Sam estava no mercado, andava empurrando um carrinho enquanto olhava pelas prateleiras em busca do precisava em seu restaurante. Já havia pegado arroz, vários tipos de carne, macarrão, farinha, molhos, algumas verduras entre outras várias coisas. Pegou sua pequena lista que estava no bolso de sua calça e conferiu mais uma vez para ter certeza de que não estava faltando nada. Assim que teve a absoluta certeza foi em direção ao caixa para pagar pelos produtos.

[...]

Freddie sentiu alguém o cutucando e acordou um pouco assustado se deparando com uma das aeromoças, que estava sorrindo simpaticamente.

_Boa tarde, senhor - o cumprimentou - Apenas queria lhe informar que já chegamos no Texas.

_Ah sim, muito obrigado - sorriu em agradecimento.

Pegou suas malas e saiu o quanto mais rápido do avião. Passou pelo aeroporto e assim que saiu de lá, procurou por algum táxi, e assim que avistou um passando na rua, acenou e logo o táxi parou perto dele.

[...]

Sam chegou em sua casa, mas não guardou seu carro na garagem, pois ainda iria sair mais uma vez, então de poucas em poucas viagens foi levando suas compras para dentro de sua casa, afim de não ficar andando pela cidade com o carro cheio. Separou do que precisava ficar na geladeira e o resto deixou em cima da mesa, já que teria que levar tudo para o restaurante.

Trancou sua casa e entrou em seu carro indo em direção ao centro da cidade, para comprar algumas coisas.

[...]

Freddie fez seu check-in em um apartamento e logo pegou suas chaves. Subiu pelas escadas até chegar no andar onde ficaria hospedado. Desfez suas malas e guardou suas coisas.

Sua reunião só seria no outro dia então poderia aproveitar para conhecer a cidade, mas antes teria que alugar um carro, pois andar de táxi não daria muito certo.

[...]

Sam estava em uma loja em que se vendia praticamente tudo, desde brinquedos, roupas, decorações, sapatos entre outras coisas. Sam amava essa loja, pois sempre encontrava tudo o que queria e a maioria das coisas que estava no restaurante ela havia comprado dessa loja.

[...]

Assim que Freddie conseguiu enfim alugar um carro, ele pegou de graça um dos mapas da cidade, entrou no carro e procurou pelo centro da cidade, queria levar uma lembrança daquela cidade, o que ele sempre fazia em todas as cidades em que visitava.

Assim que localizou o centro da cidade no mapa, deu partida no carro e foi até lá, seguindo as instruções.

[...]

Sam estava na prateleira de brinquedos, afim de escolher alguns para colocar em um canto em que as crianças sempre iam para ficar brincando.

Viu alguns quebra-cabeças, carrinhos e bonecas e os pegou. O bom daquela loja, era que nem tudo era tão caro.

Andou um pouco mais por aquela fileira e ficou observando os brinquedos, viu um interessando na ultima prateleira, então se abaixou de modo que pegasse o brinquedo para ver como ele funcionava. Ficou por alguns minutos naquela posição, até sentir alguém tropeçando sobre ela, fazendo ela cair de lado derrubando todos os brinquedos.

_Droga – resmungou baixinho e se levantou um pouco pegando os brinquedos, ainda sem encarar a pessoa que havia tropeçado nela.

_Me desculpe moça – aquela voz!

Sam já estava de pé, porém de costas ao homem. Havia reconhecido aquela voz. Oh, como não escutava a séculos aquela voz e como estava com saudades.

_Não tem problema – se virou lentamente e notou a surpresa de Freddie.

_Sam!? – ela apenas sorriu – Quanto tempo! – sem ao menos saber se poderia, se aproximou mais da loira e a abraçou fortemente.

Depois de alguns segundos eles se afastaram.

_Então, o que faz da vida?

_Bom, eu... – ela notou o olhar de Freddie nos brinquedos que ela carregava.

_Filhos?

_Oh não, na verdade, isso é para meu restaurante... Para as crianças.

_Restaurante?

_Sim, me formei em gastronomia.

_Que bom.

_Mas e você, ainda com Carly?

_Na verdade, terminei com ela no dia em que você foi embora.

_Ah – abaixou a cabeça – Mas e o que veio fazer no Texas? – voltou a encará-lo.

_Trabalho... Criei minha própria empresa em Seattle de eletrônicos e ela é bem popular, e estou criando novos modelos de computadores e amanhã vou apresentá-los e caso alguém se interessar poderei vender minha idéia.

_E receberia os créditos?

_Um pouco.

_Bem sua cara em se formar nessas coisas de computadores.

_Obrigado - sorriu.

Os dois ficaram em silêncio por algum tempo, eram muitas perguntas para serem feitas e que os perturbavam a anos, porém não queriam estragar o momento do reencontro.

_Bom... - começou Sam - Eu tenho que ir, tenho que resolver várias coisas no meu restaurante... Então... Já vou indo.

_Ahh é claro, a gente se vê por ai.

_É - sorriu e acenou - Tchau.

_Tchau - Freddie acenou de volta.

Sam se virou e foi caminhando para o caixa, suas mãos estavam geladas e trêmulas. Ainda não acreditando que ele estava na mesma cidade que ela, porém quando chegou ao caixa não virou a cabeça para olhá-lo.

"Ele já deve ter ido embora. Não olhe!" Pensava.

Freddie, por sua vez, ficara a observando andar até o caixa, percebendo o quanto ela não havia mudado nada, desde quando se conheceram, seu modo de olhar, andar, conversar e rir continuavam o mesmo e isso era o que ele mais admirava nela, pois além de tudo, tudo o que ela fazia era natural e não havia nada de que fosse falso, desde suas palavras até seus atos.

Ele ficou mais alguns minutos na mesma posição, havia perdido o interesse de olhar a loja, estava esperando que sua loira, olhasse para ele pelo menos para ele olhar o sorriso que tanto o fascinava, mas ela não fazia nada, parecia estar concentrada no que iria comprar.

Sam esperou até que a mulher do caixa, fizesse a conta de tudo o que havia comprado e assim que ela terminou disse o valor de sua compra. Sam abriu sua carteira e retirou o dinheiro, assim que pegou suas sacolas, não resistiu e se virou para olhar ao mesmo lugar que estava conversando com Freddie e o viu parado do mesmo jeito que estava antes.

Sam não conseguiu se segurar e sorriu para ele, recebendo um breve sorriso como resposta, e depois disso se virou para ir embora.