Outra Duplicata Gilbert? (HIATUS) escrita por Filha de Hades


Capítulo 3
Corvo.


Notas iniciais do capítulo

Olá, docinhos!
Quero agradecer à Valerie Malfoy por ter comentado, assim me dando força de vontade para escrever mais um capítulo e não desistir da história. Muito obrigada, linda. Dedico este capítulo à você.
Espero que gostem e leiam as notas finais, avisinho para vocês lá. ❤️



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O quarto do garoto estava uma completa bagunça, roupas pelo chão, caixas de pizza, livros, sapatos, tudo, tudo jogado pelos cantos do quarto. Me senti entrando em um chiqueiro. Arrumei o que pude e me sentei na cama, logo me deparei com uma foto antiga onde estava Jeremy e eu em um parque, e o garotinho de uns 6 anos me assustava com uma máscara de palhaço, sorri lembrando daquele maravilhoso dia, sentia saudades daquele tempo, onde tudo era fantasia e os problemas não existiam.

Logo Jeremy brota no quarto com minhas malas em mãos e uma carranca no rosto, me tirando de meus devaneios.

— Caramba, Melanie, tem o que aqui dentro? Um estoque inteiro de armas? - disse sarcástico e com falsa irritação.

— Quem sabe? - respondi levantando uma sobrancelha e dando um sorriso de lado. Ele apenas revirou os olhos enquanto dava uma risada e colocava minhas malas em um canto do quarto.
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—__

Acordei com um travesseiro batendo em meu rosto repetidas vezes e com um peso enorme em cima de mim.

— Porra, Jeremy! Você tem quantos anos? Cinco? - gritei e revirei os olhos, o empurrando e fazendo com que ele caísse no chão. Ele gargalhava pondo quase seus pulmões para fora enquanto eu saia do quarto pisando forte e bufando. E para piorar dou de cara com Elena no caminho para a cozinha, ela já estava pronta para ir à escola e com seu irritante sorrisinho nos lábios, revirei os olhos e passei por ela esbarrando na mesma, não dando nem tempo de ela puxar um assunto idiota qualquer comigo.

— Ei! - deu um gritinho idiota por eu ter quase a derrubado. - Bom dia pra você também, mal educada.

— Eleninha, querida Eleninha, educação eu tenho até de sobra. Mas o que acontece é que são raros os que a merecem. - falei enquanto dava um sorrisinho falso para ela e a mesma revirava os olhos, ela saiu bufando pela porta de entrada à batendo com força enquanto tia Jenna gritava: "quebra logo a casa toda!"

Não pude deixar de rir enquanto bebia o meu chocolate quente e ia até à varanda observar a paisagem. Vi ao longe Elena entrando no carro de um rapaz loiro que parecia, pelo menos pela distância que estava, muito bonito. Sorri de forma maliciosa enquanto dizia baixinho: "Eleninha, Eleninha, Eleninha..."

— Falando sozinha? Sempre suspeitei que você fosse louca. - disse Jeremy, brotando do nada ao meu lado fazendo com que eu tivesse um sobressalto.

— Você não está atrasado, querido? - respondi com um sorriso maldoso nos lábios, fazendo com que o garoto revirasse os olhos e saísse dali andando rapidamente.

—__

Já era tarde e ninguém havia chegado em casa ainda, estava em um tédio absoluto, então decidi dar uma voltinha pelo bairro. Peguei as chaves do meu adorável impala e fui passear pela pequena cidade. A lua já brilhava no céu e eu já podia sentir aquela deliciosa brisa da noite, fui na direção contrária do centro, não estava muito a fim de ver pessoas, socializar e muito menos de ser confundida com Elena ou essa tal de Katherine, então fui para onde tinha mais natureza e menos pessoas. Achei uma estradinha de terra e fui por ela, me deparando com uma linda clareira, resolvi parar ali e sentar no capô do meu carro para assim contemplar aquela imensidão de estrelas no céu. Mal senti o tempo passar.

Enquanto eu observava aquela linda noite estrelada podia jurar que no meio de toda aquela vasta escuridão havia um par de olhos me observando, mas não me arrisquei a ir averiguar o que era, afinal não sou uma daquelas idiotas de filmes de terror. Sendo assim, apenas me levantei normal e calmamente do capô e voltei para dentro do carro, ligando o mesmo e saindo dali.

—__

Cheguei em casa e apenas Elena tinha chegado, o que me estressou pois teria de aturá-la e eu realmente não estava a fim de socializar e ter um "papo calcinha" com ela. Então apenas ignorei sua presença e fui para o quarto de Jeremy pegar alguma roupa para poder tomar um banho e me trocar.

Tomei um banho relaxante e demorado, eu realmente estava precisando daquilo. Logo que terminei fui até a cozinha comer algo e em seguida fui até a varanda ler um pouco. Mas aquela sensação de olhos me observando não me abandonava, fazendo com que eu me desconcentrasse de minha leitura. Desisti de continuar a ler e comecei a encarar a floresta a minha frente, nada, não havia nada ali.

Levei um susto quando um corvo apareceu do nada batendo suas asas com dificuldade enquanto parecia guinchar, caindo logo em seguida no chão do quintal da casa. Peguei meu livro que tinha colocado em cima da cadeira onde antes eu estava sentada e fui até ele ainda assustada, me abaixei em frente ao animal, com certa curiosidade e uma pitada de receio, levei minha mão direita lentamente na direção do bicho, tocando em sua asa onde parecia estar quebrado, no mesmo segundo o bicho se esquivou e guinchou mais alto, dor, ele estava sentido dor, estava ferido. Fiquei com dó do animal e resolvi pegá-lo, com certa dificuldade e medo, e levá-lo em direção à casa.

— Está ferido, bichinho? Eu vou cuidar de você. - me ouvi falar e ri de mim mesma por estar conversando com um animal. Levei o corvo até a sala e lá procurei uma caixa ou algo parecido para por uns panos e acomodar o bicho ali dentro, e também procurei por um pequeno pedaço de madeira e gaze para que eu pudesse imobilizar e enfaixar a asa do animal para que os ossos voltassem para o lugar e então ele se curasse, assim que achei o coloquei cuidadosamente deitado e comecei a trabalhar em sua asa quebrada, quando terminei peguei meu celular para pesquisar sobre do que os corvos se alimentam. Enquanto eu pesquisava notei que o animal me encarava de forma estranha, mal piscava, poderia até dizer que aquilo era meio estranho e assustador. Alisei sua pequena cabeça e sussurrei:

— Não me encare assim, é assustador. - no mesmo momento o bicho desviou o olhar, aquilo foi mais assustador ainda. Resolvi ignorar e voltar para a minha pesquisa. Depois de descobrir que os corvos se alimentam de quase tudo, insetos, rãs, lagartos, comida humana, cereais, vermes, cadáveres de animais, frutas e muitas outras coisas, resolvi dar um pedaço de maçã para ele e o levar comigo até o quarto de Jeremy para que eu pudesse finalmente dormir enquanto o meu amado priminho não chegava.

Porém, não consegui pregar os olhos nem por um minuto, o bicho tinha voltado a me encarar fazendo com que eu o encarasse de volta, ficamos nessa por uns 10 minutos, até que Jeremy entra pela porta com tudo, me assustando.

— Meu Deus, garoto! Quer me matar do coração? - gritei fazendo drama. Mas só então, quando fui parar pra olhar melhor para o meu primo, que notei que ele não estava em si. Fui até ele o puxando para cama, o mesmo resmungava coisas incompreensíveis ao ouvido humano enquanto tentava a todo custo me afastar dele. O coloquei na cama, preocupada, e logo o garoto apagou, caindo em um sono profundo. Suspirei fortemente e sentei na cama, direcionei meu olhar ao corvo e o animal nos observava atento, como se entendesse absolutamente tudo o que acontecia.

— Pois é, amiguinho. A vida não ta fácil para ninguém. - sussurrei alisando a cabeça do bicho que estava em sua caixinha ao lado da cama em cima do criado-mudo. Deitei ao lado do meu primo drogado e fui com ele para o mundo dos sonhos.


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Notas finais do capítulo

Então, meus amores. Peço à vocês que comentem, preciso saber a opinião de vocês, caso contrário eu realmente não terei outra escolha a não ser desistir da história. Então eu peço que, por favor, comentem.
E eu espero que tenham gostado deste capítulo e que ele tenha os deixado curiosos.
Até breve. ❤️
P.S.: não esqueçam de comentar para deixar a titia motivada e feliz. Los amo! ❤️



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