Destiny escrita por Strife


Capítulo 20
Lembranças


Notas iniciais do capítulo

Oie pessoal. Demorei mais cheguei u.u *-------------------------*
este capítulo contém muitas emoções fortes. Se alguém aí tiver o emocional fraco vai chorar bastante.
Tá bem grandinho esse viu? Espero que não esteja muito cansativo de ler. Muitas coisas poderão ser esclarecidas aqui. Perdoem os erros.
Boa leitura.
P.S: nova fic na área u.u tem mafiosos, hentai e até mesmo romance. http://fanfiction.com.br/historia/497973/Como_me_livrar_de_um_mafioso/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/420303/chapter/20

Dylan POV

–Aonde você quer chegar? –perguntei atordoado.

–Em nada. Só falei isso porque lembrei mesmo. –se levantou.

–Espera. –me levantei e segurei seu braço quando a vi abrir a porta para sair.

–O que? –me encarou.

–Ainda não entendo. Quer dizer que esse garoto foi... seu... seu... primeiro amor? –perguntei relutante.

–Pode-se dizer que sim. –sorriu.

–Ah. –foi o máximo que consegui dizer.

–Também não entendo. Por que... meu coração dói tanto ao vê-lo? –sorriu fracamente e saiu do quarto ou sei lá o que.

–Ei, espere! –gritei antes de sair correndo pelo corredor, atrás da ruiva descontrolada.

–Sophie! Espere! –corri até conseguir segurá-la.

–Me larga. –tentou inutilmente se soltar.

–Não. Eu não vou e nem quero te soltar. Nunca mais. –a abracei.

–Me solta, idiota. Quem você pensa que é? –reclamou, mas eu só apertei mais seu corpo contra o meu.

–Sou seu namorado, quer dizer, ex-namorado. –falei e no mesmo instante ela parou de se debater e me encarou surpresa.

–O que?

–Sim. Isso mesmo que você escutou.

–Não. Não tem como.

–Tem sim, Sophie.

–Mas... EU NÃO ME LEMBRO DE VOCÊ. –gritou e saiu correndo.

–Que merda! –resmunguei irritado e passei as mãos furiosamente pelos cabelos.

–Ei, Dylan. –a loira me chamou a atenção e veio correndo até mim.

–O que foi? –perguntei irritado.

–Calmo ai. O que aconteceu? Vi a Sophie com cara de poucos amigos. –me encarou.

–Ela não se lembra de mim. Ela nem sequer acredita em MIM! –gritei a última parte.

–Fala baixo criatura. –me advertiu.

–Isso machuca. E muito. –me sentei no chão.

–Não fica assim. Você sabe tão bem quanto eu que ela é uma baita de uma cabeça dura. –me abraçou.

–Sim. –retribui o abraço- Mesmo assim...

–Ela vai se lembrar de você. Ela vai... –sussurrou.

–Eu espero. Além disso, aquela irmã dela sempre foi assim? –a encarei.

–Assim como? Atirada? Invejosa? Puta? Sim. –revirou os olhos.

–Pensei que fosse só comigo. –suspirei e ambos começamos a rir.

–Sabe... vou te dizer uma coisa.

–O que?

–Você realmente é um idiota. Primeiramente: Porque a magoou? Você sabe o quanto ela sofreu com isso? NÃO. Você viu o quanto ela chorou? NÃO. Você estava ao lado dela? NÃO. Você se apaixonou por ela? SIM. Dylan Thompson, ouça bem o que vou falar, se ela não gostasse tanto de você eu realmente NUNCA mais deixaria você chegar perto dela! –ela já estava vermelha de tanto falar e gritar.

–Tudo bem. Eu já sei que cometi o maior erro da MINHA VIDA ao fazer isso, então não precisa mais jogar na cara. –falei e nós ficamos nos encarando por alguns minutos.

Ela deu um tapa na minha cara. Daqueles bem fortes, de deixar marca.

–Porque fez isso? –massageei minha bochecha.

–Estou descontando minha raiva em você. Seu idiota! –me deu outro tapa, agora do outro lado.

–Pronto. Sinto-me melhor. –se espreguiçou e sorriu pra mim.

–Mulheres. Sempre bipolares assim!? –perguntei.

–Porque não pergunta pra sua namorada? Ah é. Você não tem uma. –falou ironicamente e saiu rindo feito louca.

–Você não está ajudando! –gritei e ela mostrou o dedo do meio para mim.

(...)

–Dylan. Quer ir embora agora? –me perguntaram.

–Ahn? –encarei a pessoa que me fez a pergunta.

–Você tá bem, cara? –me perguntou.

–Claro Dean. Já quer ir? –forcei um sorriso.

–parece mais é que você está precisando de um descanso. –apontou para mim descaradamente.

–Seu tampinha de uma figa. –dei um fraco murro em seu ombro.

–Ok, irmãozão. já entendi. –ele riu.

–Então vamos. –me levantei.

Despedimo-nos de todos e fomos para casa. Foi uma surpresa para nós vermos que nossos pais estavam em casa. Quer dizer, não só nossos pais, mas também nossa prima mula retardada.

–Yo-ho. –ela acenou.

–Diana? –falamos juntos.

–Priminhos queridos. Senti tanto a falta de vocês. –ela pulou em cima da gente, nos abraçando.

–Porque está aqui? –perguntei.

–Me expulsaram de casa. –nos soltou.

–Como assim? –perguntou o Dean.

–Eu disse à mamãe que não queria mais namorar o traste do Marcos, mais ela gostava muito dele. Então ele me acusou de ter traído ele, nós brigamos feio e eu vim pra cá. –sorriu.

–Ah. –falei.

–Espera. Isso quer dizer que...

–Isso mesmo que você está pensando. Por favor, cuidem bem de mim por uns tempos. –se sentou no sofá.

–Como isso? O pai e a mãe não vão deixar. –o Dean exclamou.

–Quem disse? –minha mãe surgiu do nada.

–Ela nos explicou a situação e então resolvemos deixa-la morar conosco por um tempo. –meu pai completou.

–Ah meu deus. –me sentei ao lado dela no sofá.

–Por falar nisso... estou doida pra conhecer a sua namorada, Dylan. –me encarou.

–Por falar em que mesmo? –o Dean resmungou e saiu dali.

–Bom... isso... –passei a mão pelos cabelos.

–Vamos querido. –minha mãe saiu dali com o papai, me deixando a sós com a garota.

–O que foi Dylan? Que cara triste é essa? –segurou meu rosto.

–Não namoramos mais. –falei rapidamente.

–Então porque faz essa cara? –me abraçou.

–Porque eu fiz a maior burrada da minha vida. –suspirei.

–Ahn. O Dean me contou tudo. –gargalhou.

A encarei com a maior cara de surpresa do mundo.

–Que foi? Esqueceu que somos como unha e carne? –riu.

–É mesmo. Já tinha esquecido como é divertido ficarmos juntos, vegetando. –fiz uma careta e ela gargalhou.

Era incrível a capacidade que a Diana tinha para descontrair os assuntos. Era ótimo ter a companhia dela por perto, mas tenho certeza que seria melhor a companhia de outro alguém aqui comigo.

–Dylan. Ei seu bocó. Acorda. –bateu em minha testa.

–Tô aqui. –me levantei.

–Vá se deitar. Não aguento mais essa sua melancolia perto de mim. Vaza daqui. –fez uns sinais com a mão, me mandando sair dali.

–Ok. Ok. –fui para o quarto.

Não me importei com o jantar, apenas estudei um pouco, tomei um banho quente e me deitei. Demorei umas 2 horas para cair no sono, eu parecia um zumbi sonambulo louco.

(...)

O dia no colégio foi muito tediante. As aulas pareciam não querer acabarem, as pessoas pareciam não parar de falar besteira, a Charlotte parecia não se importar com os foras que lhe eram dados por mim e a Sophie não dava sinal de que iria se lembrar de mim, ou pelo menos me olhar nos olhos nem que seja apenas para conversarmos.

–Vamos à casa dos Masoni hoje? –o Shaw perguntou.

–Pode ser. –respondi.

–Nos vemos lá então. –a loira surgiu do nada e ficou de meu lado.

–Estaremos lá às 3 da tarde. Que horas você vai? –me perguntou.

–Umas 3 e meia. Vou estudar. Tentar esvair. –falei e eles me encararam com uma cara estranha, provavelmente confusos. Ri muito deles.

–Isso. Melhor assim. –ela deu tapinhas em minhas costas.

–Assim como? –perguntei.

–Rindo, né. Idiota. –me deu um tapa e saiu sorrindo feito uma hiena com o Reece ao seu lado.

–Estranhos. –murmurei e fui para casa.

(...)

–Olá. Boa tarde. –a Saphira atendeu a porta.

–Oi. Onde estão os outros? –perguntei.

–Lá em cima. Devem descer daqui a pouco. –deu espaço para que eu entrasse em sua casa.

–Tudo bem. Espero eles descerem. –adentrei a sala.

–Dylan. –ela ficou de frente para mim e começou a passar as mãos pelo meu corpo.

–O que pensa que está fazendo? –me afastei dela.

–Eu te quero. Muito. E você sabe disso. –falou.

–Mas eu NÃO. E você também já sabe disso. –falei e ela bufou, irritada.

–Senta aqui. Vou te contar uma história. –me puxou até o sofá.

Mesmo desconfiado, me sentei. A curiosidade matou o gato, Dylan.

–Comece. –a encarei.

–Quando éramos pequenas, eu e a Sophie vivíamos juntas. Brincávamos sempre e gostávamos muito de pregar peças nas pessoas, por sermos muito parecidas; eu as vezes colocava uma peruca ruiva e ela colocava uma peruca preta, poucas pessoas conseguiam nos diferenciar. Certo dia ela não apareceu pra brincar, então fui ver se tinha acontecido algo com ela.

Procurei por aproximadamente uma hora, até que a encontrei brincando junto a um garoto perto de um lago. Eles pareciam se dar muito bem, e isso me deixou bastante chateada. Nos dias posteriores também era a mesma coisa, eram poucas as vezes que ela brincava comigo; graças a isso eu passei a segui-la e observava os dois brincando. Quando percebi, eu só conseguia prestar atenção no garoto, mesmo estando chateada com a Sophie e ao mesmo tempo irritada, era só observar o garoto e eu me acalmava.

Uma vez, quando a Sophie ficou resfriada, decidi me disfarçar dela para ir me encontrar com o garoto. Nesse dia ele me disse que estava se mudando e que não poderia mais se encontrar com ela, ele pediu um milhão de desculpas para “mim” e me deu um colar com um pingente brilhante de esmeralda. Ele prometeu que voltaria.

–E porque está me contando isso? –perguntei.

–Ainda não percebeu? –suspirou.

–O que?

–O garoto... era você, Dylan. –me encarou.

Espera. O que? Eu?

–Como assim era eu? Eu não me lembro de nada assim.

–Não sei o que aconteceu para você se esquecer disso. Mas lembro o bastante para saber que aquele garoto por quem me apaixonei e por quem estou apaixonada é você. –segurou minha mão.

–Sinto muito. Você deve estar ficando louca. –a encarei.

–Claro que não. –me mostrou um colar de prata com um pingente de esmeralda em forma de um coração.

–Isso não significa nada. –me levantei.

–Pois bem. –se levantou também.

–“Quando estiver triste e se o motivo dessa tristeza for eu, olhe para esse colar” –me encarou.

–“Enquanto este colar estiver com você eu também estarei. Por isso não chore, voltarei pra você”. –completei.

Não pode ser.

–Viu? –perguntou.

–Posso não me lembrar de nada disso que você me contou. Mas sempre me lembro dessa frase. –falei.

–Claro que lembra. Você quem falou. Pra mim.

–Pensando bem... se essa criança que supostamente era eu se encontrava com sua irmã... e essa sua irmã é a Sophie, e você se disfarçou dela quando “eu” disse isso... então supostamente o colar e a frase deveriam ser da Sophie. Não de você. –falei. Estava um pouco difícil raciocinar tudo aquilo.

–Não! Era pra ser só meu! Meu! Assim como você. –sorriu, mas seu sorriso não era doce nem alegre, era... macabro.

–Espera aí... Quer dizer que eu fui o primeiro amor da Sophie? –sorri feito bobo.

Enquanto eu bestava ali, o povão começou a aparecer. E quando eu percebi a Saphira já não estava mais lá.

–Ei Dylan! –a loirinha júnior veio correndo até mim.

–Oi. –afaguei seus cabelos e a peguei no colo.

–Fui trocado. –o senhor Henry fez drama.

–Papai! –ela sorriu e esticou os braços em direção a ele.

–Venha, então. –ele a pegou.

Depois disso foi tudo muito rápido. Em um minuto estávamos todos descontraídos, nos “divertindo” juntos, no outro segundo meu coração gelou.

–NÃO! –a maioria gritou.

Olhei para a escada. A Saphira tinha uma... frigideira em mãos.

–Por que a Sophie? –a garota chorava.

–O que ela tem? –a Samantha me perguntou.

–POR QUE SEMPRE A SOPHIE? POR QUÊ? –gritou.

Depois do ataque de euforia da garota, ela simplesmente lascou a frigideira na cabeça da pessoa à sua frente. Que não era ninguém menos que a ruiva que não me deixava dormir à tempos.

Ela estava caindo. Rolou alguns degraus até chegar ao chão, todos que estavam ali, chocados com tudo aquilo, correram para amparar a ruiva.

–Porque está fazendo isso? –a Alicia perguntou, ela já estava vermelha de raiva.

–Cansei de ser deixada de lado. Vocês SEMPRE a preferem a mim. –apontou para a ruiva.

Os Masoni trocaram olhares por algum tempo, a senhora Izabella já estava chorando. Para completar, a maioria das pessoas ali desabou em lágrimas.

–Saphira... minha filha... –Izabella foi ao encontro da mesma e a abraçou. As duas foram ao chão, chorando.

–Acho que isso tudo é culpa minha. –certa ruiva se levantou, assustando a todos.

–O que está falando? –perguntei.

Ela cambaleou um pouco e por um segundo pensei que ela fosse desmaiar de novo.

–Saphira... me desculpe. –lágrimas cristalinas caiam em seu rosto.

–Porque eu? Porque me deixaram sozinha? Porque me deixaram lá na Itália? Eu não queria ficar só. –a morena soluçava muito.

–Nos perdoe. –o pai delas se juntou ao abraço.

O clima estava bastante pesado. Só o que era ouvido eram soluços, fungados e pedidos de desculpas.

Olhei para a ruiva. Sua testa sangrava e tinha pequenos cortes nos braços e pernas, mas nenhum parecia ser grave.

–Foi tudo minha culpa. Eu insisti para que você ficasse lá. –a ruiva tremia.

Mesmo que estivéssemos sofrendo ao ver aquilo. Eu, a Samantha e o Shaw não ousamos em nos intrometer.

–Me desculpe. De coração, me perdoe. –a Sophie caiu de joelhos no chão, chorando.

–Me perdoe também. –a morena desceu as escadas e ajudou a outra a se levantar.

–Eu devia ter te chamado naquele dia. Poderíamos ter brincado juntos. –as duas se abraçaram.

–Tudo bem. Ele está aqui. –a morena falou.

–Ahn? –elas se encararam.

Antes de alguém se pronunciar ali, a ruiva desmaiou. Havia muito sangue saindo de sua testa, e parecia que não ia parar de jorrar pelo corte.

Desesperei-me. E agora?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eai? O que acharam?
Chocados demais?
O que será que vai acontecer agora? Será se a Sophie vai finalmente vai se lembrar dele? u.u
Comentem bastante dizendo o que vocês acham que vai ou o que deve acontecer agora. Estou precisando de umas ideias.
Comentem bastante.
Olha a prima do Dylan http://3.bp.blogspot.com/-tLJ8UxCipNY/T8lyZFP0meI/AAAAAAAAApQ/GcGkj33hquQ/s1600/Bruna+C.jpg



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Destiny" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.