Pov Reyna

– Leo? – Piper chamou do outro lado da porta.

Leo olhou pra mim pedindo ajuda, mas eu também não sabia o que fazer. Foi aí que ouvi alguém forçando a fechadura.

Tentei pensar em algo mais não sabia o que fazer minha cabeça estava a mil por hora. Simplesmente fiquei paralisada. Leo parecia feliz, um sorriso bobo se formou em seus lábios.

– Percy, você não sabe abrir uma porta? – Reconheci a voz de Annabeth.

– Eu estou tentando! – Disse Percy com um tom frustrado. – Essa merda tá trancada!

– É claro que está trancada! – Gritou Piper. – Vocês acham que eles deixariam a porta aberta enquanto fazem...

– O quê está acontecendo aqui? – Disse uma voz masculina, mas velha e um pouco mais grossa.

– N-Nada, Vitelius. – Ouvi a voz de Jason.

– Sr. Grace. Você é pretor do Acampamento, por que não está no luau? – Perguntou Vitelius.

– Eu vim procurar a Reyna.

– Ela também não está no luau?

– Não.

– Mas que falta de responsabilidade! – Disse Vitelius.

Falta de responsabilidade!? Eu fiquei oito meses cuidando dessa merda de Acampamento sozinha! OITO MESES SOZINHA! Quero ver ele falar isso na minha cara!

Já estava saindo da cama quando sinto a mão de Leo passeando por minha cintura. Ele inverteu as posições, ficando por cima. Lançou-me um sorriso brincalhão e selou nossos lábios em um beijo urgente.

– Consegui! – Pude ouvir Percy do outro lado da porta.

Antes deles entrarem, Leo puxou um lençol que estava no pé da cama até sua cintura. Deixando só a parte de suas costas á mostra. Ele aprofundou mais o beijo, eu retribui é claro. Não sou doida!

– AAAAAH!!! – Gritou Annabeth quando entrou.

Leo parou o beijo no mesmo instante do grito de Annabeth.

– Porra! – Ele gritou se colocando na minha frente. Já que eu só estava de sutiã e calcinha. – Vocês podem não ter uma vida sexual ativa, mas eu tenho, então não interrompam!

Não pude deixar de soltar uma risadinha.

– Foi mal. – Disse Percy sem graça. – É que nós não achávamos nenhum de vocês e... ficamos preocupados.

Ele e Jason olhavam ora pra mim ora pra Leo. Mandei uma piscada pra Jason quando percebi que ele estava olhando para meus seios.

– Ei, Jason! – Disse Leo me cobrindo com o lençol. – Assim não, cara. Vai procurar a sua!

Eu ri do ciúme dele e Jason ganhou uma cara feia da Piper.

– Acho melhor... – Começou Annabeth. – Acho melhor nós voltarmos.

– É. – Concordou Percy. – E Reyna?

– O quê? – Perguntei.

– O Derek ta te esperando.

Ele me lançou um olhar de “eu sei, é uma droga!” e eu me xinguei mentalmente.

– Vocês podem sair? – Perguntei.

– Claro. – Responderam todos.

– Mas Pip’s, eu juro que não estava olhando! – Jason disse antes de sair.

– A cala a boca, Grace! – Piper gritou lá de fora.

Ri como nunca quando todos saíram e Leo me fuzilou com os olhos.

– O quê foi? – Perguntei parando de rir.

– Desde quando o Jason fica te secando?

– Ele não fica. – Falei sentando na cama e ficando em cima dos joelhos na frente de Leo, que estava sentado na beirada da cama. – Nem quando nós namorávamos.

– E por que ele fez isso agora? – Ele perguntou fazendo cara feia.

– Ele percebeu só agora o que perdeu! – Falei apontando pra meu corpo. – Mas não precisa ficar com ciúmes.

– Eu não estou com ciúmes! – Ele disse desviando o olhar.

– Não?

– Não.

– Então não vai se importar se eu for atrás de Jason?

– Não, não vou!

– Ótimo! – Falei me levantando e indo até a porta. – Quem sabe ele se importe.

Leo se levantou e empurrou a porta fechando-a. Ele apoiou os dois braços na parede e me prendeu contra ela.

– Não faça isso. – Ele disse. Pude perceber um pouco de mágoa em sua voz.

Ele baixou a cabeça e fitou o chão. Segurei seu queixo e fiz com que ele olhasse em meus olhos.

– Nunca.

Leo hesitou por um momento, então tomei a iniciativa e selei nossos lábios. Ele ficou surpreso por um momento, mas depois retribuiu.

Minhas mãos foram para sua nuca, arranhando-as de leve, fazendo-o soltar gemidos abafados pelo beijo. Leo desceu suas mãos pra minha cintura e me pressionou mais contra ele. Ele foi andando pra trás e, quando achou a cama, suas mãos desceram até minhas coxas me pegando no colo. Entrelacei minhas pernas em sua cintura e ele deitou-me na cama, deitando em cima de mim.

Por falta de ar, provavelmente, ele desceu seus beijos pra meu pescoço dando chupões que ficariam roxos mais tarde. Senti suas mãos descerem até minha cintura e ele pegou a barra de minha calcinha.

– E nem pensem... Ai meus deuses, como vocês são tarados! – Gritou Annabeth quando entrou de novo no quarto.

– Somos tão queridos assim? – Leo sussurrou em meu ouvido, fazendo-me ficar arrepiada.

– Já estamos indo! – Falei empurrando o peito de Leo.

Ele se levantou e começou a pegar suas roupas. Achei minha calça e vesti. Procurei minha blusa e vi Leo segurando-a com um olhar pidão.

– Posso ficar com ela?

– Por quê? – Perguntei indo até ele.

– Preciso de alguma coisa sua.

– Pra quê?

– Pra me lembrar de você.

– Não a minha blusa! – Falei tirando a peça de roupa de suas mãos.

– E que tal uma calcinha? – Ele perguntou me ajudando a por a blusa.

– Não! – Falei. – Que nojo!

– Mas eu preciso de algo pra lembrar de você!

Coloquei a blusa e selei nossos lábios em um beijo calmo. Tentei demonstrar todos os sentimentos que tenho por ele no beijo, e acho que ele entendeu, pois retribuiu o beijo com a mesma intensidade. Nos separamos ofegantes e fitei seus olhos castanhos.

– Agora você tem algo pra se lembrar de mim.

Dito isso, peguei meus all-star, calcei e saí de seu quarto. Fui andando calmamente com um sorriso bobo no rosto até o Fórum. Chegando lá achei Annabeth e Hazel conversando sobre alguma coisa. Me aproximei das duas e parei ao lado de Hazel. Quando Annie me viu um sorriso malicioso se formou em seus lábios.

– Então...? – Ela perguntou.

– Então o que? – Tentei parecer desentendida, mas o sorriso bobo não queria sair do meu rosto.

– Conta tudo! – Disse Annie olhando-me com um brilho assustador nos olhos.

– Não tem o que contar. – Falei afastando-me. – Vocês estragaram o momento.

Ouvi Annabeth me xingando, mas não dei muita atenção. Fui até o bar e pedi uma bebida, um dos semideuses mais velhos que ficam em Nova Roma estava de barman. Ele me serviu um copo de cerveja.

Comecei a tomar, quando sinto braços fortes apertando minha cintura. Viro, pensando ser Leo, mas dou de cara com um par de olhos verdes.

– Você tem um Acampamento pra me mostrar.