As Criações escrita por Sky Salvatore


Capítulo 7
Capítulo 6 - Uma Estranha Compatibilidade


Notas iniciais do capítulo

Hoooy ;3

Bem a fic continua em hiato, mas vou postar de vez enquanto em consideração aos meus leitores lindos.

Espero que gostem !

Boa Leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/420643/chapter/7

Eu não sabia como agir com Theo ali sentado ao meu lado, ele se quer parecia meu treinador/comandante que estava gritando comigo algumas aulas atrás. Agora era apenas eu e ele como dois recrutados.

Theo era indecifrável, eu não entendia o porque ele estava aqui como e fossemos amigos. Ele ficou olhando para mim como quem conhecia minha irmã, afinal nós éramos muito parecidas e era quase impossível não nos relacionar.

-Você se parece muito com a Carolyn – disse ele – Parece que a qualquer momento você vai gritar comigo. Sabe, sua irmã me odiava.

Eu sabia que Carolyn tinha algo a ver com isso. Minha irmã tinha o gênio forte e nunca levava desaforo, imagino Theo como um simples aluno a desafiando como eu tinha feito com ele nos primeiros dias. Carolyn só tinha virado uma treinadora porque tinha sido uma ótima recruta.

-Eai para descontar o que ela fez com você, resolveu me odiar? Quanto amadurecimento.

-O ódio nem sempre tem a ver com o que sentimos por alguém, as vezes tem a ver com o que não queremos sentir ou com o que não podemos sentir – disse.

Ao mesmo tempo em que aquilo parecia não ter sentido, eu entendia o que ele queria dizer. Mas, como ele estava falando PARA MIM não era possível que suas palavras quisessem dizer algo.

-Então você não me odeia? – arrisquei perguntar.

-Não disse isso.

-Então me odeia?

-Também não disse isso.

-Você está me confundindo.

Theo ficou quieto, como se o fato de ele me odiar não fosse importante. E verdadeiramente não era, mas eu não deveria ter meu líder como meu inimigo. Porque se Theo me odiasse mais do que eu imaginava minha estadia aqui na cúpula seria árdua.

-Não se preocupe catete – disse como um general – Você não precisa me entender. Seria um erro gigantesco da sua parte.

Talvez, eu gostasse de cometer erros. Pensei.

-Você está pálida Tessa – disse olhando-me no fundo dos olhos – Está tudo bem?

-Claro, perfeitamente bem – menti descaradamente.

Eu estava passando mal, mas ele não precisava saber disso.

-Não vou discutir com você – deu de ombros.

-Ótimo, detesto que discutam comigo. Sou alguém muito teimosa. Mais do que você imagina.

Tentei sorrir, contudo o ar começava a me faltar. Levantei vendo se a falta de ar passava. Não passou apenas piorou, parecia que eu teria uma crise de asma e eu não tinha uma desde que fui escolhida pelo governo.

-É melhor você procurar a enfermaria – orientou.

-Não Theo, não preciso – disse seriamente.

Ele se levantou e ficou ao meu lado me olhando.

-É claro que você precisa Tessa – murmurou próximo a mim.

-Não eu não preciso – gritei.

Meu corpo estava querendo desfalecer o que me fez segurar na parede para não cair.

-Catete isso é uma ordem – disse ele parecendo preocupado.

-Você não manda em mim. Não disse que era para nós conversarmos como recrutados – disse ofegante.

Meu corpo não aguentou mais, desfaleceu. Antes que eu caísse no chão e batesse minha cabeça no concreto Theo me pegou e me acomodou em seus braços, mal tive forças para me segurar a ele por isso meus braços ficaram bambos e caídos para o lado.

-Por favor, faça o que quiser comigo – disse – Mas, não me leve para a enfermaria. Me mate, me jogue em qualquer canto mas, não me leve para lá.

Eu não podia ir para a enfermaria, sabia que o que estava acontecendo comigo era resultado dos milhares de remédios que o governo havia injetado em mim durante as pesquisas. Se eu fosse examinada por médicos novamente eu tinha certeza de que o governo seria informado e eles saberiam que havia um problema comigo.

-Não vou lhe jogar em um canto qualquer – informou – Acha que sou tão insensível a esse ponto?

-Sim, eu acho – disse grogue – Acho que você é mal.

-Claro que eu sou Tess, claro que eu sou.

Meus sentidos sumiram de vez, o ar me faltou por completo e tudo ficou negro.

[...]

Abri meus olhos e levantei afobada. Olhei ao redor nada era branco, isso queria dizer que eu não estava na enfermaria, ao menos uma vez o Theo tinha sido legal comigo. Me sentei na cama e observei o ambiente.

Era um quarto como o meu só que maior e com uma cama espaçosa, havia no canto direito uma mesa onde Theo estava sentado escrevendo em algum lugar. Uma janela grande de onde entrava um vento gelado.

Theo tinha acabado de tomar banho, isso era o que eu imaginava, porque ele estava vestido de moletom e uma camisa azul marinho. Seus cabelos dourados estavam molhados e isso o deixava mais bonito.

-Aqui é seu quarto? – perguntei o óbvio.

-Sim, você disse que não queria ir de jeito nenhum para a enfermaria mesmo eu achando melhor que um médico te visse – alegou.

-Vai por mim, estou ótima – disse arrumando meus cabelos.

Ele se levantou e se sentou no pé da cama.

-Você não queria ir na enfermaria o que me faz questionar o porque disso tudo.

-Tenho medo de médicos – menti.

De maneira alguma Theo precisava saber que eu era bem mais maluca do que parecia ser. Aquilo não se dizia a respeito de ninguém a não ser de mim mesma, até porque seria impossível de lhe contar que eu sou uma aberração com um cérebro estranho e que tem tido momentos de maior estranheza ainda quando meu estomago começou a rejeitar comida.

-Isso é mentira – disse – Sinto isso como sentiria se levasse um tiro.

-Ah, ótimo você é mais louco do que eu pensei que fosse.

-Porque Tessa, porque odeia médicos?

-Isso é da sua conta desde...?

-Sou seu líder.

Dei de ombros com desdém, o que aquilo tinha a ver com o meu pequeno gigante probleminha psicológico? Ser louca já era ruim, ter que compartilhar isso com o Theo era pior ainda.

-Isso para mim não significa nada – disse firme.

-Você não me respeita mesmo não é?

-Meu pai me ensinou que devemos respeitar quem nos respeita. E você não me respeita.

-Mas, eu sou seu líder você tem a obrigação de me respeitar.

-Não eu não tenho – sorri – Respeito quem merece e não um metidinho viciado em comando.

Levantei da cama, era melhor eu ir embora.

-Sabe que pode contar comigo não sabe catete? – perguntou quando eu estava com a mão na maçaneta.

-Não, eu não sabia que podia contar com você – murmurei saindo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram?