As Criações escrita por Sky Salvatore


Capítulo 19
Capítulo 18 - Uma Noite Infinita


Notas iniciais do capítulo

Heeeey ;3

Bem as coisas vão ficar feias como eu disse, matem o Theo se preciso e não me matem. Eu morta não tem mais capítulos. Tessa irá sofrer agora amores u.u

Boa Leitura



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POV Tessa

Meu peito se inflou e eu mal conseguia pensar direito. Vê-los daquele jeito fora demais para mim, tudo que eu esperava era que eles não aparecessem como Carolyn. Que estava andando ao meu lado dizendo que a próxima era eu. Tentava não ouvi-la, porque de uma forma ou de outra eu sabia que essa era a verdade.

Estava com Lize dormindo em meus braços, Theo procurava algum lugar de madrugada onde nós poderíamos passar a noite. Logo encontramos um hotel meia boca onde Theo conhecia o dono e por isso ele não nos cobraria nada.

Pegamos um único quarto, colocamos Lize na cama de solteiro que tinha ao lado da cama de casal. A cobrimos com um cobertor e depois nos deitamos.

Ficamos calados apenas pensando no que havíamos visto, no que tinha acontecido.

–A culpa é minha – murmurei.

–Tess...

–Eu disse Theo, eles estão atrás de mim.

–A Aska tinha sido atacada, eles foram pegos de surpresa – disse ele.

Theo me abraçou e eu me deixei em seus braços, onde outras lágrimas caíram.

–Temos que levar a Lize conosco – sugeri – Não podemos deixá-la.

–Pensei nisso, mas acho que além de não ter idade eles não aceitariam

–Porque?

Ele olhou nos meus olhos.

–Ela não é mesmo minha irmã – disse – Eles eram meus pais adotivos, Tess. Meus pais não me quiseram porque disseram que eu era uma aberração assim como minha tia que foi morta pelo governo, eles a desprezavam. Então Valerie e Jonathan me adoraram com poucos dias de Vida. Tess, eu não conseguiria explicar o surgimento da Lize e eles acabariam levando ela para a doação.

Oh céus, as coisas ficavam mais difíceis.

–Talvez, Regina aceite ficar com ela até nós dois descobrimos o que fazer.

–Sim, Theo – tentei sorrir.

Ele me abraçou ainda mais forte, Lize acordou gritando o que nós fez olhar preocupados. A garotinha correu para nossa cama.

–Posso ficar aqui?

–Claro que pode – sorri.

Lize se acomodou ao meu lado, Theo ainda me abraçava.

–Somos uma família agora – murmurou no meu ouvido.

–Nós sempre fomos Theo, só nunca tínhamos visto isso – sussurrei de volta.

[...]

O dia amanheceu sombrio, eu não havia dormido nada.

Saímos do hotel e procuramos Regina. Theo explicou o que tinha acontecido e ela concordou em ficar com Lize até voltarmos, mesmo não sabendo quando faríamos isso.

Em duas horas nós tínhamos que estar no local de encontro para irmos embora, eu não estava em condições de nada. Eu só queria que Theo me abraçasse e que nós ficássemos com Lize.

–Theo, não me deixa por favor – pediu Lize chorando – Diz para ele ficar comigo, Tess. Eu vou com vocês, prometo ficar quietinha e não dar trabalho, mas por favor não me deixem.

Theo se abaixou para ficar na altura dela.

–Nós vamos voltar e levaremos você conosco, temos que ter a autorização Lize se não eles matam você. E eu não posso deixar que você morra – declarou Theo.

Nunca havia visto ele tão vulnerável em toda minha vida. Prestes a sair lágrimas dos seus olhos implorando para que a irmã parasse de lhe causar sentimentos, porque ele não podia levá-la conosco. Era bem simples na verdade, não para alguém de 12 anos.

–Theo eu prometo...

–Lize, eu prometo voltar para buscar você – as palavras saíram da minha boca, quase não acreditei que eu mesma havia dito aquilo.

–Mas, Tess...

–Querida – disse Theo grato por eu ter falado – Me dê uma semana. Pode ser?

Ela chorou e o abraçou apertado.

–Mas, por favor volte e fique vivo.

–Eu prometo – disse ele beijando sua testa.

Theo se levantou e veio até mim, abriu um sorriso que carregava dor. Lize correu para me dar um abraço que eu devolvi, nunca havia me sentido responsável por alguém como me sentia por essa menina.

Regina puxou a garotinha que chorava para dentro do estúdio, Theo e eu saímos e tentamos não olhar para trás. Nós tínhamos que ir embora, ir para onde os problema só piorariam.

–Temos que nos arrumar, você cheira a sangue – disse ele – Em poucas horas temos que estar no caminho de volta para a Cúpula.

Theo estava seco, mas eu não podia culpá-lo. Concordei com a cabeça e nós fomos para o lugar onde tínhamos passado a noite, sei lá de onde ele tirou roupas para nós dois.

Depois de estarmos devidamente arrumados nos sentamos na cama, terminava de prender meu cabelo em uma trança. Me preparava mentalmente tentando fazer uma cara de falsa animação.

–Acha mesmo que a Lize vai ficar bem? – murmurei.

–Não, ela não vai ficar bem – disse no mesmo tom – Ela vai acabar como um de nós. Ou morta ou presa. E prefiro que ela termine morta do que terminar como nós dois.

–Pensei que fossemos mais do que isso – disse.

–Não, não somos. Você tinha razão eles vão vir atrás de você.

Ele me culparia, eu sabia disso.

–Eles devem ter injetado algo em você Tessa. E por isso encontraram o Aska com facilidade – disse Theo – Você passou um ano sendo estudada, eles não deixariam você sair simplesmente.

Eu não tinha um rastreador em mim, eu sabia disso porque era simplesmente imune as essas coisas. Amélia me disse que eles nunca conseguiam saber onde eu estava mesmo que eu não tivesse saído do quarto.

–Já parou para pensar que você pode ser tão alvo quanto eu? Você é a criação perfeita assim como eu – disse séria – Eles sabem disso e talvez você tenha sido o alvo esse tempo todo.

Ele não me olhava, apenas falava como se eu estivesse na janela.

–Não é minha culpa – foi apenas o que disse.

–Quer dizer que foi minha então? Eu sou uma louca assassina que levou o governo e matou nossos pais, mas poupei sua doce irmãzinha. Me poupe Theo, você deveria saber que isso não faz sentido.

–Eu não estou te culpando – disse rude – Eles não me querem, querem você e não vão parar até conseguirem. Eu vim a Sidartha milhares de vezes vê-los e eles nunca morreram e você veio uma vez e eles morreram.

–Pra começar a história eu não estaria com você naquele lugar se você mesmo não tivesse me levado, eu iria procurar outro lugar mas, não você insistiu em ser bonzinho comigo – falei com raiva – Então não me diga o que você pretende dizer, porque eu não sabia sobre eles.

–Esquece, não vamos brigar por causa disso.

Mesmo assim sua voz era de desdém.

–Eu vou indo – disse me levantando.

–Tessa – resmungou – Volte aqui.

–Não Theo, eu não tenho culpa do seu luto. Porque se você não se lembra meus pais também morreram, e mesmo que eu achasse que é sua culpa não jogaria isso na sua cara. Sabe porquê? Porque eu sei que se dói tanto em mim, dói o mesmo tanto em você.

Sai andando e não disse nada, por sorte muitos já estavam no lugar combinado. Mesmo eu não me lembrando de termos combinado um lugar para nos encontrarmos. Talvez todos fossem espertos o suficiente para saber para onde voltar.

Fiz minha melhor cara de enterro e me juntei a eles, podia ver Rachel e Aylin de longe. Rachel estava com os cabelos mais curtos e tinha uma espécie de argola em seu nariz, Aylin estava com os cabelos cor de rosa e mais curto.

–Vocês estão diferentes – disse ao me aproximar delas.

–Uau, você fez uma tatuagem – explodiu Aylin – Nós não tivemos tempo.

–Por onde esteve? - questionou Rachel.

Não menti. Disse que estava com Theo.

–E onde ele está?

–Passamos algumas horas juntos – e logo veio a mentira – Não faço ideia de onde ele esteja.

Mas, logo ele chegou com cara de poucos amigos. Não me olhou e não falou nada para ninguém, apenas nos fez caminhar em silêncio até o ônibus.

Me sentei sozinha no fundo do ônibus, Rachel e Aylin nem notaram estavam empolgadas de mais contando as coisas aos outros trocando informação.

Encolhi meu corpo no último banco, escondi minha cabeça em meus joelhos. Memorias passavam furtivamente por minha cabeça, me fazendo reviver momentos felizes e trágicos. Aniversário em que comemorávamos com um pedaço de torta, das noites em que a comida acabava e tínhamos que esperar o governo trazer mais, dos natais e anos novos em que a ceia era farta.

Carolyn – morta – se materializou ou meu lado. Ela não ria ou demonstrava qualquer movimento que começaria a zombar de mim.

–Eles tinham orgulho de você – murmurou ela.

–Também tinham de você – disse ainda mais baixo.

–Não, eles não tinham – diz ela – É tudo uma mentira Tess, uma grande mentira.

–Do que você está? – sussurrei quase sem emitir som.

Uma lágrima caiu dos olhos de Carolyn.

–Eles te amavam Tess, sabe disso não sabe?

Concordei com a cabeça e enfiei elas entre meus joelhos novamente, lágrimas começaram a sair de um jeito que não consegui controla-las saindo a todo vapor.

Elas saíram tão intensamente que acabei pegando no sono, retrato da noite mal dormida.

[...]

Alguém me empurrava. Abri meus olhos e vi Theo forçando um sorriso.

–Nós chegamos – avisou.

–Minha cabeça doí – foi tudo que eu disse.

–Você não dormiu, isso é sono – disse sorrindo.

Ele me ajudou a levantar. E nós descemos. Eu não queria tocá-lo muito porque parecia que nós dois iriamos quebrar.

Entramos na Cúpula. Estava uma correria para todo lado, agentes do governo passavam por todos os lados. Meu coração doeu só de ver aquilo.

–Eles estão aqui – sussurrei me escondendo atrás de Theo.

Avistei Amélia que consequentemente olhou para mim. Chamou vários guardas com a mão e gritou.

–Ela está aqui.

Spoiler Para Vocês


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Notas finais do capítulo

Gostaram ?

Recomendam pra tia Miih ? Não ? Ah, então não posto outro hoje u.u

KKK , brincadeira até mais