Sophie POV

Oh my god! Oh my god! Alerta vermelho , alerta tudo!

–Ahn? Como assim? O-O que quer dizer com isso? -recuei alguns passos.

–Ainda não entendeu? Ou apenas não quer aceitar? -ficou de pé.

–É... bom... eu... bem... -não conseguia falar, pelo menos não com ele.

–Ei. Olhe para mim. -falou.

–Estou olhando. Por acaso é cego? -falei.

–Não. Você não está. -levantou meu rosto com a mão, delicadamente.

Droga! Não posso me deixar levar por seus gestos e palavras, não mais. Não me toque de maneira tão imprudente seu idiota! Não posso perdoá-lo, não depois de tudo o que aconteceu entre a gente.

–Me solte. E não me toque. -bati e sua mão e ele a afastou.

–Não faça isso, por favor.

–Não fazer o que? O certo? Saia daqui. Agora!

–Eu sou o único aqui de deve fazer o certo. Deixe-me falar.

–Não! Não quero ouvir. Não diga nada, por favor. -o encarei.

–Eu preciso falar. Isso está preso na minha garganta há tempos...

–Dylan...

–Ei. Desfaça essa cara. -se aproximou de mim.

–Que cara?

–Essa. -limpou meu rosto.

–Ahn? O que? -passei a mão no rosto.

Eu estava chorando? Serio mesmo? O que diabos está acontecendo comigo?

–Porque está chorando? -perguntou.

–Olhar pra essa sua cara me deixa assim. -o encarei.

Esse idiota realmente conseguiu me deixar nervosa.

–Me desculpe. Por tudo até agora. Eu realmente-

–Cale a boca! -gritei.

–Que gritaria toda é essa? -algum filho de deus perguntou.

–Não é nada. O Dylan já estava indo. -encarei meu salvador. Obrigada Noah.

–Mas-

–Até mais então. -o Noah começou a me puxar para dentro de casa.

–Obrigada. -murmurei.

–Disponha. -sorriu- Ele te fez algo?

–Não. -balancei a cabeça.

–Ainda bem. Se ele tivesse feito algo a você eu não conseguiria perdoá-lo. -beijou minha cabeça.

–Deixa de ser besta. -beijei sua bochecha.

–Estou falando sério. -bagunçou meus cabelos.

–Sai.

–E o Ice? -perguntou.

–Meu deus! O Ice! -me soltei dele e fui pegar o cachorro.

–Louca! -gritou.

–Oh Ice. Desculpe-me por ter te esquecido. -afaguei sua cabeça e ele latiu- Vamos.

–Seque ele antes de entrar, garotinha esperta. -o Ethan alfinetou.

–Eu sabia disso. -passei a mão nos cabelos.

–Aham. Sei. -voltou a comer/derramar pipoca no sofá e assistir um filme.

–Noah me traz uma toalha! Pro Ice! -gritei.

–Não precisava gritar tão alto né? -o loiro resmungou.

–Rápido! -gritei novamente, só pra irritar o mais velho.

–Sophie! -gritou.

–Ahn? Que foi? -fingi que nada estava acontecendo.

–Argh. Você me paga, ruiva maldita. -jogou algumas pipocas em mim.

–Tá aqui a sua -apontou para o cachorro- toalha.

–Deixa de gracinha Noah. -peguei a toalha e sequei o husk.

–Ei. Vamos sair hoje a tarde. -o loiro sugeriu.

–E pra onde iríamos? -o outro perguntou.

–Sei lá. Cinema, pista de skate, patinação, boliche... é só escolher. -falou.

–Skate.

–Boliche.

–Shopping.

É... nós três havíamos falado tudo ao mesmo tempo. Digo, nós três: eu, o Noah e a Sah.

–Assim tá difícil. -o mais velho falou.

–Ninguém te chamou, ouviu Saphira? -o moreno começou a rir.

–E precisa? -comecei a rir também.

–Não precisa mesmo. -ela mostrou a língua e acabou rindo junto com a gente.

–Você pode até chamar aquela sua amiga, Sophie. -o loiro falou.

Amiga é? To te lendo Ethan Masoni, tá querendo pegar geral mesmo? Parece até que nós tivemos o mesmo pensamento, pois começamos a nos entreolhar e creio eu que nenhum de nós tinha um pensamento devidamente adequado sobre o que o loiro havia falado.

–Não é nada disso que vocês estão pensando. -ele cruzou os braços.

–Ta bom. Conta outra. -falei.

–Pra onde vamos mesmo? -tentou mudar de assunto e nós rimos dele.

–Que tal na casa da Sam? -eu já estava bolando de tanto rir.

Quase morro de um susto quando ele jogou um travesseiro bem na minha cara, ele tinha jogado tão forte que eu cai de bunda no chão e os malditos em vez de me ajudarem ficaram só rindo feito hienas.

–Malditos. -falei e o Ice latiu em resposta- Pelo menos você me entende. -abracei meu cachorro perfeito.

–Já chega. Vamos para a pista de skate. -se pronunciou o mais velho.

–Ok. -respondemos juntos.

Fomos todos nos arrumar. Passamos umas duas horas nisso, quis dizer eles, pois eu me arrumei em vinte minutos. Detalhes a parte... estávamos mais parecendo um bando de atores ou modelos famosos. O Ethan estava com uma calça jeans azul escura, tênis da Nike, e uma camisa pólo na cor vinho, seus cabelos lisos estavam caindo sobre sua testa, o deixando com um rosto angelical mas ao mesmo tempo maduro. O Noah estava com uma calça jeans preta, um tênis de marca que eu não sei o nome, uma camisa vermelha e uma jaqueta de couro preta por cima, seus cabelos estavam como sempre, naturalmente lisos.

A Sah estava com uma calça de legue preta super colada, uma blusa rosa claro que ia até um pouco abaixo dos “culotes” e uma sapatilha também preta, seus cabelos estavam presos em uma trança longa e ela havia passado uma maquiagem leve. Já eu estava com um short jeans curto com tarraxas, um blusão transparente vinho e uma regata branca por baixo, uma botinha de cano curto sem salto preta, meus cabelos estavam soltos e eu não passei nenhum tipo de maquiagem. Tá... passei um batom.

(...)

Combinamos que a Sam nos encontraria lá, juntamente (claro) com o Reece.

–Sophie! -gritou assim que me viu.

–Oi loira. -respondi.

–Vem aqui um instante. -falou.

–Fazer o que?

–Vem você também. -começou a nos arrastar para algum lugar.

–Fala logo o que foi! Se quiser ficar sozinha com o Ethan é só pedir. -alfinetei.

–Não é nada disso, sua idiota! -me deu um tapa na cabeça.

–E o que é então? -a Sah perguntou.

–O Dylan tá aqui. -me encarou.

–O q-que? C-Como assim? -gaguejei.

–Deixa de ser retardada Sophie. -a morena falou.

–Droga. E eu pensando que nunca mais precisaria olhar para aquele merda novamente. -resmunguei.

–Você sente algo por ele. -as duas falaram juntas.

–C-Claro que NÃO! -merda.

–Gaguejou. Isso pra mim é um sim, e pra você Sam? -as duas se encararam.

–Isso é mais que um sim pra mim. -as duas bateram as mãos, rindo feito idiotas.

–Isso não tem graça. E não, eu NÃO sinto nada por aquele idiota. -cruzei os braços.

–Por que está vermelha? Hein ruiva? -a loira aguada puxou minhas bochechas.

–Não estou. -virei o rosto.

–Vamos Sophie... converse com ele, uma conversinha não vai matar ninguém.

–Não Sah. E nem pense nisso. -apontei para a loira.

–Mas eu nem disse nada! -reclamou.

–Mas pensou e já ia falar besteira que eu sei. -falei e nós três começamos a rir.

–Venha cá maldita. -começou a correr atrás de mim.

–Nunca mexa com a fera. -a morena riu.

–Tá bem Sam. Desculpa. Desculpaaa! -gritei.

É... como boa intérprete (?) que eu sou, acabei não olhando pra frente e... mentira, foi a loira oxigenada que colocou o pé em minha frente e eu tropecei quase tento uma morte morrida, me espatifando no chão duro e frio. Minha sorte é que deus estava ao meu lado (?) e enviou sua mão (?) para me ajudar. Ou melhor... um corpo.

–Ops. -escutei alguém falar embaixo de mim.

–Ai. -massageei a cabeça.

–Está bem? -a causadora de todo o problema falou inocentemente.

–Não graças a você né? -a encarei, morrendo de raiva.

–Sam. Olha. -a morena apontou pra coisa que amorteceu minha queda.

Como não sou nem um pouco curiosa, olhei. Quer dizer... comecei a olhar seu tanquinho perfeito e... Oh my god. Estou no céu. Ou não.

–Sophie? -a coisa falou.

Olhei para a coisa rapidamente, assustada. Quando olhei... aí sim eu me assustei.

–Dylan...

Por que diabos tinha que ser justo ele? Deus idiota. É... os diabinhos devem estar loucos pra assar meu corpinhu e comer churrasco a lá Sophie. Mil tretas mano.