Edward não acreditava no que estava lendo. Assim que acordou, foi direto na caixa de correio de sua casa, atropelando seu pai e sua mãe no caminho. Desde que fizera a prova de bolsa de estudos do Colégio Elitte, que era o melhor doa país, não conseguia dormir, estava ansioso.

Precisava entrar nesse colégio, mesmo estando no último ano. Sua família pertencia à classe baixa na sociedade, por isso, só sonhando com uma oportunidade dessas, mas quando o colégio ofereceu uma bolsa de 100% a um jovem ele não perdeu essa chance. Estudou durante dias a fio. Sua família tinha orgulho da sua força de vontade e dedicação.

Edward tinha 17 anos morava com seu pai Anthony Cullen, sua mãe Elizabeth Masen Cullen e seus irmãos mais novos Rosalie de 14 anos e Jasper de 12 anos. Quando tinha 8 anos, Edward queria comprar um carrinho com controle remoto , todos seus amiguinhos do bairro tinha um e brincava, de corrida com os outros, ele só olhava de longe. Mais tarde, quando seu pai chegou, do trabalho pediu um e viu a tristeza nos olhos do seu pai disse que não podia. O trabalho não estava rendendo na mercearia que tinha, a pequena loja da família estava pra fechar as portas. E Anthony, não sabia como iram sobreviver nos próximos meses, seus pais não tinham estudo, e se viravam pelo o que tinham na loja. Edward como qualquer criança que recebe um não, ficou com raiva.

Anthony não queria decepcionar o filho, usou a madeira de um sofá quebrado na rua e construiu um carrinho de madeira para o filho mais velho. Edward ficou muito feliz com o presente, mais ainda quando seus amigos me pediram para os seu pai um igual. Naquela noite, Edward encontrou seus pais na cozinha conversando, pelo o que entendia a mercearia da família iria fechar e seu pai não sabia como iria sustentar a família, se sentiu mal por ter pedido um carrinho caro, e pela primeira vez viu seu pai chorar abraçado a sua mãe. E prometeu a si mesmo que nunca mais iria pedir nada e que um dia seus pais nunca mais chorariam por falta de dinheiro.

Estudou muito e todos os anos dando orgulho aos seus pais pelas melhores notas na escola e prêmios de Feiras que tinha. Com peças usadas construiu uma bateria para seu carrinho de madeira, a bateria era recarregável. Como ele conseguiu isso? Era um menino prodígio.

Por isso se empenhou na prova pra aquele colégio. Lá ele iria ter os melhores professores para ajudá-lo a criar aplicativos, máquinas. Tinha várias ideia na cabeça, era apaixonado por tecnologia aprendeu a mexer no computador na escola, o celular com os amigos não tinha esses privilégios em casa. E tinha amigos em que ajudavam a construir seu sonho como Emmett, que conhece desde pequeno, o ajudava a correr atrás de curso de graça, estudavam toda tarde juntos porque um dia iram trabalhar juntos e juntos ninguém podia com eles, e  peças velhas para seus projetos. Emmett nem a ia na estreia de um filme no cinema porque seu amigo não tinha dinheiro, esperava que o filme passasse na televisão e chamava Edward para sua casa eram grandes amigos.

Aquela folha em suas mãos provava a ele que o sonho de ter uma empresa, era possível. Seus pais o abraçavam tão forte quando viu no final daquela folha a palavra, APROVADO.

- Eu passei mãe - disse chorando encarando sua mãe.

- Passou, e vai estudar no melhor colégio do país, não sabe o quanto me deixa orgulhosa, meu filho - disse emocionada.

- É tudo mérito seu você terá um grande futuro Edward, eu acredito em você - disse seu pai orgulhoso.

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O Colégio Elitte, reunia os filhos dos melhores empresários e pessoas de poder no país. Eram jovens soberbos que se achavam superiores a qualquer um. Filhos de governador, Presidentes de banco, Senadores, empresários de alto nível global entre muitos outros. No pátio todos se encontravam comentando como foram às férias ao redor do mundo uns contando sobre as ilhas particulares da família, outros sobre Itália, Espanha, a America do Sul, se gabando pelo dinheiro que usufruíam.

Edward se sentiu deslocado com o ambiente, mesmo com as roupa que seus pais se apertaram e compraram para o seu primeiro dia, não se sentia a vontade, tudo que ele ouvia daqueles jovens era como foram suas férias em outros países, não comentavam sobre a família nem se fizeram algum curso interessante. Realmente jovens ricos tende a perder oportunidades de crescimento profissional na vida. Nem pareciam que estavam vindos pra uma escola mais para um evento importante na cidade. Um encontro da elite da sociedade. De longe se via as roupas que no mínimo custava um salário do seu pai. Passavam por ele, e era como se nem estivesse ali, o ignoravam friamente, mas não se importava não estava ali para agradar nenhum deles, não era o tipo de amizade que queria. Preferiu que o continuassem ignorando que ele faria o mesmo.

O sinal para a primeira aula tocou. Mas as pessoas ali naquele pátio pareciam que não tinham escutado, porque, de repente o pátio parou, as meninas pararam com as fofocas e olhavam para o carro que estacionara na frente do portão principal, algumas sorriam falsamente notava- se de longe, outras tinham nos olhos um sentimento que ele definiria inveja. Os rapazes se ajeitavam como se um amassado da roupa, fosse um detalhe que fariam seu status diminuir.

Assim como todos prestei atenção à entrada pensou que fosse o Diretor, mas quando o motorista do carro abriu a porta de trás sua ideia mudou porque com certeza o diretor não teria aquelas pernas. A garota que saiu do carro paralisou a respiração de muitos garotos, até a sua própria. Ela era linda, de longe se notava isso. E enquanto ia se aproximando ele só pensava de onde ela viera, seus olhos eram da cor do seu doce favorito, chocolate, e seu cabelo eram compridos com ondas de marrons, mas com um brilho diferente assim como seus cabelos que era uma espécie de cobre, seus lábios rosados da cor como morango que se tornou nesse momento sua fruta predileta, ela passou por ele e sem perceber o encarou nos olhos.

Isabella nesse momento sentiu o mundo parar um segundo e voltar, continuou andando novamente, sentindo suas costas queimar, todos a olhavam, ela sabia, era sua entrada todo ano no primeiro dia de aula, mas sentia um olhar diferente não sabia de quem era, mas sentia... Viva. Sentia-se bem, olhou pra trás e encarou um garoto um pouco mal vestido para seu gosto, mas donos de uns olhos claros que desejou chegar mais perto para ver de cor eram. Quando pensou nisso, queria se matar, desde quando ela que se aproximava do garoto, eles que viviam atrás dela a implorando que pelo menos segurasse suas coisas.

Entrou no colégio sem olhar pra trás novamente, entrando na sala que seria do último ano e sentou na primeira carteira, pegando seu celular e esperando que suas amigas entrassem e se sentassem ao seu lado.

Ângela era uma boa amiga calma, que sabia escutar e, Alice que é sua irmã era mais extrovertida e energética, uma boa dose equilíbrio que tinha.

- Arrasou como sempre na sua entrada... E aquela olhadinha pra trás foi como se fosse fogos de artifício - disse Alice empolgada se sentando ao seu lado ao mesmo tempo em que a irmã se sentava.

- Como foi às férias Bella? - perguntou Ângela sorrindo.

- Ótimas as melhores na verdade, papai me levou nas sete maravilhas do mundo, foi maravilhoso - sorriu se lembrando, Seu pai sempre a surpreendia nas férias a levando pra conhecer cada pedacinho dos melhores lugares da Terra.

- Mudando de assunto, você ficou sabendo o que o colégio aprontou esse ano? - disse Alice.

- Não. O quê?

- Deu uma bolsa integral para um mendigo- disse abismada.

Aquilo era novidade. Uma bolsa de estudos?

- Não posso acreditar. E quem é o pedinte de esmola?

- Eu não sei ainda, mas tenho uma ideia.

Bella reparou que nesse instante o professor de literatura entrava na sala com o garoto que ela havia notado na entrada, o rapaz com a cor do cabelo que achou diferente. Aliás, lindos cabelos, pareciam macios, pensou em até ir o rapaz e perguntar qual era o nome do shampoo que ele usava, e seus olhos eram de uma cor que deixava qualquer um extasiado ao fitá-lo.

Só percebeu que sua mente se encontrava longe porque encarava o rapaz que se sentiu constrangido por ser encarado.

- Bom dia, galera - disse o professor animado - Parece que esse ano a turma de vocês aumentou o Q.I. Esse é Edward Anthony Cullen o primeiro bolsista do Colégio Elite.

A expressão no rosto de cada um na sala se diferenciava a cada segundo, ele via desprezo, pena, sorrisos superiores. Percebeu que seria um grande e complicado ano para ele, mas não estava ali pra agradar a ninguém, e sim estudar.

Para Bella tanto fez e tanto faz desde que aquele pedinte de esmola não se aproximasse dela estava tudo bem. Era um desperdício, o garoto era jovem e bonito, mas era pobre e para ela aquela era a pior doença que existia. Ele não tinha futuro.

A aula se passou, lenta e dolorosa com os olhares que os colegas de turma lançavam pra Edward. Ele tentava prestar atenção, mas nunca se sentiu tão incomodado na vida como estava agora. Queria que a manhã passasse logo pra voltar pra sua casa. A única coisa boa era a garota que se sentava à mesa mais a frente, se encantou por aquela menina, desde que pôs seus olhos nela. No entanto, ela parecia como os outros indiferentes a ele.

Doía ser tratado desse jeito, qual era o problema com ele? O que ele tinha pra ser olhado desse jeito? Assim que o sinal tocou recolheu suas coisas a fim de sair o mais rápido possível da sala. Com tanta pressa que acabou derrubando uma garota ao passar pelo pátio, derrubando seu material e o dela.

Qual não foi sua surpresa quando encontrou aqueles olhos marrons que o encaravam raivosa pelo acontecido. Era ela, e ele a tinha derrubado no chão que nem um idiota.

O pátio parou.

Isabella se levantou.

E a respiração de todos falhou...