James E Lily - Ultimo Ano escrita por Aspenblood


Capítulo 14
Capitulo 14


Notas iniciais do capítulo

Estarei viajando, então esse provavelmente será meu último capitulo esse ano. Provavelmente.



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– Sim – disse Sirius rapidamente, tentando encobrir o que Marlene dissera – Um enorme cão negro de pelo lustroso... Sim, enorme e lindo. Bom, aparentemente, você estava andando por uma parte mais... Fina do gelo, talvez? Certo, o que importa é que, quando o cachorro de deu um susto, você deu um pulo, entendeu? Então o gelo se quebrou e você caiu na água. O James disse que te viu levando o susto e caindo na água, e que ele saiu correndo e pulou atrás de você.

– Você é uma garota de sorte, Lily! – disse Marlene com um sorriso – Não acredito que muitas pessoas pulariam no Lago para salvar outras. Ainda mais no inverno!

Lily corou.

– Mas e ele? Ele não ficou doente, não?

–Les hommes chauds ne reçoivent pas froid – disse James, aparecendo no buraco do retrato.

Vestia um casaco azul-marinho e as calças eram de um cinza quase preto. O cabelo negro, da mesma cor do suéter, estava parcialmente coberto de neve. Ele usava o cachecol verde-escuro e suas bochechas estavam coradas de frio. Ele exibia um sorrisinho para Lily e tinha os braços cruzados.

– Na tradução literal quer dizer “homens quentes não sentem frio” – seu sorriso se alargou e ele piscou para ela – Mas e você? – ele parecia genuinamente preocupado

– Saí da Ala Hospitalar hoje de manhã – ela disse despreocupadamente. Ele franziu a testa.

– Eu sei, mas não foi isso que eu quis dizer... Ah. Esqueça – ele subiu rapidamente as escadas em direção ao dormitório masculino

Lily olhou para Remus, que deu de ombros, assim como Sirius.

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– Ei – disse Sirius – Você está bem? – ele parecia meio desconfortável dizendo isso

– Hum... – James estava deitado na cama, lendo um livro. Colocou-o de lado, e ergueu-se sobre os cotovelos – O que você quer dizer?

Sirius ergueu uma sobrancelha.

– Você sabe... Agora que ela não está mais na Ala Hospitalar, você acha que você vai voltar a dormir? Normalmente, eu quero dizer.

James se jogou de novo na cama, e passou as costas da mão por baixo dos óculos, sobre o olho

– Eu... Não sei, Almofadinhas

– Até porque, agora você não poderá dormir de mãos dadas com ela. Imagine só, ela acorda e te vê lá... – disse Sirius despreocupadamente olhando para James pelo canto do olho

– C-Como você sabe disso? – James estava vermelho até a ponta das orelhas. Sirius sorriu para si mesmo.

– Você sabe, não é Pontas, que é impossível guardar segredo de outro Maroto, certo? – ele sorriu de um modo sombrio e James reprimiu um calafrio. Desde quando Sirius se tornara tão... James? Ele precisava tomar cuidado com esse garoto.

“O Mapa!”, pensou. “Aquele idiota tem me espionado pelo Mapa. E de manhã, ele sempre ia lá...”. James balançou a cabeça e se virou de costas para Sirius, que riu.

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James não estava com fome quando se sentou à mesa do café da manhã. O jogo contra a Sonserina, e ele ocupou a mente com isso. Não coma demais.

Como se precisasse se forçar a não comer. Marlene, sentada a sua frente, parecia comer pelo time inteiro. Bacon e ovos mexidos disputavam espaço com pedaços de torrada cobertos com manteiga e geleia. Sirius olhava levemente divertido para ela, mas totalmente surpreso.

Remus afastou o jornal do seu prato e olhou para James. Ele remexia a comida com o garfo, mas não colocava nenhum pedaço no estomago.

– Vamos, Pontas. Coma alguma coisa – ele disse

– Não estou com fome – ele respondeu

– Ah. Coma logo. Se não você vai cair da vassoura – James revirou os olhos e tomou um gole de chá

– Não preciso comer. Marlene já está fazendo isso por mim – a menção de seu nome, Marlene ergueu a cabeça, com as bochechas estufadas. Ela olhou de James para Remus, se perguntando se algum deles tinha falado dela. James virou o rosto e começou a rir, então ela deu de ombros e voltou a mastigar.

Levantou-se da mesa e os outros integrantes do time também. Marlene pegou uma torrada em seu prato e passou geleia nela. James encarou-a incrédulo e falou para eles irem para o vestiário.

Foram vaiados quando passaram pela mesa da Sonserina, porém com menos intensidade que no outro jogo.

Eles pareciam ao menos ter noção do perigo que corriam.

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O time vestiu as roupas vermelhas e douradas em silencio. James pegou a vassoura e bateu o cabo dela na parede, chamando a atenção de todos.

– Bom. Sonserina, não é? Vejamos... O capitão é...?

– Regulus Black? – disse Marsh

– O irmão do Sirius? – ele disse surpreso – Certo. Vocês sabem quem eles são. Sabem como eles jogam. Façam melhor

Eles gritaram e saíram para o campo.

Tinha parado de chover e o campo era um lamaçal. James se perguntou se Dumbledore não estava pensando em transformá-lo em um pântano.

– Muito bem. Quero um jogo limpo. Capitães, apertem as mãos – disse Madame Hooch

James apertou a mão do capitão Sonserino com tanta força, que a quebraria se o outro não estivesse tentando quebrar a sua.

– Você não pode esperar um jogo limpo com esse gramado – ele murmurou – nem com esse capitão.

Madame Hooch soprou seu apito de prata e quinze vassouras se ergueram no ar.

James subiu. A torcida se separava claramente, o verde e o prata contra o vermelho e o dourado. Viu Regulus, o irmão de Sirius, seguia-o de longe. Abaixo, Marlene, Katie e Maggie seguiam em uma formação em V, e Andrew acertara um balaço em Smith, um dos artilheiros sonserinos.

– Smith perde a posse da goles, Jones, da Grifinória, passa por Vulchaski, agora em posse de McKinnon e... Ponto para a Grifinória! – disse Alex no microfone. Era fácil imaginá-lo narrando.

Alex tinha cabelos loiros e olhos azuis-escuros. Tinha um rosto fino e angular, e traços bem definidos. Tinha dentes brancos bem alinhados e estava sempre com um livro na mão e o cachecol azul da Corvinal ao redor do pescoço.

Katie separou-se do V e subiu, Vulchaski e Vlakasven seguindo-a. Discretamente, soltou a goles, que desceu em direção a Maggie. Arcanium arremessou e a goles.

– Ponto para a Grifinória! – ouviu Alex

James sentia-se feliz a ponto de dançar sobre sua vassoura.

Esquadrinhou o campo com os olhos, a procura de um borrão dourado.

– Ei Potter! Como vai a Lily? – ouviu Regulus provocá-lo. Desde que Sirius se mudara de sua casa, tinha sido ainda mais duro com James. Este apenas ignorou-o e respirou fundo.

– Você acha que, se eu pedir para sair com ela, ela aceitaria? – ele continuou. James inspirou com força e subiu ainda mais.

*** *** *** *** *** *** ***

Não era comum em James ignorar uma provocação, Regulus sabia. Mas talvez ele estivesse concentrado no jogo. James subiu, fugindo de sua voz, mas ele foi atrás, importunando-o.

– Ei, Potter. O que você acha que tem... – Regulus foi interrompido bruscamente por uma grande quantidade de vento que ele engoliu.

James tinha mergulhado e estava inclinado sobre a vassoura, com os cabelos pretos voando. Regulus inclinou a vassoura e voou atrás dele.

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Lily observava o jogo. Estreitou os olhos quando viu que dois pontos – James e Regulus – pareciam estar discutindo. Ela prendeu a respiração quando viu James e Black mergulharam em direção ao artilheiros, velozes.

– Eles vão bater! – gritou um garoto ao seu lado

Ele estava parcialmente certo – James se recuperou do mergulho e se afastou em círculos lentos. Regulus, no entanto, bateu no chão com um baque surdo que pôde ser ouvido em todo o campo. Um enorme gemido subiu dos lugares ocupados pelos sonserinos.

O pouco que Lily entendia de Quadribol, serviu para que ela apercebesse que James não vira pomo algum, estava só obrigando Black a imitá-lo.

Regulus se moveu, ficando apoiado com as costas no chão e respirando com dificuldade.Ele se levantou finalmente, sob ruidosos vivas dos torcedores de verde, montou a vassoura e deu impulso para o alto.

A partida agora atingira um nível de ferocidade que ultrapassava tudo que os alunos já tinham visto. Os batedores dos dois lados jogavam sem piedade, os artilheiros entraram em ação com uma destreza que não se comparava a nada que Lily tivesse visto até então.

O apanhador sonserino repentinamente mergulhara e Lily teve certeza de que aquilo não era uma finta de Wronski, era para valer...
— Ele viu o pomo! — berrou Lily. — Ele viu! Olha lá ele correndo!
Metade da multidão parecia ter compreendido o que estava acontecendo, a torcida sonserina se levantou como uma grande onda verde, animando o apanhador... Mas James voava na esteira dele. Emparelhava-se com Regulus agora e os dois disparavam em direção ao chão...
— Eles vão bater! — esganiçou-se um garoto ao seu lado.
— Não vão! — berrou Remus.
— Meu irmão vai! — gritou Sirius animadamente

E tinha razão — pela segunda vez, Regulus bateu no chão com um tremendo impacto e as vestes passando por cima da cabeça.
— O pomo, onde é que está o pomo? — berrou Peter.
— Ele pegou, James pegou, terminou o jogo! — gritou Lily.
James, as vestes vermelhas tintas e douradas, tornava a levantar vôo suavemente, o punho erguido lá no alto, um brilho de ouro na mão.

– Vence a Grifinória! – disse Alex ao microfone – Cento e setenta a cento e dez!

James caiu da vassoura. Um dos batedores da sonserina, Avery, acertara um balaço nas costas de James. Ele fora arremessado uns bons cinco metros pelo ar antes de cair no gramado, o pomo seguro na mão fechada.


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Notas finais do capítulo

Mas assim mesmo, eu quero que vocês me mandem reviews, okay?
Reviews?