As Criações escrita por Sky Salvatore


Capítulo 38
Capítulo 37 - Nada de Arrependimentos, Só Amor


Notas iniciais do capítulo

Bom Dia !

Desculpe não responder os reviwes eu amo todos gente, eu vou responder um por um quando chegar da escola hoje. Queria contar que já terminei de escrever "As Criações" tem 50 capítulos e depois terá segunda temporada chamada "Os Criadores"

Boa Leitura



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Na manhã do dia seguinte nós dois passamos todas às 24 horas em casa, apenas sentados e abraçados vendo televisão. Quem diria que ficar sem fazer nada fosse bom.

Theo me contou história sobre o mundo antes de tudo acontecer, nós rimos comemos, transamos e nos apaixonamos milhares de vezes novamente. Nunca pensei que amasse alguém tanto.

–Tess, há algo que quero falar com você – sussurra ele.

Nós dois estamos abraçados no sofá no escuro, consigo ver seus belos olhos me encarando.

–O que? – perguntei.

–Há um plano, nós já o tínhamos antes de sermos atacados como você deve saber, Rafaela pensa em colocar ele em prática. Nós dois estamos bem e temos condições, Rachel e Adam acham que podemos invadir a base da Amélia e matá-la – explicou.

–Isso é arriscado – digo parecendo preocupada.

Ele me olha espantado.

–Estou dentro – sorrio.

–Essa é minha garota – sorri beijando minha boca – Vamos embora amanhã, arrumaremos nossas coisas para uma possível guerra.

–Sabe que eu adoro uma boa confusão – disse.

Passamos o resto da noite repassando o plano, concordei com todas as partes e o plano era arriscado. Entrar no prédio deles por uma passagem subterrânea e atacaríamos Amélia, quem tivesse a chance perfeita de matá-la o faria.

–Depois pretendemos vir morar aqui – disse Theo – A Cúpula será desativada e as pessoas poderão viver dignamente em Sidartha onde há tudo o que eles necessitam. Irão apenas os que quiserem, claro.

–Acho que todos aceitaram – sorrio – E o que vai acontecer com a Cúpula?

–Irá virar um centro de pesquisa – disse incerto.

–E isso devia parecer uma verdade?

–O Aska cuidará do lugar – foi apenas o que disse.

Theo me abraçou então deixei aquela história passar, ficar ali ainda não tinha preço. Eu sabia que ele parecia mentir para mim, Theo estava sabendo de algo que eu ainda não sabia. Naquele momento esqueci disso, as vezes eu imaginava que não teríamos muito tempo.

–Rafaela ficará cuidando de tudo, está tudo encaixado – disse ele – Luce, Noah, Rafaela, provavelmente eu e Adam e a Katrina. Vamos assumir a liderança, Bonnie e a líder de Sidartha concordou em criamos um novo governo.

–Você vai passar o dia inteiro com a Katrina? – fiz cara feia.

–Vou, mas ela não é a minha Tessa – sussurrou.

Theo beijou meu pescoço e nós dois sorrimos. Nos minutos seguintes estávamos enrolados um ao outro.

–Se preciso, fique sabendo que dou uma surra nela. Sem problemas.

–Todos sabemos disso – sorriu.

[...]

Theo tinha saído para comprar algo para jantarmos aquela noite. Fiquei deitada na cama olhando e pensando na imensidão daquela casa. Torcia para que tudo desse certo e todos pudessem morar confortáveis daquele jeito.

Sorri esparramada na cama, havia tanta tecnologia em Sidartha, coisas que foram escondidos de nós. O telefone na escrivaninha tocou, depois de reclamar mentalmente fui atendê-lo.

–Alô?

–Tess? É a Rachel – disse feliz.

–Oi, Rach – sorri involuntariamente – Como está às coisas por aí?

–Todos se preparando – explicou – Estou com saudades, Theo levou minha única melhor amiga.

–Amanhã estarei aí, também estou com saudades – declaro, porque é verdade eu e Rachel desenvolvemos uma relação de irmãs.

–Passou muitas horas com seu amor?

–Foi um ótimo aniversário – confirmei, fiquei vermelha porque me lembrei do que eu e Theo temos feito nos últimos dias – Aprontamos muito.

–Ah eu imagino – disse rindo – No carro, na cozinha, na parede. Espero que nunca em lugar público.

–Rachel – disse me acabando de rir – Só nunca em lugares públicos.

–Eu sabia – comemorou rindo.

Ficamos em silêncio por alguns minutos, deitei na cama e pela respiração leve de Rachel imaginei que também estivesse deitada. Não sei como ela conseguiu o telefone mas, fico feliz que tenha o feito.

–Estou com medo, Tess – murmurou do outro lado da linha.

Eu sabia sobre o que ela estava falando. Era sobre o ataque de amanhã.

–Eu também – confessei – Tenho medo de perder vocês.

–Acho que não vamos sobreviver a mais essa

–Eu também, Rach – disse.

–Por isso liguei, sei que amanhã não vamos ter todo esse tempo Tess. E eu queria me despedir – disse – Fiz Adam me arrumar um telefone, eu precisava falar com você.

Minha garganta travou. Deixei que ela continuasse a falar.

–Meus pais me odeiam, meu noivou morreu e estou sozinha. Você é a única coisa boa que eu tenho, Tess. É minha irmã – escutei-a fungando, Rachel chorava.

–Rach – sussurrei – Se não sobreviermos, saiba que valeu cada minuto ao seu lado. Tudo que fez por mim nos últimos dias, eu agradeço. Você também é minha família.

–Se não nos vermos mais, ainda vamos lembrar uma da outra se morrermos?

Meus olhos se encheram de lágrimas.

–Claro, Rach – disse tentando não parecer instável – Vamos nos lembrar para sempre uma da outra.

–Tenho que desligar, vou me despedir do Adam. Ele também está se despedindo de todo mundo.

Eles sabem, todos nós sabemos que vamos morrer amanhã. É o destino de todos nós, humanos, criações, qualquer um que viva.

–Diga a ele que também nunca vou me esquecer dele – choramingo – E que eu agradeço o que ele tem feito por mim.

–Eu direi – chorou Rachel – Amo você, irmãzinha.

–Também te amo, Rach – disse.

E nós desligamos. Chorei por alguns minutos consecutivos, agora que a vida “parecia” boa tudo estava indo pelos ares novamente. Nada e bom ou perfeito na minha vida devo me acostumar a isso.

Theo chegou e trouxe consigo uma bandeja. Encima dela há um dos meus pratos favoritos hambúrguer e batata frita, com uma bebida açucarada e gasosa chamada coca-cola.

Limpo minhas lágrimas e abro um sorrio.

–O que foi, Tess? – pergunta ele colocando a bandeja no pé da cama.

–Rachel ligou para mim – faço uma pausa – Para se despedir.

–Adam fez o mesmo – admitiu – Acho que todos eles estão fazendo o mesmo. É um risco enorme o que vamos correr.

–Eles sabem, Theo – disse baixinho – Sabem que não vão sobreviver e mesmo assim vão lutar, acho que talvez eu nunca entenda.

–Querida, a vontade de ser livre está acima da morte. Eles podem até morrer, mas sabem que seus pais e irmãos mais novos vão viver um mundo diferente desse – sorriu – Em quem você pensa quando vê tanta luta e guerra?

–Em Lize – admiti – Ela tem apenas oito-nove anos, não deveria saber usar uma arma ou ver tanto sangue.

–E você lutaria por ela?

–Sim, lutaria e mesmo que morresse sei que teria valido apena.

–Esse é o sentimento que todos eles vivem, querida – disse – O sentimento de liberdade.

Sorrio enquanto como uma batata frita.

–Acho que posso sacrificar nossos dois filhos e um cachorro para a Lize ter um futuro – beijo sua bochecha.

–Eu também, Tess – sussurra – E mesmo eu sabendo que nossa chance é maior, se minha vida tirar a de Amélia vai compensar.

Comemos tudo, ficamos depois deitados observando o escuro. Apenas sonhando.

–Theo – sussurro.

–Sim?

–E se um de nós morrer?

–Espero que seja eu então – disse sério.

–Estou falando sério – resmunguei.

–Quer saber do que penso de verdade? Acha que nunca pensei nisso?

–O que você pensa? – perguntei entrelaçando nossas mãos.

Ele suspirou, no escuro via seus olhos brilhando.

–Espero que o que sobreviver chore a morte do outro e sinta a dor da perda, mas que um dia transforme a morte do outro em algo suportável. Desejo a o que sobreviver que encontre outro alguém para amar, mesmo sabendo que nunca vai amar como o que se foi. Que tenha filhos e que veja neles a vida que queria ter, que seus sonhos se realizem.

Ele daria a vida por mim.

–Escuta aqui – disse pegando seu rosto – Não dê sua vida idiota para mim, nós vamos lutar juntos. Me entendeu? Juntos? Para sempre.

–Ah, Tess nós sabemos que você é a quem tem mais chance. Mas, sim vamos lutar juntos.

–Por favor, agora só vamos aproveitar o resto da nossa noite juntos – resmunguei.

Theo sorriu sem vergonha.

–Tessa você é sempre muito sem vergonha – disse ele.

–Eu sei meu amor, eu sei – sorri.

E foi naquela cama, incertos do futuro, que nós fizemos amor pela última vez. Nos amamos, fomos um do outro. Sabendo que no dia seguinte, apenas um de nós poderia estar vivo.


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Notas finais do capítulo

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