Featuring You escrita por Simjangeum, Shiro


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Oi sou eu aqui, tia Prongs, e quero apenas dizer que estou amando escrever essa fanfic então espero que vocês gostem também! Bem, não deixem de comentar! Boa leitura!



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   Travis não conseguia acreditar.

  Há exatos dezessete dias atrás, qualquer garota da Goode High School cairia de amores por ele, desmaiaria só pelo fato de ele lançar um rápido olhar para elas, afinal, qual garota daquela escola não desejaria ter Travis Stoll ao seu lado? Bonito, com um ótimo senso de humor, um ar totalmente bad boy e um jeito sexy. Todas o queriam.

  Isso, repetindo, até dezessete dias atrás.

  Mas isso não acontecia mais, por algum motivo Travis não conseguia mais surtir nas garotas aquele efeito que as deixavam tontas só de estarem na presença dele, que as deixavam nervosas e excitadas quando ele falava com elas. Agora não era mais assim.

  Não que ele tivesse ficado feio de uma hora para outra, ou que todas as garotas tivessem decidido virar lésbicas em conjunto. Não, não, o culpado (sim, havia um) daquilo tudo tinha nome, sobrenome e um poder mais forte de encantar as garotas do que o de Travis.

  O nome dele era Connor Stoll. Connor era o primo de Travis, que havia se mudado recentemente de Detroit para Nova York, há dezessete dias atrás.

   Malditos dezessete dias.

  Travis, de primeira, não notou, mas quando chegou com Connor na Goode, no primeiro dia de aula do primo, todas as garotas ficaram paralisadas os encarando enquanto eles passavam e Travis mostrava como a escola era para o novo aluno. A princípio isso era normal, porque as garotas sempre faziam isso quando ele passava.

  Mas, tardiamente, cinco dias depois da chegada de Connor, Travis começou a notar que as garotas estavam se comportando de uma forma diferente. Todas queriam falar com seu primo, todas queriam ver o seu primo, e era como se Travis não existisse mais para elas. Para nenhuma delas.

  Dez dias depois da chegada, quando Connor faltou a escola e Travis teve que ir sozinho, ninguém olhou para ele, ou falou com ele. A única garota que o cumprimentou, e mesmo assim de uma forma rápida e formal, foi sua vizinha estranha, Katherine. As outras garotas nem o olharam, e quando olhavam tinham um ar infeliz em seus olhos.

  Quinze dias depois, os testes para o time de futebol da escola foram abertos. Connor pediu a Travis que o levasse para fazer os testes, e assim ele o fez. Enquanto seu primo ia fazer o teste para meio de campo, Travis como sempre optou por fazer o de atacante. Na formação do time do ano anterior ele tinha conseguido essa posição, mas o time se renovava todo ano e assim ele teve que fazer os testes como todos os outros. Estava muito seguro de si.

  E ele se deu bem, mesmo. Como sempre, seu desempenho na linha de frente do time tinha sido perfeito e ele com toda certeza seria escolhido para ser o capitão do time, não é mesmo? Não.

  Não, porque Connor tinha sido melhor que ele. Connor foi convidado para ser atacante no lugar de Travis. E Connor ganhou a braçadeira de capitão do time de futebol da Goode.

  E foi quando completou dezessete dias que a ficha caiu para Travis. Tardiamente e desengonçada, mas caiu.

  Travis sempre teve uma queda pela sua colega nas aulas de biologia. O nome dela era Miranda ‘Alguma Coisa’ (ele não se lembrava do sobrenome dela) e ela era linda. Os dois eram parceiros nas aulas de Biologia, e por mais que Travis tentasse de todas as formas dar em cima dela, Miranda agia como se quisesse apenas a amizade dele.

  Então, naquele dia em que se completou dezessete desde a chegada de seu primo, na aula de Biologia, Travis percebeu que Miranda o estava olhando apreensiva.

─ Algum problema Miranda? ─ perguntou ele, dando um sorriso torto.

─ Ah, hmm... Eu estava querendo te fazer uma pergunta, na verdade ─ respondeu ela, olhando para tudo que estivesse a sua volta menos para os olhos dele. ─ Mas, hm... Estou com medo de que você me ache atirada demais.

─ Ah, pode ficar tranquila, eu acho que as atiradas são as melhores ─ comentou ele, dando uma piscada.

─ Bem... ─ murmurou ela franzindo as sobrancelhas para ele. ─ É que eu na verdade, estava pensando... O seu primo, Connor, ele está solteiro?

  E é claro que aquela foi a gota d’água que fez o seu copo de indignação transbordar. Travis, de uma forma meio rude, disse que Connor estava afim de outra garota que não era ela e por tanto ela não teria nenhuma chance com ele. Miranda devia ter ficado muito magoada, porque assim que bateu o sinal para o fim da aula ela saiu correndo e ao menos deu tchau para o seu colega.

  Ele não podia mais suporta aquilo, tinha que fazer alguma coisa para recuperar o seu antigo status. Precisava do seu antigo status de volta, mas como fazer isso?

  Sabia que precisava de uma garota para ajudá-lo, mas como se todas as garotas mal conseguiam olhar para ele e a única que falava com ele tinha acabado de sair da sala de aula parecendo que ia matar alguém?

  Pensando melhor, tinha sobrado uma garota... Alguém em que a relação com ele se baseava em cumprimentos rápidos e discretos. E, foi com esse pensamento que ele partiu decidido para a casa.

  Sem esperar ou ensaiar qualquer coisa que devia falar, Travis foi direto bater na porta da casa ao lado da sua. Era uma casa bem bonita, grande e toda adornada com plantas e flores.

  Alguns segundos depois a porta foi aberta e uma garota surgiu na sua frente. Ela era alguns centímetros mais baixa que ele, tinha o cabelo castanho claro meio curto, olhos incrivelmente verdes e estava usando um vestido longo e esquisito.

─ Travis Stoll? ─ indagou ela parecendo não acreditar que ele estava em sua porta.

─ Oi Katherine ─ falou ele, se apoiando no batente da porta e a olhando sugestivamente. ─ Será que podemos conversar um pouco, querida?

  A garota olhou para trás de si e saiu, fechando a porta.

─ Se você parar de tentar em cima de mim, tudo bem ─ falou ela, franzindo a testa e cruzando os braços.

  Travis soltou um muxoxo e se recompôs, largando seu jeito sedutor. Achou que se tentasse jogar um pouco de charme para cima da sua vizinha iria dar certo.

─ Ok, desculpe. Posso fazer uma pergunta antes de te falar o que eu quero te falar? ─ indagou ele, vendo que seria mais difícil do que esperava.

─ Claro, eu acho ─ respondeu a garota, parecendo desconfortável.

  Travis respirou fundo e olhou bem no fundo dos olhos verdes dela.

─ Falei para você parar com isso ─ completou ela, dando um tapa no braço dele.

─ Ouch, essa doeu! ─ reclamou ele, esfregando com a mão o lugar onde ela tinha batido ─ Ok, vou ser direto. Quem você acha mais bonito, eu ou o Connor?

  Katherine ficou em silêncio por alguns segundos, com um olhar vago. Alguns minutos depois, Travis percebeu que os lábios dela estavam tremendo e seus olhos estavam vermelhos. Ela iria chorar?

  Não, para a surpresa dele, a garota deu uma gargalhada, tão alta e com tanta vontade que os pássaros que estavam pousados na arvore do quintal da casa dela saíram voando.

─ Espera só um segundo ─ pediu ela, tentando controlar sua risada. ─ Fala sério, Stoll, você nunca falou de verdade comigo na vida e quando faz isso pergunta pra mim se eu acho você ou o seu primo mais bonito?

─ É ─ respondeu apenas, dando de ombros. ─ Anda, vamos lá, responda.

─ Não vou responder isso. Sem chance.

  Travis ergueu uma sobrancelha.

─ E não me olhe assim... É sério, pára ─ pediu Katherine, empurrando ele.

─ Paro, mas só se você responder ─ propôs, dando um sorriso confiante.

  Katherine ficou em silêncio mas logo fez uma careta.

─ Oh meu Deus, ok, tudo bem. Pra mim vocês dois são a mesma coisa. Não iguais, mas é que eu não vejo algo que possa sobrepor um ao outro. Satisfeito?

  Travis esperava que ela fosse falar que ele era melhor e etc, mas aquela resposta estava boa o suficiente. Ele deu um sorriso para ela, aprovando-a.

─ Ok, boa resposta ─ aprovou, ainda sorrindo. ─ Então, o que eu queria falar com você é o seguinte, preciso que você me ajude em uma coisa.

─ Que coisa? ─ perguntou ela, parecendo desconfiada ─ Olha, se você me pedir para fazer um strip-tease com rosas vermelhas e vinho, desista.

─ Essa é uma boa idéia! ─ exclamou ele, lançando um olhar sugestivo a ela. ─ Mas não é isso, não. É o seguinte...

  Então Travis explicou direitinho toda a situação para ela, deixando a identidade de todas as pessoas envolvidas em sigilo pois seria muito constrangedor para ele.

─ E eu queria que você me ajudasse a ser melhor que ele ─ completou.

─ Cara, você andou injetando LSD? Não vou fazer isso ─ negou ela, sacudindo a cabeça. ─ Não, não e não.

  Em um ato desesperado, Travis se ajoelhou diante dela e segurou seu braço, fazendo uma cara de tristeza.

─ Por favor, por favor, por favor! Por favor, Katie, você é minha única saída ─ pediu.

─ Não me chame de Katie, você não é meu amigo! ─ exclamou ela indignada ─ E se levanta daí, isso é ridículo.

─ Por favor, Katherine Gardner, rainha de todas os hippies...

─ Ei!

─ ... De Nova York, estou pedindo por favor! ─ gritou ele, abrindo os braços.

  Então Travis esperou apreensivamente pela resposta dela.


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Notas finais do capítulo

Há, é só isso mesmo porque não pensei em mais nada para o prólogo. Até a próxima!



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