My Happy Ending escrita por brubs


Capítulo 24
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Hey, everybody! How are you?
Antes de tudo: FELIZ NATAL!!!!!!
Vocês ganharam muitos presentes? Eu ganhei o livro A Hospedeira, um pijama e umas coisas da minha mãe. Ah, e um chokito do meu tio!
Mano, vocês tem na família aquele tio sem graça que todo o ano faz a piadinha ridícula do é pavê ou pacomê? Eu tenho, cara que raiva disso. E ainda aquela tia sem graça que pergunta "e os namoradinhos?", uma das minhas tias me perguntou isso aí eu respondi, "qual deles?". Depois ela ficou a festa inteirinha me enchendo o saco.
Vocês não estãolendo isso pra ouvir meus desabafos, mas pra quem leu até aqui: obrigado, você é uma pessoa extraordinária!



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Pov Leo

– Depois que eu fui “obrigada” a sair do acampamento – Reyna diz fazendo aspas no obrigada. – Não sabia pra onde ir. Minha mãe estava no Olimpo, meu pai... – Ela parou.

– Seu pai...? – Incentivei-a.

– Bem... Receio que meu pai não iria gostar muito de me ver agora.

– Por quê? – Pergunto.

– Isso é uma história para outro dia, Leo. – Ela diz, enquanto caminhávamos sem direção pelo acampamento. – Por enquanto foque na história de hoje.

– Certo, desculpa. – Falo andando ao seu lado.

– Continuando... – Ela diz fitando o horizonte. – A única pessoa que me veio á cabeça foi Hylla. Eu pensei que, talvez, pudesse ficar com as Amazonas por um tempo. Sabe, até esfriar a cabeça.

Assinto com a cabeça e ela continua.

– Fui complicado chegar até Seattle sozinha, mas eu consegui. – Ela diz parecendo não gostar da lembrança. – Quando eu achei o prédio delas, ele estava vazio. Tentei contatar Hylla, mas não consegui. Então falei com minha mãe. Usei aquela coisa do arco-íris, sabe?

– Enviou uma mensagem de Íris?

– Isso aí! – Ela diz com um sorriso mínimo. – Belona me disse que as Amazonas estavam em uma espécie de missão, no Canadá. Depois dessa eu fiquei vagando por Seattle, meio que sem rumo, até achar Melanie. Encontrei-a no meio da noite. Ela estava na porta de um supermercado. De primeira, deduzi que ela fosse um monstro, mas aí eu vi um homem saindo do mercado. Ele tinha algumas sacolas nos braços.

– Com homem, presumo que esteja falando do Derek.

Ela assentiu a continuou.

– Eles pegaram todas as sacolas e correram pra uma van cinza, parada ali perto. Esperei os dois se afastarem e entrei no supermercado, eu precisava de comida e água. Estava pegando uns pacotes de biscoito, quando ouvi um barulho na entrada. Me escondi, pensando ser um monstro. Mas, depois de alguns minutos, eu senti alguém me puxando pra trás. Quando me dei conta, Derek estava com uma adaga na minha garganta.

Eu ouvia cada detalhe da sua história. Memorizava tudo mentalmente.

– Ele demorou um tempo pra perceber que eu era uma semideusa. Quando, finalmente, entendeu, ele me largou. Derek chamou Melanie e eu expliquei por que estava lá sozinha. Só não contei sobre os dois acampamentos. Não confiava neles ainda. Eles perguntaram de onde eu tinha vindo, respondi que tinha vindo de Porto Rico, San Juan. O que é verdade. Eles perguntaram se eu tinha pra onde ir, e, como eu não tinha, me convidaram pra ficar com eles.

– Você foi com eles pra mansão “sei lá o nome em sei lá aonde, só sei que lá aconteceram muitas coisas estranhas”? – Perguntei.

Reyna sorriu. ELA SORRIU! Isso é bom!

– Sim. – Ela disse pegando minha mão. – Eu fui com eles pra Hollingsworth Rd. Era um sobrado enorme. Bonito até! Paredes brancas, com janelas azuis escuras. Acho que eu fiquei três ou quatro semanas lá, não sei direito. No começo, foi bom. Melanie era uma fofa. Pra uma mortal, ela sabia sobre mitos gregos e romanos mais até que eu. Derek era... – Ela hesitou, olhando pra baixo.

Apertei sua mão e segurei seu queixo com a outra, fazendo com que ela olhasse em meus olhos. Ela estava com os olhos cheio de lágrimas, seu nariz e suas bochechas estavam vermelhos.

– Ele era... ótimo! – Ela disse com a voz embargada. – Eu contei a ele sobre Jason, sobre o que aconteceu. Ele me entendeu. Me apoiou e ainda me aconselhou, não poderia estar melhor. Mas aí Dakota me achou. Ele ficou com a gente por alguns dias. Fez amizade com Derek, conversava toda a hora com Melanie, meio que entrou pro grupo, sabe?

Assenti, ainda segurando seu rosto. Reyna comprimiu os lábios e voltou a andar. Nós continuamos a caminhar por aí.

– Quando Dakota me contou o que estava acontecendo no acampamento, á primeira coisa que eu fiz foi rir. Eu sabia que aqui não seria a mesma coisa sem mim. Jason é um guerreiro ótimo, não tenho dúvidas disso. Mas ele não conseguiria cuidar disso tudo sozinho, ele precisa de ajuda. Dakota demorou um pouco pra me convencer a voltar. E quando conseguiu... bem, digamos que Derek não conseguiu lidar muito bem com isso. Ele ficou muito possesso. Nós ficamos um tempo ainda com eles. Nesse tempo, Derek piorava tudo. Monstros começaram a chegar até a casa deles. Derek matava todos, com tanta raiva, com ódio, muito ódio.

Os olhos de Reyna não aguentaram e ela começou a chorar.

– Derek brigava com qualquer um que se metia em seu caminho. Mortal, monstro... Deus.

– Deus? – Perguntei, meio icrédulo.

– É, deus. Derek é filho de Marte. Ele, Júpiter, Juno e Plutão. Todos eles apareceram pra falar com ele. Nenhum conseguiu convencê-lo. Ele piorava a cada dia. Um dia... – Ela hesitou fitando o horizonte. Seu rosto tomou uma expressão de culpa. – Ele tentou me matar.

– COMO É QUE É? – Berrei, fazendo com que todos que estivessem por perto se virassem pra nós. – ELE TENTOU TE MATAR?!

– Não foi culpa dele! – Ela gritou. – Ele estava... estava bravo... ele... – Ela tentava dizer, mas os soluços não deixavam.

Eu estava puto, muito puto. Mas quando vi Reyna assim, chorando. Ela parecia tão fraca, tão delicada. A raiva foi passando. Puxei Reyna para um abraço e permiti que ela chorasse em meu ombro.

Nós ficamos alguns minutos assim, abraçados. Estava bom. Por algum motivo, ter Reyna perto de mim, fazia com que todos os meus problemas desaparecessem. Ela meio que me acalmava, entendem? Não entendem? Tudo bem, quando vocês forem mais velhos vão entender.

Ela se acalmou um pouco, os soluços cessaram e as lágrimas diminuíram.

– Reyna, como, exatamente, ele tentou te matar? – Perguntei, ainda abraçado com ela.

Reyna afundou a cabeça em meu peito e falou com a voz abafada:

– E-Ele disse... disse que se eu não fosse dele, n-não seria de mais ninguém.

Ok. A raiva voltou.

COM QUE DIREITO ELA ACHA QUE PODE FALAR ISSO PRA REYNA? PRA MINHA REYNA!

Ah, deixa ele voltar! Vou acabar com a raça do desgraçado. MUAHAHAHAHA! Ele me paga!

– Leo? – Chamou Reyna. – LEO!

– O quê? – Perguntei.

– Você está pegando fogo! – Ela disse. Hm safadenha!

– Obrigado, eu sei que sou demais!

– Não, Leo. – Ela disse apontando pra baixo. – Você, realmente, está pegando fogo!

Aí eu me toquei! Eu estava pegando fogo! Cara, que foda!

A raiva me subiu tanto a cabeça, que eu incendiei meus próprios braços. Em um estralo de dedo, o fogo apagou. Estiquei minha blusa, que estava meio chamuscada. Apaguei alguns resíduos de fogo na camisa de Reyna e em seu cabelo (Pois é! Pegou no cabelo dela também. Pode falar, eu sou fodástico, não sou?)

– Continua. – Falei olhando Reyna. – Você ainda não terminou de me contar tudo.

Ela revirou os olhos e respirou fundo.

– Depois que ele tentou me matar, Dakota achou melhor que nós saíssemos dali. Dois dias antes de eu chegar ao acampamento, nós fugimos. Só contamos pra Melanie onde é que estaríamos. Ela ficou encantada quando Dakota lhe falou sobre o acampamento. Dois dias fugindo de monstros, tentando não deixar rastro, despistando Derek, fazendo de tudo pra ficarmos vivos. Tudo isso pra que? Pra Derek matar a própria irmã. Encontrar o Nico e vir pro acampamento, e terminar o que ele começou no dia em que partimos.

Olhei pra ele com a testa franzida. Do que raios ela está falando?

– Me matar!


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Notas finais do capítulo

Eu sei que ficou meio broxante, mas é que eu tava sem inspiração.
Gente, cadê os comentários? Vocês estavam indo tão bem!
Vai, vamos começar de novo. Cinco comentários para o próximo capítulo!