James E Lily - Ultimo Ano escrita por Aspenblood


Capítulo 16
Capitulo 16


Notas iniciais do capítulo

Desculpe pela demora desse capitulo. Sério.
Poucas pessoas responderam sobre 'Capítulos maiores ou menores', mas pelo os que responderam, os capítulos ficarão grandes mesmo.



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Enquanto subia os degraus, James deixou a mente divagar. As costelas sob a camisa tinham sido curadas por Madame Pomfrey, deixando uma cicatriz que diminuía e hematomas por seu peito.

Lembrou-se de quando Lily estava na Ala Hospitalar.

Ele achou que ela se apaixonaria por ele. Em geral, elas se apaixonavam por ele ainda antes dele salvar suas vidas. “As mulheres sempre se apaixonam por homens que os trazem de volta à saúde” ele dissera a Sirius.

À medida que ele subia, sua esperança ia ficando nos degraus. Não teria ele sido um tanto ingênuo ao criar falsas esperanças? Ele suspirou e Remus olhou de lado para ele.

– O que foi? – ele disse

– Você acha que a Lily pode gostar de mim um dia?

– Acho

– Como você pode ter certeza? – James soou desesperançado e Remus sorriu.

– Oh. Isso eu não posso te dizer

*** *** *** *** *** *** ***

– Você é um caso perdido, Lily Evans – disse Alice com ar de reprovação.

Elas estavam na torre da Grifinória, dormitório feminino. Alice e Marlene estavam sentadas com Lily em sua cama, e discutiam sobro assunto polêmico do quarto: James.

– Foi o que eu disse – Marlene assumiu um ar de superioridade – A garota ama o James. A amortentia dela, Alice, a amortentia tinha o cheiro dele! E como se não bastasse, o cara ainda salva a vida dela! É uma grande prova de amor, Evans.

Lily ergueu uma sobrancelha. Marlene era impossível.

– Eu sei. Mas o que você quer que eu faça? – Sua intenção era soar sarcástica, mas soou ligeiramente desesperada.

– Dã. Como se você já não soubesse o que deve fazer – Marlene disse com um sorrisinho um tanto maléfico.

*** *** *** *** *** *** ***

James parou no meio da escada. Estava com a cabeça baixa e sussurrou.

– Acabou. Eu...

– Não fale! – disse Sirius – Se você não falar, não será verdade.

– Olha, Almofadinhas, eu cansei de esperar. Eu disse que esperaria eternamente, mas eu não sei se eu consigo. Se ela vier até mim, eu tenho certeza de que eu largaria tudo por ela – James estremeceu. Um vento frio soprou seus cabelos para o rosto e penetrou suas roupas finas – Porque eu a amo. E não importa o que aconteça eu não vou desistir dela. Apenas de continuar tentando.

Ele ergueu a cabeça. Seus cílios estavam juntos, formando pontas. Nas bochechas um traço brilhante corria até o queixo. Ele forçou um sorriso.

– Vamos? Eu estou congelando aqui. Picolé de James Potter. As garotas vão adorar – ele envolveu o corpo com os braços e passou por eles.

*** *** *** *** *** *** ***

Lily colocou o cachecol que James lhe dera, e um casaco. Eles ainda estavam na terceira semana de janeiro, e o tempo estava frio. Colocou botas e desceu para a Sala Comunal.

A Sala estava cheia. Estudantes do primeiro ano conversavam em voz baixa, eu pequenos grupos, quintanistas estudavam, com pergaminhos espalhados pelas mesas e alunos conversavam em voz alta também, gritando e rindo. Ela passou direto por eles.

O buraco do retrato girou e ela tropeçou na moldura, batendo de encontro com outro corpo.

James a segurou, os braços envolvendo-a enquanto ele dava passos para trás em busca de equilíbrio.

– O que diabos você...? – ele sussurrou, os olhos arregalados de surpresa.

Ele recuperou o equilíbrio, e imediatamente soltou-a, o rosto corado e a ponta das orelhas avermelhadas. Ele olhou ao redor, furtivamente.

–Desculpe – eles murmuraram em uníssono.

– Você está bem? - ele perguntou - Onde aqueles dois se meteram em uma hora dessas? – murmurou

Ele deu um passo hesitante para o lado e Lily bloqueou seu caminho, confusa. Geralmente não era ela que fugia, e ele que não a deixava passar? Ela pensou rapidamente em quando os papéis deles se inverteram.

– Olhe, Potter, eu... – ela começou lentamente

– Vou sair do seu caminho, Potter – ele completou e passou por ela, sem olhar para trás.

*** *** *** *** *** *** ***

James deitou-se debaixo dos cobertores depois de fechar o cortinado do catre. Os cabelos estavam molhados e encharcavam o travesseiro. Ele retirou os óculos e pousou-os na mesa do lado de fora da cortina.

– Você deve apenas se apaixonar por mim, Lírio – ele sussurrou para si mesmo antes de dormir

*** *** *** *** *** *** ***

Lily acordou cedo e ficou esperando por James na Sala Comunal. Eventualmente, ele teria que descer, ou ela mesma subiria e o buscaria.

Finalmente, ele desceu, com a mochila pendurada em um ombro e acompanhado de Sirius, Remus e Peter. Eles desciam conversando e rindo e passariam por ela sem percebê-la ali, ela pensou. James passou ao seu lado, olhando se soslaio para ela.

É esse o meu agora ou nunca, pensou.

Ela se virou e segurou a manga das vestes de James

– Ei. Espere. Por favor.

James assentiu brevemente para o grupo e eles saíram pelo buraco do retrato, deixando-os sozinhos na Sala Comunal.

– Eu não quero perder o café da manhã – ele disse sem se virar para ela. Ela inspirou

Lily não sabia como fazer isso. Dizer que gostava de alguém... Ela resolveu fazer algo com o mesmo valor, talvez mais potente até, mas que representasse o mesmo. Era o seu agora ou nunca e ela tinha que fazer isso.

Ela o virou abruptamente, a manga escorregando dos dedos dela. James a encarou com os olhos arregalados atrás dos óculos.

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James foi prensado na parede, algo que ele definitivamente não estava acostumado. Geralmente, ele era quem prensava garotas.
Lily o beijou, as mãos ao redor do pescoço dele puxando-o para mais perto pelo colarinho. Ele a rodou, com as mãos ao redor da sua cintura, prensando-a na parede. James se afastou, com a testa tocando a dela e a mão subindo até a nuca da garota.

Ele passou a língua pelos lábios roçando levemente nos de Lily e sentiu-a estremecer. Ele sorriu e depositou beijos suaves no canto da boca dela, até o maxilar, descendo pela linha do pescoço...

– Pare com isso – Lily sussurrou com a voz rouca. Ela queria a boca de James na sua, agora

– Hum? – ele disse entorpecido subindo com a trilha de beijos novamente – O que você quer?

– Quero que você... – ela mordeu o lábio inferior, tentando se concentrar – Pare de me beijar por um segundo para eu conseguir definir o que eu quero

James riu.

– Eu quero que você me beije. Agora – ela disse antes que perdesse o foco novamente. E sentiu um sorriso na boca dele quando ele a beijou

*** *** *** *** *** *** ***

Ela apoiou-se no braço da poltrona. Olhava para ele como se estivesse acabado de fazer a coisa mais difícil da vida até o momento.

– Diga... Diga isso de novo – ele sussurrou

– O que? Ah. Eu gosto de você, James – ela disse com um pequeno sorriso.

Ele se aproximou e beijou-a, e dessa vez ela não o afastou.

Lily enlaçou as mãos ao redor do pescoço de James, enquanto ele a segurava com uma mão em sua cintura e outra apoiada no encosto da poltrona.

– Valeu a pena perder o café da manhã, não? – ele disse com a boca colada na dela

*** *** *** *** *** *** ***

Ela entrelaçou os dedos no de James e expirou. Eles passaram pelo buraco do retrato

– Ah – disse a mulher gorda – Então...

– Shh – disse James – Vá conversar com a Violeta. Ela adorará saber das novidades – ele se abaixou e deu um beijo na bochecha de Lily, sem tirar os olhos do quadro – Não acha?

A Mulher Gorda desapareceu e eles riram.

– Vamos logo, Lírio. Eu estou com muita fome – ele disse e sua barriga roncou em concordância

Lily assentiu com um sorriso. Seu segundo amor estava começando

*** *** *** *** *** *** ***

Nos corredores, garotas olhavam com inveja para Lily enquanto eles andavam juntos entre as aulas.

No almoço, nenhuma garota veio flertar diretamente com James, apenas lhe lançaram olhares de outras mesas.

Garotos também olhavam para Lily descaradamente. Da mesa da Sonserina, James viu a face de Snape corar e ele lançar-lhe um olhar de ódio. James apenas sorriu e mostrou a língua. Muito maduro.

James exibia um sorriso bobo, que não se alterou nem mesmo quando McGonagall lhe deu uma detenção por estourar bombas de bosta nos corredores. Lily olhou feio para ele e corou quando James disse:

– A McGonagall disse para você cuidar melhor do seu namorado, senhorita Evans – ele disse rindo e deu um beijo na bochecha dela.

Mesmo que a parte da fala da McGonagall não tenha sido de todo verdadeira, James fez aquilo porque sabia que Lily coraria. E ele adorava quando ela corava. Principalmente quando era de vergonha, quando ele não ficava arrepiado com o olhar sombrio que ela lhe lançava quando estava com raiva.

Por que diabos ela tinha que ser tão atraente? Ele estava certamente condenado. Imaginou-se em uma espécie de tribunal e coelhos de pelúcia julgando-o. Estremeceu. Coelhos.

*** *** *** *** *** *** ***

Lily estava estudando, em umas das mesas, pergaminhos e livros abertos ao seu redor. Ela já vestia o pijama, e poucas pessoas restavam na Sala Comunal.

James estava deitado em um dos sofás, com a cabeça em um dos braços e os pés com meias saindo pelo outro lado.

Lily soltou um soluço e estremeceu. James levantou o tronco e olhou por cima do encosto do sofá na direção das costas dela. Ela escrevia normalmente, tremendo ligeiramente de frio.

Lily ouviu James se levantar do sofá e fechar a janela, para depois voltar ao seu posto. Sorriu internamente.

Lily soluçou novamente. E de novo. E mais uma vez. James se levantou do sofá cuidadosamente e agachado, se aproximou de Lily sorrateiramente.

Lily pulou na cadeira. James tinha gritado um “Lírio!” em seu ouvido enquanto apertava sua cintura, provocando cócegas e dava um beijo em sua bochecha. Ela abaixou a cabeça.

– Seus soluços foram embora? – ele disse

Ela ergueu a cabeça, o rosto contorcido em uma careta cheia de raiva

– Viu? Você está curada!

Ela pegou um dos livros em cima da mesa e bateu nele.

– Ajudando? Não me assuste!

– O que? Eu estava ajudando! – Ele disse protegendo o rosto com o braço e se afastando dela – É sério. Eu estava ajudando. Mas foi engraçado

Com isso, ela perdeu a paciência e se jogou em cima dele, fazendo-o cair no chão.

–Ai – ele disse.

Ela sentou-se sobre a barriga dele e começou a fazer cócegas em sua barriga

– Ai, Lírio. Não faz isso comigo – ele dizia entre risadas se contorcendo e tentando afastar as mãos delas – Não é justo

– É justo, Potter – ela sussurrou no ouvido dele enquanto segurava os pulsos dele – Muito justo.


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Notas finais do capítulo

Eu descobri, escrevendo esse capítulo, que eu sou dramática. :B
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