As Criações escrita por Sky Salvatore


Capítulo 9
Capítulo 8 - Dia de Simulação


Notas iniciais do capítulo

Eai !

Cai na tentação e compre Jogos Vorazes, quero muito começar a ler.

Mas, enfim fiquei feliz que vocês gostaram do spoiler no próximo capítulo eu prometo colocar outro.

Hoje não teria capítulo mas, como eu havia prometido postar se recebesse uma recomendação. A linda da Miss Herondale que me deixou uma recomendação super linda que eu AMEI ver. Agradeçam a ela !

Boa Leitura



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Era domingo de manhã. Terminava de prender meu cabelo em uma trança, Aylin e Rachel já estavam prontas apenas me esperando. Eu estava nervosa, tinha medo de fazer alguma coisa errada e terminar com a simulação de todo mundo.

Eu sou atrapalhada, sempre fui e não seria agora que eu mudaria. Mesmo que eu estivesse sentindo coisas estranhas acontecendo comigo, talvez nunca deixasse de ser atrapalhada.

–Fique calma Tessa, é só uma simulação – disse Rachel – Não há nada com o que se preocupar.

–Não estou nervosa – menti.

–Ah e essa veia verde saltada na sua testa? Isso quer dizer o que?

–É talvez eu esteja – disse.

–Apenas fiquei calma – aconselhou-me Aylin.

[...]

Estávamos em um campo aberto. Havia vários setores pelos quais nós teríamos que passar, aquilo só fez o meu coração disparar ainda mais porque no fundo eu não queria errar.

–Bom dia recrutados – disse Theo.

Era a primeira vez que ele estava sendo ligeiramente educado com nós todos.

–É o primeiro teste de simulação de vocês. Sei que muitos estão nervosos mas, se vocês me ouvirem e seguirem minhas regras sei que não terá motivo para errarem – declarou – Por isso prestem atenção. Vamos por etapas.

Theo distribuiu as armas e todos as acomodamos nos ombros.

–São armas de infravermelho, não atiram de verdade.

Não sabia para que “armas que não atiram de verdade” seriam uteis.

Conforme nós andávamos meus pés afundavam na lama, aquela lama viçosa e nojenta que se acumulava nos meus tornozelos. Do nada começou a chover, só então percebi que estávamos em uma espécie de redoma e por isso tudo podia acontecer.

A chuva era pior para andar no barro. Sombras negras apareceram na nossa frente, eram três homens altos e sem rosto. Todos ficamos parados, eles não eram reais.

–São hologramas, usem as armas – disse Theo.

A chuva dificultava a visibilidade dos outros recrutados por isso eles não conseguiam atirar direito e o infravermelho não acertavam os hologramas. Mas, eu enxergava. Mirei nos hologramas e os acertei em cheio, todos me olharam querendo saber como eu tinha feito aquilo mas, eu mesma não sabia.

Continuamos a andar. Agora tínhamos que escalar uma parede. Como era um local largo era possível que várias pessoas passassem de uma única vez. Arrumei a arma nas minhas omoplatas.

De jeito nenhum eu conseguia subir. Minhas mãos escorregavam na corda.

–De um salto Tess – ajudou-me Theo – De um salto e agarre a corda.

Concordei e fiz o que ele disse. Dei um salto e minhas mãos agarraram a corda. Consegui subir mas, quando fui cair do outro lado não aterrissei com êxito no solo. Caí de cara no chão me cortando em um arame.

Theo saltou e caiu com perfeição do meu lado. Estendeu a mão e me ajudou a levantar. Passei a mão na minha testa e senti o corte que havia se feito nela.

–Calma Tessa, quase escuto seu coração – disse ele – Vamos.

Seguimos para casa e meu coração bateu mais rápido ainda. Eu sentia que algo de ruim aconteceria e não queria entrar mas, teria. O problema era que eu não podia decepcionar eles.

–Vamos entrar na casa, é tudo escuro e temos que ter atenção redobrada com isso – afirmou Theo – Prestem atenção.

Nós entramos. Era um breu imenso e denso, eu conseguia ver algumas coisas na escuridão. Eu estava na frente não vi quem entrou do meu lado, dava passos pequenos e em um dos passos quase fui ao chão só não caí por causa do Theo que me segurou.

–Tessa – escutei alguém sussurrar o meu nome.

Olhei para os lados e não vi ninguém. Ninguém estava me chamando. Talvez eu realmente estivesse perdendo o juízo.

–Tessa – chamou-me novamente.

Quando virei para frente vi Carolyn parecendo um monstro. Seus cabelos loiros estavam bagunçados e cortados de forma irregular. Sua pele estava cinza e seus olhos estavam girando ora branco ora da cor natural. Sua boca era um buraco fundo, dela saiam insetos e seus dentes estavam todos podres. Sua pele estava cortada e exposta. Ela usava o macacão branco e nele havia furos, desses furos saiam sangue.

–Venha me dar um abraço, estou com saudades Tessa. Você não?

Carolyn andava em minha direção e eu me afastava dela. Sua voz era fantasmagórica e um cheiro formol inundou meu nariz. Louca. Eu estava ficando louca.

–Fica longe de mim – murmurei. Eu não queria gritar, não queria que os outros achassem que eu era maluca.

Minha irmã morta estava andando atrás de mim. Eu estava ficando louca. Minha irmã MORTA estava aqui.

–Me abrace irmãzinha, estou com saudades – disse ela.

–Fique longe de mim – disse baixo – Você está morta.

–Todos nós estamos – sorriu.

Carolyn estava cada vez mais próxima. Ela encostou sua mão fria nas minhas costas.

–Fica longe de mim – gritei novamente.

Sem entender se eles queriam ou não minha ajuda. Sai correndo desesperadamente, não queria que ela continuasse me tocando. Disparei para fora da casa, uma luz branca que só eu parecia enxergar iluminava meu caminho me fazendo achar a saída.

Ao ver o claro do dia novamente, caí de joelhos no chão. Minha respiração ficava oscilando e ofegante, como se eu estivesse tendo uma crise de asma como não tinha há anos. Meus pulmões pareciam estar alagados.

Carolyn apareceu novamente do meu lado. Ela parecia ainda mais horrível no claro.

–O mundo do lado de fora da nossa casa é assustador não é mesmo? O mundo dá medo não dá Tess? – perguntou sorrindo – Você está perdendo o juízo como eu perdi o meu. A sanidade é um caminho tortuoso.

Novamente ela estava agachada ao meu lado, seus dedos frios me tocavam. Levantei caindo novamente e batendo meu antebraço no chão arenoso.

–Tessa, espere o que está acontecendo? – uma voz me chamou.

Não queria ver, não queria ouvir. Sai correndo desesperada, eu não conseguiria correr muito rápido porque meu fôlego estava curto e aos poucos eu pararia de respirar.

–Você está ficando maluca Tess-Tess – disse bem humorada.

–Eu não sou louca – gritei com lágrimas nos olhos.

–Eu não disse isso Tess – falou a voz novamente.

Continuei correndo. Lágrimas de medo saiam dos meus olhos. Continuei correndo até que bati meu rosto em uma pilastra de madeira. Logo tudo ficou turvo, um cheiro de sangue preencheu minhas narinas.

E tudo ficou escuro.


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Notas finais do capítulo

Gostaram ?

Ainda aceitando recomendações KKK ~parei viu.

Até ;3