My Happy Ending escrita por brubs


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

HEY!!! Como estão?
Me desculpem por ter demorado tanto, mas é que eu to em semana de prova e meu pai tirou tudo de mim até elas acabarem.
Mas como eu sou uma pessoa bem legal eu to postando esse escondido.
Aproveitem o cap e comentem!
P.S. Quem vocês querem que ganhe a luta: o Percy ou a Reyna?



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Pov Reyna

- Não faça isso. – Disse.

- Por quê?

- Por que depois que a gente se beijar você vai fingir que eu não existo e voltar pra sua namoradinha.

- Eu não vou fazer isso.

- Vai sim. – Falei e empurrei seus ombros. Corri pra fora do quarto e só parei quando percebi que estava quase na colina dos templos.

Caminhei sem direção. Devo ter dado umas três voltas no Acampamento, por que quando parei meus pés já estavam doendo.

O quê eu estava fazendo? Sair correndo quando ele ia me beijar foi simplesmente a coisa mais estúpida do mundo. Eu queria beija-lo, só que a imagem dele e da Jessie se beijando apareceu de repente e eu não consegui.

Quando fui até seu quarto, pensei que o Leo ainda estaria bravo por causa do Noah, mesmo que não tenha rolado nada.

É isso mesmo, não aconteceu nada, seus pervertidos. Na verdade nós só nos beijamos e conversamos. Nada demais.

Abri devagar a porta do seu quarto, pra pedir que ele desse o recado pra Jessie. A porta do banheiro estava entreaberta e dava pra ouvir o barulho do chuveiro. Entrei em silencio a tempo de ouvir o Valdez cantando Imagine Dragons. Eu amo essa banda, não achei que ele também gostasse.

Era só pra dar o recado, só que com um cara que nem o Leo, sem camisa e perto o suficiente eu acabei perdendo o controle. Não tentei sair de seus braços, mas também não beijei-o. Só sai de lá correndo.

Continuei caminhando sem rumo até chegar ao Campo de Marte. Vitelius levava alguns legionários novos pra conhecer o acampamento e agora mostrava a eles as ruínas do Campo de Marte. Me aproximei e ouvi a explicação do Lar sobre o lugar.

Vitelius estava bem empolgado com os novos recrutas. Segui seu grupo até eles chegarem ao Arqueduto e subirem pra ver a vista. Vitelius não tinha percebido que eu estava junto com seu grupo até um dos legionários aparecer atrás de mim com uma carta na mão.

- Vitelius, Chegou pra você. – Disse o garoto.

- O quê é isso?- Perguntou o Lar.

- Não sei, mas estava hoje cedo no Senado, Jason pediu que te entregasse.

Vitelius analisou o envelope selado, e depois de muita ajuda abriu-o. Leu e releu cada palavra antes de se dirijir a mim.

- Você poderia terminar as apresentações?

- O quê falta?

- O Senado, O Fórum, o Coliseu e o Circus Maximus. Depois leve-os pro Alojamento.

- Tudo bem.

- Muito bem. Recrutas, esta é Reyna, nossa pretora. – Os recrutas fizeram um coro de “oi Reyna” - Obedeçam e façam tudo que ela mandar.

Dito isso Vitelius saiu atrás do legionário.

- Certo, vamos andando. Temos muito o que ver.

Levei os novos recrutas até a Linha Pomeriana. Eles tinham cerca de sete ou oito anos de idade, então vocês já devem ter imaginado os tipos de perguntas que faziam, certo?

Quando viram Término alguns deles fizeram cara de surpresos e soltaram um “oh”, outros esticaram as mãozinhas futriqueiras pra tentar tocar no Deus. Término deu um de seus chiliques de sempre. Fiquei mais ou menos quinze minutos com as crianças ouvindo um longo discurso de Término sobre como as fronteiras são importantes.

Quando Término terminou (gostei disso) levei as crianças pro Senado. Elas tocavam em tudo. TUDO. Livros, armas, paredes, o veludo das cortinas, TUDO. Uma delas tentou chegar perto de Argentum a Aurum, eles encararam-na com seus olhos de rubi e mostraram as presas rosnando.

Puxei-a de perto dos cachorros e mandei-os se acalmarem. Mas isso não foi o suficiente, a garota se aproximou deles novamente e esticou sua mão. Eu já ia puxá-la de volta, mas no momento em que ela tocou a cabeça de Argentum os dois se abaixaram como se estivessem reverenciando a garota.

Segurei o braço da menina e levei-a pra perto do grupo. Estavam destruindo o Senado inteiro. Agrupei-os como se fossem ovelhas e saímos do Senado. Elas corriam, pulavam, gritavam, faziam tudo de irritante no mundo. Cheguei ao meu limite quando três delas começaram a correr em círculos gritando bobagens de crianças.

Olhei em volta procurando por um pedaço de corda ou coisa parecida e... Bingo. Um pedaço de corda usada pra amarrar os pégasus pra que eles não fugissem. Peguei a corda que devia ter mais ou menos três metros. Fiz alguns nós nela e estiquei-a. Ficou menor do que antes mais ainda ia servir.

Voltei pras crianças e fiz com que elas ficassem em fila, uma atrás das outras. Com muita dificuldade devo dizer, por que elas ficavam saindo do lugar toda hora. Pra ser mais exata tinham doze ou treze crianças. Passei a corda pelo lado direito delas e segurei a ponta da frente.

- Muito bem, estão vendo essa corda? – Perguntei.

As crianças assentiram.

- Ótimo. Vocês não vão soltá-la até terminarmos o passeio, entenderam?

- Sim senhora.

- Ótimo. Agora vamos pro Fórum. Vocês não vão sair da fila, não vão correr, não vão pular, gritar, nem dar um pio. Entenderam?

- Sim senhora.

- Certo. Vamos.

Nota mental: Nunca ter filhos.

Nota mental dois: Se eu tiver filhos, é bom não serem como essas pragas aqui atrás, por que senão eu deserdo na hora.

Nota mental três: Eu tenho que parar de fazer notas mentais, por que dois minutos depois eu já esqueço.

Enquanto caminhavamos até o Fórum eu fiquei me imaginando mãe. Provavelmente seria um desastre, mas deve ser muito bom ter uma família. Fiquei imaginando se, por ser semideusa, eu chegaria a maior idade. Se chegasse, eu queria fazer faculdade, arrumar um emprego, me casar, ter filhos, formar uma família. Será que eu, algum dia, me casaria?

Imaginei se, depois que crescesse, eu e o Leo resolvêssemos esse negócio, poderíamos nos casar, quem sabe? Ter um filho, menino de preferência, por que meninas pedem muita coisa e provavelmente me levaria a falência. E também por que meninas são muito complicadas.

Ter uma família com o Valdez? Fiquei com esse pensamento na cabeça até chegarmos ao Fórum.

Mostrei todo o Fórum pras crianças. Elas fizeram algumas perguntas e eu respondi ainda meio avoada. Depois seguimos pro Coliseu, expliquei que, na Roma Antiga, o Coliseu era utilizado pra espetáculos de tragédias e comédia, lutas de gladiadores, e combates com feras, como leões.

Depois do Coliseu vinha o Circus Maximus. Mais uma vez expliquei tudo o que podia sobre ele, as crianças fizeram suas perguntas e nós fomos embora.

Devo admitir que a ideia do corda funcionou. Bom, pelo menos até chegarmos nos Alojamentos. Elas soltaram a corda na hora e correram pra dentro me deixando na porta segurando a corda. Enrolei-a e coloquei no ombro, observei as crianças correndo dentro dos Alojamentos, conversando entre si, rindo, pulando, brincando. Que saudades de ser criança. Elas brincaram até Vitelius finalmente aparecer. Ele agradeceu por eu ter cuidado delas e foi embora sendo seguido por elas.

O quê aprendemos cuidando dessas gracinhas? – Perguntou minha consciência.

Que, se algum dia eu tiver um filho, vai ser uma experiência catastrófica.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram?
Até o proximo!
brubs