Featuring You escrita por Simjangeum, Shiro


Capítulo 9
If you want it, take it I should've said it before


Notas iniciais do capítulo

I'M BACK BITCHES!!!
Antes que vocês possam me matar (provavelmente o que vocês estavam planejando durante esses seis meses) eu tenho uma longa lista de motivos e porque não atualizei a fanfic (aliás, nenhuma delas):

01 - Minha mãe faleceu nas férias de inverno (o pior de todos os motivos).
02 - O carregador do notebook queimou
03 - Arranjei um estágio (agora ele acabou mas o salário ainda está a caminho zzzz)
04 - Fiquei em prova final de matemática (aos que tiveram aula com o Paulo Roberto, eu sei que vocês me entendem).
05 - Passei de ano, me formei no ensino médio, li o discurso na colação de grau e curti a festa de formatura com mais 1000 pessoas, literalmente. (ESSE DIA FOI O MELHOR DIA DE 2014 QUE FOI UM ANO meio decepcionante mas não ruim) (ainda rolou uns beijinhos no crush, então acho que de certa forma eu zerei um pouco a vida).
06 - Vestibular (o qual eu passei tempo demais fingindo que estava estudando mas realmente não estava e acabei não passando. Em 2015 tenho certeza que dá certo!)
Ufa! Foi isso tudo mesmo, esse ano foi meio... Enfim, deixarei as resoluções de final de ano para o final e vamos ao que interessa, o capítulo em si. E respirem fundo: mesmo tendo que procurar um trabalho em breve e ter que retomar os estudos para o vestibular (que dessa vez vai rolar, to sentindo) começarei a atualizar todas as fanfics com mais assiduidade. Boa leitura!



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– P. O. V. Katie

As últimas semanas tinham sido trabalho duro. Katie não era expert em aspectos femininos e em como conquistar garotas, embora ela fosse uma delas, mas estava conseguindo se virar com Travis.

Ensinar ele a dizer coisas certas e lhe corrigir quando dizia as erradas, como se portar igual a um cavalheiro, como ser charmoso, como ser sexy... Travis tinha bastante potencial e vinha se esforçando bastante, mas ainda sim era muito difícil.

– Não sei no que estou errando! – Travis explodiu em uma tarde no Central Park, quando Katie pediu para ele demonstrar como deveria convidar uma garota para sair segundo seus ensinamentos. – Você não pode simplesmente me dizer o que devo fazer?

– Nem eu mesma sei o que você deve dizer.

Mas eles continuaram. Alguns dias foram mais fáceis e outros nem tanto, Travis parecia estranho na maior parte do tempo e quando ela lhe perguntava o que estava acontecendo, ele lhe dava as mesmas respostas:

– Não sei.

– Não é nada.

– Você quer ficar sabendo da minha vida ou me ajudar nela?

Katie não sabia ao certo. A única coisa que sabia era que estava dando seu melhor e ela parecia ser a única que dava valor a isso.

– P. O. V. Travis

Os dias na escola pareciam cada vez mais um pesadelo. As pessoas que costumavam ser amigas de Travis agora nem ao menos lhe cumprimentavam.

– Isso é coisa da sua cabeça – Connor riu, naquele treino do time de futebol americano onde ele tinha sido colocado no banco porque não estava em condições mentais para treinar. – Você já andou se olhando no espelho ultimamente? Você parece um cadáver.

E era verdade. Ele agora costumava usar a mesma roupa todo dia para ir para escola, amassadas do jeito que estavam e sujas da mesma forma, ele nem ao menos se preocupava em arrumar o cabelo.

Passava horas acordado a noite pensando no que tinha errado e o porque. Por que seus amigos estavam lhe ignorando? Por que as garotas ainda continuavam de olho em Connor? Por que seu maldito pai o preteria sendo que ele era o único filho que nunca tinha lhe dado nenhuma preocupação?

As coisas pareciam muito injustas e todo mundo parecia estar ignorando sua presença, estivesse ele em qualquer lugar. Apenas uma pessoa o estava tratando bem: Katherine.

Katie era seu escape. Ela o ajudava da forma que fosse preciso, e embora muitas vezes parecesse um pouco metida, ela era uma boa garota.

Então, naquela quinta-feira ensolarada e quente, ele foi até a casa de sua vizinha. Foi preciso tocar a campainha apenas uma vez e lá estava a garota sorrindo para ele, do outro lado da porta.

Era Perséfone.

– Deixe-me ver, veio falar com a minha irmãzinha? – ela perguntou, se encostando no batente da porta. Tinha um sorriso diabólico em seu rosto e seu dedo enrolava didaticamente um cacho de seu cabelo.

– Sim, ela está? – ele perguntou, a voz soando monótona demais para quem estava na presença de uma linda mulher.

O sorriso no rosto de Perséfone desapareceu e ela deu um passo na direção dele, fechando a porta atrás de si. Ele sabia que coisa boa não podia ser.

– Vou te dizer isso só uma vez e quero que você entenda direito, tudo bem? – ela avisou, apontando um dedo no rosto dele. – Fique longe de Katie ou eu vou matar você.

Travis ergueu as sobrancelhas juntamente com os ombros, parecendo espantado.

– Você só pode estar de brincadeira – ele disse, estranhamente se sentindo irritado. Ninguém tinha o direito de lhe mandar ficar longe de Katie, muito menos Perséfone. – Por que está me pedindo isso?

Perséfone deu uma risada baixa porém em um tom maligno. Ele não conhecia muito sobre ela, mas sabia o quanto ela aprontava no acampamento em Long Island e não eram coisas bobas de adolescente, até porque ela não era uma.

– Porque você pode ter sua opinião sobre mim bem formada e o quanto eu não presto, mas eu gosto da minha irmã. – ela explicou, parecendo realmente preocupada. – Katherine é boa demais para você, Stoll. Ela é uma garota inteligente, educada e com personalidade, diferentemente das vadias com as quais você está acostumado a sair. Katie não é uma delas.

– Eu nunca disse que ela era! – ele exclamou, furioso. – Nunca, nem sequer por um momento, eu pensei isso a respeito da sua irmã! Eu vou...

– Embora agora – Pérsefone ordenou, abrindo a porta de sua casa e parando no batente. – Você já está avisado.

A porta da casa dos Gardner foi fechada com um estrondo e tudo o que havia na varanda era Travis Stoll, parado, observando a porta mal pintada de verde.

***

Eram quase dez da noite e Travis estava enrolado em seu cobertor, jogando videogame sozinho, com a luz do quarto apagada. Percy e Grover tinha convidado ele para ir na festa que Drew iria dar naquela noite, mas ele achou melhor recusar.
Haveriam muitas garotas lá, inclusive Miranda e ele não gostaria de encontrar ela agora. Afinal ela era afim de Connor, não é mesmo? Podia muito bem ficar com ele, então.

Estava quase vencendo o adversário, quando sentiu uma batidinha na janela. Pensou que era coisa da sua cabeça, mas quando o barulho se repetiu mais duas veze ele foi averiguar.

Travis podia ver, mesmo através do vidro, que Katie estava bem maquiada e parecendo bem animada.

– O que você está fazendo aqui, Katie? – ele perguntou, quase em um sussurro, enquanto levantava a janela para que a garota entrasse.

Nem parecia a mesma garota estranha que morava na casa ao lado. Katie estava usando um vestido brilhoso e curto, saltos altos e o cabelo preso em uma trança de lado.

– Vim te buscar para a gente ir na casa da Drew, ora essa – ela respondeu, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. – Ou você acha que eu costumo visitar vizinhos a esse horário e com essas roupas? Não responda.

– Você está perdendo tempo, não quero ir para festa nenhuma – ele resmungou, voltando para sua cama.

Antes que pudesse se deitar, Katie o puxou pelo braço e ele cambaleou para trás.

– Nada disso, vamos agora para a festa e sem reclamar – ela ordenou, abrindo o armário dele. – Escolho uma roupa para você e nós vamos.

– Katherine...

– Estamos treinando você ainda, eu sei. Mas quero ver como você pode se sair agora – ela explicou, virando-se para ele. – Qual é, sei que você vai se sair bem, Travis. Ou eu não estaria aqui te pressionando a ir, eu juro.

Travis parou e olhou para ela. Katie não era uma dessas garotas que iam para festas com frequência, na verdade ela parecia ser do tipo que só ia para casa dos amigos. Devia ser um enorme desafio para ela estar ali, então por que ele deveria recusar?

– Me dê apenas um minuto, que seja...

***

O salão de festas da mansão dos Tanaka era maior do que toda a sua casa. E ela estava lotada de pessoas, quase um estádio de futebol inteiro cabia ali.

Travis via muitos rostos conhecidos a sua volta. Percy e Annabeth estavam ali de mãos dadas (desde quando eles eram um casal?), Luke estava também mas com uma cara estranha (era um arranhão ali no rosto dele?), Connor e Silena estavam discutindo em um canto (por que eles estavam discutindo?) e havia muitos outros.

Mas o rosto que ele estava procurando e sempre procurava não estava ali. Miranda não era do tipo que ia festas, era o que ele imaginava. Ela fazia o tipo certinha, algo como...

– Você está aí! – Katie exclamou, aparecendo na frente dele. As luzes coloridas refletiam nos olhos verdes dela, parecendo quase um daqueles efeitos especiais de filme. – Perdi você de vista na entrada da festa.

– Okay, mãe, eu estou aqui agora – ele respondeu, sorrindo. Katie ficava uma gracinha quando estava com raiva.

O sorriso no rosto dela sumiu como se ele tivesse jogado água nela. O seu sorriso derreteu pelos cantos de seu rosto, deixando-a com uma careta estranha.

– Não sou sua mãe – ela lembrou, a voz um pouco trêmula de raiva. – Eu... Eu... Travis, eu...

– Okay, não precisa ficar com raiva, sinto muito – ele desculpou-se, abraçando-a pela cintura. Ter Katie em seus braços era como ter uma boneca de papel. – Realmente, não vejo você como a minha mãe. Katherine você é mais como uma irmã.

Katie bufou e o empurrou para longe, fazendo o garoto cambalear e esbarrar em alguém estranho.

– Olha, não vou ficar do seu lado o tempo todo. Vou dar uma volta e você faça sua parte. – ela ordenou, dando as costas para ele antes mesmo de ouvir uma resposta.

Travis bagunçou os cabelos com a mão e revirou os olhos. Katie era uma garota muito difícil de se entender, falava coisas que não faziam sentido e suas atitudes eram igualmente confusas. Ele não conseguia entende-la.

– Travis Stoll? – um voz feminina o chamou.

Ele reconheceria aquele tom de voz doce e baixo de qualquer forma. Miranda estava parada em frente a ele, usando um vestido branco leve, o cabelo preto e longo lhe caia de uma forma natural. Ela estava mais linda do que o habitual.

– Ei, Miranda! – ele exclamou, puxando-a pelo braço delicadamente e lhe dando um beijo no rosto. Ela tinha um perfume incrível. – Não sabia que você gostava de ir em festas.

– Ah, não são minhas favoritas, mas eu até acho legal para descontrair de vez em quando – ela respondeu, dando uma risada leve. – Você está muito bonito.

– Obrigado – ele agradeceu, sem piscar. – Quero dizer, quer tomar alguma coisa? Posso buscar algo para gente.

Miranda concordou com um aceno e o pediu para não trazer nada muito forte. Rapidamente, ele estava de volta com dois copos de ponche.

O decorrer da noite foi agradável. Ele e Miranda ficaram conversando sobre coisas aleatórias que não fazia muito sentido, ainda mais depois de cinco copos de ponche.

Mas o mais impressionante disso tudo era que Miranda parecia muito interessada. Ela arrumava o cabelo de cinco e cinco segundos e nos intervalos lambia os lábios, olhando para os dele.

– Garotas fazem isso quando estão interessadas – a voz de Katie soprou em sua mente, fazendo Travis sorrir.

Ele nunca havia gostado de ninguém, antes. Claro, tinha ido a muitos encontros e tinha dado mais beijos do que podia contar com os dedos da mão, mas nunca tinha se sentido apaixonado antes. Não sabia ao certo como era se sentir assim, mas o que Miranda provocava nele era isso, pura paixão.

Ela deixava ele louco. Com seus sorrisos meio tímidos, olhos brilhantes, a risada que fazia um som de engasgo no final e o jeito como fixava seu olhar em algo aleatorio sem perceber. Miranda lhe lembrava alguem que ele não sabia quem ao certo, mas achava dificil alguma garota se comparar a ela.

– Preciso ir agora, Stoll – Miranda avisou, tocando o braço dele. – Pode me levar até a saída?

Não era preciso lembrar-se das lições de Katie para reconhecer o que aquilo significava. Ela queria ficar a sós com ele.

Ficar a sós é bom, Travis pensou enquanto segurava a mão dela e a levava até a porta.

Pretendia parar na porta, mas ela seguiu em frente, puxando-o consigo. Pararam no portão, cara a cara, de mãos dadas. Muitas coisas passavam pela mente de Travis, coisas que deveria falar para ela naquele momento, mas nada parecia certo. Podia sentir seus lábios tremulos a procura de palavras que não se encaixavam.

– Travis, acho você um bom garoto – a voz dela parecia contida e muito equilibrada. – Você é bonito mas disso você sabe, é claro. Mas estou querendo dizer ao todo. Quem você realmente é.

Meu Deus, ele precisava beija-la. E foi o que ele fez, sem hesitar, sem pensar muito, apenas trouxe o rosto de Miranda para perto, uma mão em seus cabelos e outra em sua cintura. Como Katie havia dito que ele deveria fazer.

Ele sentiu as mãos de Miranda passarem suavemente pelas suas costas, como uma aprovação para o movimento que ele havia feito. Isso era tudo o que ele sempre quis, era na verdade quase inacreditável saber que Miranda estava em seus braços, rendendo-se a ele e a seus beijos.

Travis não conseguiria desejar outra coisa naquele momento.


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Notas finais do capítulo

Okay, não foi o big capítulo maravilhoso, mas foi bem leve de escreve-lo. Agora minha humilde resolução de ano.
Vi a maioria das pessoas reclamando de 2014. O quanto o ano foi ruim, e talvez ele realmente tenha sido para alguns. Mas todo ano é a mesma coisa, o culpado não foi 2014, 2013 também foi "ruim", 2012 também foi "ruim" assim como todos os seus antecessores. Sabe o que torna um ano bom? Atitude. Que em 2015 as pessoas parem de reclamar e de esperar e façam algo para que o ano que vem vindo seja o melhor ano de suas vidas. E todos os próximos anos também. Feliz ano novo, leitores! Que venha 2015!



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