E nossa pequena eternidade naquele momento durou apenas alguns segundos, logo a tiraram de mim com a intenção de troca-la o mais rápido possível e ainda tínhamos a festa de recepção, me levaram pra meu próprio quarto e pelo menos tentaram arrumar meu cabelo, só que eu gostava dele exatamente como ele estava penteado para traz entãoFugi o mais rápido que pude para terminar de combinar com Ramon a parte da lua de mel, eu queria que nossa noite de núpcias fosse num lugar especial, e eu só tinha um lugar em mente.

- está tudo pronto? – perguntei assim que o vi – minha surpresa?

- si...sim senhor – ele corou - eu arrumei tudo perfeitamente.

- obrigado – agradeci sinceramente – eu devo muito a você.

- não dii...ga isso senhor – dessa vez o vermelho era evidente – é meu trabalho.

- não era seu trabalho investigar quem estava fazendo mal a amanda – coloquei a mão em seu ombro diminuto – me chame de nicolae Ramon, pois você provou ser um bom amigo.

- obrigada se...nicolae.

- majestade – uma mulher entrou apressada – a rainha está pronta.

Caminhei com ela atrás da minha vida, e lá estava ela, com um vestido longo de renda branca, em forma de calda de sereia, que deixava seu corpo marcado de forma sensual, e ele era só meu, seu cabelo escuro estava solto caindo levemente em camadas de cachos, mas um pequeno detalhe me chamou atenção, o diadema em sua cabeça, brilhando lindamente e complementando tão bem seu rosto.

Perfeita. Não seria o suficiente.

Subi dois degraus e ofereci a mão e minha pequena a pegou delicadamente.

- será que algum dia vou deixar de me acostumar com sua beleza? – eu a puxei a meu encontro.

- nunca – ele murmurou no meu peito – eu espero.

- senhores – um dos soldados se aproximou – desculpe mais temos que ir, tenho que segui in itinerário.

Concordei de leve e foi com amanda até o salão de recepção, foi engraçado ver o rosto dela quando uma trombeta foi soada anunciando nossa entrada, assim que entramos todos nos reverenciaram, era uma coisa que eu a entendia por ficar incomodada, pois nem eu havia me acostumado com aquele tipo de tratamento.

Sentamos na mesa do casal e lá ficamos quase a noite inteira, só vendo o resto da burocracia, as homenagens, as palavras de incentivo e todo o resto.

Quando finalmente o jantar foi servido notei que amanda mal tocou na comida.

- o que foi amor?

- nada – ela corou denunciando-a.

- me diga – mordi o lóbulo da sua orelha e senti milhares de câmeras serem focadas em nós – fale pra mim.

- não é nada, eu... – ela virou para o outro lado – eu só acho que estou sonhando, que nada disso é real e que eu tenho mais criatividade do que imaginei.

- acha que eu sou um sonho? – brinquei, pelo menos a fiz sorrir e esse é o importante.

- com certeza – amanda entrou na minha.

Ela ajeitou o decote do vestido e eu acompanhei as curvas do tecido sobre seu corpo, como essa mulher conseguia me excitar se fazer nem um esforço?

- quer sair daqui? – murmurei.

- e para onde iriamos?

-surpresa – sorri de modo malicioso.

- então vamos – ela pegou minha mão – mas como conseguiremos sair sem sermos percebidos?

- Ramon – chamei discretamente – estamos prontos.

Ele concordou e deu início a dança, amanda e eu fomos para o centro do salão, com certeza dando boas fotos para as notícias do dia seguinte.

Quando outros casais começaram a invadir a pista de dança puxei a mão dela discretamente, até seguimos por uma das passagens secretas que haviam especialmente para a realeza, em caso de ataque ou algo do tipo.

Peguei minha gravata e cobri seus olhos como uma venda e comecei a guia-la.

- tem alguma noção de onde estou te levando? – questionei abrindo a porta.

- não – amanda se segurava em mim firmemente.

Posicionei ela na posição correta e tirei a venda permitindo-a ver o que eu havia feito especialmente para ela.

A cama redonda coberta de pétalas de tulipas, o chão e o batente coberto com os mesmos tipos de velas, o champanhe, a comida, a vista, eu queria que tudo para ela fosse perfeito.

-ah...- amanda deixou escapar com um suspiro leve – nossa sacada.

- eu pensei – puxei minha pequena para mais perto – nos beijamos aqui, te pedi em casamento aqui, ficamos a noite inteira acordados apenas aproveitando um ao outro, só falta uma coisa.

- é mesmo? – amanda levantou a cabeça para me olhar – e o que falta?

Sorri.

- ainda não fizemos amor aqui – beijei sua testa – e que melhor oportunidade do que essa?

- é perfeito – ela murmurou.

- e temos um diferencial – peguei o controle no meu bolso – hoje teremos música.

Amanda pegou o controle de minhas mãos e o jogou sacada a baixo.

- já temos música – ela pós a mão sobre meu coração – perfeito.

Agora sim estávamos dançando de verdade, nos movendo lentamente ao ritmo da música que havia entre nós, nunca imaginei que algum dia eu iria amar tanto uma pessoa.

Me abaixei para beijar seus lábios, mas ela passou a mão pelo meu pescoço me puxando para mais perto, o sabor da sua boca, o cheiro da sua pele já eram mais do que o suficiente para me enlouquecer por ela.

- não quer mais dançar? – perguntei

- não – ela respondeu contra minha boca – chega de dançar.

Não vou mentir, eu estava sendo paciente com ela, esperando que seu desejo fosse tão latente quanto o meu, pois era algo absurdamente torturante passar uma noite ao lado dela sem poder toca-la, imagine passar dois meses? E vê-la assim, na minha frente, com o rosto levemente corado pelo desejo que ela também sentia por mim estava me fazendo pirar.

Peguei o primeiro botão de perola e comecei a desabotoar sua roupa lentamente com uma paciência absurda, considerando o que eu estava sentindo naquele momento.

E então aconteceu o que eu achei que fosse possível, ela conseguiu me deixar mais excitado do que eu já estava, ela corou ainda mais ao sentir eu devorando-a com os olhos.

- você...- não consegui terminar a frase, me senti oco.

- gostou? – ela perguntou timidamente.

Não respondi, até por que achei que não conseguiria, apertei sua carne por debaixo do corpete e senti ela gemer sob minha boca tirando o ultimo fio de juízo que me restara, eu soube nesse momento que não conseguiria me controlar, desde a primeira vez em que fizemos amor eu tive medo de machuca-la, já havia acontecido antes eu me senti mal, então sempre havia me controlado pra que não acontecesse com ela, eu nunca me perdoaria, mas essa noite eu não estava em meu juízo perfeito, eu a queria, completamente, profundamente, toda minha.

Peguei ela no colo e a depositei sobre a cama, beijando seu corpo de forma havida e apaixonada, seu sabor, o gosto da sua pele era como o melhor dos vinhos para mim, e o som dos seus gemidos era como a melhor das músicas, e eu só precisava de uma coisa, precisava estar dentro dela, sentir-me dentro dela, como se nossos corpos fossem um só, e assim o fiz.

..............................................................................................................

Já estava amanhecendo quando me dei conta já estávamos e eu ainda não me cansara dela, sua pele com uma camada de suor, e o cheiro de sua pele mais acentuado por causa do que estávamos fazendo, só me dava vontade de começar tudo de novo.

- você está diferente dessa vez – amanda estava no meu colo.

- desculpe – murmurei – você me fez perder o controle.

- você perdeu o controle? – ela riu trazendo uma onda de sensações na forma em que estávamos conectados – eu acho que quero que você perca o controle novamente com mais frequência.

- por que?

- gostei dessa noite – ela corou – muito.

E lá estava ela novamente, me provocando, me deixando louco, a luz do sol começou a brilhar e iluminar seu rosto, ela era o sol da minha vida, eu tive certeza naquela hora que eu gostaria de passar cada minuto da minha vida desvendando ela, além da vida, eu havia prometido e isso era algo que eu iria cumprir!