As Criações escrita por Sky Salvatore


Capítulo 3
Capítulo 2 - A Cúpula


Notas iniciais do capítulo

Boa Noite Recrutados ;3

Oh eu nas intimidade com vocês seus lindos KKK, é que em um dos reviwes uma das leitoras disse que é uma Erudita aí tomei a liberdade sabe KKK.

Mas, enfim eu tenho até o capítulo 5 escrito por isso se os reviwes forem legais eu logo posto.

Boa Leitura ♥



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Fiquei deslumbrada ao ver onde estávamos. Era um belo campo verde, cheio de árvores e alguns bancos de cimento. Seguimos pelo caminho de ladrilhos brancos até a entrada do campo de treinamento. Havia uma espécie de portal para atravessarmos, duas portas de vidros o fechavam por isso não víamos o que tinha do lado de dentro.

 Nós caminhamos até a entrada e uma mulher nos guiava para dentro, não percebi quando ela apareceu mas, também a segui como os outros. Ela era alta, mais alta do que eu, tinha seus cabelos quase loiros presos em uma trança que findava no meio da sua cintura, ela também usava um macacão mas, os eu era branco com detalhes em cinza.

Ela nos reuniu antes de ultrapassarmos o portal, fez todos nós ficarmos em fila. Éramos ao todo apenas quinze recrutados, tinha minhas teorias para os números baixos. Ou muitos foram executados ou poucos bebês nasceram.

Fez um sinal para que nós entrássemos e todos assim fizemos. Era um belo lugar, não tinha muitas coisas contudo, como era amplo era bom de apenas olhar. Havia outra porta que dava para os alojamentos e centros de treinamento especializado. Uma placa de bronze estava no centro do ambiente, nela havia as inscrições “ Se escolher começar uma guerra, é bom saber pelo que está lutando”.

-Sejam bem vindos – disse ela, sua voz emanava uma confiança – A primeira lição que vocês devem aprender é ouvir caso queiram continuar vivos. Vocês serão divididos de acordo com o lado estimulado do seu cérebro. Lembrem-se vocês podem se misturar com os outros e até treinar com eles, a divisão é apenas um modo de você andar com os que são parecidos com você. Sou Rafaela Whinter, sou a líder geral e qualquer problema que vocês tiverem podem recorrer a mim.

Rafaela não parecia ter mais que 25 anos, tudo nela indicava o quão nova fora iniciada nessa vida. Percebi que atrás dela havia dois garotos e uma mulher loira, eles também não pareciam passar dos 25 anos.

-Esse é Theo Westfield, ele será líder dos intrépidos – disse apontando para um dos garotos – Adam Holking, é o líder dos eruditos– apontou para o outro garoto – E esse é Cassandra Hunter, a líder dos metamorfos.

Parei de prestar atenção em Rafaela para olhar os outros líderes. Adam tinha uma beleza extraordinária, os seus cabelos eram negros e seus olhos azuis destacavam-se dentre sua pele pálida, seu rosto era formado com feições fechadas e suas orelhas eram como as de James, de abano. Ele era alto, tinha quase 1,80m.

Cassandra não era tão bonita quanto a Rafaela. Seus cabelos eram loiros e curtos, ela tinha um lado da cabeça raspada o que a deixava quase parecida com os garotos. Seu corpo era esguio e suas pernas eram finas, ela mantinha as mãos na cintura com uma pose superior.

Por último meus olhos pousaram em Theo. Ele era realmente bonito. O garoto era ligeiramente mais novo que os outros, seu corpo – mesmo sob o macacão branco – era possível ver seus músculos um pouco definidos.  Seus cabelos eram coloridos naturalmente com um tom de bronze que ao ter contado com os raios solares brilhavam. Seus olhos eram verdes como esmeraldas, seu rosto comprido e seu queixo eram charmosos.

Ele estava com os braços cruzados. Nossos olhares se cruzaram por um instante, logo o desviei voltando a olhar para o nada.

-Espero que estejam dispostos a morrer pelo que acreditam – falou Rafaela superior – Vou chamar os nomes, favor encaminhar-se ao seu líder.

Então ela começou a nos chamar indicando a qual líder deveríamos ir. Aylin e Rachel foram para onde Theo estava. James caminhou até Adam. Ao meu redor um vazio fora se formando, não sabia por que estava demorando em me chamar. Eu só queria passar despercebida, eu só tinha que passar despercebida.

-Tessalha Gatwik – chamou Rafaela por fim, havíamos sobrado eu e mais dois garotos – Intrépida.

Eu sabia que o governo simplesmente não me deixaria com duas aptidões. Eles passaram tempo de mais me escondendo para me entregar ao um grupo de estranhos tão facilmente. Ótimo. Seria mais fácil de ficar escondida.

Respirei fundo e caminhei até ele. Theo não disse nada apenas assentiu com a cabeça. Aylin e Rachel sorriram a me ver, ao menos eu ficaria com alguém conhecido não seria uma completa estranha.

Depois que ela terminou, Rafaela saiu nos deixando na responsabilidade de nossos respectivos líderes.

-Me acompanhem – disse Theo.

Nós ultrapassamos a última porta de vidro. Eram três grandes edificações, todas pintadas de cores diferentes. Logo depois delas haviam construções menores que ficavam expostos em semicírculos.

Caminhamos por todo o perímetro até chegarmos a um alojamento que estava pintado de azul marinho. Antes de entrarmos havia uma placa de bronze com as inscrições “O medo nos faz cegos, a força nos faz grandes” logo, acima tinha o nome da aptidão que pertencíamos Intrépidos.

-Ali – disse apontando para o prédio pintado de azul – É onde treinamos com os demais recrutados, e ao lado dele é onde vocês devem estar para fazer as refeições.

Ele disse mais algumas coisas mas, eu parei de prestar atenção. Fiquei observando os alojamentos. Os prédios mudavam de cor, comecei a achar que isso era uma identificação.  Os azuis eram os de treinamento. O verde era o refeitório e os de cores fortes – como azul marinho – eram os alojamentos.

-Em cada alojamento cabem três pessoas – explicou Theo – Sintam-se a vontade para escolherem seus parceiros, descansem – orientou – Quero vê-los às sete da noite no castelo.

-O que é o castelo? – perguntou um garoto moreno.

-É aquele prédio – apontou Theo para o prédio em vermelho, ele não se parecia com um castelo – Eu sei que ele não se parece com um castelo, mas nós o chamamos assim porque é onde definitivamente ficam os recrutados que ganharam honra ao mérito. Estejam lá na hora.

Depois de dar a instrução, Theo começou a distribuir as chaves. Logo Aylin pegou uma delas e me empurrou junto de Rachel para o dormitório de número 20.

Entramos no alojamento. Um Hall antecedia o elevador. Haviam vários sofás de couro preto, uma televisão de LCD, três frigobares espalhados pelo ambiente, as paredes eram claras e a decoração era uma bagunça.

Corremos para usar o elevador, assim que entramos mais algumas pessoas entraram também, eram mais dois andares além daquele. Subimos por curiosidade no último e descobrimos que era uma sala de treinamento.

Por fim chegamos ao andar dos dormitórios, procuramos o quarto de número 20 que ficava próximo ao elevador. No final do corredor havia uma janela com visão para o restante do campo de treinamento.

Nós entramos no quarto. Eram três camas simples e pequenas cobertas por lençóis brancos.  Dobrado no pé da cama estavam três cobertores e uma chave que era do baú que ficava no final da cama. Era um baú normal, que permitia que nos sentássemos em cima dele. O abri e descobrir que eram apenas as roupas que eles nos davam, nada além de azul marinho, preto, branco e cinza, junto dessas roupas comuns tinham mais dois macacões. Havia uma porta que dava para o pequeno banheiro.

-É melhor do que eu pensava – disse Aylin.

Era melhor do que o cubículo que eu tinha vivido no último ano. Mas, não disse isso.

-Quero a cama do canto – disse enquanto me jogava na mesma.

-Fico com do meio – afirmou Rachel fazendo o mesmo que eu.

Aylin não disse nada apenas se deitou na cama do canto que havia sobrado. Nós três tínhamos nos deitado. Meu corpo se afundou naquele local, a cama também era mais confortável que a do laboratório.

-O que vocês deixaram para vir para cá? – pergunto Rachel sem olhar para nenhuma de nós.

Continuei a encarar o teto, assim como Aylin.

-Só os meus pais – respondeu Aylin – Foi bom eu vir, não tinha mais nada pelo que lutar, nada que me forçasse a ficar. Eles gostaram que eu fui embora, nunca fui a filha que eles queriam. E você Tessa?

Pensei por um segundo.

-Apenas meus pais, eu não tinha muitos amigos – falei.

Rachel suspirou, talvez ela tivesse uma vida melhor que a nossa. Mesmo eu achando que isso fosse impossível tratando-se da Cúpula onde todos vivíamos de acordo com as ordens do governo.

-Eu deixei o meu noivo – disse ela.

-Ele não veio com você? – perguntou Aylin.

-Ele é um invalido para o campo de treinamento – disse Rachel – Na guerra em que a coronel Carolyn morreu ele perdeu as duas pernas, eu sempre fui apaixonada por ele desde menina, e o acidente não mudou nada. Nós tínhamos começado a namorado um pouco antes de ele ser recrutado. E quando chegou a minha vez eu tive que ir, morrer não era opção.

-Carolyn era minha irmã – disse sem pensar.

Ambas olharam para mim, ela realmente tinha sido um nome e tanto na guerra contra Sidartha. Tinha sido condecorada coronel por sua capacidade de desenvolver estratégias perfeitas.

-Você é irmã de alguém muito importante – disse Aylin.

-Para mim ela é e sempre será minha irmã, apenas isso – sorri.

Rachel abriu o seu melhor sorriso, a perda da Carolyn não doía tanto quando um dia doeu. Eu sabia que aqui seria o lugar mais difícil de esquecer-me dela porque tudo aqui remetia a importância que ela teve para a nossa divisão.

-Você ainda vai poder vê-lo - tentei animá-la.

-Eu não sei nem se vou sair viva daqui – resmungou – Quanto mais se vou voltar a vê-lo.

Todas ficamos quietas, a certeza de que sairíamos vivas daqui era muito pequena. Fechei meus olhos, tentei não pensar nas milhares de formas para morrer que eu encontraria pelo caminho.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?

Querem mais?

Sugestões?

Desculpem os erros lidos, eu revisei ~peguei essa mania agora ainda bem.

Até mais ;3