Only Friends. escrita por psycho, Carol Pinheiro


Capítulo 7
Um encontro com uma garota?!


Notas iniciais do capítulo

então, eu sei q vcs estão querendo me matar mas, lembrem-se, se eu morrer ñ tem fic

é, eu sei, isso ñ é lá um grande motivo...mas eu amo vcs



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Acordei com a luz do Sol batendo nos meus olhos. Coisa chata... Senti o calor de alguém nas minhas costas. Me levantei um pouco e olhei para trás.

Puta merda.

Eu dormi com o Jay?

Eu dormi com o melhor amigo do Tobias?

Sério? Nossa, que legal você, hein vida...

Tirei o braço dele da minha cintura e sai da cama, bem devagar. Coloquei minha roupa intima e uma camisa dele que estava jogada no chão. Pisei em algo pegajoso.

Uma camisinha.

Que lindo...

Observei Jay dormindo, ele parece um anjo.

Dei um beijo na bochecha dele, que fez um sorrisinho muito fofo.

– Bom dia, Jay.

– Bom dia.- Ele disse se espreguiçando, fazendo com que o lençol deixasse exposto seu tanquinho mais do que bem definido. Não sei bem quanto tempo fiquei ali contando e contando os gominhos.

Ele percebeu meu olhar e deu um sorrisinho.

– Para de babar, querida.- Ele disse levantando e enrolando precariamente o lençol em volta da cintura. Balancei a cabeça e sai do quarto.

Enquanto ia para a cozinha imagens desconexas da minha noite com James invadiam minha mente, me deixando vermelha. E olha que, pelo que me lembro, aquele cara é bem saudável. Abri a geladeira, servi um copo com suco de laranja pra mim e sentei no balcão. Fiquei ali olhando pro nada, lembrando da noite de ontem. Meu deus... James apareceu só de cueca boxer branca, com uma toalha no ombro e os cabelos negros molhados. Ele tem uma tatuagem que pega o braço e o tronco direitos inteiros e eu só percebi agora. Quando ele se virou para a geladeira consegui ver nas costas e no braço, na parte que não tem tatuagem, marcas muito vermelhas de arranhões. Opa.

– Eu fiz isso?- Perguntei assustada, apontando pra os arranhões.

– Aham, e só para você saber, ta ardendo até agora. – Ele disse rindo.

Cara, eu não sabia que era capaz disso.

Comecei a rir com ele.

– Então, me diz. O que ta acontecendo com você e o Tobias?- Jay perguntou, o encarei.- Ele ta acabado.

– Não parece.- Falei, me lembrando da felicidade dele lá no parque.

– Você, melhor que ninguém, sabe que ele não deixa transpor certos sentimentos na frente de certas pessoas, mas ele me fala.

Contei tudo para ele.

– Uau, então você está apaixonada pelo Tobias...- Jay falou, antes de beber um pouco do seu suco e me encarar.

– Na verdade, eu nem sei por quê to assim. Eu sempre fui ‘’apaixonada’’ por ele mas vivia de boa com isso. Eu não sei por quê isso ta acontecendo, eu sei que ele é meio galinha, nunca me importei ou, pelo menos, nunca me deixei importar. Eu não sei se é porquê foi com a Natally ou se foi a primeira vez que ele pega alguém na minha frente. Eu só sei que dói e eu não vou conseguir falar isso para ele sem falar dos meus sentimento e, o pior, sem estragar a amizade.- Desabafei, falando tudo de uma vez.

– Eu acho que você reprimiu tanto esse sentimento que nem tem noção do quanto ele cresceu, deve ser por isso que agora você se importa.- Jay disse calmo e confiante, ele parece meu irmão, só que óbvio eu nunca dormiria com meu irmão.

– Uau, como você é filósofo, Jay.- Comentei rindo, ele gargalhou. Sério, que risada linda.- Mas muito obrigada, Jay. Eu não tava conseguindo falar com ninguém sobre isso. Valeu mesmo. E, esse tal namoro dele com a Natally? O Tobias não é do tipo que se apega, então, já que eles estão juntos, ela deve ser muito especial pra ele.- falei, sentindo um amargo ao dizer isso.

James riu de novo, mas dessa vez com muito sarcasmo.

– Namoro? Namoro entre aspas, Mika. A Natally é uma das que correm atrás dele, só que ultimamente ela tem aproveitado bem as chances com ele. No dia seguinte à festa na casa do Tobias, ela ficou muito grudada nele, muito mesmo. O Tobias tava quase explodindo. Daí, assim do nada, ela disse que eles estavam juntos, namorando,e que ela o amava muito e que era muito bom ser correspondida. Você tinha que ver a cara do Tobias naquela hora, ele ficou muito mas muito vermelho mesmo. Acho que nem ele sabia desse namoro até aquele dia. Foi mais um truque dela, só que ele ficou tão surpreso que nem conseguiu negar. Sério, chegou até a ser engraçado.- Olhei para ele, buscando algo no seu olhar que indicasse que ele estava brincando com a minha cara, mas só consegui me perder naqueles olhos castanhos vermelhos. Lindos.

– Legal.- Falei bem devagar.- Uhm, não to afim de ir pra casa, já que lá não vai ter nada para fazer e, provavelmente, Kira vai querer brincar de Jogos Mortais comigo por ter deixado ela sozinha. Então, eu posso passar a tarde com você, só hoje? Se você não tiver compromisso, lógico.

– Claro que pode, eu tava pensando em ir andar de skate e vai ser bem melhor se você for comigo. Ah, e por falar na sua amiga, ela saiu da festa com um tal de Blake.- Jay comentou, virando seu copo na boca. Que bom, eles finalmente, estão juntos.- Se você quiser, posso te levar até a sua casa para você tomar um banho e trocar de roupa.

– Ah, tudo bem e obrigada de novo.

– Não precisa agradecer, princesa. To aqui pra isso.- Ele disse, e então depositou um beijo leve na minha testa, fazendo meu coração disparar e um sorriso bobo se abrir no meu rosto. Ele foi pro quarto, depois de uns 15 minutos, os quais eu fiquei brisando sobre o porque de eu estar me sentindo assim, voltou vestido, segurando minha roupa e sapatos, e com as chaves do meu carro na mão. Peguei minhas roupas e as chaves, e ele pegou um skate de duas rodas.

Aquilo é do demônio.

Saímos do pequeno apartamento eu ainda estava só com a camisa dele, cobrindo minha calcinha e sutiã, mas a camisa ia até a metade das minhas coxas então... E sim, o James é muito alto, já que eu bato no pescoço dele. Sim, eu tenho que olhá-lo de baixo, e eu odeio isso. Quando estávamos no elevador reparei novamente nos arranhões que estavam no braço dele, e ele nem fazia questão de esconder já que usava um camisa regata cinza, calça jeans e All Star.

– Então, sobre os arranhões...- Falei, rindo e passando minha mão sobre as marcas, mas fiz isso só pra poder tocar no braço definido dele mesmo.- Me desculpe...

Ele abriu um sorriso safado e me olhou, com os olhos brilhando de malícia.

– Acredite, valeu muito a pena.- Ele disse, fazendo um carinho leve no meu queixo, o que, novamente, fez meu coração pular.

Um apito soou no elevador e as portas se abriram. Por sorte, só o porteiro estava no hall de entrada.

– Bom dia, Jackson.- James falou, sorridente.

– Bom dia, Sr. Leven. Madame.- Jackson respondeu, acenando com a cabeça. Respondi-o com um sorriso.

Meu carro estava bem em frente à porta de entrada do prédio. Entreguei as chaves a James e pedi que dirigisse. Entramos no carro e ele deu partida. Tocava Sweet Dreams, do Marilyn Manson.

– Então, aquele apartamento é seu?- perguntei puxando assunto.

– Não, ele é da minha irmã mais velha, só que ela foi viajar com o marido e a filha, e, bom, tinha a Neverland e tal, então eu vim passar o fim de semana aqui. Eu moro em New York com minha avó. Meus pais morreram quando eu tinha 4 anos.- Ele me contou muito mais do que deveria, e comecei a me sentir culpada por fazê-lo falar de um assunto desses.- Me fale de você.

– Não tem muito o que saber, você já sabe da minha história. Meu pai morreu quando eu tinha 12, um ano depois minha mãe arranjou um marido que queria me mandar para um internato feminino na Rússia, então meu irmão me tirou da casa deles e me levou para morar com ele. No dia do meu aniversário de 14, minha mãe e meu padrasto se mudaram para New York e eu ganhei de presente uma carta dela dizendo que eu não fugiria dela. Bom, é isso.- Falei, suspirando.

– Da carta, eu não sabia. Chegamos.- Disse, estacionando o carro em frente à casa do meu maninho.

– Como você sabe o meu endereço?- Perguntei descendo do carro. Deixei minhas coisas lá mesmo.

– Enquanto a gente conversava procurei o endereço no seu GPS, todo mundo que é baladeiro, como nós, tem o próprio endereço para, sabe, imprevistos pós-festa.

Dei uma risada e entrei em casa. Ouvi vozes vindas da cozinha e fui até lá. Meu irmão conversava com Grace, sentados na mesa. John estava de terno, havia acabado de chegar em casa ou estava prestes a sair.

– Oi, gente.- John olhou-me das cabeças aos pés e deu um sorriso debochado, então olhou para Jay.- Esse é Jay, meu...amigo.- Hesitei apenas um segundo na hora de falar ‘’amigo’’, não sei bem mas senti um leve incomodo ao dizer isso, espero que ninguém tenha percebido minha breve hesitação mas Grace percebeu já que tinha um sorrisinho no rosto.- James esses são John, meu irmão mais velho e Grace, minha segunda mãe.

– Prazer.- James disse, receoso, também, não era pra pouco o olhar do meu irmão nele.

– Então, vou lá em cima, daqui a pouco volto. Maninho, não mate ele, okay?

– M-matar?- James gaguejou, vermelho.

Após terminar o banho, coloquei um regata branca com uma camisa xadrez azul e vermelha por cima, um shorts e All Star cano médio com o emblema do Red Hot Chili Peppers. Fiz uma maquiagem leve. Desci as escadas, vi John e James rindo bastante, sentados no sofá. Saber que eles se deram bem me deixou feliz mas Jay disse que ia me levar para andar de skate.

– To pronta. Vamos?

– Vamos. Tchau John, foi um prazer conhecer você.- James disse, apertando a mão do meu irmão.

– O prazer foi meu, cara. Tchau, mana. Vou ir para a empresa então provavelmente eu não vou estar aqui quando você chegar. Te amo.

– Tchau, John. Te amo.

Saímos de casa e fomos ao parque. Ao chegar lá, ele estacionou o carro e descemos. Abri o porta-malas pra pegar meu skate.

– O que você ta fazendo?- Jay perguntou, olhando para o meu skate. Qual o problema com meu skate, cara?

– Uhm, como assim?- Observei-o pegar seu skate de duas rodas. Meu coração travou.- Não. Não. Nem vem.

– Você não sabe andar só de duas rodas?

– Não, e quando eu tentei me ferrei bonito. Eu simplesmente, não consigo me equilibrar nisso ai. Skates de duas rodas me odeiam, cara!

– Eu vou te ensinar, fica calma, princesa. Eu juro que você não vai cair.- Disse, calmo, me fazendo sentir calma também.- Eu não vou deixar.

Peguei meu skate e segui-o pelo parque. Fomos para um lugar onde as crianças ficam brincando, os pais relaxando. Enfim, o canto calmo e tranqüilo de um parque.

Coloquei meu skate aos pés de uma grande árvore.

– Eu não vou conseguir.- Falei, encarando o skate de James, no chão.

– Calma, vai sim. Vem cá.- Estendeu a mão para mim e me ajudou a subir no skate. Colocou suas mãos na minha cintura. Ele estava atrás de mim. Quando percebi ele já tinha me soltado. Há, eu aprendi. Foi a mesma sensação de aprender a andar de bike ou de skate. Cara, é ótimo. Hahaha.

Olhei para trás e dei um sorriso para Jay, que retribuiu com um sorriso lindo. De repente, seus olhos se arregalam.

– Mika, cuidado.- ele grita mas quando eu olho pra frente é tarde demais. A única coisa que eu vejo é um tronco vindo direto na minha cara. A única coisa inteligente que eu consegui pensar foi:

Vai doer. Droga.

Dói.

Dói pra caralho.

Puta merda.

– Mika, você ta bem?- Jay perguntou, ajudando-me a me levantar.

Olhei para ele, percebi que ele estava segurando o riso.

– Ta doendo, porra.- Falei encostando de leve na ponta do meu nariz. Bati o pé no chão parecendo uma criança fazendo birra.- Culpa tua!

Ele começou a gargalhar feito doido, tava rindo muito, muito mesmo.

– Rir da desgraça alheia dá calo, sabia?

– D-desculpa, é-é que f-foi engraçado.- Ele não conseguia nem falar direito de tanto rir. Sai andando até onde tinha deixado meu skate. Jay me puxou pela cintura. Meu olhar foi direto pro peitoral dele. Droga, ele tinha que ser alto?

Ele segurou meu queixo me fazendo olhá-lo. Ele sorria lindo.

– Você não ta brava comigo, né?

– Não, só não ia ficar lá parada enquanto você ria da minha cara.- Sorri junto dele, afinal, não tinha como não sorrir.

– Que bom.- disse e me deu um beijinho de leve na ponta do meu nariz.- Vem, vou comprar sorvete.

****

Depois de passarmos o dia juntos, deixei James na casa dele e fui para a minha.

Grace já estava dormindo e John estava terminando de se arrumar. Fui ao meu quarto coloquei um moletom enorme e um shorts de pijama com várias caveirinhas.

Fui até o quarto do John. Ele estava se olhando no espelho, arrumando a gravata. Estava absolutamente lindo.

– E aí, maninho. Vai aprontar o que hoje?

– Eu vou sair com uma garota.- Ele disse, com um sorriso enorme.

Uma garota?

Como assim?

Meu irmão nunca saía com uma garota.

Dei uma risada.

– Como assim? Um encontro?

– É, Courtney, uma garota nova lá na empresa, e ela é fofa e inteligente. Tirando o fato de que é linda.- Ele falava como um colegial apaixonado. Eu nunca vi meu irmão assim. Meu deus. Fico pensando se com essa garota ele tomaria jeito e, sei lá, casaria e me daria sobrinhos lindos.

Eu tenho uma paixão secreta por crianças.

– Perguntinha, é ela que vai encher essa casa de crianças pra eu cuidar?- Falei, ajudando-o a arrumar a gravata, já que ele tremia.

Ele me olhou com os olhos brilhando.

– Acho que sim.

– Que bom. Você ta lindo, maninho. Boa sorte.

– Obrigado, mana. Te amo.- Ele depositou um beijo na minha testa e saiu do quarto. Fui atrás dele.

– Te amo.- Gritei enquanto descia as escadas e ele saía de casa.

Fui até a cozinha, peguei um pote de Nutella e uma tigela com alguns morangos. Liguei a TV e coloquei na Nick. Estava passando O Estranho Mundo de Jack. Não dá para descrever meu amor por esse filme.

A campainha tocou e eu fui abrir a porta.

– Hm... Oi.- Ele disse, sorrindo.

Meu coração veio na minha garganta e voltou ao seu lugar de origem em 1 segundo, me deixando tonta.

Tobias.


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Notas finais do capítulo

comentem, ñ me matem, favoritem, ñ me matem, acompanhem, já pedi pra ñ me matarem?

espero q tenham gostado, e já q estou de férias e sem rec, vou me dedicar mais à fic..

amo vcs cupcakes azuis

2bjs e mordida na bunda u.u



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