Porque seria isto tão impossível? Porque teria de ser a minha vida junto dele e de toda a minha família, apenas um sonho?

– Eu vou dar cabo daquele filha da puta!- Disse apertando-me mão contra si.

– Não faças nada Edward, por favor!- Pedi, limpando as lágrimas com as costas da mão e olhando-o.

– Olha para o que ele te fez!- Disse revoltado.

– Pelo menos não magoou mais ninguém. Isso foi sempre o que quis.- Disse calmamente.

– Porquê?- Perguntou com um sorriso doce nos lábios.

– Porquê o quê?- Perguntei, confusa com a rua reação.

– Porque é que tens de ser tão doce com todos? Tu não tens de fazer isto…- Disse acariciando-me.

– Pois não. Pelo menos já não.

– Como assim?

– Foi por isso que pedi para vires aqui…- Disse nervosa.- Preciso da tua ajuda para encontrar umas pessoas. Com já deves ter percebido, não tenho grandes maneiras para fazer eu isso…

– Que pessoas?

– Aí é que está. Eu também não sei quem são. Sei que são de Forks.

– Forks?!- Perguntou chocado. Eu assenti.- Sabes que me deste muito pouca informação…

– Eu sei, desculpa, mas é só isto que tenho. E eles são os únicos que me podem ajudar a deixar o Mike.

– Vou fazer de tudo, para os encontrar. Prometo.- Disse logo. Mas depois ficou com um ar intrigado, e soube logo o que ele me ia perguntar: Porquê eles?

– Assim que os achares eu explico-te, e perceberás o porquê de eu ter vindo.- Concluí. Ele assentiu, suspirou e voltou a puxar-me para si.

– Tinha tantas saudades de estar assim contigo. Do teu cheiro, dos teus olhos, dos teus lábios…- Disse puxando-me o queixo para cima, sem desviar o seu olhar do meu, passou o indicador por eles.

No segundo a seguir, tudo se encaixou. Pareceu tudo tão natural que não pensei em mais nada.

Os lábios macios de Edward ficaram colados aos meus, num beijo terno e apaixonado. Tudo começou com um beijo inofensivo, mas aos poucos, estes foi-se tornando um desejo ardente. A sua língua invadiu a minha boca, explorando-a, matando as saudades.

A sua mão desceu pelas minhas costas, parando no fundo destas e puxando mais para si. A outra largou o meu queixo para me agarrar a coxa, apertando-me ainda mais conta si.

Sem pensar mais, deixei-me ir, e o nosso beijo ardente ganhou vida por ele próprio. Eu limitava-me a deixar-me ir.

Valia a pena repetir aquilo que já sabia? Aquilo que todos sabiam?

Era nos braços de Edward que deveria ter estado este tempo tudo. Nunca deveria ter saído de lá.

E essa era a realidade. Um beijo do meu amor, valia pelos quatro anos que estivesse á sua espera. Valia por todos os estalos, todas as idas ao hospital…Edward seria sempre a minha salvação.

Quando o nosso beijo ardente e apaixonado acabou, ambos rimos e abraçamo-nos, como se fosse a coisa mais natural do mundo.

– Eu sempre te culpei por tudo o sofrimento que vivi, estes anos todos. Eu, a Alice e o Emmet. Mas tu estives-te pior que nós.

– Estivemos todos mal, acho que no fundo ninguém esteve pior que ninguém. Fiquei tão feliz quando vi a Alice aqui…!

– Ela também ficou feliz, acredita. E preocupada com o que viu…

– Pois…- Sussurrei.- Aquilo não foi nada. Calculo que o Emmet seja por causa da Rosalie.

– Sim. Mas agora as coisas mudaram um pouco.

Ainda ficámos mais um tempinho juntos.

Falamos sobre tudo.

O que aconteceu nos últimos anos, como as novidades e tudo mais.

Queria deixar bem claro que ele fora o único que amara. Que ele fora o único o homem a quem me tinha entregue. Nunca me entregara a Mike, ele obrigou-me a tudo. Não era a mesma coisa.

Fiquei um pouco chocada e magoada comigo quando ele me disse que por minha causa não tinha conseguido amar mais ninguém, que o que tinha com mulheres era apenas sexo ocasional. Tirando uma com que estava há alguns meses, acho que ele disse Tania.

Pedi a Edward que me falasse sobre ela, e ele contou-me que ela era uma mulher muito bonita, morena de cabelos compridos e esticados, com olhos castanhos­-escuros, até era inteligente, mas era demasiado fútil e arrogante. Ele sabia como ela realmente era, mas ele preocupava-se com ela, não conseguia ser tão frio com ela, como era com as outras.

Ele não a amava, segundo ele estava longe disso, nem gostava dela ao ponto de assumir alguma coisa, e apesar de nunca ter desrespeitado nenhum mulher, ele era frio com elas devido ao que tinha acontecido, mas Tania fugia um pouco às regras. Alice não gosta dela, nem um pouquinho, e ainda bem mas Emmet já gosta mais dela, pois qualquer uma serve, desde que não seja eu.

Mas que não se arrependia de não se ter apaixonado por ninguém, pois se o tivesse feito, naquele momento não estaria ali comigo. Não teria tido a oportunidade de me ter beijado mais uma vez.

Mas eu não conseguia sentir assim. Ele nunca mais amara ninguém por minha causa.

Claro que estava feliz, ou melhor, radiante, por ele estar aqui e agora comigo, mas ao mesmo tempo… Ele devia ter tido a oportunidade de ter sido feliz junto de mais alguém, ter amado mais alguém. Não se devia ter agarrado tanto às memórias do passado.

– Então vocês namoram?- Perguntei enciumada

– Sim…- Disse cauteloso.- É isso que ela me chama a isto.

– Está bem.- Disse simplesmente. Endireitando-me.

– Bella, tu és casada.- Disse. Ele não estava a perceber-me mesmo.

– Hey, não compares! Eu não casei porque quis e eu não gosto do Mike, aliás, longe disso…- Disse como se fosse mais que óbvio.

– Estás com ciúmes é?- Disse divertido. Nem se deu ao trabalho de tentar disfarçar o enorme sorriso que tinha estampado na cara.

– Não.- Menti, e mal.

Ele riu e enrolou os braços á volta da minha cintura, puxando para si, dando pequenas gargalhadas, realmente divertido com aquilo. Acho mesmo que estava a gostar.

– Não é preciso teres, meu amor. Tu és a única que eu quero. A Tania é apenas…uma amiga colorida para mim.

– Não, ela é tua namorada.

– Chama-lhe o que quiseres, continuo a só te querer a ti.

E dito isto voltou a beijar-me. Mas desta vez fomos ambos mais além que um beijo.

Para além da paixão do beijo, havia o desejo de nos termos um ao outro. Edward começou a deitar-me delicadamente em cima do sofá, sem parar de me beijar.

Depois ajeitou-se entre as minhas pernas, fazendo um pouco de pressão contra mim, fazendo-me gemer de desejo. Uma das mãos estava apoiada sobre as costas do sofá, para não se deixar cair todo sobre mim, e a outra estava agora a passar pelas minhas coxas e a subir.

Passou pela minha cintura, o meu peito e acabou na minha nuca, puxando mais para si, aprofundando o beijo intenso. A sua língua delicada e experiente matava as saudades da minha, amando-me. As minhas mãos que estavas nas suas costas, começaram a querer explorar o corpo dele, por isso meti uma delas no seu peito, sentindo-o.

Tinha abdominais bem definidos e um corpo de Deus Grego, mesmo. Agora, ele pertencia-me. Parou de me beijar e olhou-me nos olhos, dando-me mais um beijo.

– Vale a pena dizer alguma coisa?- Perguntou.

– Não. Sinto o mesmo.- Respondi docemente.

– Preciso que me digas mais alguma coisa sobre essas pessoas que queres encontrar…- Disse sentando-se e puxando para cima ao mesmo tempo.

– São de Forks, um casal. Não sei se ainda lá estão, mas sei que tiveram uma filha á uns anos. 4 Mais precisamente, mas a criança lhes foi tirada. É uma menina.

– Coitados, nenhum pai devderia passar por isso. Porque lehs foi tirada?

– Ela foi raptada.

– Raptada?! Bella ! Como é que eles te podem ajudar, ainda devem estar a procura da filha!

– Edward, eu sei do que falo. Eles podem ajudar sim.

– Como é que sabes disso, onde é que tu encaixas nisso tudo?

– Isso é uma coisa que te explico quando eles estiverem também.

– Meu deus… 4Aanos sem ver a filha… Isso é demais!

– É, muito mau mesmo. – Concordei.- Tens mesmo de me ajudar Edward.

– Claro, assim que poder falo com as pessoas certas e …

– Quando?- Perguntei. Ele ainda não sabia que ia voltar para Forks este fim-de-semana.

– Não, no final desta semana talvez, ou na próxima. Mas essas coisas ainda demoram um pouco. Eles não devem ser os únicos em Forks, melhor ainda, nu mundo, visto que não sabes se eles ainda lá estão!

– Desculpa…- Disse olhando-o nos olhos. Ele suspirou e sorriu. Sorri também. E nesse momento olhei para o relógio e ainda bem. Mike estava quase a chegar, por isso suspirei, entristecida.

– Que foi? – Perguntou.

– Tens de ir embora…!

– Ai tenho?- Perguntou confuso. Olhei para ele. Edward percebeu o que queria dizer- Mike…- Assenti.

Ele levantou-se a agarrou no seu casaco, vestindo-o. Levei-o até a porta, onde ainda demos um beijo doce. Olhamo-nos nos olhos, sorrimos e ele foi embora.

Não demorou muito mais tempo até que Mike chegasse, como sempre, a querer descarregar em alguém.