Featuring You escrita por Simjangeum, Shiro


Capítulo 4
This is goin' to be one of them nights


Notas iniciais do capítulo

Hey'all. Desculpem a demora, eu tentei postar domingo, mas aí fiquei cansada e decidi postar só agora. Enfim, eu gostei bastante desse capítulo e aviso que apartir desse capítulo é que novos personagens vão entrar pra abalar um pouco história.
Não esqueçam de deixar review em TODOS os capítulos. Tem gente que comenta só uma vez e deu, mas não é bem assim queridinhos. Tem que deixar review sempre. Só isso mesmo, boa leitura!
Trecho do capítulo: #1 Nite - Cobra Starship feat My Name Is Kay



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─ P. O. V. Travis

  Os planos para aquela noite já estavam prontos. Travis não sabia muito bem o que Katie estava planejando ao pedir para ele passar na casa dela para os dois irem juntos até a festa que Luke Castellan ia dar naquela noite.

─ É a sua última noite de avaliação ─ disse Katie, antes de ir para casa. ─ Então capriche no visual como se fosse fazer um bolo de casamento para a Rainha Elizabeth.

  Travis não sabia muito bem como deveria se arrumar, mas ele sentiu que Katie estava falando sério sobre aquele papo de bolo da rainha. Mas no fim decidiu-se por usar sua habitual roupa de festa: um suéter verde, jeans e um par de tênis preto.

─ Você não caprichou como se fosse ver a rainha ─ reprovou Katie, quando ele chegou na casa dela. ─ Olha, realmente, ainda não consegui entender porque as garotas gostavam de você.

─ Olha quem fala, você não está melhor ─ retrucou ele.

  A palavra certa é bizarra, pensou ele. Katie estava com um vestido de estampa estranha, sapatos muito altos, o cabelo estava em uma trança única em volta da cabeça e seus pulsos estavam carregados de pulseiras de todos os tipos.

─ Não importa. Você é popular, eu não. Você precisa arranjar alguém, e eu não ─ lembrou ela, fechando a porta de sua casa atrás de si. ─ Agora, vamos para o seu carro.

  Travis não discutiu. Odiava o fato de ela estar certa e de saber disso.

                                      ‗‗‗

  A festa de Luke seria na mansão dos Castellan, em Upper East Side. Era uma casa bem bonita, e quando Travis parou com o seu carro em frente ao enorme portão, Katie ao menos hesitou e pulou pra fora.

─ Vamos lá! ─ ela exclamou, dando tapinhas na janela do carro.

  Travis deixou seu carro em um ponto morto da rua e acompanhou Katie até o portão de ferro enorme. Apertou o botão azul no interfone e aguardou.

─ Odeio sistemas de segurança ─ sussurrou Katie, apoiando-se no portão. ─ Uh, olha só, aqui tem alecrim. Dizem que dá sorte ter um... Será que faz mal eu pegar um pouco?

─ Não toca nisso! ─ advertiu Travis, afastando a mão da garota. ─ Pelo o que conheço do Luke ele pode muito bem ter colocado veneno aí.

  Enquanto ele tentava convencer Katie do quão a planta podia ser perigosa, um barulho saiu do interfone.

─ Arre, que tosse... Quem tá aí? ─ perguntou a voz masculina, que só podia ser Luke, deduziu Travis.

─ Sou eu, Travis ─ respondeu. ─ E convidada.

─ Ah, e ae maninho? Tudo suave na nave? ─ indagou Luke com um tom divertido. ─ Você e a gata podem entrar e ir até o escritório do papai, a festa é lá.

─ A festa vai ser lá? ─ perguntou Travis, sem acreditar. ─ Você só pode estar louco, Luke.

─ Então é mal de família.

  Luke deu uma ultima risada e o portão foi aberto, revelando a linda casa branca em estilo vitoriano. Travis colocou a mão no braço de Katie e conduziu-a para dentro da propriedade.

─ Não sabia que você era irmão do Luke ─ comentou Katie, enquanto eles passavam ao lado da enorme casa e iam em direção a parte de trás do terreno.

─ Só por parte de pai. Meu pai era casado com a mãe do Luke, mas eles não duraram nem dois anos e se separaram ─ explicou Travis. ─ Aí ele teve um caso com uma mexicana e ele teve outro filho. Um tempo depois disso ele...

─ Parece que ser vagabundo é lei na sua família ─ interrompeu Katie, dando de ombros.

─... conheceu a minha mãe ─ ele continuou sem se abater ─ Ela me teve e cinco anos depois eles se separam, meu pai voltou pra mãe do Luke e os dois estão juntos até hoje.

  Katie apenas assentiu, como se aquilo não fosse esquisito, e eles seguiram em frente.

─ P. O. V. Katie

  Ao seu ver, ela achava que a casa de Luke era linda. Parecia um daqueles castelos de contos de fada, exageradamente grande ─ era verdade ─, mas tinham um jardim que deixava a sua pequena horta de casa parecendo feijões em algodão. Eram tantas variedades...

─ Olha, antes de entrarmos... o que vou fazer? ─ Travis perguntou, parando-a.

  Eles tinham parado há poucos metros do que deveria ser o escritório do pai de Travis, uma casa pequena separada  da mansão. As janelas estavam abertas e dava pra ver que o lugar estava lotado.

─ Vamos entrar separados, para que as garotas não achem que você está acompanhado ─ ela orientou. ─ E você vai dar uma circulada, vamos ver como você consegue se sair.

─ É tão mais fácil pra você falar ─ ele suspirou.

  Katie pensou em acrescentar algum comentário, provavelmente para discordar dele, mas pensou melhor e preferiu concordar com um aceno.

  No escritório do Sr. Castellan estava a maior loucura. Muitas pessoas dançavam freneticamente, todas as luzes estavam apagadas, as únicas luzes do ambiente eram de um globo espelhado mal colocado no teto e bastões de neon que todos seguravam e balançavam com a mão erguida acima de suas cabeças. A música estava alta, mas vez ou outra ela conseguia captar sinais de risadas.

  Travis entrou e Katie o seguiu, meio de longe só para disfarçar. Muitos garotos cumprimentavam Travis por onde ele passava e quase nenhuma garota se quer olhou para ele. Ela mesma não estava em situação melhor, ninguém a cumprimentou, mas isso era normal porquê ela não era um deles, isso é, popular.

  Em um momento, uma garota se aproximou de Travis e os dois foram para o bar. A garota tinha olhos azuis piscina, cabelo castanho longo e usava um tubinho preto.

  Silena Beauregard

  O bar daquela festa era todo improvisado. Eram três mesas juntas colocadas em meio círculo e alguns bancos ao redor colocados de mal jeito. Do outro lado das mesas tinha dois frigobares, um cara que estava servindo as bebidas e sacos de copos de plástico vermelho.

  Travis e Silena sentaram-se em dois bancos no centro do balcão improvisado, enquanto Katie se sentou em um banco mais afastado no canto para não parecer tão óbvia.

─ Então, posso te pagar um drink? ─ ela ouviu Travis perguntar. Apesar da música alta e das risadas ocasionais, ela conseguia ouvir perfeitamente o que eles estavam conversando.

─ Claro, querido ─ aceitou Silena.

  Katie suspirou de alívio enquanto pedia ao “barman” a bebida mais fraca que ele tivesse (álcool não era seu forte). Quem sabe ele não esquece dessa ideia maluca de eu ajudá-lo com as garotas, pensou feliz, assim o nosso trato acaba e eu não me sinto culpada por não ser tão boazinha.

─ Pensei que você estivesse com o Beckendorf ─ Travis comentou. ─ Toda vez que tinha treino do time você estava lá para conversar com ele.

  Ah, não.

─ Charlie... ─ Silena murmurou com a voz falha.

  Katie suspeitou que aquilo podia ter alguma salvação. Se Travis conseguisse lidar com aquela situação de forma correta, isto é, consolando a garota, talvez nem tudo estivesse tão perdido. Ela olhou de canto para a cena e ficou observando, enquanto tomava sua bebida de gosto ruim.

─ O que tem ele? ─ Travis perguntou parecendo perdido.

─ Ele morreu na quinta, seu idiota! ─ Silena gritou, em tum indignado, com uma cara indignada ─ Você era amigo dele e não sabia disso?

  Katie observou que Travis parecia espantado e ao mesmo tempo desesperado. Assim que Silena se levantou ele fez o mesmo, ambos deixando suas bebidas em cima do balcão.

─ Eu, an, sinto muito ─ desculpou-se ele. ─ Mas eu não fazia a mínima ideia. Ele morreu como?

─ Afogado, seu idiotão! ─ a morena gritou, batendo no peito dele ─ Qual o seu problema, Stoll? Seu... seu insensível! Seu amigo morre, você não sabe e tudo o que tem a dizer é “an, sinto muito”? Vai pro inferno.

  E dizendo isso, Silena saiu como um furacão. Travis ao menos tentou para-la, apenas encostou sua cabeça contra a mesa e começou a bater com os punhos nas próprias pernas. Katie largou sua bebida ruim e foi até ele.

─ Onde eu errei agora? ─ ele perguntou com a voz abafada.

─ Você foi descuidado e insensível ─ disse Katie, sem o menor tom de crítica. ─ Lições número três e quatro. E, mesmo assim, eu... ah droga.

  Katie tentou empurrar a cabeça de Travis para que ele não visse o que ela tinha acabado de ver, mas já era tarde demais. Um pouco afastada da galera que dançava, estava Silena encostada na parede, abraçada com Connor, que acariciava o cabelo dela com ternura.

─ Não... não. Era pra eu estar lá! ─ exclamou Travis, voltando a deitar a cabeça na mesa. ─ Sou realmente um big manesão.

─ Travis, não...

─ Vou desistir, Katie ─ murmurou ele. ─ Você tinha razão desde o começo, isso é tudo loucura.

  Por um momento, Katie ficou confusa consigo mesma. Queria mesmo que ele desistisse, não era um bom plano, afinal, era ela que o guiava, mas... ele estava tão animado e agora parecia realmente um big manesão.

  “Ajudar os outros sem ver a quem, porque a recompensa sempre vem”, era o que sua mãe, Deméter, sempre dizia, e de alguma forma aquela filosofia sempre a seguia. Katie simplesmente não conseguia não ajudar quando precisavam dela e naquele momento Travis precisava de sua ajuda.

─ Você não pode desistir ─ ela disse, sacudindo o ombro dele. ─ Talvez as garotas não gostem de você agora, mas... mas eu sei que elas podem voltar a gostar.

  Travis se sentou direito e a olhou, meio vacilante.

─ Isso não vai acontecer ─ ele discordou. ─ Vá embora Katie, nosso trato acabou.

─ Não, não, espera. Vamos fazer uma coisa antes e prometo que se você não mudar de ideia, eu desisto.

─ Vamos transar, é isso?

                                                ‗‗‗

─ P. O. V. Travis

  No meio da multidão agitada, que se balançava ao som da música que estava tocando, Travis viu Katie surgir com dois copos vermelhos grandes.

─ Pedi pro cara a bebida mais forte que ele tivesse ─ explicou ela lhe passando o copo.

  Travis ao menos hesitou e tomou um gole enorme. A bebida queimou ao descer pela sua garganta mas ele não deixou transparecer.

─ Tava boa ─ ele aprovou ─ mas e agora?

  Katie virou todo o seu copo e tomou todo o conteúdo, fazendo uma careta ao terminar.

─ Agora vou pegar mais ─ ela avisou, sumindo outra vez.

  Travis se sentiu meio desconfortável ali, parado, enquanto todo mundo dançava, mas esperou, afinal, não podia ficar pior que aquilo.

  Katie surgiu novamente, dessa vez segurando duas garrafas contendo um líquido verde amarelado que parecia radioativo.

─ Tome mais essa ─ ela ordenou, lhe passando uma das garrafas. ─ É um pouco mais fraca que a outra, mas acho que vai servir.

  E, dessa vez, ao mesmo tempo que ela, ele virou a garrafa, tomando até a última gota. Era bem melhor que a outra, tinha um gosto cítrico e era um pouco menos forte que a anterior.

  Estava se sentindo bem melhor que antes, mais leve e sabia que a culpa dessa sensação boa repentina era do álcool. E para ficar ainda melhor, uma nova musica começou a tocar, mais agitada que a anterior.

─ Agora, feche os olhos ─ Katie ordenou. ─ E relaxe ao som da música.

  Travis o fez. Esvaziou sua mente, se imaginou dando uns amassos em Miranda e deixou seu corpo seguir o ritmo da música.

    We in the spot right now, checkin' it out

    Packed from wall to wall, it's going down, no doubt

    Get girls to my left, drinks to my right

    I can tell that this is goin' to be one of them nights

    (Whatever...)

    Whatever you need is on the dance floor

    (Whatever...)

    Can't wait anymore because It don't last forever

    Noohh, so turn up that spotlight

    Gonna tear it up like we got one night


 

  No refrão, ele abriu os olhos e viu todos pularem e rirem, inclusive Katie. Ele apertou as mãos dela entre as suas e a acompanhou nos movimentos. Ela lhe passou mais uma garrafa, que ele bebeu até a ultima gota, apreciando o gosto forte do álcool.

Gotta live like we got

One night, one night, one night

Gotta live like we got

One night, one night, one night

Cause you know we just got

One life, one life, one life

So gotta live like we got

One night, one night, one night

E tomou mais uma garrafa após aquela. Sua visão ficou meio embaçada, mas ele ainda conseguia ver as luzes ao seu redor, Katie com alguns fios de seu cabelo caindo no rosto sensualmente, seus olhos verdes vivos o encarando e ela estava sorrindo pra ele.

(Whatever...)

We're falling in love on the dance floor

(Whatever...)

Girl, you and me we'll make this last forever

Uooohh, the future is so bright

Gonna live it up like we got one night

Cause tomorrow morning, we'll be leaving

So right now you better jump right in

Tomorrow morning, we'll be leaving

So let's keep it rocking til daylight

─ GOTTA LIVE LIKE WE GOT ONE NIGHT, ONE NIGHT ─ gritou Katie, bem perto do ouvido dele, o que o deixou um pouco tonto. Mas todos estavam cantando, então ele acompanhou também, por mais que parecesse estranho.

Ohh, ohh, ohh, ohh, ohh

Cause tomorrow morning, we'll be leaving

So right now you better jump right in

Tomorrow morning, we'll be leaving

So let's keep it rocking til daylight

Gotta live like we got

One night, one night, one night

Gotta live like we got

One night, one night, one night

Cause you know we just got

One life, one life, one life

So gotta live like we got

One night, one night, one night

  Ao seu redor ele viu outras pessoas se acabando na pista de dança. Entre elas, Jake, Luke, Clarisse, Annabeth, Nico, Percy e outros, e todos pareciam um poucos altos demais, e talvez ele estivesse assim também, levando-se em conta que bebeu muito. Procurou novamente ao seu redor, mas não tinha nenhum sinal de Connor ou Silena.

Ohh, ohh, ohh, ohh, ohh

You know we just got

One night, one night, one night

Gotta live like we got

One night, one night, one night

Cause you know we just got

One life, one life, one life

So gotta live like we got

One night, one night, one night

  A música acabou, porém logo após a essa veio outra animada. Travis levou um susto quando Katie, também parecendo um pouco bêbada, jogou seus braços em volta dele e começou a dançar. Um simples sinal de que pra eles a noite não tinha acabado ainda.



 


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