Violet - Fremione escrita por Polly


Capítulo 3
Black Hole Sun


Notas iniciais do capítulo

Quero pedir zilhões de desculpas pela demora!!!
Me falta criatividade nesses tempos!
Mas aqui está o novo cap, e o final está meio sem sentido, eu sei, mas eu não consigo fazer finais decentes hehe.
E quero agradecer ao 23 leitores que estão lendo (Avá :p) e gostaria que vocês comentassem e favoritassem se for possível!
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/419127/chapter/3

Eu me odeio. Isso é fato, eu me odeio profundamente, se eu não tivesse um pouquinho de amor próprio no fundo da minha alma, eu me mataria agora.

Por quê?

Bom, tudo começou no terceiro ano. Quando estávamos fazendo os testes finais, Rony descobriu o meu bicho-papão e me zoou eternamente – com eternamente eu quero dizer dois anos. Então nas férias do ano passado, tive a péssima ideia de mudar o meu bicho-papão.

O que eu fiz? Assisti milhares de filmes de terror. A NOITE E SOZINHA!

Conclusão? Agora meus maiores medos são: Palhaços, zumbis, escuro, Slender e assassinos em série. Então se um palhaço zumbi assassino, vestido de terno aparecer pra mim no escuro eu corro grave riscos de morte.

Sério.

E agora aqui estou eu, no meio da madrugada, tomando um copo de água porque não consigo dormir. Da hora a vida.

Suspirei.

Andei até a sala, acendi a luz e me deitei no sofá. Peguei minha varinha e fiquei brincando com ela. Peguei um livro qualquer e comecei a ler. Minha real vontade era de praticar feitiços, mas eu ainda era menor de idade, e eu preferiria morrer à ser expulsa de Hogwarts.

– Livro interessante Granger?

Saltei do sofá, tamanho o susto que levei. Saquei minha varinha e apontei para o ser à minha frente:

– Fred Weasley! – Abaixei meu braço e coloquei minha varinha no sofá – Você quase me mata do coração!

Ele riu:

– Não consegue dormir? – perguntou.

– Pesadelos – suspirei – Pesadelos horríveis.

– Com o que? – Perguntou se sentando no sofá.

– Palhaços zumbis assassinos vestidos de terno – corei. Qualquer um acharia aquilo ridículo, digno de ser zoada pelo resto da vida – Ridículo, eu sei.

– Nada a ver – protestou – Eu tenho pesadelos com golfinhos – disse sério – eles são tão... Fofinhos. É tanta fofura que me dá medo.

Eu ri descontroladamente.

– Mas e você, porque está aqui? – perguntei curiosa.

– Tive um pesadelo – fez uma careta – depois não consegui mais dormir.

– Qual é Fred, golfinhos não são tão assustadores assim! – brinquei.

– Não! – riu – não são os golfinhos. Eu sonhei com... – hesitou – a minha morte.

Meu sorriso de canto sumiu e eu me sentei de frente para o ruivo, no sofá:

– Como foi exatamente? – perguntei preocupada.

– Bom - começou – nós estávamos em uma guerra. Era em Hogwarts! Eu lutei muito, mas de repente tudo ficou escuro, e do nada voltou ao normal. Eu me vi deitado, desacordado e toda a minha família em volta, e você também ‘tava lá e o Harry também. Foi assustador.

Franzi o cenho.

– Fred... Tempos como estes, as pessoas tendem a ficar preocupadas. Estamos sob uma ameaça de guerra – passei a mão em meu cabelo – É normal ficar com medo. Eu também estou – dei de ombros.

– Eu não tenho medo de morrer, quer dizer, tenho medo de morrer na guerra, sabe morrer jovem – suspirou – mas se eu tiver que morrer para um futuro melhor, eu morreria.

Uma súbita vontade de fazer o ruivo rir me veio. Mas eu sou Hermione Granger, e não consigo fazer ninguém rir.

– Não consigo ver honra maior do que morrer defendendo seus ideais – sorri de lado e ele retribuiu.

Ficamos olhando o nada em um silêncio confortável. Senti de repente um sono terrível, e só me lembro de ouvir Fred chamar meu nome, e depois apaguei.

***

– Hermione – alguém me chamava – Ei Mione, acorda. Já são 11 da manhã.

E num choque de realidade eu pulei da cama. Já era tarde. Muito tarde.

– O que? Onde? Como? – Disse tudo muito rápido, pegando meu relógio e checando as horas – Gina! Ainda são 4 da manhã! Porque me acordou tão cedo? – perguntei irritada.

– É que você tava falando coisas do tipo “Fred gostoso. Fred lindo, casa comigo” – gargalhou – E pensa que eu não vi quando ele te trouxe no colo e te colocou na cama? – corei instantaneamente – Pode falar pra mamãe aqui. Você gosta dele.

Acho que eu fiquei muito vermelha, porque meu rosto começou a esquentar muito e eu comecei a suar. Nojento.

– E-eu não – fiz uma pausa para escolher bem as palavras – gosto dele.

Tentei mentir o melhor que pude, mas nem eu mesma acreditei em mim.

– Hermione Granger, você mente muito mal mesmo! – Ficou com a cara emburrada – E eu ainda achando que éramos amigas!

– Gin – Desfiz minha cara de emburrada – é que você sabe... Ele é seu irmão e...

Nem pude terminar a frase.

– Eu sabia! – sorriu – Eu sabia Hermione! Você não consegue me enganar, eu sempre sou que você gostava de um dos gêmeos!

Demorei um pouco pra assimilar aquele rápida troca de humor. Até que percebi. Ginevra Molly Weasley me enganou! Vaca!

– Como... Como...? – não consegui formular a frase.

– Você sempre jogava olhares para um dos gêmeos, eu só não sabia qual deles era. E quando eu falei de Fred, foi um chute. Eu vi quando ele te trouxe e queria saber qual deles era – deu pulinhos – Imagina? Hermione Jean Granger Weasley? Minha nova cunhada!

– Gina! – ralhei – para com isso! Ele não gosta de mim, não vamos ficar juntos!

– E daí? Ele pode mudar de ideia! – piscou pra mim.

Fiz cara de desentendida.

– Do que você tá falando?

– Durma bem! – sorriu falsamente.

– Gina, do que...

Mas quando vi, ela já estava dormindo. Ou fingindo. Derrotada, me deitei na cama e custei à dormir. Só lá pelas cinco horas, eu finalmente peguei no sono.

***

– GENTE! – gritei já irritada.

Todos olharam pra mim.

A situação era a seguinte: Era de manhã, eu tentei fazer torradas para comer no café da manhã. Porém, eu não consigo nem ferver água, e as minhas torradas queimaram todas!

Frustrada, me distanciei da cozinha e fui até a sala, onde se encontravam quatro ruivos, uma loira e um moreno.

– Alguém sabe cozinhar? – perguntei – eu não consigo. – disse essa parte bem baixa.

– Nossa! – Exclamou Fred – Finalmente sei fazer alguma coisa que Hermione Granger não sabe fazer!

Todos riram e eu fiz careta.

– Não é hora para brincadeira Weasley!

– Calma Mione – disse – Eu sei cozinhar, eu faço o café.

Fiquei espantada, desde quando Fred Weasley cozinha?

Depois do café – que por sinal estava delicioso – resolvi levá-los até um parque perto de minha casa. E novamente, estava um grande grupo de jovens estranhos andando pela rua, maravilhado com qualquer coisa fora de seu habitual.

– Divirtam-se crianças – brinquei.

E cada um foi para um lado. Me sentei um banco qualquer e observei o nada. É realmente deprimente olhar o nada, ando fazendo muito isso. Estou com medo. E isso é fato, não sei o que me espera, mas sei que vai haver uma guerra, isso soa tão obvio. Queria tanto que as coisas não fossem assim, queria poder ser uma bruxa – óbvio – normal, com uma vida normal, que não precisa ficar se preocupando com Voldemort e com a guerra o tempo todo. Morte, acho que era o que me preocupava mais.

– Um galeão pelos seus pensamentos.

Quase pulei tamanho o susto.

– Sério Fred, você precisa parar de me dar sustos assim! – brinquei.

Riu, sentou-se em meu lado e ficamos em silêncio por um tempo.

– Estava pensando na guerra. – dei uma pausa – Na morte.

Fez cara de pensativo, e depois respondeu:

– A única coisa que posso te dizer é: Não consigo ver honra maior do que morrer defendendo seus ideais. – sorriu e retribui.

Um pouco longe dali pude ver Jorge e Luna conversando.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada pela leitura!
Beijos!