Reckless - Divergente escrita por Morgana Le Faye, Andiie


Capítulo 12
Utopia


Notas iniciais do capítulo

Inháa ^^ A guerra vai começar amores ^^ Hey, conheci uma leitora que é de Praia Grande ^^Alguem mais é de SP?
Carol Munaro, pra vc esse, querida



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Passei a noite no apartamento de D. Passamos horas em seu computador tentando entrar nos dados da Erudição. Já se passavam das 6 da manhã. Eu estava na sala, com o notebook dele no colo digitando tudo oque eu achava que era senha. A maioria estava errada.

Drezza estava sentada á mesa da cozinha. Ela digitada no notebook o que lia nos livros ao seu redor. A bibliotecária nos expulsou da biblioteca.

D. estava em seu quarto. Nunca entrei lá, mas ao que parece é tão bagunçado quanto o resto.  Passar a noite com eles foi bom. Depois de voltar da pequena visita que fiz a minha irmã os encontrei conversando com Cara. Minhas suspeitas estavam certas. Jeanine conseguiu desenvolver um soro que funcionasse por mais tempo.

- Algo de interessante por ai meninas? – pergunta D. gritando do seu quarto. Fico agradecida de ele ter colado caixas de ovos pela sua parede. Ele disse que era uma brincadeira de quando tinha dez anos. Mas acabou sendo um bom isolador de barulhos. Murmuramos um não. – Então vão gostar do que eu achei.

Ele entra na sala. Seus cabelos estão despenteados e seus óculos estão tortos. Sua camiseta azul esta amarrotada. Mas ele mantem o brilho insano em seus olhos castanhos.

– Venham. – ele nos chama. Oque ele conseguiu? Entro no quarto e minhas suspeitas estão novamente corretas. É uma bagunça!

O único local livre é o computador. Ele se senta e nos ficamos ao seu lado para ver melhor a tela. Drezza apoia sua mão em seu ombro.

A tela esta branca e muitas letras estão nela. Entendo a maioria. O titulo me chama a atenção. Comandos– Audácia.

– Onde... Oque é isso? – não sei qual pergunta fazer, mas com esta vou conseguir mais informações.

– Isso? Os dados da Audácia. – ele responde simplesmente. Drezza o empurra.

– Explique isso, seu bobão.

– Ahn claro... Vou resumir. Aparentemente a Audácia não é tão boa quanto a Erudição no que diz respeito à segurança – ele sorri. – Foi difícil, mas aqui está. Planos de guerra. Comandos, lista de suprimentos, mapas. Coisas desse tipo. E esses arquivos foram enviados para a Erudição.

– Uma guerra? –pergunto. – mas por que a Erudição se aliaria com a Audácia?

– Simples. Nós não temos armas, não sabemos lutar. A audácia sim. – diz Drezza. Ela parece estar ligando uma coisa á outra.

– E não á forma mais rápida e fácil de controlar a Audácia inteira sem...  Sem a simulação. – diz D. Ele olha para mim. – Uma guerra contra o governo. Contra a Abnegação.

Tudo se encaixa. Os recentes ataques morais á Abnegação. O soro de simulação em todos os membros da Audácia. Max aqui.

Caleb. Ele precisa saber. Ele iria gostar de saber. É sua antiga facção. Sua família. Despeço-me de Drezza e D. Voltarei mais tarde, mas antes preciso achar Caleb.

Corro até a saída dos apartamentos – vou pela escada mesmo. – Vou começar a procurar ele na sede. Ele sempre esta na biblioteca. Mas paro no meio do caminho.

Uma figura vestida de preto chama minha atenção. Do outro lado da rua, no Millenium, uma menina de cabelos loiros e olhos cinza conversa com Caleb. Ela usa roupas pretas e justas e consigo ver uma tatuagem em sua clavícula. Ela é da Audácia. Caleb esta nervoso com a presença dela e acho que sei quem ela é.

Tris Prior.

É melhor não interromper reuniões familiares. Volto-me para os Apartamentos. O andar de D. é o dezesseis. Passo um tempo no elevado. Sozinha. Quando esta no decimo andar a porta se abre. James.

Ele entra com um monte de livros. Ele olha para mim.

– Oi. – Gostaria de responder, mas ainda estou pensando nessa Guerra. Se todos já estão com as simulações não irá demorar muito para a guerra começar. Não quero ficar na sede vendo tudo acontecer, mas também não quero lutar contra a Audácia.

– Oi– digo sem o encarar.

– Você esta bem? – ele pergunta. – Esta com olheiras.

– Sinto falta de noites bem dormidas... – digo rindo um pouco. Ainda não parei para me olhar em um espelho. Olho para o do elevador. E Deus! Estou descabelada e com profundas olheiras. Escuto minha barriga roncar. Também não comemos. Passamos a noite toda apenas pesquisando.

– Ouviu isso? – pergunto rindo.

– O que? – ele não entendeu.

– Minha barriga roncando. – explico. Ele ri.

– Achei que fosse um trator lá fora. – o empurro. Ele ri e pede desculpas. Percebo que poderia viver assim. Poderia viver feliz na Erudição. Casar-me com James. Teríamos filhos e eles escolheriam a Erudição e tudo seria perfeito. Poderia viver assim. Mas não vai ser assim. Essa guerra vai trazer dificuldades á todos. E também não quero ter essa vida com James.

O elevador se abre no decimo primeiro andar e ele sai.

– Tchau faminta.

Não respondo. Apenas sorrio e vejo o elevador fechar-se antes dele chegar á curva do corredor.

É, eu definitivamente não conseguir ter esse tipo de vida com James. Ele é no máximo um amigo que entende as minhas dores. Chego ao andar de D.

O que eu fiz a seguir foi constrangedor. Entrei sem bater e vi Drezza sentada no sofá. Eles não me viram. D. estava ao seu lado.

Não entrei. Eles estavam falando sobre algo e ela disse “hm”

– Dois. – ele respondeu. Ela abaixou o livro e o encarou na outra ponta do sofá.

– No três a gente se beija. – ela disse rindo.

– No quatro a gente se pega. – Ele também disse rindo e olhou para porta. Onde eu estava.

Drezza ficou vermelha ao notar minha presença. Eu me encostei á porta. Estava rindo e batendo palmas. D. começou a rir também.

–Espionando, Ruthless?– ele pergunta

– Não... Apenas verificando... Saio por menos de trinta minutos e vocês já planejam se pegar... tsc tsc, que mal exemplo você esta sendo Drezza, ele era um erudito santo. – entro e fecho aporta atrás de mim.

Eles estão bem. Não ligam para a aparente guerra. Eu ligo. Minha família esta a mercê de Jeanine.

– Conseguiu falar com Caleb? – pergunta Drezza. Ela esta voltando à coloração normal. D. foi até a cozinha. Eles também devem estar com fome.

– Não... Sua irmã esta aqui. – Escuto D. fechar a porta da geladeira.

– Beatrice Prior? Ela não esta autorizada á vir á Erudição. Nenhum membro da Audácia esta autorizado á vir em dias uteis.

– Nenhum membro da Audácia segue regras, D. – digo e ele murmura um “por isso que tem tantas mortes”. – Hey D...qual é o seu verdadeiro nome?

Ele para.

– Pra que quer saber? – ele me olha desconfiado. Drezza ri.

– Não iremos matar você, relaxa.

– Sou muito desconfiado das pessoas em geral. – ele da de ombros. – Andrew. Presumo que seu nome não seja Drezza. – ele diz sentando-se ao lado dela.

– Na verdade ele é sim. Por que D, uma letra?

– Por que esta foi a pior nota que tirei na minha vida. Então uso ela como apelido, para me lembrar de sempre tirar uma melhor. – ele responde simplesmente. Isso me lembra das tatuagens da Audácia. Geralmente as pessoas tatuam seus medos. Para quando superarem aquilo sirva de medalha de guerra.

Estava pensando... Se ocorrer uma guerra tenho certeza de que Andrew e Drezza não iriam querer participar. Bem... Talvez D. não mas a Drezza tem esse espirito de aventura.

Passamos um tempo descontraindo. Falando dos nossos feitos. Os de D. envolviam sua incrível inteligência e arrogância.

– Eu tenho uma pergunta sobre a Franqueza. – digo depois de beber todo o suco. – Por que vocês consideram mentir um crime? Ninguém matou ninguém ou roubou. Só mentiu.

– Quem mente também rouba. Rouba o direito do outro de saber a verdade. – Drezza diz olhando para baixo.

– Já mentiu alguma vez? – pergunta D.

– É um dos motivos do porque eu sai da Franqueza. Não conseguiria passar pelos testes com detectores de mentiras e depois tomar o soro da verdade e expor todos os meus segredos á toda a facção.

– Então vamos lá. – disse eu me levantando e indo até a cozinha. Ela não é separada da sala e não tem muitas coisas, pois a maioria come no refeitório. Abri a geladeira. – Jogo da verdade. – digo tirando de lá uma maça. Joguei ela pro alto e a peguei enquanto andava de volta com cuidado para não pisar em nenhum livro ou anotação de Andrew. – Uma pergunta e você tem que responder verdadeiramente. Algum detector de mentiras por ai, senhor tralhas?

Sabia que D. teria um. Ele parece ter todos os tipos de aparelhos e protótipos inventados até agora. E ele diz que tem poucos aqui na sua casa reserva – como ele mesmo chama. – ele diz que tem mais na casa dos pais. Ele assente enquanto vai para o quarto que é uma das únicas três portas que tem no apartamento. Uma para o banheiro. Uma para entrar e uma para o quarto.

– O que foi aquilo? – pergunto á Drezza me referindo á quando eu cheguei.

– Bem... Vamos agir como meninas da Amizade por um breve momento. – ela disse e se sentou mais próxima de mim no sofá. – ele me beijou – ela disse baixa e estridentemente enquanto me abraçava. Ela sorria e não pude deixar de sorrir. Que fofo agora eu irei segurar vela para os dois.

– Quando?! – estou realmente agindo como uma menina da Amizade.

– Quando você foi procurar Caleb. – ela enrola a ponta da sua trança que parece um ferrão.

D. volta á sala com uma caixa de metal.

– Ele apitará se alguém mentir. – ele informa. Ele coloca a caixa no meio do sofá e se senta ao lado de Drezza.

– Quem começa? – pergunto.

– Hm. Eu. – diz Drezza. – Victoria. Como você se sente quanto á Audácia? Ela faz parte de sua lembrança, certo?

Para que mencionar a Audácia? Isso ainda é delicado para mim e só me fez lembrar o que eu havia esquecido. Deles sendo controlados.

– Nem todas as lembranças, precisam ser lembradas.

Minha resposta não era valida.

Continuamos com aquele jogo até o jornal diário. Jeanine apareceu na tela da televisão de Andrew.

– Boa tarde, eruditos. Começaremos com o fato de que o líder da Abnegação e do nosso governo veio á minha procura na semana passada. Discutimos sobre o uso das luzes. Ele criou uma situação desnecessária apenas porque as luzes de nosso complexo ficam acesas até mais tarde para nossas constantes pesquisas. Oque me leva a acreditar que ele é contra as pesquisas, ou seja, é contra o conhecimento. Graças á nosso mais novo membro Caleb Prior, temos a certeza de que eles escondem algo. – ela diz e imagino o que Caleb tenha lhe dito. – Em sua antiga família eles eram proibidos de perguntar coisas ou se olhar no espelho. Eu lhe pergunto cidadão erudito, por que nessa facção a informação é trancada? O conhecimento deve ser livre. Devemos contestar isso. Se você não tem o que esconder então você responde, certo? Ao que parece a Abnegação esta envolvida em muitas coisas para não permitirem que seus próprios filhos perguntem á mesa do jantar. Sempre se pergunte. Nós estamos cansados de ser dominados por um monte de hipócritas que rejeitam todo tipo de riqueza e avanço!– ela sorri cinicamente e a tela fica preta.

Todo santo dia agora temos estes discursos sobre a corrupção da Abnegação. Todos os dias eles passam a ser mais frequentes. Isso indica que a guerra se aproxima.




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Notas finais do capítulo

Andiie me ajudou a escolher o nome do cap



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