As Criações escrita por Sky Salvatore


Capítulo 26
Capítulo 25 - Dia da Execução


Notas iniciais do capítulo

Feliz Natal Recrutados !

Ah, obrigado por serem lindos. Espero que o natal de vocês tenha sido ótimo ;3

Boa Leitura



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POV Tessa

O dia chegou rápido demais, mais do que eu queria que chegasse. Theo não tinha vindo me ver. No fundo eu estava decepcionada, achei que ele ao menos ele fosse querer se despedir. Um último beijo quem sabe.

O tempo era normal, a sela era a mesma, comi uma maça pela manhã como tem sido, tomei banho. Tudo estava normal, exceto pelo fato de que eu estaria morta a noite e no dia seguinte a tediosa rotina não se repetiria.

Carolyn apareceu.

–Ele está aqui – murmurou.

–Ele quem?

–Seu namoradinho, está causando muita bagunça. Não deixam ele entrar.

Ótimo, meu coração quase saiu pelos olhos. Theo arrumaria uma confusão e acabaria morto.

–A morte é serena? – perguntei mudando de assunto.

–Tão turbulenta quanto a vida, acha que se fosse só pôneis perderia meu tempo assombrando os outros?

–Ah sei lá, Car você sempre foi meia doida.

Antes que ela pudesse me dizer alguma coisa, escutei uma gritaria no corredor.

–Eu quero vê-la. Só isso que eu peço, por favor, me deixem vê-la.

Era a voz dele. Theo estava gritando no corredor.

–Ele está alterado – era a voz da Rafaela – Deixem ele ver a garota, eu fico de olho nele, ela vai morrer mesmo deixei que ela o veja.

Alguém resmungou algo e então a porta se abriu, mas não era Theo era um segurança. Estava na minha hora.

Ele não disse nada apenas me arrastou para fora do quarto, eles me levariam ao lugar em que eu seria morta. O segurança era alto e me arrastava pelo corredor com a ajuda de outro.

Theo estava no final do corredor sendo segurado por outros dois homens, ele insistia em me ver. Quando me viu veio correndo em minha direção se distanciando dos guardas.

Seus braços ficaram em volta de mim, ele me abraçou calorosamente. Os guardas não nos impediram, talvez por saber que eu morreria e ficaram com pena de nós dois.

–Pensei que não fosse vir – sussurrei.

–Eu jamais deixaria você, Tess. Eu lhe prometi – sussurrou de volta, sua voz não estava tranquila como naturalmente – Eu não quero que você se vá.

–Eu sou a criação perfeita, lembra? Não vou morrer, eles não vão me matar tão fácil – menti.

–Eu vou lhe ver amanhã então?

Ele acreditava naquilo, parecia que me perder doía tanto que ele acreditava mesmo que aquela fosse a mentira mais esfarrapada de todas as que contei na minha vida.

–Sem dúvida alguma – minto novamente.

–Irei trazer cupcakes – sussurrou ele enquanto eu limpo uma lágrima dos seus olhos.

–Vou esperar ansiosamente – chorei – Dois filhos e um cachorro está lembrado?

–Sim, Tess. Dois filhos e um cachorro.

O abracei forte pela última vez, lágrimas caíram dos meus olhos. Eu sabia que nunca mais voltaria a vê-lo mas, Theo não sabia disso. Ele ainda me esperaria no final do dia. Ele ainda tinha algo que havia morrido em mim. Esperança.

Os guardas nos soltaram um do outro, arrastaram ele para um lado e nós continuamos a andar pelo caminho tortuoso. Não ousei olhar para trás, não queria vê-lo era simples, não queria ver Theo chorando por mim.

Eles me levaram até uma sala branca sem móveis, era a mesma sala de choques. Como era de se esperar Amélia estava atrás do vidro me olhando, ela saiu e sorriu. Odiava como ela sorria.

–Eu disse que iria acabar com você Tessalha – disse vitoriosa – Eu tinha certeza de que acabaria com essa raça de criações perfeitas, eu queria fazer outros como você mas, esse cérebro inútil não me diz como usá-lo.

–Inútil são pessoas como você, que são comuns sem dons nenhum e por medo querem exterminar aqueles que são alguma coisa no mundo. Não um bando de lixo como vocês.

Ela fez um final com a cabeça, um dos seguranças me acertou um chute no estomago, o que me fez curvar o corpo. Um soco veio do nada e me acertou no queixo fazendo eu sentir o sangue escorrendo.

–Finalmente vou acabar com você. Sua irmã era bem mais fácil de corromper, ela aceitou trabalhar para mim mas, você é como sua mãe não desiste nunca – disse ela – E pessoas assim só desistem quando estão mortas.

–Não fale da minha irmã – resmunguei.

Amélia riu.

–Sua irmã foi uma hipócrita mentirosa, uma cínica que levou milhares de recrutados para a morte. Essa é a verdade Tessalha – disse ela – Ela não salvou ninguém, tudo o que ela queria era aproveitar para fugir para Sidartha ela não queria mais servir o governo. Carolyn levou todos para uma emboscada ela iria fugir, se não tivesse sido morta só por isso ela impediu que eles nos roubassem porque ela iria se casar com o líder do exército deles. Todos dizem que ela foi nossa heroína por falta de quem dar o mérito.

Fiquei quieta por um minuto. As lágrimas brotaram no meu rosto antes que eu pudesse se quer impedi-las.

–Ela serviu a mim antes disso, traiu a quem chamava de amigo. Tudo porque ela queria viver livre, eu prometi que se ela me ajudasse eu deixaria você em paz – sorriu – Mas, então ela morreu e eu voltei atrás.

Ela queria me proteger. Carolyn apareceu na sala e me olhou chorando.

–Ela é minha irmã sua imbecil, acha mesmo que quais quer que seja a merda que você vai me dizer vai mesmo mudar o quanto eu a amo? – a raiva invadiu meu corpo por completo – Você pode me odiar o quanto quiser Amélia, eu não me importo. Mas, não estrague as memórias que eu tenho da minha irmã são as únicas coisas que me sobraram.

Carolyn sorriu e me mandou um beijo, por fim sussurrou.

–Eu sei como lhe ajudar – e sumiu.

Amélia fez um sinal com a mão, eles me colocaram na cama fria de que era coberta por um colchão impermeável. Ele era frio, meus pés e mãos forram amarrados. Uma fivela segurava minha cabeça na mesa.

–Você não tem mesmo medo de morrer, não é garotinha insolente?

– O medo nos faz cegos, a força nos faz grandes – repeti lembrando do que estava escrito na Cúpula quando entrei pela primeira vez.

Ela colocou luvas de látex azul claro, sua assistente saiu de trás do vidro e trouxe com sigo uma seringa com um liquido turquesa. Eu sabia que eles não me matariam com armas. Minha maior qualidade seria o motivo da minha morte. Eles desligariam meu sistema nervoso e depois com ajuda de aparelhos me desligariam aos poucos.

Amélia levantou minha blusa, pegou um tubo e enfiou no meu abdômen. Grunhi de dor, aquilo doeu mais do que eu conseguia imaginar. Logo comecei a me regenerar, só que com o tubo dentro de mim.

–Isso servirá para desligar você mais rápido – sorriu.

Outro tubo serviu para enfiar na minha veia, logo um anestésico começou a rondar por todo meu corpo.

Tudo foi ficando tranquilo e calmo, como em um filme eu via meus primeiros dias na Cúpula. E momentos de quando eu era mais nova, quando eu e Carolyn brigávamos pelo último pedaço de pão doce.

Amélia pegou a seringa com o liquido turquesa e aplicou em uma veia estratégica do meu pulso. Fiquei ainda mais calma, não conseguia me debater ou gritar. Tudo parecia menos dolorido.

E então tudo escureceu.


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Notas finais do capítulo

Muita raiva?

Pessoas que só leem e não comentam, deixem pelo menos uma recomendação então. Por causa de vocês, eu desanimo ao saber que 90 pessoas visualizam um capítulo e 6 comentam.

Recomendações ? Não ? Tá bom u.u

Só queria presente de natal u.u

Até