As Criações escrita por Sky Salvatore


Capítulo 43
Capótulo 42 - Uma Nova Tessa


Notas iniciais do capítulo

Heey !

Eu to super sumida, eu sei. Acabei desanimando de postar mesmo que ela já esteja toda escrita. Recebi um comentário e me deu vontade de voltar a todo vapor. Espero que gostem e me desculpem por ter desanimado.



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A cama está fria e... vazia. Espreguiço-me e vou para o chuveiro, deixo que a água gelada esfrie meus pensamentos. Desço as escadas e não vejo ninguém, Lize já foi para a escola o que me faz questionar quanto tempo eu dormi.

Não comi nada, descobri que não fico doente e que sou praticamente imortal. Descobri o nível de nicotina me fazia bem, claro só fumava longe de casa.

Decidi que iria visitar a biblioteca. Não era longe do meu infeliz lar por isso fui andando. Quando cheguei meus olhos sorriam a ao ver a imensidão daquele lugar.

Haviam prateleiras e mais prateleiras cobertas de livros. O segundo andar era ainda mais magnífico, haviam sofás de couro e algumas mesas. Para minha sorte estava vazia.

Andei até o segundo andar onde li nas placas indicativas que eram livros de história. Me sentei em um dos sofás com o livro que eu escolhi.

Havia tantas imagens de monumentos e coisas que foram destruídos, o mundo não era bom por isso ele foi mudado e nós estávamos transformando ele novamente em algo que não prestava.

As mulheres eram submissas aos homens, elas se quer sabiam lutar ou fazer algo que não fosse cuidar de crianças, maridos e casas. A maioria delas não tinha um trabalho e eram intituladas como mulheres do lar.

–Porra, eu não quero ser isso – murmurei para mim mesma.

Se fosse no antigo mundo eu estaria estudando em uma tal faculdade. Eram pessoas tão infelizes. Havia grande diferença social uns com muitos e outros com nada. O governo roubava das pessoas para eles mesmos. Pessoas passavam fome e morriam de frio nas calçadas.

Nova York era linda, gostaria de ter morado nesse lugar. Los Angeles era magnífico outro lugar para eu morar.

–Odeia tanto assim nossa sociedade? – perguntou uma voz atrás de mim.

Era Noah. O bonitinho que eu só tinha visto no nosso último dia na Cúpula.

–Odeio como as coisas estão ficando iguais a do mundo antigo, mulheres submissas – reclamo – Isso me dá nojo.

–Sempre fico imaginando como você iria se adaptar nesse mundo. Posso ser sincero com você? Eu odeio isso aqui – disse Noah.

Alguém concorda comigo.

–Eu acho que vai tudo começar de novo, a ganância vai cegar os líderes e a discrepância social vai voltar – disse ele – Por isso não quis ficar naquilo, somos dotados de tecnologia devemos usar isso para algo. Não deixar o mundo na mesma.

–Acho que ninguém além de nós dois pensa assim – disse virando mais uma página – Eles gostaram disso. Eu odeio isso.

Noah pegou outro livro e abriu em uma página especifica. Mostrava como a sociedade se desenvolveu aos longo dos anos. Havia algumas partes do mundo em que eles eram livres como nós estamos sendo agora. Havia mulheres poderosas e cheias de poder, antes do Estados Unidos desaparecer eles foram governados por uma mulher assim como o Brasil. Na televisão eles não tinham só o jornal, havia programas para diverti-los. Pessoas dedicavam-se apenas a algo chamado “música”, astros e estrelas.

–Música?

–É incrível – diz Noah – São sons magníficos, meus bisavós tinham um aparelho chamado Ipod e com ele vem fones de ouvido. Meus pais adoravam e eu adoro.

Ele tirou do bolso o Ipod e os fones de ouvido. Era um aparelho pequeno preto com uma telinha proporcional, os fones eram fios finos e longos que na sua ponta tinham acessórios para os ouvidos.

–Como se usa? – pergunto – É um acessório mais antigo que o MP8?

–Exatamente. Coloquei isso nos seus ouvidos – disse ele enquanto colocava os fones nos meus ouvidos – E agora cliquei no meio.

Quando clicava no meio um som delicioso saia por aquele acessório. Isso era música, uma moça falava melodicamente no ritmo embalado por sons que eu não conhecia.

–Gostou dela cantando?

–Isso é fantástico – murmurei – É mesmo como um MP8.

–Minha bisavó dizia que era um vício dos adolescentes, ela tinha um diário gosto de ler e saber como as pessoas já foram um dia. Eles morriam mais rápido que nós, eram muito doentes – disse ele – Sabia que apenas 30% das comidas antigas foram deixadas para nós? Hoje não temos mais fast food, eles adoravam.

–Uau, você sabe tanta coisa – sorrio.

–Fico espantado que você não saiba, você é a garota do Aska não é? Seus pais tinham arquivos que contam sobre o mundo velho detalhes por detalhes.

–Arquivos? Nunca ouvi falar deles.

–Theo deve saber de algo, os arquivos eram fantásticos

Quantas outras coisas Theo tinha deixado de me contar? E se tinha deixado de me contar o porquê? Porque ele não confiava mais em mim?

Era engraçado ver alguém tão empolgado. Noah teria sido um erudito se fosse da Cúpula. Ele gostava de estudar, gostaria conhecer Adam sei que os dois se dariam muito bem.

–Está com fome? – perguntou Noah.

–Estou – sorri.

–Vou te levar em um lugar, vamos

Noah se levantou e puxou-me pela mão.

–Não, melhor não. Lize já vai chegar da escola e Theo...

–Você não queria ser uma mulher livre? Prometo, é só um almoço.

[...]

Era um ambiente com luzes coloridas. Nós entramos e nos sentamos no balcão, havia várias garrafas com vários tipos de bebidas, pelo menos é isso que eu imagino conter dentro dos recipientes.

–Eai Noah – disse um cara gordo atrás do balcão – Quem é a garota bonita com você? Me deixe adivinhar, ela arrancou a cabeça a Amélia?

–Ela mesma – sorriu Noah.

–Como me conhece?

–As notícias voam Tessalha – o cara gordo tinha um pano branco no ombro, ele era careca e cheirava a alguma bebida.

Na Cúpula as bebidas foram abolidas depois que um garoto morreu após uma festa de aniversário. Em função disso nós só tomávamos suco feito de frutas.

O homem gordo deu as costas para nós e começou a limpar um copo.

–Onde estamos? – perguntei ao Noah.

–Em um bar – disse ele – Em Sidartha muitos veem aqui comemorar com bebidas vários tipos delas, é um dos costumes do mundo velho beber. Principalmente dos mais novos como nós.

–Eu nunca bebi – digo parecendo patética.

–Você vai gostar – sorri – Hey Martin, prepare um sex on the beach para a minha amiga.

–É para já – disse Martin.

Ele misturou algumas coisas que resultou em uma bebida rosada, tomei de uma única vez. O gosto era maravilhoso, azedo no começo e doce no final. Fazia cócegas em minha língua.

–Eai, gostou?

–Isso é delicioso – comemorei terminando de tomar.

Noah sorri.

–Sabe, não sei como alguém esperta e fascinante como você pode querer alguém cético como seu o Theo.

–Não precisa de explicações viáveis para o amor, Noah. Apenas o amo, não saberia explicar o porquê.

Aquilo deu um nó nas minhas tripas. Theo tinha se mantido tão longe de mim ultimamente que minha mente maquinava que estava sempre fazendo o pior junto daquela vadia repudiável.

–Ele parece se dar bem com a Katrina – fofoca ele – Bem demais para pessoas que trabalham juntos. Sabe eu vi eles saindo rindo e felizes da vida e entrando em um carro.

–Ah cala essa boca e me demais disso.


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Notas finais do capítulo

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