POV´s Percy

Os dias estavam se passando tão rapidamente.

E com tantas perguntas rodando minha mente eu nem sabia como reagir. As provas de fim de ano estava chegando, mas eu não me importava com isso, passava todos as aulas viajando, minha cabeça a mil por hora.

Na quinta feira tudo começou a ficar realmente sério.

Cheguei na escola cedo, estávamos todos apreensivos, sem saber o que podia acontecer.

Encontro Silena encostada em seu armário, ela parecia distante, nervosa, estava assim desde domingo.

– Alguma novidade? – Pergunto eu.

Ela me olha e posso ver uma coisa em seus olhos: Preocupação.

– Nenhuma.

– Silena o que está acontecendo?

– Nada.

– Nada? Sério? Annie está sequestrada, Rachel e Luke estão à solta prontos para atacar e agora você está nervosa a semana inteira.

– Não é nada Percy! Estou nervosa como você está.

– Silena, dá para ver que não é só isso.

– Você que está vendo coisas onde não tem. – Fala ela e o silêncio toma conta.

– Já pensou sobre o que eu disse? – Pergunto depois de algum tempo.

– Já pensei, e acho que não posso deixar vocês... – Ela fala isso, mas posso ver que ela gostaria de dizer algo diferente.

Mais uma vez a ideia de Silena ser a espiã retorna a minha mente.

Mas deixo isso de lado. Silena não faria isso. Eu acho. Confiaria a ela minha vida, Silena nunca nos trairia dessa maneira, essa preocupação deve ser algo diferente.

Não tenho tempo de questionar mais alguma coisa, Thalia e Nico chegam.

Nico ainda estava machucado, com vários cortes e arranhões, mas estava se recuperando rápido, pois não tinha quebrado nenhum osso.

O resto do dia se passa rápido e logo chega a noite cheia de pesadelos.

Em meu sonho Annie pedia por ajuda novamente, mas como sempre eu não podia me mexer.

Mas algo muda.

Agora eu corria em uma floresta, agora eu podia me mexer.

Mas eu não sabia para onde ir. Annabeth tinha sumido.

Então um vulto passa a minha frente, e depois novamente.

Paro imediatamente.

– Quem está aí? – Pergunto eu, o que era uma pergunta muito idiota já que eu sabia que não haveria resposta.

Corro para lugar nenhum, no fim a única coisa que tem é um penhasco.

Atrás de mim uma voz fala.

– Fim da linha.

E outra acrescenta.

– Mas se quiser salvar a princesinha vai ser que se virar, usar o cérebro pelo menos uma vez na vida.

Era Luke e Rachel.

– Cérebro é algo que você não costuma usar muito né Percy? – Debocha Luke.

– PERCY! – Era Annie gritando.

– Apenas lembre-se que tudo está acabando e que no final só restará eu, você e as lembranças do passado. – Fala Rachel.

Tudo a minha volta começou a girar, eu vi imagem aleatórias e por último uma casa pegando fogo.

Acordo assustado.

Droga, estava atrasado.

Levanto-me correndo e me arrumo rapidamente.

Mal cumprimento Poseidon que tomava café.

Chegando na escola Silena logo veio falar comigo.

– Percy, o Lee sumiu!

– Como assim?

– Ele não veio pra aula ontem percebeu?

– Pra falar a verdade não.

– Mas é, nem hoje, Beckedorf e eu fomos na casa dele ontem e nada, ligamos e nada.

– Acha que foi Rachel?

– Percy, é claro que foi Rachel!

Não tivemos mais tempo para pensar nisso, pois o sinal bateu.

No final da aula eu, Thalia e Nico fomos ao shopping, não tínhamos nada para fazer.

– O que vocês acham? Quer dizer o que aconteceu com Lee? – Pergunta Thalia.

– Não sei, mas acho que ele é bem grandinho e sabe como lidar com Rachel. – Responde Nico.

– Eles são perigosos, Lee pode estar em perigo. – Fala Thalia.

– Sério? Achei que você deveria se preocupar comigo que sou seu namorado e não com...

Minha mente se desliga dessa discussão de casal e volta a pensar no que realmente aconteceu com Lee, não que eu estivesse preocupado com ele, mas se ele fosse o espião? Não tínhamos nada de certo até agora, nenhum segredo, mas se ele fosse o espião e tivesse realmente passado para o lado deles significava que estava chegando ao final. E eles tinham mais um aliado.

Tento não me preocupar com isso, mas é difícil.

Voltamos para casa e uma sensação estranha me segue. Como se alguém estivesse me seguindo.

Não consigo me concentrar em nada.

Quando já passava das 2hs da manhã e eu não conseguia dormir meu celular recebe uma mensagem.

“Já pode se dirigir para casa de Silena, agora é de verdade, está acabando.

Ass: O Amor da sua vida...”

O que ela queria dizer com isso?

Com medo, levanto-me, saio com pressa, nem troco de roupa.

Saio correndo pelas ruas, minha casa não ficava muito longe da de Silena.

Mas antes que eu realmente avistasse a casa já sabia o que tinha acontecido.

A fumaça não me deixava enganar.

Me ajoelho no asfalto. A chuva que começa a cair piorava tudo.

Mas não era suficiente para apagar a enorme fogueira que tinha se tornado a gigante mansão rosa choque.

Que eu um dia tinha sido o lar de uma família, mas agora o fogo a consumia.

Lágrimas tomam conta de mim.

Silena estava morta...

Silena, a garota alegre que conheci agora estava morta.

Parecia uma cena de filme de terror.

Juro a mim mesmo que a próxima pessoa morta nesse jogo doentio seria a própria Rachel.

Mas nesse momento eu ainda não conseguia processar que Silena estava morta.

Não podia ser verdade.

Eu chorava sozinho em meio a todo o caos e confusão de minha mente.

Não podia ser o fim de uma amizade tão verdadeira.

Não podia ser o fim da garota que animava a todos.

Mas era... tudo era real.

Fecho os olhos em busca de conforto, mas a única coisa que vem a minha mente é todos reunidos, os rostos de todos passam lentamente por minha mente. Annie, Thalia, Nico, Silena, Beckendorf, minha mãe, meu pai, mas por último novamente a imagem da mansão em chamas.

Um raiva estranha toma conta de mim.

Eu iria matar Rachel. Não era uma escolha, não era uma opção. Eu uma decisão, uma obrigação.