     O pequeno animasse e começa a bater palmas e esticar sua mão em direção a minha. Eu olho e percebo que ainda estou com sua chupeta na minha mão, então entrego a ele. O bebê sorri e o coloca na boca, como se tivesse ganhado o Oscar. Então começa a virar de um lado para o outro, rindo.

    Eu me esqueço da escuridão a minha volta e deixo-me envolver nessa sensação tão incrível de estar com essa criança, tão perfeita. Eu sorrio de volta e começo a brincar com ele e minha mão vai de sua barriga, para sua cabeça, e depois volta para sua barriga, fazendo-o rir e mexer seus bracinhos no ar, feliz da vida.

     Então ele boceja, e seus olhos vacilam um pouco. Eu sorrio e começo a cantar uma musica de ninar. Seus olhos ficam cada vez mais fechados e ele abraça minha mão. Eu observo-o adormecer e, sem parar de cantar, retiro minha mão e o cubro com seu pequeno cobertor. Ele parece tão mais sereno que eu continuo a cantar, mesmo sabendo que ele não pode me ouvir.

 

     Acordo com uma sensação de conforto e serenidade, então, olho para o relógio no criado mudo da cama que eu estava ocupando. 11:48.

     Assusto-me ao perceber que fiquei mais de 7 horas, quase 8 brincando com aquele bebê.

     Retiro o cobertor de meu corpo e só então, lembro-me que eu não havia me coberto na noite anterior, havia simplesmente adormecido. “Drew” o pensamento fez meu coração acelerar e eu percebi que senti a falta dele. Percebi que queria tê-lo ao meu lado.

     Ainda sentindo a felicidade por ter ficado tanto tempo ao lado daquela criança, eu começo a me arrumar.

 

POV MAY OFF


     May coloca uma blusa verde e um short jeans, junto de um tênis branco. Ela vai até a porta sorridente e, quando a abre, percebe que Drew estava parado ali, com uma mão para cima, como se fosse bater.

 

DREW: Oi amor.

MAY: Oi lindo! Dormiu bem? – pergunta dando um selinho no namorado.

DREW: Dormi sim. Mas pelo visto você dormiu maravilhosamente bem não é mesmo? – pergunta com um sorriso malicioso.

MAY: Sim, e obrigada por me cobrir durante a noite.

DREW: Não foi duante a noite. Eu cheguei aqui as 6:30 porque estava sem sono, então você estava com um pequeno sorriso no rosto e eu cobri você.

MAY: Obrigada, eu tive um sonho maravilhoso amor.

DREW: Que bom, mas você deve estar com fome não é mesmo? Afinal, você SEMPRE está com fome – ele abre um sorriso sarcástico, para provocá-la.

MAY: Ei! Eu não sou assim tão gulosa sabia?

DREW: É sim!

MAY: Não sou uma gulosa – ela falou com raiva.

DREW: Tem razão, você não é UMA gulosa, você é a MINHA gulosa. – ele sorri e a beija, antes dela poder ter qualquer reação. May retribui o beijo e a sensação é quase a mesma de quando estava brincando com o bebê, o que a faz ficar ainda mais contente.

 

   Nesse momento, infelizmente, eles são interrompidos por alguém.

 

???: AH-AM – diz uma voz muito pouco amigável.

DREW: Essa não – ele para o beijo com May e não precisa virar-se para saber exatamente quem estava atrás deles.

     May, um pouco surpresa, olha para a figura que está parada, olhando para eles…

Continua…


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Notas finais do capítulo

Continuaremos em BREVE!



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